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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Maria Simma: vidente ou fraude?

"Santinho" de Maria Simma
encontrado na web
Maria Simma (1915 –2004) foi uma “mística” austríaca, conhecida por supostamente ser uma vidente em contato com as almas do purgatório. Era babá e doméstica, tentou ser freira, mas, segundo ela, a saúde não permitiu. Seus contatos com o “além” teriam começado em 1940, quando estava com 25 anos. No começo, segundo dizia, eram poucos casos por ano, mas, depois de 1954, os contatos se tornaram frequentes, de dia e de noite. Por causa disso, se tornou conhecida e dava palestras. Era também catequista de crianças de Primeira Comunhão. Morreu com 89 anos, em 2004.   

Em um livro surgido de uma entrevista dada a certo Nicky Eltz, Maria diz, entre outras coisas:

1. que, por não terem os católicos permissão de evocar os mortos, como fazem os espíritas, ela nunca os evocou; fora Jesus, através de Maria, quem permitiu esta “experiência”. 


2. que não era a única a ter tido essa permissão, e cita Padre Pio, Santa Catarina de Gênoa, São João Bosco, Santa Brígida de Suécia... [é típico ladear-se de Santos confiáveis, para induzir as pessoas a acreditar nos "poderes" ou "talentos"; mas quem de peso dentro da Igreja deu a ela alguma credibilidade?]


3. que três bispos de sua dioceses se manifestaram: certo Tschann, que teria aprovado a vidência “silenciosamente”; certo Wechner, que a teria apoiado “ativamente”; e certo Küng, o qual “ainda não se expressou” (sic), dizia ela. De 1938 a 1976, teria sido acompanhada pelo pároco de Sonntag, P. Alphons Matt, que se tornou seu amigo. A partir de 1976, foi acompanhada pelo P. Fridolin Bischof, o novo
pároco de Sonntag, que lhe teria dito: “Aqueles que professam uma autêntica fé cristã (?) e uma profunda piedade podem ser exemplos melhores para outros que, com sua ajuda, conseguem permanecer na reta via. Maria é uma destes”.  

4. que as almas pedem orações, o rosário e, sobretudo, a missa [padrão dos videntes 171].  


5. que as almas criticavam o costume de não comungar com a boca
[padrão dos videntes 171].
 

6. que as aparições marianas deram frutos impostantíssimos, e citava Lourdes, Rue de Bac, Fátima [padrão dos videntes 171] e também Medjugorje (?) [vide aqui e aqui].
 

7. que o Senhor “nos adverte com desastros ecologicos naturais e causados pelo homem: terremotos, grandes caristias e pestes, das quais a AIDS não será a última. Também profetizou a quebra de economia mundial “que colocará os grandes e poderosos literalmente de joelhos [padrão dos videntes 171].

A Igreja Católica não a reconhece como vidente. Geralmente, apenas o pessoal ligado a Medjugorje (que é obviamente falsa) a reconhece e divulga. O que ela diz são coisas já ditas antes, por Santos e Nossa Senhora. Qual a necessidade de Deus se repetir tanto?

SIMMA E MEDJUGORJE

O que mais pega é que ela reconhece como verdadeira a aparição em Medjugorje, a qual tem todos os elementos para classificá-la como falsa: desobediência à Igreja, histeria, e, principalmente, maus frutos, ou seja, os videntes e os religiosos envolvidos têm sérios problemas morais: envolvimento com droga e negociatas, pelo menos um divorciado, um padre engravidou uma freira, duas vezes, e depois a abandonou.

Mais um sinal de que não é uma vidente verdadeira é que ela não profetizou que o concílio Vaticano II é um cisma na Igreja.

Os “bons” frutos seriam:

1. os inúmeros “milagres” que têm acontecido. Contudo, já sabemos que não há milagres na igreja moderna, e muito menos em um ambiente com tantos maus sinais. Ademais, o demônio pode fazer prodígios.  


2. a quantidade expressiva de pessoas que visitam o local. Mas também sabemos que quantidade não é qualidade na economia divina.  


