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domingo, 31 de julho de 2011

Sobre "preconceito"

Finamente, achei alguém que explica de maneira coerente e prática o que seja preconceito. Não comungo dos pensamentos religiosos do autor, posto que não sou nem poderia ser sedevancantista, mas aqui se trata de Português, não de Religião. Então, podemos ouvi-lo, prudentemente.


Roberto Cavalcanti

Um slogan bastante surrado hoje em dia, repetido insistentemente, principalmente por gays e socialistas, é de que “preconceito é burrice”. Entretanto, pretende-se aqui demonstrar que tal afirmação não passa de um lugar-comum totalmente vazio de significado.

Preconceito significa pré-julgamento. Significa extrair de uma situação ou pessoa uma conclusão antecipada sem que ela possa ter um decisivo amparo da razão. Pré-julgar é algo inevitável. Fazemos pré-julgamentos a todo instante. Exemplos são inúmeros, e importa aqui citar aqueles que demonstram que o preconceito pode não ser burro.

Um exemplo é uma pessoa que instada a decidir entre almoçar entre um restaurante bem conservado e outro que esteja com as suas paredes descascando, faça a primeira escolha. Esta escolha não tem nada de burra. É perfeitamente possível que o restaurante que foi preterido em função daquelas más condições ofereça uma boa comida ou até melhor que o outro. Entretanto, é bastante razoável supor que o desleixo dos proprietários em conservar o estabelecimento interfira na qualidade da comida, de modo que, embora a decisão guiada pelo preconceito não seja racional, pode ser razoável. Com efeito, nem tudo o que não é racional, é irracional. Irracional é aquilo que contraria a razão. Um exemplo são os dogmas católicos e milagres, que não contrariam a razão, mas que não são explicados pela razão. Outro exemplo é o preconceito. Baseado nisso, chamar preconceito de burrice, por não ter o amparo decisivo da razão, é o mesmo que chamar os católicos de burros por crerem em dogmas e milagres que não podem ser explicados pela razão. O princípio é o mesmo.

Outro exemplo de preconceito que não tem nada de burro é uma pessoa que escolha não querer receber transfusões de homossexuais em razão do histórico de doenças ligadas ao homossexualismo. Este pré-julgamento é perfeitamente razoável, considerando que os homossexuais têm 20 vezes mais chances que os héteros de estarem contaminados, segundo a OMS.[1] Ora, a pessoa que, apesar de desconhecer essa informação, rejeita o sangue homossexual por preconceito, é diligente com sua saúde e amor à vida e, por isso, nada tem de burra, pois seu preconceito acaba se confirmando por estatísticas favoráveis à razoabilidade de sua decisão.

Mais um exemplo de preconceito que não é burro é a decisão de um empregador não contratar ex-presidiários. Não significa que todo ex-presidiário volte a delinqüir e com isso prejudicar o empreendimento, mas guiado pela prudência o empregador prefere contratar pessoas sem histórico prisional para não experimentar possíveis problemas. Trata-se certamente de um preconceito, guiado pela prudência, experiência e não pela razão, pois não há estatísticas informando sobre a reiteração da prática criminal por ex-presidiários a fim de amparar tal decisão. Novamente é um preconceito que nada tem de burro.

Desta forma, viemos a constatar através destes exemplos que burros são aqueles que, guiados por slogans falaciosos, tiram conclusões irrefletidas. Há preconceitos guiados por reflexões arbitrárias, assim como há preconceitos guiados pela razoabilidade. Se há uma coisa e outra, tachar o próprio preconceito por burrice é uma generalização extremamente burra.


Alguém discordaria disto, com propriedade? Eu penso que não! 

De qualquer maneira esteja à vontade para comentar logo abaixo.

