Dies Irae ("Dia da Ira") é um famoso hino, em latim, do século XIII. Pensa-se que foi escrito por Tomás de Celano. Sua inspiração parece vir da Vulgata, tradução de Sofonias 1,15–16:
É também um dos hinos do Requiem de Mozart, Verdi e do contemporâneo Penderecki.
É também um dos hinos do Requiem de Mozart, Verdi e do contemporâneo Penderecki.
Poema:
1
Dies iræ! dies illa
Solvet sæclum in favilla
Teste David cum Sibylla!
2
Quantus tremor est futurus,
quando judex est venturus,
cuncta stricte discussurus!
3
Tuba mirum spargens sonum
per sepulchra regionum,
coget omnes ante thronum.
4
Mors stupebit et natura,
cum resurget creatura,
judicanti responsura.
5
Liber scriptus proferetur,
in quo totum continetur,
unde mundus judicetur.
6
Judex ergo cum sedebit,
quidquid latet apparebit:
nil inultum remanebit.
7
Quid sum miser tunc dicturus?
Quem patronum rogaturus,
cum vix justus sit securus?
8
Rex tremendæ majestatis,
qui salvandos salvas gratis,
salva me, fons pietatis.
9
Recordare, Jesu pie,
quod sum causa tuæ viæ:
ne me perdas illa die.
10
Quærens me, sedisti lassus:
redemisti Crucem passus:
tantus labor non sit cassus.
11
Juste judex ultionis,
donum fac remissionis
ante diem rationis.
12
Ingemisco, tamquam reus:
culpa rubet vultus meus:
supplicanti parce, Deus.
13
Qui Mariam absolvisti,
et latronem exaudisti,
mihi quoque spem dedisti.
14
Preces meæ non sunt dignæ:
sed tu bonus fac benigne,
ne perenni cremer igne.
15
Inter oves locum præsta,
et ab hædis me sequestra,
statuens in parte dextra.
16
Confutatis maledictis,
flammis acribus addictis:
voca me cum benedictis.
17
Oro supplex et acclinis,
cor contritum quasi cinis:
gere curam mei finis.
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1
Dia da Ira, aquele dia
Em que os séculos se desfarão em cinzas,
Testemunham David e Sibila!
2
Quanto terror é futuro,
quando o Juiz vier,
para julgar a todos irrestritamente !
3
A trompa esparge o poderoso som
pela região dos sepulcros,
convocando todos ante o Trono.
4
A morte e a natureza se aterrorizam
ao ressurgir a criatura
para responder ao Juiz.
5
o Livro escrito aparecerá
em que tudo há
em que o mundo será julgado.
6
Quando o Juiz se assentar
o oculto se revelará,
nada haverá sem castigo !
7
Que direi eu, pobre miserável?
A que Paráclito rogarei,
quando só os justos estão seguros ?
8
Rei, tremenda Majestade,
que ao salvar, salva pela Graça,
salva-me, fonte Piedosa.
9
Recordai-vos, piedoso Jesus,
de que sou a causa de Vossa Via;
não me percais nesse dia.
10
Resgatando-me, sentistes lassidão,
me redimistes sofrendo a Cruz;
Que tanto trabalho não tenha sido em vão.
11
Juiz Justo da Vingança Divina,
Dai-me a remissão dos meus pecados,
antes do dia Final.
12
Clamo, como condenado,
a culpa enrubesce meu semblante
suplico a Vós, ó Deus
13
Ao que perdoou a Madalena,
e ouviu à súplica do ladrão,
Dai-me também esperança.
14
Minha oração é indigna,
mas, pela Vossa Bondade atuais,
Não me deixeis perecer cremado no Fogo Eterno.
15
Colocai-me com as ovelhas
Separai-me dos cabritos,
Ponde-me à Vossa direita;
16
Condenai os malditos,
lançai-os nas flamas famintas,
Chamai-me aos benditos.
17
Oro-Vos, rogo-Vos de joelhos,
com o coração contrito em cinzas,
cuidai do meu fim.
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O poema parece completo tal como está. Alguns académicos interrogam-se se o resto é um acrescento destinado a dar uso litúrgico ao poema:
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18
Lacrimosa dies illa,
qua resurget ex favilla
judicandus homo reus.
19
Huic ergo parce, Deus:
Pie Jesu Domine,
dona eis requiem. Amen.
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18
Lacrimoso aquele dia
no qual, das cinzas, ressurgirá,
para ser julgado, o homem réu.
19
Perdoai-os, Senhor Deus
Piedoso Senhor Jesus,
Dai-lhes descanso eterno, Amém!
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