Curiosamente, Simma não reconhecia Valtorta (outra 171 da espiritualidade; ver aqui, aqui e aqui), se não a obra dela, pelos menos as intervenções posteriores. 

Assim, a quem estivesse propenso a dar alguma credibilidade a esta “vidente”, só posso dizer para tomar cuidado, porque nem tudo que reluz é ouro, e, principalmente: milagres, profecias, aparições, visões... somente na Igreja Católica, porque “fora da Igreja não há salvação”!  [Isto é DOGMA DE FÉ DA IGREJA CATÓLICA] 


Cuidado com essas "aparições" todas, como também a de Garabandal...

Fontes de pesquisa: 

4 comentários:

  1. Oi Giulia. E sobre Marthe Robin. Recebi um folheto dizendo que ela foi alma vítima pelos pecados do mundo e que vivia somente da Sagrada Comunhão. A Igreja de sempre a aprova ou ela é uma falsa vidente também? Virei devoto já faz anos do Beato Pedro Jorge Frassati (beatificado pelo Papa João Paulo II). Posso continuar c/a devoção a ele ou a Igreja de sempre desaprova a beatificação do mesmo? Agradeço as explicações. Giulia, continue nos orientando. Sua ajuda nos livra de muitos erros.

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  2. Prezado sr. José Antônio, Salve Maria.

    se eu puder ser útil de alguma forma, isso me alegra muito, mas agradeçamos sempre a Jesus, pq nada fazemos e nada de bom temos por nós mesmos. :)

    Estou estudando o caso de Marthe (ou Marta) Robin. Em breve irei postar um artigo sobre ela também. Na verdade, pretendo fazer uma série sobre os videntes (ou falsos videntes) para esclarecer aos leitores (e a mim tb).

    Vou pesquisar tb a respeito de Pedro Jorge Frassati. Pelo pouco que li no Wikipedia, agora, não tenho bons pressentimentos pq ele simpatizava com o socialismo... mas não vou fazer um juízo de valores agora pq não tenho todos os elementos a respeito da vida dele.

    O fato de ter sido beatificado por João Paulo II não o favorece, muito pelo contrário, uma vez que as “neo-beatificações” e as “neo-canonizações” ("neo" pq feitas sob as novas leis canônicas do C. Vaticano II) contêm “defeitos formais” insuperáveis. Ou seja, a pessoa em questão pode até ser santa, mas o processo está viciado por “erro formal”, e, portanto, devemos duvidar, pelo bem de nossas almas.

    Um dia, qdo vier um Papa católico, ele vai confirmar ou não todas essas beatificações/canonizações, e dai então poderemos, publica e abertamente, manifestar nossa devoção. Por ora, nada (a não ser a prudência!) impede que, privadamente, lhes dedicamos nossa devoção e lhes peçamos a intercessão.

    Em relação a Frassati, peço apenas que aguarde, se possível, que eu investigue o caso dele.

    Obviamente, eu NÃO REPRESENTO o Santo Ofício, nem pretendo substituir a autoridade romana para declarar se alguém é ou não é santo; contudo, não precisa ser teólogo para, com um mínimo de conhecimento de doutrina e, fazendo uso da razão que Deus nos deu, saber discernir a verdade em cada caso.

    Obrigada por trazer esses casos interessantes, os quais, ainda que sejam do interesse particular de um leitor, podem interessar a todos nós.

    Salve Maria

    Giulia

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  3. Olá boa tarde,achei muito estranho o comentário dela sobre as almas,deu a entender que podemos cometer qualquer pecado que seremos salvos,basta escolher o céu na hora do juiz particular, sendo que na Bíblia fala ao contrário, se as pessoas acreditarem nela, vão viver de qualquer jeito, por isso pesquisei pra saber a realidade.

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    1. Esse pensamento, de que somos incapazes de buscar a santidade, é tipicamente protestante. Mas lembre-se que não basta crer na Bíblia para se salvar. E a Bíblia não é a única fonte da Verdade. A Igreja, fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo e inspirada pelo Espírito Santo, não erra, e o que Ela diz, nós cremos. O que importa, em relação a essa farsante é que a Igreja condenou o pensamento dela. Isso basta para não lermos o que ela escreveu ou disse.

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