EDITORIAL. Como Nosso Senhor é pródigo em consolações!!! Olhai os lírios do campo... Olhai para Ipatinga! O "tiro" de Gubiotti saiu pela culatra, e tudo o que conseguiu foi fortalecer ainda mais os bravos CATÓLICOS da Missão Cristo Rei. O martírio, meus caros, não é feito apenas de sangue! E se o sangue dos mártires é fermento de Fé, as calúnias também têm efeitos colaterais similares! Sobretudo em terreno fértil, no coração daqueles que buscam sinceramente a Verdade. De certa forma: muchas gracias Dom Marquito!!!
Papelão mesmo quem fez foi o Fratres In Unum! Destilando um veneno amargo contra a "Resistência" (1), não só no próprio post "Católicos tradicionalistas sofrem revés em Minas Gerais" (2), mas mais claramente na atualização elaborada "com o compromisso de informar aos católicos do Brasil" e em um comentário, nos quais, POR TRÊS VEZES, abre espaço para os "reverendíssimos" modernistas do IBP, mas não para a Resistência.
O Fratres já está sintonizado com Francisco, que recebe a todos, menos aos CATÓLICOS. Belo sentido de justiça! Mas não podemos negar que o Fratres também está sendo coerente com o modus operandi de Fellay, o qual, imitando, por sua vez, a Francisco, aceita qualquer um nas missas, menos os resistentes, que são fulminados com excomunhão instantânea!
Já perceberam a correlação?
Assim, vê-se que o espírito liberal já se esparramou de tal forma nos ambientes felleianos que o Fratres, como Pfluger e como Pilatos, usa de dois pesos e duas medidas sem constrangimento algum, colocando no mesmo nível os CATÓLICOS da Resistência e os MODERNISTAS do IBP.
E eu ainda me lembro de um tempo em que os modernistas do IBP eram tratados pelo Fratres como os modernistas que são. O que não faz uma temporada de doutrinação felleiana, cozinhando o sapo em fogo brando, com conversa mole e adocicada, até que não esboce mais nenhuma reação! São zumbis que não fazem mais uso da razão. De dar pena? Não! Pela graça de Deus, aos sermos concebidos recebemos inteligência e, no Batismo, dons em profusão para melhor usarmos a razão e nos mantermos CATÓLICOS! Uomini siete, non pecore matte!!!
Primeiro, duas premissas para não ter que explicar a todo tempo as coisas que já deveriam ser claras:
Dito isso, vamos à analise, pois o peixe sempre morre pela boca, e às vezes, é necessário desenhar para que os mais distraídos compreendam.
O Fratres, pela boca de um tal Manoel Gonzaga Castro, começa se queixando de "uma grande e lamentável divisão entre os católicos tradicionais", como se se tratasse de uma questão pessoal, de rusgas entre amigos, e não uma questão de Fé. À imitação de Pfluger, o Fratres reduz tudo a uma questão prática, como se bastasse "dialogar" para chegar a um acordo e acabar com essas brigas internas que dividem o movimento. Não soa a modernismo? Mas é exatamente isso que o Fratres prega ao usar tal expressão. Ou acham que somos todos idiotas?
Por outro lado, o Fratres, com isso, demonstra claramente o balaio felleiano a que já fiz referência e que acomoda todo tipo de sensibilidades tradicionalistas (3). Até um certo ontem, para o Fratres, somente os fiéis da FSSPX "una" eram da Tradição, e os outros, quando muito, eram contido entre aspas irônicas, como ele faz agora com a Resistência, naquela típica atitude sectária de ser amigos de infância hoje e inimigos mortais amanhã que costuma distinguir os sectários. Especialmente os que passaram pela "Montfort" do finado Fedeli.
