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domingo, 21 de fevereiro de 2016

Santa Eleonora, Rainha da Inglaterra

21 fevereiro

Santa Eleonora

Rainha da Inglaterra


Etimologicamente: Leonor / Eleonor: aquela que é audaz, é de origem gálica. Do grego, aquela que tem piedade. Diminutivo: Nora, Norinha


Eleonora (ou Leonor; em francês: Éléonore, em inglês: Eleanor), mulher de grande piedade e amante das letras, nasceu em Aix-en-Provence, e era a segunda filha de Raimundo Berengário IV de Barcelona, conde de Provença e de Forcalquier, neto do rei Afonso II de Aragão e bisneto do rei Afonso VII de Castela, e de Beatriz de Sabóia, filha do Beato Umberto III, conde de Sabóia e primeiro santo da real Casa Sabóia. A mãe era uma fervorosa cristã e também muito dada às letras. Como outros membros de sua família, Eleonora teve fama de ser autora de poesias de estilo trovador. 

 
Em 14 de janeiro de 1236, contraiu matrimônio na Catedral de Cantuária, com o rei Enrique III de Inglaterra, e foi rainha consorte de 1236 até 1272. Tornou-se impopular na Inglaterra por favorecer seus compatriotas, chegando ao ponto de precisar se refugiar na Torre (1261) para se proteger. Também teria contribuído para desencadear a revolta liderada por Simão V de Montfort, VI conde de Leicester (1263), durante a Segunda Guerra dos Barões, que foi travada entre 1264 e 1267. Na Batalha de Lewes, em 1264, o marido foi capturado, e Leonor viu-se forçada a refugiar-se na corte de França, junto de sua irmã, a rainha Margarida de Provença, a qual, a pedido de Leonor, consegue convencer o seu marido, o rei Luís IX de França, a apoiar o príncipe Eduardo com um exército para invadir a Inglaterra. Depois de liberto, Henrique III de Inglaterra volta ao trono em 1265, e Leonor volta a Inglaterra, junto ao Legado Pontifício. A rainha continuou a exercer sua influência, tanto no reinado de Henrique quanto nos primeiros anos do reinado do herdeiro, Eduardo I, primeiro filho do casal real.  

Quando seu marido morre, em 15 de novembro de 1272, Eleonora tenta, sem êxito recuperar o poder movendo a sua influência na corte. O seu filho Eduardo I assume o trono e encarrega-a de educar vários dos filhos, enquanto ele e sua esposa, Leonor de Castela, partem para as Cruzadas. Em algum momento, o sopro de Deus atravessa sua alma e, alguns anos depois, retira-se para a Abadia de Amesbury, em Wiltshire, onde tomou o hábito no dia 2 de julho de 1276. 

Sua santidade cresceu a passos agigantados. Sua fama de santidade é enorme, ainda que nunca haja sido canonizada oficialmente. Todo o mundo, sem embargo, lhe tributa o culto que merece. Morreu em odor de santidade, em Amesbury, em 24 de junho de 1291, aos 68 anos de idade. Encontra-se sepultada nesta abadia.

A veneração a Eleonora se difundiu em modo particular dentro da ordem beneditina, mas seu culto não foi oficilizado pela Igreja. Contudo a festa de Santa Eleonora é celebrada localmente aos 21 de fevereiro.

Filhos:

  1. Eduardo (17 de junho de 1239 – 7 de julho de 1307), sucessor de Henrique III ao trono da Inglaterra.
  2. Margarida (29 de setembro de 1240 – 29 de fevereiro de 1275), rainha consorte de Alexandre III da Escócia.
  3. Beatriz (25 de junho de 1242 – 24 de março de 1275), casada com João II, Duque da Bretanha.
  4. Edmundo (16 de janeiro de 1245 – 5 de junho de 1296).
  5. Catarina (25 de novembro de 1253 – 3 de maio de 1257).

NOTA que pode virar um post sobre a Santas Rainhas Católicas, se Deus quiser:

Entre os leigos que se tornaram santos, a maioria é de um contingente de cabeças coroadas de toda a Europa. Muitas soberanas fora aclamadas santas pelo povo, e a Igreja ratificou o culto a elas tributado. Exemplos significativos são as santas rainhas Helena, mãe do Imperador Constantino, Brígida da Suécia, Isabel de Hungria, Clotilde de Borgonha, Radegunda, Branca de Castela, Joana de Valois, Batilde, Matilde de Alemanha, Isabel de Portugal, Margarida de Escócia, Gladys de Galles (esposa, filha, irmã e mãe de Santos), Berta de Kent e Etelburga (de Kent) de Northumbria. Como beatas, são veneradas Beatriz de Suabia, Gisela de Hungria, Catarina de Bosnia, Hildegarda de Kempten, esposa de Carlos Magno, e
Zita de Bourbon-Parma, Imperatriz da Áustria e Rainha da Hungria e da Boêmia esposa de Carlos I da Áustria, também beato. Já no Antigo Testamento encontramos a Rainha Ester, hoje comemorada também no Martyrologium Romanum. São “veneráveis” as rainhas Maria Clotilde Adelaide de Borbon e Maria Cristina de Sabóia, soberanas, respectivamente, do Reino de Sardenha e do Reino das Duas Sicílias. Estão em processo de canonização, entre outras, Isabel “a Católica”, rainha de Castela (vide também aqui no Pale e seu testamento), e Helena de Montenegro e de Sabóia, esposa de Vitório Emanuel III de Sabóia. Há outras, que inclusive já publicamos aqui suas histórias, como a celebérrima Santa Edwiges. E deste grupo seleto e santo faz parte Santa Eleonora da Inglaterra.

Fontes:


Tradução: Giulia d’Amore.
 

     
http://edicoescristorei.blogspot.com.br

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