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Boletins da Confraria da Sagrada Família A. II
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Confraria da
Sagrada Família
Sagrada Família
Capela Nossa Senhora da Conceição – Niterói/RJ
Ano II – N. 13 – Julho de 2011
a santa Missa e a comunhão
A Santíssima Eucaristia é o centro da vida católica e a fonte de graças e favores celestes. Dela os fiéis recebem a força necessária para vencer as rebeliões da carne, para prevenir quedas maiores, em suma, é um antídoto para a fragilidade humana. Por isso, Nosso Senhor Jesus Cristo a instituiu e quis que com ela se alimentassem todos os fiéis, exprimindo seu ardente desejo de que nos unamos a Ele.
A História da Igreja e os Santos Padres ensinam que os primeiros cristãos comungavam todos os dias. Mais tarde, porém, com o decorrer dos tempos, começou a diminuir esta frequência, seja porque tinham diminuído nos fiéis o espírito de fé e a devoção que os primeiros cristãos tinham recebido dos Apóstolos, seja por causa de uma heresia que começou a se difundir particularmente na França, o jansenismo, que, sob o capcioso pretexto da devida honra e veneração para a Santíssima Eucaristia, exigia disposições de alma tão severas que a maior parte dos fiéis não conseguia atingir. Daí vinha que os pecadores tinham medo de se aproximar desta fonte de graças e as almas fervorosas abstinham-se da comunhão, cheias de escrúpulos.
São Pio X, movido por um profundo espírito de Fé, com a intenção de restaurar nos católicos a devoção à Santíssima Eucaristia e afastar os efeitos daquela heresia, tomou principalmente quatro atitudes: promoveu a comunhão frequente, mitigou o jejum para a comunhão dos doentes, restaurou a prática da primeira comunhão ainda na infância, e promoveu solenidades católicas em honra da Santíssima Eucaristia, tais como Congressos Eucarísticos.
a) Comunhão Frequente
Com a publicação do decreto Sacra Tridentina Synodus, de 1905, São Pio X inculcou a comunhão frequente e até quotidiana a todos os fiéis que tivessem chegado ao uso da razão. Deu o verdadeiro sentido ao Cânon do Concílio de Trento que declara quais as disposições são necessárias para comungar, segundo a doutrina e a prática da Igreja. O Decreto do Papa se expressava nestas linhas:
"As palavras do Concílio Tridentino manifestam claramente que a Igreja deseja ver os seus fiéis tomarem parte todos os dias neste Banquete Celestial, para daí tirarem os mais abundantes frutos de santificação. A comunhão frequente e quotidiana, tão desejada por Jesus Cristo e sua Igreja, não se pode negar a nenhuma classe de pessoas que se encontrem em estado de graça e tenham reta intenção, que consiste no ardente desejo de agradar a Deus, de unir-se estreitamente a Ele pelo amor e valer-se deste antídoto contra as fraquezas e defeitos da natureza humana. E, embora seja louvável que todos aqueles que se aproximam diariamente da Mesa Eucarística estejam imunes de pecados veniais, ao menos plenamente deliberados e do afeto a eles, contudo basta não ter culpa grave, com propósito de não tornar a cometê-los."
Depois, o Papa fala da preparação e da ação de graças, que devem ser proporcionadas às forças, às condições e aos deveres de cada um, e manda aos padres para que preguem sobre a importância da comunhão frequente.
