NEO-PAGANISMO
O Triunfo do Cristianismo sobre o Paganismo de Gustave Doré clique para ampliar |
A reflexão de hoje é sobre o Neo-Paganismo, que retorna implacavelmente. Contemplando a pintura de Gustave Doré, vemos nitidamente a LUZ que o Cristianismo contrapôs às trevas do Paganismo, testemunhando diante do Mundo que há um Deus, um único Deus, e não deuses “humanizados”, cheios de defeitos, vícios e pecados... como nós; deuses semelhantes a nós (a nossa imagem e semelhança).
A primeira vez que Deus separou as trevas da luz foi na Criação: "E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas" (Gênesis 1,3-4). Com Cristo, como na pintura de Doré, mais uma vez Deus separa as trevas da luz, iluminando o intelecto humano para elevá-lo aos Céus.
E foi assim nos últimos 2000 anos. Mas o Homem moderno, que criou outro deus para si: ele mesmo, prefere as trevas, porque nas trevas se esconde de Deus, como Adão, quando pecou: "E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me." (Gênesis 3,8-10).
Na parte inferior da pintura, vemos todo o Olimpo grego, com todos os seus falsos deuses, sendo destruído pela Verdade. Na parte superior, vemos a própria Verdade, Nosso Senhor Jesus Cristo, glorioso e no comando de Seus Santos Anjos, aniquilando o Paganismo, o Erro (as heresias), as trevas.
Abaixo, se vê a “vitória da carne” sendo derrocada. Acima é a vitória do espírito em toda sua glória.
Hoje, vemos o Paganismo renascendo e se impondo a passos largos, graças à nova religião do “eu”. Um ser finito e tolo que acha que se basta. Não pode acrescentar um palmo à sua altura, um dia à sua vida, e se crê Senhor de si mesmo...
Uma das armas do Neo-paganismo é a destruição dos laços familiares. Abaixo um texto de Gregorio Vivanco Lopes, do ABIM, que vem muito a propósito. Enviei no mesmo dia em que o recebi a nosso grupo de e-mails (quem quiser se juntar ao grupo, para receber nossos e-mails, envie um e-mail no formulário de contato no menu lateral), com um comentário meu, que transcrevo a seguir:
Uma realidade bem diante de nossos olhos. Voltamos ao Paganismo. É a era do Neo-Paganismo. Também é a era do Egocentrismo I, pois nada está acima do bem estar e da "felicidade" do "eu", do individual, nem a família, nem o bem comum, muito menos Deus. E consideramos que é possível que o Homem deste século tenha se endeusado mesmo sabendo que Deus é. Mas, pelo que leio, pelo que ouço, me fica cada dia mais claro que, para o Homem de hoje, Deus "não existe", é uma ficção, uma "lenda criada para escravizá-lo". As trevas voltaram a cobrir a Terra.
A impiedade anterior aos tempos Cristãos, que vemos reproduzir-se agora, é o sintoma mais evidente de que vivemos tempos de trevas, de barbárie. A crueldade explícita e gratuita para com o semelhante e, também, com toda a Criação, é o sacrifício, a oferenda aos ídolos mais óbvia. Milhões de bebês abortados, eutanásia, perversão, crueldade contra os animais (nada a ver com ecologismo, pessoal, porque devemos amar a Criação e dela desfrutar sem abuso), descuido e desperdícios contra a natureza (de novo, nada a ver com ecologismo!), subversão social e familiar, inversão de valores, ideologia de gênero, lobby gay, pedofilia, zoofilia, imoralidades "normalizadas", incesto, adultério, homicídio, corrupção moral e política, desprezo pela vida humana, dessacralização da Religião... a lista é longa. E tudo começou, todo esse ataque a Deus, a esse Deus tão bom que imolou Seu Filho para nos resgatar das garras do pecado e nos dar o Céu, tudo começou com o ataque à celula mater da Sociedade: a família.
Ao texto:
Fenece o vínculo mãe-filho
por Gregorio Vivanco Lopes
O leitor notou que praticamente não se fala mais em amor filial nem mesmo em amor materno?
