Como prometido, publico a excelente conferência do Rev. Pe. Rioult em capítulos, para seres melhor refletidos e considerados, sobretudo por aqueles que tem preguiça de ler texto longo, ou textos mais complexos. Meus comentários iniciais não são imprescindíveis e, portanto, ficarão no texto completo. Os números em rosa são as notas de tradução; em verde, os comentários da tradutora.
A crise na Fraternidade
Conferência de Pe. Olivier Rioult, FSSPX[1]12 de maio de 2013
O texto da conferência foi publicado pelo site francês Avec l'Immaculée.
Os grifos em vermelho, os negritos e as notas são do site francês.
A tradução e o layout são nossos[2].
CAPÍTULO X
Para terminar com uma nota de esperança
1) “O socialismo faz progressos consideráveis, mas com todo o poder da Maçonaria atual, que está em toda parte, em todos os lugares, onde quer que seja, que está em Roma, que está em toda parte. A Maçonaria está em toda parte e dirige tudo.Logo, seremos fichados com os computadores, teremos todos nós o nosso número e não poderemos fazer nada sem que seja tudo anotado em nossa ficha, e tudo através do computador. Estaremos em uma situação pior do que a de um país soviético. (...) É assustador, não podemos imaginar em direção a que estamos indo atualmente, em direção a uma socialização que, aparentemente, não parece tão dura quanto a comunista, e que, todavia, em última análise, será muito simplesmente apenas uma cópia do comunismo, mas realizada pelos meios científicos ao invés da força, como fizeram os comunistas, mas será a mesma cosa. Então, serão eliminados da sociedade todos aqueles que não quererão se submeter a esta ordem (...). Serão eliminados. Encontrar-se-á sempre um modo de eliminá-los. (...) Nós estamos indo verdadeiramente em direção a uma sociedade assustadora, que se diz livre e onde não haverá mais qualquer liberdade”. (Mons. Lefebvre, conferência de 22 de Agosto de 1979, no Priorado de São Pio X em Shawinigan, Quebec)[96].
Hervé Ryssen diz que, para saber quem governa o mundo, basta perguntar-se quem não tem o direito de criticar.
2) “No sentido místico, a figueira é símbolo da sinagoga. Quando este começar a vegetar e a recobrir-se com orgulho de seus pecados, como de folhas verdejantes, então está próximo o verão [está próximo o mormaço da perseguição]. O tempo do Anticristo é dito abominação, porque ele é contra Deus, para usurpar a honra que é devida somente a Deus. Os Judeus o receberão para que ele se assente no lugar mais sagrado do templo, e os infiéis lhe renda honras divinas. E, como o caráter particular do erro dos Judeus, após ter rejeitado a verdade, será o de abraçar a mentira, o Salvador ordenou a seus discípulos de abandonar a Judéia e de fugir para as montanhas, evitais esse povo que deve crer no Anticristo”. (Santo Hilário, em 380, a propósito do Evangelho do fim dos tempos, citado por São Tomé).
3) “À medida que o mundo se aproximar de seu fim, os maus e os sedutores aumentarão mais e mais. Não se encontrará quase nenhuma fé sobre a Terra, isto é, esta terá quase desaparecido de todas as instituições terrenas. Os próprios crentes atrever-se-ão apenas a fazer apenas uma profissão de fé pública e social do seu credo. A Igreja, sociedade sem dúvida sempre visível, será cada vez mais reduzida a proporções simplesmente individuais e domésticas. Para a Igreja na Terra haverá como uma verdadeira derrota: “à besta foi permitido fazer guerra aos santos e vencê-los” (Ap. 13:7) (Discurso de Mons. Pie em Nantes, 8 de novembro de 1859[97]).
4) “Alguém me acusa de ser rígida e de perturbar os espíritos. No processo revolucionário que desarma, esta acusação é normal (...) Nos opõem um absoluto provisório e enganador: a tranquilidade das gentes. Perturbar advertindo acerca de um perigo mortal; perturbar dizendo: “a maré vai esmagá-los” ou “eis o incêndio,” é coisa dura. É falta de tato. Como se o choque, o despertar, a surpresa, a emoção não fossem alarmes naturais. Dizer que é preciso saltar, nadar, resistir: seria este o mal? E não, ao invés, o naufrágio e o afogamento? Esta paz enganadora que é o sonos na desordem, Nosso Senhor a amaldiçoou quando disse: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada. – A minha paz não é a do mundo”. Mas a palavra “rígida” desarma. Não se ouça responder: “Na revolução, apenas as almas firmes são preservadas; apenas aquelas agarradas ao Altíssimo não serão varridas pelo vento revolucionário”. (...) Alguns leitores deploram que a heresia não seja clara em 1970 como no século XVI. Pelo menos naquela época, dizem eles, sabia-se o que esperar. Visão bem ingênua – a heresia aparecia de cara apenas aos olhos dos perspicazes... no início não havia “crentes” e “descrentes”, mas pontos de vistas tacanhos [pretos] e pontos de vista amplos [cor-de-rosa]”. (Luce Quenette, Itinéraire N. 143, maio de 1970).
Eu prefiro mil vezes o meu lugar de perseguido, mas em paz, que o daqueles que enganaram e desfiguraram a nossa Fraternidade. Meu escopo é o de espalhar a paz defendendo a verdade violada. E esta paz é a de Cristo, não a do mundo.
A Fraternidade está prestes a mudar por culpa de seus maus líderes. Seus embustes e os seus fracassos têm sido comprovados o suficiente. Não é mais o momento de escrever, mas de agir. A política de Menzingen é desonesta e liberal. Esta situação perdurou demais, ela deve cessar e cessará.
Seja qual for o sacerdote da Fraternidade, o seu direito de exercer o ministério vem dos fiéis: é um direito de suplência. Eu sou sacerdote para difundir Cristo e combater seus inimigos. O meu Priorado é a França. Vós podeis contar com a minha disponibilidade. Onde quer que estejais na França, pedi os nossos serviços e nós vos visitaremos. Nós vos ajudaremos a se protegerem contra o liberalismo que nos mina. Entrai em contato com os sites amigos: La Sapinière, Avec l'Immaculée, Un Eveque s'est leve... e tereis minhas informações de contato.
Rezai por mim, e que Deus vos abençoe.
Fonte: Non Possumus.
Tradução (do Italiano): Giulia d'Amore di Ugento.
Sem revisão final.
Tradução (do Italiano): Giulia d'Amore di Ugento.
Sem revisão final.
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NOTAS DE TRADUÇÃO
[96] Texto não disponível na web.
[97] Ler em “O Cardeal Pie, Dom Guéranger e o Evangelho sobre a Crise Eclesiástica”. Online (em Português).
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