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Colóquios, Instrução Universae Ecclesiae, Tradição e Mons. Lefebvre - a palavra agora é da FSSPX-Itália

DO BLOG MESSAINLATINO.IT:


Entrevista com Dom Davide Pagliarani



Publicamos uma interessante entrevista concedida a Marco Bongi pelo Superior do Distrito italiano da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, sobre os colóquios teológicos da Fraternidade com Roma, o estado cultural e atual do mundo católico da Tradição e um comentário preciso sobre a Instrução Universae Ecclesiae.

26 de julho de 2011

Os colóquios teológicos entre a FSSPX e as Autoridades Romanas chegam ao fim. Mesmo não tendo sido emitido ainda nenhum comunicado oficial, não faltam comentadores que, baseando-se em indiscrições, julguem os colóquios fracassados. Pode nos dizer algo a mais sobre esse assunto?

quarta-feira, 27 de julho de 2011

o Católico e a Maçonaria

“Para um cristão católico, todavia, não é possível viver a sua relação com Deus numa dúplice modalidade, isto é, dividindo-a numa forma humanitária – super-confessional e numa forma interior – cristã. Não pode cultivar relações de duas espécies com Deus, nem exprimir a sua relação com o Criador através de formas simbólicas de duas espécies. Isto seria algo de completamente diverso daquela colaboração, que para ele é óbvia, com todos aqueles que estão empenhados na prática do bem, embora a partir de princípios diversos. Por outro lado, um cristão católico não pode participar ao mesmo tempo na plena comunhão da fraternidade cristã e, por outro lado, olhar para o seu irmão cristão, a partir da perspectiva maçónica, como para um “profano”.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sobre o silêncio


Os doze graus do silêncio
Irmã Amada de Jesus

Livre-tradução do Artigo "Los doce grados del silencio" de "Sor Amada de Jesús" (carmelita) publicado em "Cuadernos de La Reja" número 2, do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.

A vida interior poderia consistir só nesta palavra: Silêncio! O silêncio prepara os santos; ele os começa, os continua e os acaba. Deus, que é Eterno, não diz mais que uma só palavra, que é o Verbo. Do mesmo modo, seria desejável que todas as nossas palavras digam Jesus, direta ou indiretamente. Esta palavra: silêncio, quão formosa és!

1º Falar pouco às criaturas e muito a Deus: Este é o primeiro passo, mas indispensável, nas vias solitárias do silêncio. Nesta escola é onde se ensinam os elementos que dispõe à união divina. Aqui a alma estuda e aprofunda esta virtude, no espírito do Evangelho, no espírito da Regra que abraçou, respeitando os lugares consagrados, as pessoas, e sobretudo esta língua na qual tão freqüentemente descansa o Verbo ou a Palavra do Pai: o Verbo feito carne. Silêncio ao mundo, silêncio às notícias, silêncio com as almas mais justas: a voz de um Anjo turbou Maria...

2º Silêncio no trabalho, nos movimentos: Silêncio no porte; silêncio dos olhos, dos ouvidos, da voz; silêncio de todo o ser exterior, que prepara a alma para passar a Deus. A alma merece tanto quanto pode, por estes primeiros esforços em escutar a voz do Senhor.
Que bem recompensado é este primeiro passo!
Deus a chama ao deserto, e por isso, neste segundo estado, a alma aparta tudo o que poderia distraí-la; se distancia do ruído e foge, sozinha, Àquele que somente é. Ali ela saboreará as primícias da união divina e o zelo de seu Deus. É o silêncio do recolhimento, ou o recolhimento do silêncio.

3º Silêncio da imaginação: Esta faculdade é a primeira em chamar à porta fechada do jardim do Esposo; com ela vêm as emoções alheias, as vagas impressões, as tristezas. Mas neste lugar retirado, a alma dará ao Bem Amado provas de seu amor. Apresentará a esta potência, que não pode ser destruída, as belezas do céu, os encantos de seu Senhor, as cenas do Calvário, as perfeições de seu Deus. Então, também ela permanecerá no silêncio e será a servente silenciosa do Amor divino.

