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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

DEVOÇÃO DOS CINCO ESCAPULÁRIOS

foto meramente ilustrativa

“Quanto a mim, os recebi todos” — Santo Afonso de Ligório “Nisto não há nada a perder e tudo a se ganhar” — São Francisco de Sales“Bendirás na eternidade o feliz dia da recepção dos cinco escapulários. Eles oferecem ricas graças, imerecidos privilégios, insignes indulgências, assegurando ainda proteção do céu” — Monsenhor Brandão

DEVOÇÃO DOS CINCO ESCAPULÁRIOS


I — SOBRE OS CINCO ESCAPULÁRIOS:


- Todos são aprovados pelo Magistério da Igreja, passando pelo conhecimento e aprovação de diversos Papas, que conferiam mais e mais indulgências aos que usassem os Escapulários em determinadas ocasiões.

- Todos são compostos por duas peças retangulares de lã, cuja cor varia de acordo com o Escapulário: 

  • Branco — Escapulário da Santíssima Trindade; 
  • Vermelho — Escapulário da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo; 
  • Marrom — Escapulário de Nossa Senhora do Carmo
  • Azul — Escapulário da Imaculada Conceição; 
  • Preto — Escapulário de Nossa Senhora das Dores;


- As duas peças de lã devem ser unidas por dois cordões ou fitas, de cor ou matéria indiferente, com exceção do Escapulário Vermelho, para o qual são prescritas fitas ou cordões de lã vermelha.

- Um só cordão pode servir para muitos escapulários.

- Somente é necessário adornar de imagens esses dois escapulários: 

  • o Escapulário da Santíssima Trindade deve ser ornado com uma cruz vermelha e azul; e  
  • o da Sagrada Paixão com a imagem do Crucificado de um lado, e dos Corações de Jesus e Maria, do outro.




- Os Escapulários da Santíssima Trindade, de Nossa Senhora do Carmo e de Nossa Senhora das Dores são inseparáveis de suas confrarias, por isso o nome das pessoas que os recebem devem ser anotados e remetidos o quanto antes às respectivas confrarias. Em caso de muita concorrência de povo, ou quando for muito incômodo, os Sacerdotes estão dispensados desta obrigação (*)


MODO DE USAR:

- Os Escapulários devem ser abençoados, e é necessária a imposição por um Sacerdote.

- Deve-se usá-los ao redor do pescoço, constantemente (salvo no momento do banho) e piedosamente (com respeito, humildade e devoção).
  

A MEDALHA ESCAPULÁRIO:

A Santa Sé concedeu a todos os fiéis substituir qualquer Escapulário aprovado por uma Medalha-Escapulário, desde que seja de metal (exceto estanho ou chumbo). 

Uma única medalha pode substituir muitos Escapulários, desde que benzida tantas vezes quantos são os Escapulários que deve suprir — cada uma das Bênçãos deve ser dada “unico signo crucis”, com a devida intenção, para cada Escapulário que se quer substituir.  

Para se usar as Medalhas, ou a Medalha, é necessário ter recebido antes a imposição do Escapulário de pano. 

A Medalha substitui os Escapulários para todos os efeitos e privilégios, mas não isenta das outras obrigações anexas aos mesmos Escapulários. 

Observem, contudo que, apesar dessa amável concessão, São Pio X desejava, veementemente, que os fiéis continuassem a usar os de pano, se possível. 



 

II — HISTÓRICO, FINS E PROMESSAS FEITAS A QUEM OS USASSE:



Foto meramente ilustrativa

A) Escapulário da Santíssima Trindade:

“Quem vencer assim, se vestirá com vestes brancas” (Apoc. 3, 5)

a. ORIGEM:

Este Escapulário vem da “Ordem da Santíssima Trindade”, também conhecida como Ordem Trinitária, fundada por São João da Mata e São Félix de Valois, para o resgate dos cristãos cativos das mãos dos infiéis, mais claramente os muçulmanos Sarracenos. Através de arrecadações e outros esforços, compravam cristãos muito maltratados, que estavam em cativeiro islâmico. Diz-se que resgataram aproximadamente 900 mil. 