Na verdade, se você prestar atenção ao público que costuma comentar no Fratres, atualmente, notará que todos (felleianos, IBPs, modernistas, RCCs etc.) se abraçam e cantam Cumbayá ao redor de uma mesma idílica fogueira da amizade, porque se faz necessário um "reposicionamento" (4) que exige mais flexibilidade doutrinária para encaixar o que resta de doutrina católica na doutrina bergogliana, para "manter a mente aberta!", como diria Pfluger, que chama aos resistentes de "mente fechada". Mas... cuidado!, se abrirem demais a mente pode ser que caiam para fora dela. Irremediavelmente. Como o demonstram à saciedade alguns ralliés ligados à ex-FSSPX.
Não, Fratres, na Tradição não há divisão alguma. Agora, entre os "Ecclesia Dei" (de fato e de direito), não se pode dizer o mesmo!
O Fratres, que nada sabe acerca de resistir, acredita piamente que a Resistência sofreu um revés, mas eu pergunto: que revés, fratello? Não sei o IBP, mas a Resistência vai bem, obrigada!, e avançando sempre, apesar dos (ou graças aos) latidos do Gubiotti. Se tivesse ficado calado, este não teria dado tanta publicidade à TRADIÇÃO que ainda vive não só em Minas, mas pelo Brasil afora e fora dele, graças ao incansável e sacrificado trabalho do Rev. Padre Cardozo, correspondido em pleno pelos resistentes!
Como se não bastasse, o Fratres aduz que, tanto os católicos da Resistência quanto os modernistas do IBP, "sofreram reveses por causa da oposição das autoridades eclesiásticas de Minas Gerais". Mais uma pergunta: que autoridades eclesiásticas, fratello? Desde quando as "autoridades eclesiásticas" modernistas têm alguma autoridade de fato e/ou de direito sobre os CATÓLICOS?
Depois de explicar qual é a ingerência do Gubiotti (5) na Resistência e do Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo (6) no IBP, o Fratres se desmancha em salamaleques com os dois padres "instalados em São Paulo", intitulando-os de "reverendíssimos": o Pe. Renato Coelho e o Pe. Luiz Fernando Pasquotto. Segundo o Fratres, em uma visita a BH, durante a missa, o jovem Pasqualotto deixou "perplexos" alguns fiéis ao avisar que "pessoas que frequentam as capelas da chamada 'Resistência' e da FSSPX, sem maiores distinções, não poderiam comungar em uma missa do IBP".
Epa! Então, Pasqualotto também proibiu aos fiéis da ex-FSSPX de comungar nas missas do IBP! Mas, então, por que o Fratres não disse, com todas as letras, que a ex-FSSPX de Fellay também sofreu um "revés"? Que imparcialidade é essa? Ah! Sim... já vimos, desde o começo, com os termos escolhidos para se referir à Resistência, que de imparcial o texto não tem NADA.
Dai que pergunto a meus botões: por que o Fratres estaria denunciando o Pasqualotto que faz o mesmo com a ex-FSSPX?... Hummmm.
Em relação ao IBP e à ex-FSSPX... trata-se de chumbo trocado, ou seja, um proíbe os fiéis do outro de comungarem em suas respectivas missas. Em relação à Resistência é mera bobagem, porque os resistentes não vão às motumissas e, por outro lado, não expulsam ninguém da comunhão! Não por causa disso.
O Fratres segue falando do IBP, e acaba involuntariamente provando por que esse grupo é modernista, uma vez que, "diferentemente da 'Resistência', não é considerado um grupo separado em situação canônica irregular, mas se encontra em plena comunhão com a Igreja, já que oficialmente subordinado à Comissão Ecclesia Dei e à sua orientação de leitura [leia-se ADESÃO] dos documentos do Concílio Vaticão II conforme a já famosa 'hermenêutica da reforma na continuidade'...".
Bom, eu não sei se rio ou se choro... Caro fratello, a Resistência não é um "grupo separado em situação canônica irregular", e nem é porque não é "oficialmente subordinado" à Ecclesia Dei, mas porque a Resistência pertence à Igreja Católica.