4º Silêncio da memória: Silêncio ao passado... esquecimento. Há que saturar esta faculdade com a recordação das misericórdias de Deus... É o agradecimento no silêncio, é o silêncio da ação de graças.

5º Silêncio às criaturas: Oh, miséria de nossa condição presente! Com freqüência a alma, atenta a si mesma, se surpreende conversando interiormente com as criaturas, respondendo em seu nome. Oh, humilhação que fez gemer os santos! Nesse momento esta alma deve retirar-se docemente às mais íntimas profundezas deste lugar escondido, onde descansa a Majestade inacessível do Santo dos santos, e onde Jesus, seu consolador e seu Deus, se descobrirá a ela, lhe revelará seus segredos e a fará provar a bem-aventurança futura. Então lhe dará um amargo desgosto para tudo o que não é Ele, e tudo o que é da terra deixará pouco a pouco de distraí-la.

6º Silêncio do coração: Se a língua está muda, se os sentidos se encontram na calma, se a imaginação, a memória e as criaturas se calam e fazem silêncio, se não ao redor, ao menos no íntimo desta alma de esposa, o coração fará pouco ruído. Silêncio dos afetos, das antipatias; silêncio dos desejos no que tem de demasiado ardente; silêncio do zelo no que tem de indiscreto; silêncio do fervor no que tem de exagerado; silêncio até nos suspiros... Silêncio do amor no que tem de exaltado, não dessa exaltação da qual Deus é autor, senão daquela na qual se mistura a natureza. O silêncio do amor é o amor no silêncio...
É o silêncio diante de Deus, suma beleza, bondade, perfeição... Silêncio que não tem nada de chateado, de forçado; este silêncio não danifica a ternura, o vigor deste amor, de modo semelhante a como o reconhecimento das faltas não danifica tampouco o silêncio da humildade; nem o bater das asas dos anjos de que fala o profeta, o silêncio de sua obediência; nem o fiat, o silêncio de Getsemani; nem o Sanctus eterno, o silêncio dos Serafins...
Um coração no silêncio é um coração de virgem, é uma melodia para o coração de Deus. A lâmpada se consome sem ruído diante do Sacrário, e o incenso sobe em silêncio até o trono do Salvador: assim é o silêncio do amor. Nos graus precedentes, o silêncio era ainda a queixa da terra; neste, a alma, por sua pureza, começa a aprender a primeira nota deste cântico sagrado que é o cântico dos céus.

7º Silêncio da natureza, do amor próprio: Silêncio à vista da própria corrupção, da própria incapacidade. Silêncio da alma que se compraz na sua baixeza. Silêncio aos louvores, à estima. Silêncio diante dos desprezos, das preferências, das murmurações; é o silêncio da doçura e da humildade. Silêncio da natureza diante das alegrias ou dos prazeres. A flor se abre no silêncio, e seu perfume louva em silêncio ao Criador: a alma interior deve fazer o mesmo. Silêncio da natureza na pena ou na contradição. Silêncio nos jejuns, nas vigílias, nas fadigas, no frio e no calor. Silêncio na saúde, na enfermidade, na privação de todas as coisas: é o silêncio eloqüente da verdadeira pobreza e da penitência; é o silêncio tão amável da morte a todo o criado e humano. É o silêncio do eu humano transformando-se no querer divino. Os estremecimentos da natureza não poderiam turbar este silêncio, porque está acima da natureza.

