Um Bispo Inconveniente: A Verdade Sobre Richard Williamson
por Edwin Faust
A Igreja tornou-se cada vez mais solícita com sua imagem pública. Os meios de comunicação aplaudiram o Papa João XXIII, que queria abrir as janelas da Igreja para deixar entrar o ar do mundo moderno. Mas a Igreja pagou um preço alto pela aprovação de curta duração da mídia, e a brisa da modernidade foi varrida junto aos volúveis ventos da opinião pública.
Seja qual for a diferença que Dom Williamson possa estar tendo com a liderança da Fraternidade São Pio X, qualquer avaliação honesta acerca de sua definitiva expulsão da FSSPX teria que principiar pelo incidente que fez com que o seu Superior o removesse do Ministério público e o isolasse.
Mons. Williamson é da opinião de que as câmaras de gás não foram utilizadas no extermínio de Judeus perpetrado pelos Nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele aceita as conclusões de um disputados estudo científico conhecido como “Relatório Leuchter” [PDF (em Italiano)]. Consequentemente, Sua Excelência entende que o número de Judeus mortos nos campos de concentração possa estar mais perto de um milhão e meio, ao invés de seis milhões [Para a Cruz Vermelha, teriam sido 300.000, segundo um relatório de 66 páginas feito em 1948 e que vasou no site WikiLeaks]. Ele disse isso durante uma entrevista para a televisão sueca realizada [ardilosamente] na Alemanha.
Foi esta opinião que realmente fez com que Richard Williamson se tornasse um problema para a FSSPX e seus adeptos que querem um acordo com o Vaticano. Mons. Williamson foi julgado e considerado culpado pelo crime de Negação do Holocausto, segundo a lei Alemã. Ele foi extraoficialmente considerado culpado de ser inconveniente pela FSSPX e a Santa Sé.
A expulsão de Sua Excelência da FSSPX foi consumada em Outubro. E foi imediatamente seguida por um anúncio por parte das autoridades do Vaticano de que as negociações com a FSSPX não haviam chegado ao fim ou a uma paralisação, como pensado anteriormente, mas que era necessário paciência e esperança para uma reconciliação ainda demasiado viva. Coincidência?
Seja qual for a diferença que Dom Williamson possa estar tendo com a liderança da Fraternidade São Pio X, qualquer avaliação honesta acerca de sua definitiva expulsão da FSSPX teria que principiar pelo incidente que fez com que o seu Superior o removesse do Ministério público e o isolasse.
Mons. Williamson é da opinião de que as câmaras de gás não foram utilizadas no extermínio de Judeus perpetrado pelos Nazistas, durante a Segunda Guerra Mundial. Ele aceita as conclusões de um disputados estudo científico conhecido como “Relatório Leuchter” [PDF (em Italiano)]. Consequentemente, Sua Excelência entende que o número de Judeus mortos nos campos de concentração possa estar mais perto de um milhão e meio, ao invés de seis milhões [Para a Cruz Vermelha, teriam sido 300.000, segundo um relatório de 66 páginas feito em 1948 e que vasou no site WikiLeaks]. Ele disse isso durante uma entrevista para a televisão sueca realizada [ardilosamente] na Alemanha.
Foi esta opinião que realmente fez com que Richard Williamson se tornasse um problema para a FSSPX e seus adeptos que querem um acordo com o Vaticano. Mons. Williamson foi julgado e considerado culpado pelo crime de Negação do Holocausto, segundo a lei Alemã. Ele foi extraoficialmente considerado culpado de ser inconveniente pela FSSPX e a Santa Sé.
A expulsão de Sua Excelência da FSSPX foi consumada em Outubro. E foi imediatamente seguida por um anúncio por parte das autoridades do Vaticano de que as negociações com a FSSPX não haviam chegado ao fim ou a uma paralisação, como pensado anteriormente, mas que era necessário paciência e esperança para uma reconciliação ainda demasiado viva. Coincidência?
Organizações judaicas que mantêm relações com o Vaticano denunciaram o levantamento das excomunhões dos Bispos da FSSPX, fazendo notar que um “negador do Holocausto” estava entre eles. O porta-voz do Papa disse que o Santo Padre não sabia dos comentários de Mons. Williamson na época do decreto, o que implica que tal conhecimento, se houvesse existido, poderia ter afetado o levantamento das excomunhões.
Sem analisar o mérito da opinião de Mons. Williamson sobre o “Relatório Leuchter”, não seria pertinente perguntar o que tal opinião tem a ver com a Fé católica? É preciso subscrever uma específica versão da História para ser qualificado a praticar um ministério episcopal no seio da Igreja Católica? Poderíamos também perguntar: Em que medida autoridade eclesiástica foi estendida, de fato, aos tribunais alemães, às organizações judaicas e aos meios de comunicação populares?