O engraçado é que - vejam como o peixe morre pela boca - quem ainda não é "oficialmente subordinado" à Ecclesia Dei é a própria ex-FSSPX de Fellay! Curioso, não? Ainda não é, mas está se esforçando um bocado para o ser, basta ver o tanto que se reúnem, tanto em território bergogliano, quanto em território felleyano, para costurarem os últimos detalhes do ACORDO que dará à ex-FSSPX a regularidade canônica de que tanto precisam, o selinho de qualidade bergogliano que os fará estar em plena comunhão com a igreja conciliar!!! Pois, se não é isso, porque tantas visitinhas e tantas reuniões? Para falarem do clima de Roma ou do leite das vacas dos Alpes suíços? I see...
E o Fratres, depois de falar da "triste" situação do pessoal da "diocese" de Osasco, que também foram proibidos de ter as motumissas do IBP, que terá que continuar atendendo apenas aos "privilegiados" da Montfort, exulta de felicidade porque as missas "tradicionais" (7), "continuam em Belo Horizonte regularmente (...) a cargo da Administração Apostólica São João Maria Vianney e do Padre Íris Mesquita, sacerdote diocesano". Oba! Mais motumissas! Que felicidade! Porque o importante é ser feliz... Quanta modernidade em tão poucas linhas, fratello! Se continuar assim, logo estará publicando elogios a Dom Helder Câmara!
Mas se você, caro leitor, pensa que as demonstrações da infecção pelo modernismo no Fratres acabaram, não perde por esperar, porque no parágrafo seguinte o fratello expressa sua esperança para que haja "paz e respeito entre católicos – leigos e sacerdotes – que se dedicam à liturgia e à doutrina tradicional, apesar das divergências — que merecem e devem ser debatidas, com civilidade. E que eles sejam pelo menos tolerados pelas autoridades eclesiásticas do Brasil na atual situação de crise da Igreja: fratres in unum".
De novo não sei se rio ou se choro! Quem escreveu isso? Alguém da RCC? Já ouço a musiquinha do Cumbayá no fundo!
Nem sei por onde começar...
- Se pelos protestos por "paz e respeito", dignos de um maçom do Rotary Clube, como se pudéssemos respeitar o modernismo e seus muitos braços metidos na Igreja de Cristo!
- Ou pelo clamor por "civilidade"... quando São Paulo diz que não devemos dar sequer bom dia a um herege!
- Ou pelo "tolerados", termo preferido dos politicamente corretos. Só falta o Fratres defender os "direitos deles enquanto católicos"! Não é apenas o Helder Câmara que vai dar pinta no Fratres, mas a CNBB inteira, meu povo! Estourem a pipoca para assistir de camarote! SIC.
- Ou, enfim, pelo "situação de", que também é super-moderno: "crianças em situação de rua", "mulheres em situação de violência", "homens em situação de desemprego" etc., termos que os marxistas destruidores da sociedade costumam utilizar. E agora, no Fratres, temos que ler que a Igreja está em "situação de crise"... Bom, "temos" não, porque eu não acompanho mais esse site neo-trad-modernista. Não, sem ser obrigada pelo dever de esclarecer aos CATÓLICOS que o site virou a casaca, e agora serve a outro SENHOR. Ou não ficou claro?
Por fim, fratello, pare de dizer ASNEIRAS! CATÓLICO, é quem pertence à Igreja Católica, não quem diz que pertence. Os Ecclesia Dei podem até tatuar na testa que são católicos, só que não são, porque aderiram ao Vaticão II. Se apenas o leem ou o praticam ou o ensinam, não faz a menor diferença! Aderiram a ele! Já não são mais católicos, mas conciliares. Ou seja lá como se chama a nova igreja que surgiu do Vaticão II.
Quando as Escrituras falam em "fratres in unum" se referem exclusivamente aos CATÓLICOS, não aos que abjuraram a Fé Católica mas ainda se fantasiam de católicos e se dizem católicos, porque entendem o Catolicismo por um prisma todo particular, todo deles, como se a Verdade fosse relativa e pudesse ser sujeita à opinião pessoal de cada um.