8º Silêncio do espírito: Fazer calar os pensamentos inúteis, os pensamentos agradáveis e naturais; só estes danificam o silêncio do espírito, e não o pensamento em si mesmo, que não pode deixar de existir. Nosso espírito quer a Verdade, e nós lhe damos a mentira! Agora bem, a Verdade essencial é Deus! Deus é o bastante à sua própria inteligência divina, e não basta à pobre inteligência humana!
No que concerne a uma contemplação de Deus perene e imediata, não é possível na debilidade da carne, a não ser que Deus conceda um puro dom de sua bondade; mas o silêncio nos exercícios próprios do espírito consiste, em relação à fé, em contentar-se com sua luz escura. Silêncio aos raciocínios sutis que debilitam a vontade e dissecam o amor. Silêncio na intenção: pureza, simplicidade; silêncio às buscas pessoais; na meditação, silêncio à curiosidade; na oração, silêncio às próprias operações, que não fazem mais que entravar a obra de Deus. Silêncio ao orgulho que se busca em tudo, sempre e em todas as partes; que quer o belo, o bem, o sublime; é o silêncio da santa simplicidade, do desprendimento total, da retidão.
Um espírito que combate contra tais inimigos é semelhante a esses anjos que vêem sem cessar a Face de Deus. Esta é a inteligência, sempre no silêncio, que Deus eleva a si.

9º Silêncio do juízo: Silêncio quanto às pessoas, silêncio quanto às coisas. Não julgar, não deixar ver a própria opinião. Não ter opinião às vezes, ou seja, ceder com simplicidade, sem nada se opor a ele por prudência ou por caridade. É o silêncio da bem-aventurada e santa infância, é o silêncio dos perfeitos, o silêncio dos anjos e dos arcanjos, quando seguem as ordens de Deus. É o silêncio do Verbo encarnado!

10º Silêncio da vontade: O silêncio aos mandamentos, o silêncio às santas leis da regra, não é, por dizer assim, mais que o silêncio exterior da própria vontade. O Senhor tem algo que ensinar-nos de mais profundo e de mais difícil: o silêncio do escravo sob os golpes de seu amo. Mas, feliz escravo, pois o Amo é Deus! Este silêncio é o da vítima sobre o altar, é o silêncio do cordeiro que é despojado de sua pele, é o silêncio nas trevas; silêncio que impede pedir a luz, ao menos a que alegra. É o silêncio nas angústias do coração, nas dores da alma; o silêncio de uma alma que se viu favorecida por seu Deus, e que, sentindo-se rechaçada por Ele, não pronuncia nem sequer estas palavras: Por que? Até quando? É o silêncio no abandono; o silêncio sob a severidade do olhar de Deus, sob o peso de sua mão divina; o silêncio sem outra queixa que a do amor. É o silêncio da Crucifixão, é mais que o silêncio dos mártires, é o silêncio da agonia de Jesus Cristo. Se este silêncio é seu divino silêncio, e nada é comparável à sua voz, [então] nada resiste à sua oração, nada é mais digno de Deus que esta classe de louvor na dor, que este fiat no sofrimento, que este silêncio no trabalho da morte.
Enquanto esta vontade humilde e livre, verdadeiro holocausto de amor, se despedaça e se destrói para a glória do nome de Deus, Ele a transforma em sua vontade divina. Então o que falta para sua perfeição? O que requer ainda para a união? O que falta para que Cristo seja acabado nesta alma? Duas coisas: a primeira é o último suspiro do ser humano; a segunda é uma doce atenção ao Bem Amado, cujo beijo divino é a inefável recompensa.

11º Silêncio consigo mesmo: Não falar-se interiormente, não escutar-se, não queixar-se nem consolar-se. Em uma palavra, calar-se consigo mesmo, esquecer-se de si mesmo, deixar-se só, completamente só com Deus; fugir, separar-se de si mesmo. Este é o silêncio mais difícil, e sem embargo é essencial para unir-se a Deus tão perfeitamente como possa fazê-lo uma pobre criatura que, com a graça, chega com frequência até aqui, mas se detém neste grau, porque não o compreende e o pratica menos ainda. É o silêncio do nada. É mais heróico que o silêncio da morte.

12º Silêncio com Deus: No começo Deus dizia à alma: "Fala pouco às criaturas e muito comigo". Aqui lhe diz: "Não me fales mais". O silêncio com Deus é aderir-se a Deus, apresentar-se e expor-se diante de Deus, oferecer-se a Ele, aniquilar-se diante dEle, adorá-lo, amá-lo, escutá-lo, ouvi-lo, descansar nEle. É o silêncio da eternidade, é a união da alma com Deus.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Catecismo: o Credo.