Mons. Williamson foi removido de seu cargo de reitor do Seminário da FSSPX da América do Sul e exilado em Wimbledon, não por transgressão a uma lei de sua fraternidade sacerdotal, não por qualquer infração ao direito canônico, não por qualquer dissenso, público ou privado, acerca da doutrina dogmática da Igreja. Mons. Williamson foi destituído de seu ministério e escondido da vista do público por ser um problema de relações públicas.
Se Dom Williamson tivesse se retratado de sua opinião, pedido desculpas a todos os que foram ostensivamente ofendidos por ela, pago sua multa ao tribunal e feito seu mea culpa perante seu Superior, tudo poderia estar bem. O problema é: Ele é um homem honesto.
Ele não foi convencido de que está errado em sua opinião, e ele sabe que não transgrediu qualquer disciplina ou doutrina da Igreja. Ele continuou falando sua opinião através de seu blog. E ele foi sincero em afirmar a sua posição em relação a um acordo entre a FSSPX e o Vaticano: Ele entende que ainda não tenha chegado o momento para que a FSSPX possa confiar na ortodoxia e nas boas intenções das autoridades romanas.
Ele se opõe aos esforços nesse direção de seu Superior, mons. Fellay, e tem apelado por uma nova liderança na FSSPX. Se isso merece a sua expulsão da Fraternidade é uma pergunta que é melhor deixar para os membros da fraternidade. Mas a eliminação do Bispo Williamson certamente alivia a FSSPX de um problema de relações públicas e facilita qualquer possível acordo que possa estar em andamento com uma Cúria Romana fortemente sensível à mídia. Naturalmente, aqueles que aprovam a expulsão de Dom Williamson podem não perceber que a acusação de antissemitismo continuará a ser dirigida à Igreja Católica sob qualquer pretexto possível, uma vez que é a própria Fé que muitos Judeus acham ofensiva.
Qualquer pessoa que conheça Dom Williamson percebe que sua integridade é inquestionável, assim como sua caridade. Não importa quão impopulares sejam suas opiniões, elas não são formadas por maldade, mas por uma honesta convicção. Ele pode ser julgado excêntrico, e até mesmo imprudente. Mas ele é Católico até a alma. E isso pode ser o cerne do problema. Chegou a hora de reconhecê-lo.
Fonte: Fátima.org
Sem analisar o mérito da opinião de Mons. Williamson sobre o “Relatório Leuchter”, não seria pertinente perguntar o que tal opinião tem a ver com a Fé católica? É preciso subscrever uma específica versão da História para ser qualificado a praticar um ministério episcopal no seio da Igreja Católica? Poderíamos também perguntar: Em que medida autoridade eclesiástica foi estendida, de fato, aos tribunais alemães, às organizações judaicas e aos meios de comunicação populares?
Mons. Williamson foi removido de seu cargo de reitor do Seminário da FSSPX da América do Sul e exilado em Wimbledon, não por transgressão a uma lei de sua fraternidade sacerdotal, não por qualquer infração ao direito canônico, não por qualquer dissenso, público ou privado, acerca da doutrina dogmática da Igreja. Mons. Williamson foi destituído de seu ministério e escondido da vista do público por ser um problema de relações públicas.
Se Dom Williamson tivesse se retratado de sua opinião, pedido desculpas a todos os que foram ostensivamente ofendidos por ela, pago sua multa ao tribunal e feito seu mea culpa perante seu Superior, tudo poderia estar bem. O problema é: Ele é um homem honesto.
Ele não foi convencido de que está errado em sua opinião, e ele sabe que não transgrediu qualquer disciplina ou doutrina da Igreja. Ele continuou falando sua opinião através de seu blog. E ele foi sincero em afirmar a sua posição em relação a um acordo entre a FSSPX e o Vaticano: Ele entende que ainda não tenha chegado o momento para que a FSSPX possa confiar na ortodoxia e nas boas intenções das autoridades romanas.
Ele se opõe aos esforços nesse direção de seu Superior, mons. Fellay, e tem apelado por uma nova liderança na FSSPX. Se isso merece a sua expulsão da Fraternidade é uma pergunta que é melhor deixar para os membros da fraternidade. Mas a eliminação do Bispo Williamson certamente alivia a FSSPX de um problema de relações públicas e facilita qualquer possível acordo que possa estar em andamento com uma Cúria Romana fortemente sensível à mídia. Naturalmente, aqueles que aprovam a expulsão de Dom Williamson podem não perceber que a acusação de antissemitismo continuará a ser dirigida à Igreja Católica sob qualquer pretexto possível, uma vez que é a própria Fé que muitos Judeus acham ofensiva.
Qualquer pessoa que conheça Dom Williamson percebe que sua integridade é inquestionável, assim como sua caridade. Não importa quão impopulares sejam suas opiniões, elas não são formadas por maldade, mas por uma honesta convicção. Ele pode ser julgado excêntrico, e até mesmo imprudente. Mas ele é Católico até a alma. E isso pode ser o cerne do problema. Chegou a hora de reconhecê-lo.
Fonte: Fátima.org
Tradução: Giulia d'Amore
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