Publico e assino embaixo. Eu também sou testemunha de muito disto, e de quanto o Padre Cardozo não gostaria, por óbvias razões, que se tornasse pública a ajuda substanciosa que, por diversas vezes, deu ao Mosteiro da Santa Cruz, e de quanto é reconhecidamente devedor da acolhida do Mosteiro, em 2012, mas às vezes é necessário por os pingos nos "is" porque há pessoas que não estão prestando atenção ao que importa: o fato de que a DOUTRINA e a MORAL estão sendo pervertidas com a complacência do novo bispo sem os três "s". Por outro lado, quem me conhece sabe que eu detesto, abomino mesmo é a ingratidão! É típico de gentuça! E, vejam!, não estou dizendo que o Mosteiro deve apoiar o Padre Cardozo por gratidão!!! Deus nos livre dos interesseiros de qualquer tipo!!! Quem apoia o Padre Cardozo está apoiando o combate pela Fé, está apoiando o próprio Monsenhor Lefebvre. O que estou dizendo - e preciso ser bem clara, quero ser bem clara! - é que, por uma mitra, houve uma grande traição à Fé e uma pequena traição à amizade. Que durmam com isso, os pérfidos! Grifos e escolha da ilustração nossos.
Fonte: http://missaonsg.blogspot.com.br/2016/04/a-ingratidao-de-um-pequeno-homem.html.
A ingratidão de um pequeno homem
Esta nas sagradas letras: "Quando deres esmola, que tua mão esquerda não saiba o que fez a direita." (São Mateus 6,3) e também está escrito: "Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a reta justiça." (São João 7,24).
Começo este artigo porque sempre o que escrevo neste blog, entre outros objetivos, faço para pontuar o que diz São João. Mais adiante justificarei o Evangelho de São Mateus. E digo, antes que comece o "mimimi", que o faço por livre e espontânea vontade, sem nenhum pedido ou interferência do padre, que, pelo contrário, até não faz muito questão dessas coisas. Não sei se sou inteiramente justo, pois tal virtude em sua plenitude só Deus, mas tento fazer conforme alcanço a percepção dos fatos.
Bom, recebi a 2 ou 3 dias atrás o seguinte post do blog Reconquista anunciando a "turnê pastoral de Dom Tomas de Aquino pelo estado de Minas Gerais". Mas diante do fato relatado, quero com este artigo contar algumas coisas acontecidas ao longo dos 4 anos que faço parte do apostolado de Padre Cardozo.
Lá pelo idos de 2011/2012, recebemos a notícia de um sacerdote muito bom (e hoje sabemos que é mesmo) que fazia visitas a fiéis, celebrava missas no rito de sempre, tinha boa doutrina. Resolvemos através de nosso confrade Rafael Horta convidá-lo para vir até a cidade de Betim. Ali começava uma história.
Penso eu que Padre Cardozo já visitava João Monlevade, passou a visitar Ipatinga, Pouso Alegre, Guaranésia, e hoje o apostolado do padre só não atinge mais cidades porque ele é um só. Ao todo são 3 cidades na Argentina, 6 do México, 1 no Paraguay, 1 nos EUA, e 10 missões no Brasil. Algumas visitadas com mais frequência, outras com menos frequência. Quem dera pudéssemos ter um Padre Cardozo em cada cidade. Quem dera.