O hábito da “Ordem da Santíssima Trindade” é branco e ornado com uma Cruz vermelha e azul, porque um Anjo aparecera vestido assim ao Papa Inocêncio III, no dia em que aprovou a Ordem (1189). O Escapulário branco era como um distintivo dos confrades da Ordem.

b. FINALIDADE:

Adoração e louvor do Mistério da Santíssima Trindade e a prática exterior da Caridade para com o próximo (principalmente nas Santas Missões entre os pagãos).

c. ORAÇÕES PRESCRITAS: 

Não há orações prescritas, mas é recomendado que se recite o “Glória” com frequência e devotamente. 

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A) Escapulário da Santíssima Trindade:

“Alegrar-me-ei sobremaneira no Senhor porque me vestiu com a veste da Salvação” (Isaías 61, 10).

a. ORIGEM: vide aqui

b. FINALIDADE:  

O Escapulário Marrom é penhor de salvação para os homens, prenda e sinal de proteção da Virgem. 

c: PROMESSAS:

1. A perseverança final: “...e o que morrer com ele não padecerá o fogo eterno”.

2. O “privilégio sabatino”: no caso em que o fiel que usasse o Escapulário de Nossa Senhora do Carmo morresse (em estado de graça) e fosse ao Purgatório, Nossa Senhora prometeu que no sábado seguinte apareceria para resgatá-lo. 

d. CONDIÇÕES PARA MERECER ESTES PRIVILÉGIOS: 

  • morrer vestindo o Escapulário;


Para se merecer o “privilégio sabatino” é preciso também: 




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C) Escapulário Preto de Nossa Senhora das Dores: 

“A dor de Maria foi tão grande que se fora dividida entre os homens bastaria para matá-los a todos no mesmo instante” (São Bernardino de Sena).

a. ORIGEM:

Em 15 de agosto de 1233, sete fidalgos receberam o convite de Nossa Senhora — em seu título de Nossa Senhora das Dores — para abandonar suas vidas (famílias, pertences, etc.) para se dedicar unicamente ao serviço d'Ela. Em 1240, a Virgem Santíssima lhes mostrou uma videira cheia de uvas, apesar de estarem em um rigoroso inverno; assim disse que deveriam agir, para espalhar os frutos de santidade pelo mundo: deviam fundar uma Ordem; era a “Ordem dos Servos de Maria”, cujos membros usam um hábito preto e são devotos das 7 dores de Maria Santíssima. Eles espalharam um pequeno Escapulário preto, pedindo para que meditassem frequentemente sobre as dores e sofrimentos que Maria sofreu por nós. 

b. FINALIDADE:

A meditação frequente sobre as dores e sofrimentos que Nossa Senhora padeceu por nós.

c. ORAÇÕES PRESCRITAS:

Não há orações prescritas, mas se recomenda a recitação dos “Mistérios Dolorosos” do Terço e da “Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora” (que é riquíssima em indulgências).


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D) Escapulário Vermelho da Paixão:


“Bem aventurado o que vigia e guarda a minha veste” (Apoc. 16, 15)

a. ORIGEM:

Em 1846, a Irmã Apolônia (Irmã Apolline Andriveau) teve uma visão em que Nosso Senhor aparecia resplandecente de Glória, segurando em Sua Mão direita o Escapulário Vermelho com os cordões de lã da mesma cor.

Em um lado do Escapulário estava representado Nosso Senhor na Cruz; a seus pés estavam o azorrague do Pretório e o martelo, junto da túnica que cobria o corpo ensanguentado; ao redor deles estas palavras: “Santa Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, salvai-nos”. Do outro lado, viam-se as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria, do meio deles saia uma Cruz resplandecente, e em seu arredor lia-se “Sagrados Corações de Jesus e Maria, protegei-nos”.

Nosso Senhor apareceu novamente a ela e lhe disse: “Um grande aumento de Fé, Esperança e Caridade é reservado todas as sextas-feiras aos que estão revestidos deste Escapulário”. O caso chegou aos ouvidos do Papa Pio IX que se interessou enormemente pelo Escapulário e concedeu ao Superior Geral dos Padres da Congregação da Missão o poder de impô-lo aos fiéis.

b. FINALIDADE:

Serve para fomentar a recordação e a meditação da Paixão de Nosso Salvador.

 c. ORAÇÕES PRESCRITAS:

Não há, mas se sugere a reza devota da “Via Sacra” e a meditação frequente das Dores de Nosso Senhor, em união ao compassivo Coração de Maria, às sextas-feiras principalmente.



