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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

São Simeão, Bispo e Mártir

18 de fevereiro 


São Simeão

Bispo e Mártir




Em São Simeão saudamos um parente próximo de Nosso Senhor Jesus Cristo. O pai de Simeão, Cleófas (ou Clopas) era irmão de São José. Sua mãe, Maria, era parente muito chegada da SS. Virgem e foi mãe de Tiago, José, Judas, Simeão, e de algumas mulheres não nomeadas na Bíblia. O Apóstolo São Tiago Menor, seu irmão, era amigo muito dedicado de Nosso Senhor e testemunha ocular de Sua Paixão e Ressurreição. Segundo Eusébio de Cesareia, Simeão foi um dos dois discípulos que, no caminho para Emaús, encontraram o Cristo ressuscitado.  


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Com os demais Apóstolos, Simeão, ou também Simão, recebeu o Espírito Santo no dia de Pentecostes, e quando estes procuraram cada um o campo de sua ação evangélica, Simeão ficou em Jerusalém, com seu irmão Tiago, o primeiro Bispo daquela cidade, indicado por São Pedro, São Tiago, filho de Zebedeu, e São João.

São Tiago sucumbiu à sanha feroz dos judeus e morreu mártir, morto, segundo São Simeão, pelas mãos do sumo sacerdote, Ananus, por volta do ano 63 d.C. São Simeão, por ordem do Conselho dos Apóstolos, continuou a obra do irmão, sucedendo-lhe como Bispo de Jerusalém, entre 62 e 107 (ou 117) d.C.  


Eis o o relato indicando como Simeão foi eleito pela comunidade de Jerusalém para suceder a Tiago:  
"Após o martírio de Tiago e da conquista de Jerusalém que se seguiu imediatamente, diz-se que os Apóstolos e discípulos do Senhor que ainda estavam vivos vieram de todas as partes e se juntaram com os que tinham relação carnal [parentesco] com o Senhor (pois a maioria deles também estava viva) para se aconselharem sobre quem seria digno de suceder a Tiago. Eles todos pronunciaram em uníssono Simeão, o filho de Cleófas, de quem o o Evangelho também faz menção, para ser digno do trono episcopal daquela paróquia. Ele era um primo, como se diz, do Senhor. Pois Hegésipo relata que este Cleofas era irmão de José".
 

— "História Eclesiástica", Eusébio de Cesareia.

Com um zelo verdadeiramente apostólico, pregou a doutrina de Cristo a judeus e pagãos, e pelo exemplo edificou a jovem Igreja jerusalemitana (de Jerusalém). Sob seu governo, cumpriu-se a terrível profecia de Nosso Senhor sobre Jerusalém: os judeus, ao invés de ouvir os conselhos dos Apóstolos, correram atrás de falsos profetas e levantaram-se contra os romanos, o que foi sua perdição. Antes, porém, de o imperador Vespasiano cercar e atacar a cidade, os cristãos, por um aviso que receberam do Céu, tiveram tempo de providenciar a sua saída.

Simeão, obedecendo à voz de Deus, retirou-se para a cidade de Pela, uma antiga cidade, cujas ruínas constituem atualmente um sítio arqueológico que se situa na aldeia de Tabaqat Fahl, no noroeste da Jordânia. Segundo Eusébio de Cesareia, Pela foi o refúgio de cristãos de Jerusalém que fugiram às guerras judaico-romanas no século I d.C. Ali foi fundada uma das primeiras igrejas cristãs. Em Pela, toda a calma, pôde dedicar- se ao munus apostólico, enquanto em Jerusalém não ficou pedra sobre pedra. Mais de um milhão de homens morreram de fome, de miséria, de doenças, ou crucificados pelos romanos; cem mil judeus foram levados à escravidão.

Tendo terminado o terrível castigo com que Deus profligou a cidade deicida, os cristãos voltaram e, por entre os escombros e ruínas, construíram casas e continuaram a viver em paz, servindo a Deus Nosso Senhor.

Muitos judeus, vendo os grandes milagres que o Apóstolo fazia, converteram-se ao Cristianismo. O Demônio, inimigo de todo o bem, observou com maus olhos o progresso da Religião de Cristo na capital da Judéia. Não lhe sendo possível causar maiores males, semeou zizânia (joio), que medrou produzindo várias heresias, que São Simeão pôde logo abafar.

Trajano era imperador de Roma. Na perseguição que decretou contra os cristãos, visou principalmente evitar que a família e os descendentes daquela estirpe pudessem conceber a ideia de restaurar o Reino davídico ou de proclamar um novo Messias, e levar os judeus a uma grande rebelião. Foi bastante esta preocupação do monarca para os judeus e hereges de Jerusalém denunciarem o nome de Simeão, que realmente era da família de Davi. 


Simeão, ancião de 120 anos, recebeu ordem de prisão e intimação de prestar homenagem aos deuses, pelo pró-cônsul Atticus. “Nunca, nunca – foi à resposta do venerável Apóstolo – nunca, jamais farei tal coisa, negando e traindo assim meu Mestre e Senhor. Teus deuses têm sido entes infames e ímpios; Jesus Cristo, porém, é Deus verdadeiro”.

No meio da cruel flagelação a que o desumano governador o sujeitou, Simeão louvou e bendisse o nome de Deus e o de Jesus Cristo.

Vendo que nada conseguia, o governador condenou-o à morte de cruz. Honra maior não lhe podia ser dispensada, e por isso Simeão, ouvindo esta sentença, exultou de alegria. Ele próprio se estendeu sobre o instrumento do martírio e ofereceu aos algozes as mãos e os pés. Do alto da cruz, confessou mais uma vez o nome do divino Mestre, rezou pelos inimigos e entregou o espírito a Deus. Seu martírio se deu em Jerusalém ou nas redondezas, por volta do ano 107 ou 117.
 


Fontes: 

  1. http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/fev/simeao1802.htm;
  2. https://pt.wikipedia.org/wiki/Sime%C3%A3o_de_Jerusal%C3%A9m;
  3. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pela_%28Jord%C3%A2nia%29;
  4. https://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_de_Cle%C3%B3fas.  
  5. https://it.wikipedia.org/wiki/Simeone_I_di_Gerusalemme 

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