Exaltada durante todo o século XIX e grande parte do século XX como o vínculo sagrado por excelência nas relações humanas, a intimidade mãe-filho parece ter perdido seu viço neste século XXI, como uma flor que murchou.
O que se encontra na literatura, na pintura e nas artes em geral dos séculos passados, exaltando o amor recíproco mãe-filho, é admirável e abundante. E tal sublimação artística constituía apenas um reflexo da realidade social então vigente.
O filho podia ter-se tornado o pior dos homens, abandonado de todos e vilipendiado até pelos amigos mais próximos; a última coisa que o acompanhava, onde quer que seus crimes o tivessem levado, era o amor materno. Este nunca o abandonava.
Reciprocamente, a mãe era sempre a figura venerada pelo filho. Ele poderia tolerar qualquer ofensa a si mesmo, a seus íntimos e até a seu pai, mas uma ofensa a sua mãe o transportava de indignação e o fazia sair de si de cólera.
O que aconteceu para que esse vínculo, que parecia impossível ser rompido, fosse se adelgaçando, adelgaçando, até praticamente se dissolver nos dias de hoje?
Antes de responder a essa dolorosa pergunta, vejamos rapidamente alguns exemplos chocantes, todos desta década.
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Silvana, de 48 anos, é acusada de matar por asfixia a própria filha e de esconder o corpo da criança, para se vingar do ex-marido. O caso aconteceu em Santa Catarina e chocou a cidade de Tubarão. (“Notícias R7”, 16-4-13).
Uma idosa de 79 anos foi espancada até a morte pelo próprio filho na noite desta terça-feira, 12, no município de Gravataí, na região metropolitana de Porto Alegre, dentro da casa da família. O rapaz utilizou uma escada para matar a mãe. (“O Estado de S. Paulo”, 13-1-16).
Uma mulher matou o próprio filho de quatro anos na zona norte de São Paulo, afogando-o na pia do banheiro. Quando a polícia chegou, a mulher confessou que matou a criança, pois o filho estava possuído pelo demônio. (“Jornal da Band – Notícias”, 15-10-15).
Um sírio de 20 anos executou em público a mãe, após ela tentar convencê-lo a abandonar o grupo extremista EI. A mãe [foi] implorar ao filho que retornasse para casa, pois temia a morte dele nos bombardeios à cidade. O jovem informou aos superiores, que determinaram a detenção da mulher. Após a detenção, o próprio filho recebeu a ordem de executar a mãe com um tiro na cabeça, diante de quase 100 pessoas reunidas em uma praça de Raqqa. (“O Estado de S. Paulo”, 9-1-16).
Desde o início do ano, mais de uma dezena de mães assassinaram seus filhos no Brasil. Quem o desejar, confira quais foram os casos mais chocantes. (“Portal Terra”, setembro/2010).
No fim de 2014, no Jaçanã, zona norte de São Paulo, uma mãe foi morta [por seus filhos] com golpes de martelo. Os dois irmãos vão responder por latrocínio qualificado por motivo fútil. (“Jornal da Band”, 27-2-15).
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Esses são exemplos extremos de uma realidade mais ampla que é a agonia do amor recíproco mãe-filho.
Por mais que esse vínculo seja sagrado na ordem natural, ele não resistiu à onda de paganização geral da sociedade moderna: divórcio, controle artificial da natalidade, aborto, feminismo etc. Pois só a civilização cristã, modelada pela graça de Deus, mantém e vivifica as instituições humanas, mesmo as mais arraigadas.
Afastando-se de Deus e de sua santa Religião, tudo fenece, tudo degringola.
Embora algum tempo atrás o desaparecimento do amor entre a mãe e o filho pudesse parecer impossível, entretanto a realidade aí está a desmentir essa ilusão, e a confirmar que fora das vias sagradas da civilização cristã nada de bom se mantém.
(*) Gregorio Vivanco Lopes é advogado e colaborador da ABIM (Agência Boa Imprensa).
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Como é triste encarar a realidade em que vivemos atualmente. A coisa mais sagrada proposta por Deus, a família cristã, sendo desfeita pelo paganismo vivido atualmente, onde somente o que importa é o "eu". Que Cristo volte logo a reinar no mundo. =(
ResponderExcluirAmém! O quanto antes!
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