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E) Escapulário Azul da Imaculada Conceição:

“Eu sou a Imaculada Conceição” (Nossa Senhora à Santa Bernadette, em Lourdes).

a. ORIGEM:

No fim do Século XVIII, a Serva de Deus Madre Úrsula Benincasa — fundadora das Romitas e das Oblatas da Imaculada Conceição, hoje “Ordem das Teatinas” — em um dos êxtases que lhe eram concedidos, viu a Santíssima Virgem vestida de um manto Azul e, em seus braços, Nosso Senhor, o qual lhe ordenou a fundação da “Ordem das Teatinas”, e lhe fez ver, em outro êxtase, uma enormidade de Anjos voando pela Terra distribuindo Escapulários Azuis. A Venerável, então, passou a confeccionar estes Escapulários e a espalhá-los por toda parte. Os frutos do Escapulário se espalharam de tal maneira que o Papa Clemente X concedeu aos Padres Teatinos o privilégio de impô-lo. Posteriormente o Papa Pio IX concedeu ao Superior Geral dos Teatinos o direito de delegar sacerdotes fora da Ordem para impor o Escapulário aos fiéis. 

b. FINALIDADE:

Honrar o Mistério da Imaculada Conceição e rezar pela reforma dos costumes e o retorno a Deus daqueles que vivem em grande pecado. 

c. ORAÇÕES PRESCRITAS:

Não há, mas se recomenda a recitação do Terço para apaziguar a Ira de Deus, e atrair Graças aos pecadores arrependidos; e também para honrar a Imaculada Conceição. 





III — PRIVILÉGIOS DOS CINCO ESCAPULÁRIOS:


1º Privilégio do Altar: Todas as Missas celebradas por um confrade que morreu gozam de uma indulgência plenária aplicável à sua alma. 

2º Absolvição Geral: O Diretor-Geral da Confraria do Escapulário da Santíssima Trindade pode conceder publicamente uma “bênção pontifícia” a que está ligada uma indulgência plenária. Onde não houver Sacerdotes delegados para esta absolvição, qualquer confessor pode concedê-la, mediante prévia Confissão, nas vésperas ou até 7 dias após as seguintes festas: 

  • Quarta-Feira de Cinzas
  • Domingo da Paixão
  • Sexta-Feira, depois do Domingo da Paixão
  • Quinta-Feira Santa
  • Sexta-Feira Santa
  • Sábado Santo
  • Páscoa da Ressureição
  • Pentecostes
  • Santíssima Trindade
  • Ascensão de Nosso Senhor
  • Corpus Christi
  • Patrocínio de São José
  • Sagrado Coração de Jesus


Há, ainda, uma extensa lista de datas em que se obtém indulgências graças aos Cinco Escapulários.

3º Participação dos Bens Espirituais: São os Bens e as Graças compartilhadas por todo o Corpo Místico da Igreja, inclusive no Céu. Ou seja, faremos parte na comunhão de bens de milhões de irmãos que receberam os Escapulários, mais todos os das Ordens a que pertencem os Escapulários e de todos os Santos e Santas destas Ordens, no Céu e na Terra — é uma enormidade de Graças... 

4º Proteção Celeste: Todos os que usam os Cinco Escapulários se tornam confrades e gozam da especial Proteção da Santíssima Virgem Maria nos perigos da alma e do corpo, especialmente na hora da morte.




IV — FÓRMULA BREVE DE IMPOSIÇÃO DOS CINCO ESCAPULÁRIOS, EXTRAÍDA DO RITUAL ROMANO: 


FORMULA BREVIOR BENEDICENDI ET IMPONENDI QUNQUE SCAPULARIA (Sanctissimae Trintatis, Passionis D.N.J.C., beatae Mariae Virginis sub respectivo titulo immaculatae Conceptionis, Septem Dolorum et Montis Carmeli.)

Suscepturi Scapularia genuflectunt; et Sacerdos, superpelliceo ac stola alba indutus, dicit:

V: Adjutórium nostrum in nomine Dómini.
R: Qui fecit caelum et terram.
V: Dóminus vobíscum.
R: Et cum spíritu tuo.