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1. O Credo

O que é o nosso Credo?
É um admirável resumo da fé cristã. 

Porque os Apóstolos o compuseram e o ensinaram?
Eles o compuseram e o ensinaram para servir de base a todos os ensinamentos da religião e também para ser um memorial dos ensinamentos da Igreja para os fiéis.

E para o que mais?
Para ser para todos os fiéis um sinal de reconhecimento e uma marca para sempre inviolável  da unidade da fé que nos veio dos Apóstolos.

Que valor devemos dar ao Credo?
O maior valor; pois contém para nós as mais altas verdades do conhecimento às quais está ligada nossa salvação eterna.

O que há, sobretudo, de maravilhoso no Credo?
É o fato do Credo ser a luz tanto para os maiores gênios como para as crianças menorizinhas; é nele que todos vêm se saciar como numa fonte inesgotável de verdade.

2. Como se atinge a inteligência do Credo

Os Apóstolos, instruídos pelo Espírito Santo, acharam que a melhor maneira de ensinar a religião era o método histórico, e vemos que o seguiram na composição do Credo.

O que decorre disso para nós?
Decorre que devemos nos adaptar ao método apostólico, e moldar o nosso espírito para compreender o Credo.

Então, verdadeiramente, é o Credo uma história?
Sim, nada mais fácil de compreender.

E qual a história que está no Credo?
A historia do presente, a do passado, e a do futuro.

Então é bem maravilhosa?
Certamente, daí ser preciso que  entremos nessa história divina.

3. A historia presente no Credo
O que nos ensina o Credo sobre o presente?
Nos ensina grandes coisas sobre Deus, sobre a Igreja e sobre nós mesmos.

O que nos ensina sobre Deus?
Ensina primeiro o que é Deus, que são três pessoas em um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

E o que mais?
Que Deus é Todo Poderoso, Criador e conservador do céu e da terra; que seu Filho único, Jesus Cristo Nosso Senhor, está sentado à direita do Pai no céu.

E sobre a Igreja?
Que ela é católica e que é santa.

E sobre nós mesmos?
Que temos por Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, e que por ele entramos na comunhão dos Santos e encontramos a remissão dos pecados.

4. A historia do passado no Credo
O que nos ensina o Credo sobre o passado?
Tudo aquilo que mais nos interessa saber.

Quais são essas verdades?
A primeira é que Deus é o nosso Criador, já que é o Criador do céu e da terra.

E a segunda?
A segunda, que o Filho de Deus se fez homem por nós e nasceu da Virgem Maria.

E a terceira?
Que ele ressuscitou ao terceiro dia e que subiu ao céu.

5. A historia do futuro no Credo
O que nos ensina o Credo sobre o futuro?
Primeiramente que Nosso Senhor Jesus Cristo virá julgar os vivos e os mortos, recompensando a cada um segundo suas obras.

E o que mais?
Que todos os homens ressuscitarão de carne e osso antes de se apresentar para o julgamento de Nosso Senhor.

Qual será a sentença do soberano Juiz?
Conduzirá à vida eterna os que dela forem dignos e condenará à morte eterna os que a merecerem.

Disso tudo que precedeu, como deduzir a maneira de dizer o Credo?
Devemos seguir o método histórico, quer dizer, ter no espírito:

1o Deus existindo antes de todos os tempos, Pai, Filho e Espírito Santo;
2o Deus criando o céu e a terra;
3o Deus enviando seu Filho único ao mundo para nossa salvação;
4o Repassar em nosso espírito os mistérios da vida, morte e ressurreição de Nosso Senhor;
5o Lembrando-nos da Igreja de quem somos filhos, dos bens que encontramos em seu seio e aqueles que esperamos na vida eterna.