Claro que, se qualquer um dos Ecclesia Dei - de fato ou de direito (8) - voltar à Fé Católica, abandonando o Vaticão II e tudo o que lhe diz respeito, seremos, sim, fratres in unum, mas, enquanto eles continuarem a dizer amém ao Vaticão II, com ou sem continuidade, eles NÃO PODEM se dizer católicos, porque Deus não tem duas palavras, duas Verdades. Não fundou duas Igrejas, cada qual com seus Dogmas e seus Mandamentos, e livres de escolher se podem ou não aderir às sandices da moda! Esto vir, Fratres! Esto vir!
Giulia d'Amore
___________
Notas:
1. Com aspas, que obviamente indicam ironia.
2. Sem link, porque não vou indicar a leitura de um site que já não é lá muito católico.
3. Não "tradicionais", porque isso é outra coisa, fratello!
4. Termo novo que substituiu a "regularização canônica" que, por sua vez, substituiu o "acordo", porque pegava mal!
5. Ingerência indevida, porque se trata de outra Igreja.
6. Ingerência devida, porque são todos da mesma igreja pós-conciliar. Por tanto, tecnicamente, também não se pode falar em "revés"...
7. E tem toda razão, porque tradicional nada tem a ver com Tradição Católica, mas com tradição em geral. O termo relativo à Tradição Católica é "tradicionalista".
8. "De direito" são os que aderiram oficialmente à igreja nascida do Vaticão II, como Campos, IBP, FSSP etc. "De fato" são os que, ainda que não tenham oficialmente aderido ao Vaticão II, o desejam em seu coração ou estão praticando atos positivos em direção a isso, seja confraternizando com os hereges, seja divulgando seus escritos e defendendo sua causa, seja acompanhando seus líderes, através de um reposicionalmento doutrinal, moral e ideológico, para estar em "plena comunhão" com Roma Apóstata. Não importa o nome subjetivo que deem ao acordo, o que estão fazendo é um acordo. Se enquadram no grupo dos Ecclesia Dei de fato os líderes, sacerdotes, religiosos e fiéis da ex-FSSPX.
FRATRES IN UNUM dois pesos e duas medidas |
O Fratres já está sintonizado com Francisco, que recebe a todos, menos aos CATÓLICOS. Belo sentido de justiça! Mas não podemos negar que o Fratres também está sendo coerente com o modus operandi de Fellay, o qual, imitando, por sua vez, a Francisco, aceita qualquer um nas missas, menos os resistentes, que são fulminados com excomunhão instantânea!
Já perceberam a correlação?
Assim, vê-se que o espírito liberal já se esparramou de tal forma nos ambientes felleianos que o Fratres, como Pfluger e como Pilatos, usa de dois pesos e duas medidas sem constrangimento algum, colocando no mesmo nível os CATÓLICOS da Resistência e os MODERNISTAS do IBP.
E eu ainda me lembro de um tempo em que os modernistas do IBP eram tratados pelo Fratres como os modernistas que são. O que não faz uma temporada de doutrinação felleiana, cozinhando o sapo em fogo brando, com conversa mole e adocicada, até que não esboce mais nenhuma reação! São zumbis que não fazem mais uso da razão. De dar pena? Não! Pela graça de Deus, aos sermos concebidos recebemos inteligência e, no Batismo, dons em profusão para melhor usarmos a razão e nos mantermos CATÓLICOS! Uomini siete, non pecore matte!!!