Orémus.
Dómine Jesu Christe, ómnium caput fidélium et humáni géneris Salvátor, qui tégumen nostrae mortalitátis indúere dignátuts es: obsecrámus imménsam largitátis tuae abundántiam, ut induménta haec, in obséquium sanctíssimae Trinitátis institúta, nec non in honórem et memóriam doloríssimae passiónis tuae, in honórem beatissimae Virginis Matris tuae sub título Immaculátae conceptiónis, Septem Dolórem et Montis Carméli, ita bene + dícere et sancti + ficáre dignéris; ut qui(quae) ea assúmpserint, eádem Genetrice tua intercedente, te quoque salutáre nostrum, córpore et ánima indúere mereántur: Qui vivis et regnas in saécula saeculórum.
R: Amen.

Mox Sacerdos omnibus scapularia singillatim imponat, ac deinde formulam proferat supra omnes simul.

1.Accípite hábitum Ordinis santctíssimae Trinitátis in fidei, spei, et caritátis augméntum, ut induátis novum hóminem, qui secúndum Deum creátus est in justítia et sanctitáte
2. Accíptes scapuláre Passiónis Dómini nostri Jesu Christi, ut, véterem hóminem exúti novúmque indúti, ispum digne perferátis, et ad vitam perveniátis aetérnam. 
3. Accípite scapuláre devotórum beatissimae Mariae Virginis sine labe concéptae, ut, ejus intercessióne ab omni inquinaménto mundáti, ad vitam perveniátis aetérnam.
4. Accípte hábitum Servórum beatissimae Mariae Virginis Septem Dolóres ejus devote recoléntium, ut, dolóres ipsos assídue recogitántes, Passiónem Dómini nostri Jesu Christi in corde et córpore vestro impréssam júgiter teneátis.
5. Accípite hábitum Societátis et confraternitátis beátae Mariae Virginis de Monte Carmélo, precantes eámdem sanctíssimam Virginem, ut ejus méritis ilum. Perferátis sine mácula et vos ab omni adversitáte deféndat atque ad vitam perdúcat aetérnam.

Ego, ex facultáte Apostólica Apostólica mihi delegáta, recipio vos in participatiónem bonórum spirituálium horum Ordinum seu Congregatiónum et indulgentiárum, quae per Sancatae Sedis privilegia praedíctis scapuláribus concéssae sunt.

In nomine Pa +tris, et Fí + lii, et Spíritus + Sancti.
R: Amém

V: Salvos fac servos tuos.
R: Deus meus, sperántes int te.
V: Mitte eis, Dómine, auxilium de santo.
R: Et de Sion tuére eos.
V: Esto eis, Dómine, turris fortitúdinis.
R: A fácie inimíci.
V: Nihil proficiat inimícus in eis.
R: Et filius iniquitátis non appónat nocére eis.
V: Dómine, exáudi oratiónem mean.
R: Et clamor meus ad te véniat.
V: Dóminus vobíscum.
R: Et cum spíritu tuo.

Orémus.
Adésto, Dómine, supplicatiónibus nostris, et quibus in tuo nomine sacros hábitus impsúimus, ita bene + dícere dignéris, ut, tuae grátiae cooperantes, vitam cónsequi mereántur aetérnam. Per Christum Dóminum nostrum.
R: Amém.

Benedíctio Dei omnipoténtis, Patris, et Fílii, + et Spíritus Sancti, descéndat super vos, et máneat semper.
R: Amém.





V - NOTAS DO PALE IDEAS: 


É preciso tomar cuidado com os excessos. Por vezes, não se dá conta nem mesmo das orações diárias obrigatórias. Para se encher de devoções e obrigações para, depois, não dar conta, é melhor ficar apenas com o Terço!!! 

Se, ainda assim, tiver interesse em adquirir esta bela devoção, fale com o sr. Ricardo Pio: ricardoaugustoaidar@gmail.com.  

Sugestão de leitura sobre os Cinco Escapulário: alexandriacatolica.blogspot.com.br.   

O texto sobre a devoção dos Cinco Escapulários é de um colaborador que prefere permanecer anônimo. 

(*) Em tempos de CVII, esta regra não tem como cumprir. 






   

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