É tudo?
Não, à essa revista histórica é preciso acrescentar o ato interior de fé, aderindo piedosamente a essas verdades divinas,  alegrando-nos de possui-las e preferindo-as a todas as coisas, já que são elas que nos levam a Deus.

Rezemos juntos o Credo:

Creio em Deus Padre, todo-poderoso, Criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, um só seu Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido do Espírito Santo, nasceu de Maria Virgem; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu aos infernos; ao terceiro dia ressurgiu dos mortos; subiu aos céus, está sentado à mão direita de Deus Padre todo-poderoso, de onde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos Santos; na remissão dos pecados; na ressurreição da carne; na vida eterna. Amém.


quinta-feira, 21 de julho de 2011

Consultores do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização

Premito que esta seita criada a imagem e semelhança de seus hereges fundadores é uma blasfemia e uma abominação diante do Senhor. Eu me limitei a traduzir a notícia. Não apoio nem aconselho ninguém a seguir esta doutrina que não é católica. O que há de católico na cena abaixo?

GdA




messaneocat.jpe
Missa Neocatecumenal


Gostaria de saber o quão felizes estão os bispos japoneses, opositores do Caminho Neocatecumenal, que agora têm Filoni, grande protetor do Caminho kikiano, como novo "superior" deles, Prefeito da Propaganda Fide. Do Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sede, em 19 de maio de 2011:

O Santo Padre nomeou Consultores do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização os Reverendos:

  • Mons. Fernando Ocáriz (Espanha), Vigário Geral da Prelazia Pessoal da Opus Dei;
  • Pe. Pascual Chávez Villanueva (México), Reitor Maior da Sociedade Salesiana de S. João Bosco, presidente da União dos Superiores Gerais;
  • Sacerdote Julian Carrón (Espanha), presidente da Fraternidade de Comunhão e Libertação, Conselheiro eclesiástico da Associação eclesial Memores Domines;
  • Pe. François-Xavier Dumortier, S.I. (França), Reitor Magnífico da Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma;
  • Sacerdote Pierangelo Sequeri (Itália) [o autor do melô de 77: "Tu és é minha vida, outro Deus não tenho"], vice-reitor e docente de Teologia Fundamental na Faculdade Teológica da Itália Setentrional, Docente encarregado de Estética do Sacro na Accademia delle Belle Arti de Brera, Milão;
  • Irmã Sara Butler (EUA), da Ordem das Missionárias Servas da Santíssima Trindade, docente de Teologia Dogmática na Universidade de St. Mary of the Lake, Seminário de Mundelein;
  • Irmã Mary Lou Wirtz, FCJM (EUA), Superiora Geral das Filhas dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, presidente da União Internacional das Superioras Gerais.

E os ilustríssimos Senhores:

  • Dra. Chiara Amirante (Itália), Fundadora e Diretora da Associação "Novos Horizontes";
  • Sr. Kiko Arguello (Espanha), líder da Equipe Internacional do Caminho Neocatecumenal;
  • Professora Lucetta Scaraffia (Itália), Docente de História Contemporânea na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade La Sapienza, em Roma.


Uma cerimônia neocatecumenal:

Vídeo em língua italiana

Tradução: Giulia d'Amore di Ugento

sábado, 16 de julho de 2011

Há ainda um resto de amor na alma que perdeu a Caridade

Santa caridade e amor imperfeito


De um certo resto de amor que muitas vezes
fica na alma que perdeu a santa caridade



