Como prometido, publico a excelente conferência do Rev. Pe. Rioult em capítulos, para seres melhor refletidos e considerados, sobretudo por aqueles que tem preguiça de ler texto longo, ou textos mais complexos. Meus comentários iniciais não são imprescindíveis e, portanto, ficarão no texto completo. Os números em rosa são as notas de tradução; em verde, os comentários da tradutora.
“A Fraternidade está prestes a mudar por culpa de seus maus líderes. Seus embustes e os seus fracassos têm sido comprovados o suficiente. Não é mais o momento de escrever, mas de agir. A política de Menzingen é desonesta e liberal. Esta situação perdurou demais, ela deve cessar e cessará”
A crise na Fraternidade
Conferência de Pe. Olivier Rioult, FSSPX[1]12 de maio de 2013
O texto da conferência foi publicado pelo site francês Avec l'Immaculée.
Os grifos em vermelho, os negritos e as notas são do site francês.
A tradução e o layout são nossos[2].
CAPÍTULO I
_____________Nota de adesão
Pe. Jean Michel Faure, um dos membros do Capítulo de 2012, vendo-se impossibilitado de vir à minha conferência, enviou algumas linhas:
Transmiti-lhe as minhas felicitações e meu apoio. Eu entrei em Ecône em 1972 e conheci muito bem Mons. Lefebvre. Não tenho dúvida de que ele aprovaria a decisão de Pe. Rioult, que é também a minha.Em união de oração.Pe. Jean Michel Faure
_____________
Queridos amigos,
Hoje, quero lhes explicar o sofrimento dos padres da Fraternidade.
Vou lhes expor fatos dolorosos, mas, por caridade, não me acusem de ser violento; são as coisas que lhes descreverei que o são. É a situação que vivemos na Fraternidade que é violenta, eu não o sou mesmo; eu simplesmente a vejo, a denuncio, lamento e sofro por isso.
Por que voltar a falar dos eventos dolorosos, que já passaram, ao invés de permitir que se feche a ferida, uma vez que Mons. Fellay não assinou?
Porque estes eventos passados são gravíssimos e, principalmente, porque eles perduram até hoje.
Mas, antes de enfrentar o assunto, duas preciosas colocações sobre a caridade da verdade de Dom Felix Sardá y Salvany, extraídas de seu livro “Le libéralisme est un péché” [O liberalismo é um pecado] [um livro que deve ser lido![4]] (1).
1 “Não se comete nenhum pecado contra a caridade ao chamar de “mal” ao mal, e de “maus” as autores, defensores e discípulos do mal. O lobo sempre foi chamado simplesmente de lobo, e chamando-o assim nunca se pensou em fazer mal ao rebanho e ao seu mestre”.2 “As ideias não se sustentam, de alguma forma, por si sós, não se difundem nem se propagam sozinhas (...) Os autores e os propagadores das doutrinas heréticas são soldados. Suas armas são o livro, o jornal, o discurso público, a influência pessoal. (...) A primeira coisa a se fazer, a mais eficaz, é eliminar o agente infectante. Convém, em seguida, remover toda a autoridade e todo crédito do livro, do jornal, do discurso público do inimigo, mas convém também, em alguns casos, fazer o mesmo com sua pessoa; sim, com a sua pessoa, que é, incontestavelmente, o elemento principal de batalha. Assim, em certos casos, é lícito revelar ao público as suas infâmias, ridicularizar seus hábitos, arrastar seu nome na lama. Sim, leitor, isso é permitido, permitido em prosa, em versos, em caricatura, em um tom sério ou brincalhão, com todos os meios e procedimentos que possam ser inventados. O que importa apenas é não se colocar a mentira a serviço da justiça”.
“Mas Mons. Fellay e os seus [de Pe. Rioult] confrades acordistas não são hereges”.
Claro, é óbvio, mas escutai essas reflexões do Papa Pio IX:“Nestes tempos de confusão e de desordem, não é incomum ver uns cristãos, uns católicos, e até mesmo no clero secular e nos claustros, que têm sempre nos lábios palavras medidas, de reconciliação, de negociação. Pois bem! Eu não hesito em dizer: esses homens estão no erro, e eu não os considero inimigos menos perigosos para a Igreja. Nós vivemos em uma atmosfera corrupta, pestilencial; saibamos nos preservar; não nos deixemos envenenar pelas falsas doutrinas que tudo perdem sob o pretexto de salvar tudo”.
Os liberais, gente conciliante, são, portanto, inimigos da Igreja, que tudo perdem sob o pretexto de salvar tudo! Lembremo-nos disso!
Para destacar a violência que reina hoje na Fraternidade, é necessário analisar os textos, e para isso é indispensável algum material: olhos para ler e ouvidos para ouvir, uma inteligência para compreender o sentido das palavras e, acima de tudo, um par de óculos cor-de-rosa[5], um par preto e um par normal...
Continua... CAPÍTULO II
Fonte: Non Possumus.
Tradução (do Italiano): Giulia d'Amore di Ugento.
Sem revisão final.
Tradução (do Italiano): Giulia d'Amore di Ugento.
Sem revisão final.
______________________________________
NOTAS (ORIGINAIS)
1 - Le libéralisme est un péché [O liberalismo é um pecado], caps. 22, 23 e 27.
1 - Le libéralisme est un péché [O liberalismo é um pecado], caps. 22, 23 e 27.
NOTAS DE TRADUÇÃO
[1] Padre Rioult é este.
[2] A tradução para o italiano e o layout são do Una Vox.
[3] O PDF em Português.
[5] Remete ao célebre discurso de dom Fellay, onde faz alusão ao uso de óculos cor-de-rosa. Retomado, depois, por dom Tissier. Mencionado na Carta dos 37 Padres e bem criticado pelo Irmão Joaquim Daniel Maria de Sant’Ana, entre outras coisas.
*