Este paternal cuidado do Papa em chamar a todos os fiéis à comunhão frequente e quotidiana como nos primeiros tempos da Igreja, produziu
por toda parte boa impressão. Todos trabalhavam em promover esta santa e salutar prática e os fiéis corresponderam com uma maior devoção ao Santíssimo Sacramento. Foi um verdadeiro ressurgimento eucarístico, com o qual se comprazia São Pio X.
b) Jejum dos enfermos
Mais tarde, comovido pelo pensamento de que também os enfermos crônicos e fracos, por não poderem suportar o jejum prescrito pela Igreja, viam-se privados dos socorros e consolos da Sagrada Comunhão, permitiu que eles pudessem comungar em certos dias depois de ter tomado algum líquido por razões de saúde.
c) Comunhão das crianças
O humilde Papa, durante seu ministério como padre e bispo, sempre tinha promovido calorosamente a primeira comunhão das crianças o mais depressa possível: porque assim, unindo-se a Jesus no candor de sua inocência, receberiam maior abundância de graças, as quais preservariam essa mesma inocência. Já como Papa, vendo que quase por toda parte se retrasava a primeira comunhão, dispôs pelo decreto Quam singulari de 1910 que fosse abolido tal inconveniente.
Do mesmo modo o santo Papa convidou as crianças a se aproximarem da Santa Comunhão, da qual deviam receber a força e a graça para vencer as paixões e as seduções do mundo e conservar a pureza de sua vida. Ordenou, finalmente, que a primeira comunhão, que geralmente fica impressa na memória das crianças por toda a vida, se fizesse na idade de sete anos, salvo o caso de antecipá-la ou retrasá-la segundo o despertar da inteligência, obrigando a todos os que tivessem cuidado de alma, especialmente aos párocos, a insistir sobre a comunhão frequente e promover durante o ano comunhões gerais para as crianças. Deste modo, não se importando com as críticas dos que pensavam em contrário, dirigiu aos mesmos as palavras de Cristo: "Deixai que as crianças venham a mim".
E as crianças corresponderam com entusiasmo ao amoroso convite inspirado por Deus e com verdadeira piedade se aproximavam da Mesa Eucarística. Era muito frequente que as crianças escrevessem cartas ao Papa para agradecer por terem podido receber a Santíssima Comunhão, e o próprio Papa costumava responder, dando assim admirável exemplo de humildade e caridade.
d) Congressos Eucarísticos
São Pio X, notável devoto da Eucaristia, da qual esperava a restauração de toda a sociedade, sempre favoreceu os Congressos Eucarísticos escrevendo preciosos textos aos Presidentes e enviando Cardeais Legados que o representassem, querendo ser depois minuciosamente informado de tudo; e naqueles que tiveram lugar em Roma tomou sempre parte ativa em todas as funções celebradas em São Pedro. Elogiava as Associações e Confrarias do Santíssimo Sacramento, enriquecendo-as com indulgências e privilégios apostólicos. Em um discurso que dirigiu a uma delas dizia: "A santa Comunhão é o caminho mais curto e seguro para chegar ao céu. Há também outros caminho: a inocência, por exemplo; mas esta é para as crianças; a penitência, mas esta nos assusta; a paciência generosa em suportar as provações da vida, mas quando estas se aproximam gememos e queremos ver-nos livres dela. Em uma palavra, amadíssimos filhos, o caminho mais seguro, mais fácil e mais breve é a Eucaristia. É tão fácil aproximar-se da Sagrada Mesa e ali gozar das delícias celestiais".
Nunca cessava de convidar a todos: crianças, adultos e enfermos a comungar frequentemente, dando ele mesmo admirável exemplo, nunca deixando a comunhão diária em suas enfermidades.
DATAS A LEMBRAR:
Sexta-feira 03 - Festa do Sagrado Coração de Jesus (1ª Sexta-feira do mês)
Missa em Niterói às 7:30 e no Rio às 18:30
Sábado 04 - Imaculado Coração de Maria (1º Sábado do mês)
Missa em Niterói às 18:30 e no Rio às 7:30
Domingo 03 - III Domingo depois de Pentecostes
Domingo 10 - IV Domingo depois de Pentecostes
Domingo 17 - V Domingo depois de Pentecostes
Domingo 24 - VI Domingo depois de Pentecostes
Domingo 31 - VII Domingo depois de Pentecostes
Capela Nossa Senhora da Conceição – Niterói/RJ
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