Certamente a vida de um homem que, todo desfalecido, vai morrendo pouco a pouco num leito, quase já não merece lhe chamemos vida: dado que, ainda que ela seja vida, está, todavia tão misturada com a morte, que não se saberia dizer se é uma morte ainda viva, ou uma vida moribunda. Ai! como é esse um lastimável espetáculo, Teótimo! muito mais lastimável é, porém, o estado de uma alma que, ingrata ao seu Salvador, vai de momento em momento para trás, retirando-se do amor divino por certos graus de indevoção e de deslealdade, até que, havendo-O deixado totalmente, fica na horrível escuridão de perdição; e esse amor que está no seu declínio e que vai perecendo e desfalecendo, é chamado amor imperfeito; porquanto, ainda que esteja inteiro na alma, aí não está, ao que parece, inteiramente, isto é, quase não está mais aderente à alma, e está a ponto de abandoná-la. Ora, sendo a caridade separada da alma pelo pecado, múltiplas vezes fica nesta uma certa semelhança de caridade, que nos pode iludir e divertir em vão; e dir-vos-ei o que é.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Alma cristã

Há uma confusão que consigo traz a glória e a graça


"Desde que cometeste um pecado, por que recusas confessá-lo, alma cristã? Eu me envergonho, dizes. 'Ouve, desgraçada, exclama S. Agostinho, pensas unicamente na vergonha e não pensas na condenação eterna que te espera se te não confessares'. Envergonhas-te, dizes. Mas por quê? Que loucura, continua o mesmo Santo, não te envergonhas de ferir mortalmente a tua alma e envergonhas-te de deixá-la examinar para que seja curada? Se o médico não vê a ferida e não conhece bem o mal, não poderá curá-lo."



"Um discípulo de Sócrates entrou uma vez na casa de uma mulher de má vida. Querendo sair, avistou o mestre, que por aí passava, e tornou a entrar depressa, para não ser visto. Sócrates, porém, havia-o visto e, aproximando-se da casa, disse: Meu filho, é uma vergonha entrar nesta casa, não, porém, sair dela. É também o que te digo: Meu filho, é uma vergonha cometer o pecado; não, porém libertar-se dele pela confissão."


"Escuta o que diz o Espírito Santo: Há uma vergonha que traz consigo o pecado e há uma confusão que consigo traz a glória e a graça (Ecli 4, 25). Devemos fugir da vergonha que nos leva ao pecado e nos torna inimigos de Deus; não, porém, da que, ligada à confissão dos pecados, nos granjeia a graça de Deus e a glória do céu."


- Santo Afonso de Ligório (Excerto extraído do livro Escola de Perfeição Cristã, capítulo oitavo, do sacramento da Penitência)


Fonte: Ecclesia Una

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Fazer uma montanha de cada montículo.

Almas piedosas, mas desajustadas



(Imagem pintada por São João da Cruz)

"... como é triste, pelo contrário, ver certas almas piedosas pararem à mínima dificuldade, dir-se-ia que preocupadas em fazer uma montanha de cada montículo, constantemente preocupadas consigo próprias e sempre prontas a julgar que lhes fazem mal! É preciso que uma sacudilela de coragem as arranque finalmente desta miséria: elas que olhem para Jesus e Sua Mãe nos Seus indizíveis sofrimentos, e as suas pequeninas dificuldades desfar-se-ão como gotas de água no oceano. A graça de Deus muda o sinal a todas as coisas: só ela tem o poder de dar um valor positivo ao mal que nós suportamos, e de fazer que o aceitemos com amor. 'Corramos com perseverança na carreira que nos é proposta, pondo os olhos no autor e consumador da fé, Jesus, o qual, tendo-Lhe sido proposto gozo, sofreu a Cruz, não fazendo caso da ignomínia... Considerai, pois, aquele que sofreu tal contradição dos pecados contra Si, para que não vos fatigueis, desfalecendo em vossos ânimos'". (Hebreus, XII 2,3)

(Intimidade com Deus, por um Cartuxo)

domingo, 10 de julho de 2011

Escândalo de Assis mais uma vez!