Primeiro, duas premissas para não ter que explicar a todo tempo as coisas que já deveriam ser claras:
1) Desaconselho a leitura do Fratres In Unum. Há algum tempo não acompanho mais as publicações do Fratres in Unum porque havia notado uma mudança na linha ideológica dele. Primeiro, notei uma afluência cada vez maior de modernistas, dos mais diversos tipos, que nos comentários se sentiam em casa para dizer as sandices ditadas pela ignorância deles acerca da Doutrina da Igreja e pela simpatia pessoal a Francisco, que está acima da Doutrina para muitos, inclusive entre os que se dizem tradicionalistas. Segundo, porque notei que os temas também mudaram, tendo cada vez mais notícias sobre motumissas e "autoridades eclesiásticas" da igreja pós-conciliar. Terceiro, porque, depois que houve a necessidade de surgir a Resistência, e após um tempo de silêncio absoluto sobre a "grande e lamentável divisão entre os católicos tradicionais" da FSSPX, o Fratres optou por ser mais um sapo. Escolha dele. Assim como é escolha minha quais sites acompanho e indico e quais, não. E como soube dessa mudança? Porque categoricamente se recusava a publicar comentários pró-Resistência. Foi quando percebi que mais pessoas "pararam" de comentar. Para um site que pretende ser referência na Tradição, é no mínimo estranho um comportamento desses. E aqui, nesse artigo calunioso - Pasqualotto diz que "Sei que existem pessoas aqui que frequentam missas dos padres da dita resistência, como por exemplo Padre Cardozo. Estes padre comungam de idéia que não são católicas": isto é CALÚNIA! - vemos provado esse comportamento desonesto, quando trata com dois pesos e duas medidas a Resistência e o IBP, seja interpretando desonestamente os fatos, seja negando à Resistência, e especificamente ao Padre Cardozo - que foi expressamente mencionado na segunda atualização publicada pelo Fratres, como se vê acima -, a oportunidade de se manifestar a respeito. Já deixo claro que não creio que o Padre tenha interesse em se manifestar, mas já que o Fratres está tão preocupado com "paz e respeito entre católicos – leigos e sacerdotes – que se dedicam à liturgia e à doutrina tradicional, apesar das divergências (...) que eles sejam pelo menos tolerados pelas autoridades eclesiásticas do Brasil na atual situação de crise da Igreja", e visto que o Padre se encaixa nesse perfil de sacerdote que se dedica à liturgia e à doutrina tradicional, é de se questionar por que não lhe foi aberto o mesmo espaço para "divulgar seus esclarecimentos". Sejamos francos: o Fratres é um Ecclesia Dei de fato, ainda que não o seja oficialmente.
2) O IBP não nos interessa, porque capitulou vergonhosamente em troca de uma regularização canônica por parte de Roma Apóstata, que, para os católicos, vale o mesmo tanto que uma regularização canônica por parte do Dalai Lama. Portanto, o Fratres pode dizer as bobagens que quiser sobre o IBP, porque nós não temos parte nem com eles nem com qualquer um que venda a Verdade em troca de "facilidades" para brincar de igrejinha, trajando casulas lustrosas e brilhantes e celebrando "em latim", com incenso demais e doutrina de menos! Está claro isso?
Dito isso, vamos à analise, pois o peixe sempre morre pela boca, e às vezes, é necessário desenhar para que os mais distraídos compreendam.
O Fratres, pela boca de um tal Manoel Gonzaga Castro, começa se queixando de "uma grande e lamentável divisão entre os católicos tradicionais", como se se tratasse de uma questão pessoal, de rusgas entre amigos, e não uma questão de Fé. À imitação de Pfluger, o Fratres reduz tudo a uma questão prática, como se bastasse "dialogar" para chegar a um acordo e acabar com essas brigas internas que dividem o movimento. Não soa a modernismo? Mas é exatamente isso que o Fratres prega ao usar tal expressão. Ou acham que somos todos idiotas?
Por outro lado, o Fratres, com isso, demonstra claramente o balaio felleiano a que já fiz referência e que acomoda todo tipo de sensibilidades tradicionalistas (3). Até um certo ontem, para o Fratres, somente os fiéis da FSSPX "una" eram da Tradição, e os outros, quando muito, eram contido entre aspas irônicas, como ele faz agora com a Resistência, naquela típica atitude sectária de ser amigos de infância hoje e inimigos mortais amanhã que costuma distinguir os sectários. Especialmente os que passaram pela "Montfort" do finado Fedeli.