Lembro que, certa vez alguém que não vem ao caso disse-nos que Padre Cardozo "populou" o Mosteiro de Santa Cruz. Poucos o visitavam. Eu mesmo passei a frequentar o Mosteiro graças ao apostolado de Padre Cardozo. Alguns fiéis transferiram sua moradia para a região do Mosteiro graças ao apostolado do Padre. Eu mesmo cheguei a alterar os planos de minha vida para ir até Nova Friburgo. Outro disse assim: "Talvez a sagração de Dom Tomás estará mais vazia este ano. Foi Minas Gerais que encheu o Mosteiro na Sagração de Msr Faure." Seminaristas? Algumas indicações. Alguns acharam melhor parar pelo caminho, outros avançam no caminho do sacerdócio. Não importa muito, fiéis que despertaram sua possível vocação como fruto do apostolado de Padre Cardozo. Ajuda financeira? Muita. Digo que, como "pessoa física", talvez foi um dos maiores mantenedores do Mosteiro. Talvez. Deus sabe. Sou prova disso. Estava com Padre Cardozo uma vez, no carro, e ele então recebe uma ligação. Um pedido de ajuda financeira, e não era pouco. Não era muito, sabendo das despesas que uma escola infantil pode dar, mas não era pouco para uma pessoa só. Padre Cardozo respondeu assim: "Já enviei este dinheiro ontem". Aqui, recorro, então, ao que diz o Evangelho de São Mateus. A mão esquerda não precisa saber o que a direita faz. Padre Cardozo não contou isso a ninguém, mas eu estou contando. Chegou a oferecer o custeio de um professor de francês para os seminaristas do Mosteiro. Enfim, vários bons frutos. E em tempos que se discute e se deturpa o Evangelho de Nosso Senhor, é perfeitamente possível reconhecer a árvore pelos frutos. Boa árvore, e como explicitou Dom Tomás, se é a vontade perversa que dá maus frutos, é a sã vontade que dá os bons. Árvore boa, então, reconhecida.
E por que digo isso tudo? Dom Tomás sai agora, como que pra tapar os buracos, a socorrer os fiéis que "escaparam" das garras de Padre Cardozo. Os desistentes. Estes mesmos que Dom Williamson diz agora que estão cansados, desistindo do combate. Ocupantes do buraco gerado pela imprudência do próprio Dom Williamson, vítimas do caos já anunciado. O porque disso tudo? Deus sabe, e estabelecerá o juízo mais severo quanto maior o grau do imprudente. Em tempos de crise, precisávamos de bispos a altura. Deus nos deu um só, ou melhor dois: Dom Marcel Lefebvre e Dom Antonio de Castro Mayer. Os que ficaram, mudaram o "script". Os dois bispos agiram conforme o combate exigia. Dom Lefebvre chegou a assinar documentos do CVII. Dom Castro Mayer chegou a recomendar a comunhão na missa nova. Viram o seu erro. "Eu fui longe demais", penitenciou-se Dom Lefebvre, ao negociar o acordo com Roma. Disse aos seus padres e seminaristas que era obrigação de todo padre manter-se longe da igreja conciliar para não perder a fé. Mas, enfim, evoluíram no combate. Evoluíram. Não regrediram. Dá-se que agora escutamos que podemos ir a missa nova para "nutrir a fé". Tá bom... Eu demorei a escapar da missa protestantizada. Não, Dom Williamson. Do liberalismo de decidir por mim mesmo onde posso nutrir minha fé não quero provar mais. Prefiro a escassez de Missas. Contamos nos dedos a quantas vamos no ano. Prefiro assim. Poucas, mas seguras.
Enfim, qual a recompensa que Padre Cardozo recebeu pelos bons frutos? Um tiro pelas costas ao saber que suas Missas não eram mais recomendadas. Um tiro, porque Dom Tomás não concordou que fosse retirado o quadro da parede na capela de Ipatinga. Com o perdão da palavra: Dane-se o quadro. Padre Cardozo não estava mais com os bispos. Claro que não estava. Talvez tenha até demorado para reagir. Mas o fato é que reagiu. Graças a Deus reagiu. Ah, e se o problema é o quadro, coloquemos o de Fellay de volta nas paredes nas capelas. Afinal de contas, um bispo é um bispo.
Em tempo, tudo isso que Padre Cardozo fez tem, sim, algo de gratidão por aquilo que Dom Tomas também fez ao receber o Padre no Mosteiro, por algum tempo. Padre Cardozo retribuiu, por reconhecer a ajuda. Mas, enfim, Dom Tomás, as missões de Padre Cardozo seguem seu apostolado. Vossa Excelência segue tampando os buracos provocados por Dom Williamson. E se o blog, através do nome, sugere alguma reconquista, tiro n'água. Reconquista-se aquilo que foi conquistado e depois perdeu-se. E quem conquistou este rebanho todo foi Padre Cardozo. Podem até retirar este rebanho. Sabe-se lá quanto uma Mitra pode encantar. Não retirarão os méritos.
Eugênio Mendes.
Fonte: http://missaonsg.blogspot.com.br/2016/04/a-ingratidao-de-um-pequeno-homem.html.
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