 
"Por causa da injustiça gritante e do abuso de poder, chegamos ao compromisso com o materialismo ateu, negador dos direitos de Deus. Este é o castigo preanunciado em Fátima [...] todos os padres que defendem a possibilidade de um diálogo com os negadores de Deus e com os poderes lucíferos do mundo enlouqueceram, perderam a Fé, não creem mais no Evangelho! Assim fazendo traem a palavra de Deus, porque Cristo veio trazer na Terra perpetua aliança somente aos homens de coração, mas não se aliou com os homens sedentos de poder e de domínio sobre os irmãos [...] o rebanho é disperso quando os pastores se aliam com inimigos da Verdade de Cristo. Todas as formas de poder que se fazem surdas à vontade de Deus são lobos ferozes que renovam a Paixão de Cristo e fazem verter Lágrimas a Nossa Senhora". (Santo Padre Pio).

No artigo:

Descrevemos a inutilidade das proclamações de paz invocadas pelos governantes da Igreja hodierna; agora em outubro de 2011, esses Prelados, do Papa para baixo, lançaram uma reiteração daquela jornada de oração relativista com as falsas religiões desta terra de 1986. Em seguida, depois de nossas considerações, podemos ler um pronunciamento do Cardeal de Estado Vaticano Tarcisio Bertone, um dos coveiros[2] da Mensagem de Fátima junto com Ratzinger, hoje Papa, o Cardeal Sodano e o Cardeal Hoyos.

sábado, 9 de julho de 2011

A quantas anda a FSSPX





Algumas estatísticas sobre a Fraternidade São Pio X




  • 1 Casa Geral,
  • 6 seminários,
  • 14 distritos,
  • 2 casas autonomas,
  • 161 Priorados,  
  • 750 centros de Missas,
  • 2 Universidades,
  • 90 escolas,
  • 7 casas de repouso para idosos,
  • 551 sacerdotes,
  • 192 seminaristas,
  • 102 irmãos,
  • 179 irmas,
  • 77 oblatas,
  • cinco camelos. 

A Fraternidade está presente em 31 Países e atende a 32 outros Países, ou seja exerce seu apostolado em 63 Países. Inúmeras ordens latinas ou orientais tradicionais são ligadas à FSSPX em todo o mundo.

Sacerdotes, religiosos, religiosas filiadas ou ligadas à FSSPX
 
Em 02 de julho de 2011:
 





COMENTÁRIOS PÚBLICOS, LOGO ABAIXO.

EM PRIVADO AQUI

Ainda riem dEle...

Ainda riem dEle...
Coroando-o com espinhos disseram "eis o rei dos judeus", depois Lhe colocaram um manto vermelho e uma cana como cetro e riram dEle.

Enquanto Ele agonizava na Cruz, sobre sua túnica tiraram a sorte, rindo dEle.

Ele sentiu a sede da agonia, pediu água e Lhe foi dado vinagre: riram dEle.

"Se és filhos de Deus, desçam os anjos para tirá-lo da Cruz” disseram zombando .

NA "MISSA" AINDA RIEM DELE.
Missa na Alemanhã

fonte: Antonio Margheriti Mastino - Facebook - 04 Julho 2011.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Histórias de Conversão I: Afonso Maria Ratisbonne

A conversão de Afonso Maria Ratisbonne

  
Afonso Ratisbonne tornou-se sacerdote
e apóstolo da conversão dos judeus


"Oh, como eu sou feliz! Oh, como é bom o Senhor! Que plenitude de graça e felicidade! Como é lamentável o lote daqueles que não sabem!" Afonso Maria Ratisbonne.

"Talvez a conversão do hebreu banqueiro Afonso Ratisbonne seja uma das mais rumorosas dos últimos séculos. Seu caso é digno de especial análise pois foi acompanhado muito de perto por várias pessoas qualificadas para descrevé-la": Blog Ciência confirma a Igreja - 29/06/11.

Preparando a tradução do livro: Conversione di Alfonso Maria Ratisbonne. Carta escrita pelo próprio e acréscimos posteriores. Roma, 1845, Tipografia Marini e Compagno. Imprimatur. Baixe o original em PDF (italiano).

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