Na verdade, se você prestar atenção ao público que costuma comentar no Fratres, atualmente, notará que todos (felleianos, IBPs, modernistas, RCCs etc.) se abraçam e cantam Cumbayá ao redor de uma mesma idílica fogueira da amizade, porque se faz necessário um "reposicionamento" (4) que exige mais flexibilidade doutrinária para encaixar o que resta de doutrina católica na doutrina bergogliana, para "manter a mente aberta!", como diria Pfluger, que chama aos resistentes de "mente fechada". Mas... cuidado!, se abrirem demais a mente pode ser que caiam para fora dela. Irremediavelmente. Como o demonstram à saciedade alguns ralliés ligados à ex-FSSPX.
Não, Fratres, na Tradição não há divisão alguma. Agora, entre os "Ecclesia Dei" (de fato e de direito), não se pode dizer o mesmo!
O Fratres, que nada sabe acerca de resistir, acredita piamente que a Resistência sofreu um revés, mas eu pergunto: que revés, fratello? Não sei o IBP, mas a Resistência vai bem, obrigada!, e avançando sempre, apesar dos (ou graças aos) latidos do Gubiotti. Se tivesse ficado calado, este não teria dado tanta publicidade à TRADIÇÃO que ainda vive não só em Minas, mas pelo Brasil afora e fora dele, graças ao incansável e sacrificado trabalho do Rev. Padre Cardozo, correspondido em pleno pelos resistentes!
Como se não bastasse, o Fratres aduz que, tanto os católicos da Resistência quanto os modernistas do IBP, "sofreram reveses por causa da oposição das autoridades eclesiásticas de Minas Gerais". Mais uma pergunta: que autoridades eclesiásticas, fratello? Desde quando as "autoridades eclesiásticas" modernistas têm alguma autoridade de fato e/ou de direito sobre os CATÓLICOS?
Depois de explicar qual é a ingerência do Gubiotti (5) na Resistência e do Arcebispo Dom Walmor Oliveira de Azevedo (6) no IBP, o Fratres se desmancha em salamaleques com os dois padres "instalados em São Paulo", intitulando-os de "reverendíssimos": o Pe. Renato Coelho e o Pe. Luiz Fernando Pasquotto. Segundo o Fratres, em uma visita a BH, durante a missa, o jovem Pasqualotto deixou "perplexos" alguns fiéis ao avisar que "pessoas que frequentam as capelas da chamada 'Resistência' e da FSSPX, sem maiores distinções, não poderiam comungar em uma missa do IBP".
Epa! Então, Pasqualotto também proibiu aos fiéis da ex-FSSPX de comungar nas missas do IBP! Mas, então, por que o Fratres não disse, com todas as letras, que a ex-FSSPX de Fellay também sofreu um "revés"? Que imparcialidade é essa? Ah! Sim... já vimos, desde o começo, com os termos escolhidos para se referir à Resistência, que de imparcial o texto não tem NADA.
Dai que pergunto a meus botões: por que o Fratres estaria denunciando o Pasqualotto que faz o mesmo com a ex-FSSPX?... Hummmm.
Em relação ao IBP e à ex-FSSPX... trata-se de chumbo trocado, ou seja, um proíbe os fiéis do outro de comungarem em suas respectivas missas. Em relação à Resistência é mera bobagem, porque os resistentes não vão às motumissas e, por outro lado, não expulsam ninguém da comunhão! Não por causa disso.
E tenho uma segunda pergunta: mas... o que faria um resistente em uma missa juramentada? Perplexa ficaria eu se soubesse que um resistente se fizesse presente a uma motumissa "apenas pelos sacramentos", uma vez que estamos fartos de saber que a Fé é mais importante do que a Missa, ainda que a Missa seja válida e/ou lícita. Afinal, validade por validade... em uma missa negra também há a presença de Nosso Senhor, se houver os requisitos de validade de uma Missa. Pode não ser lícita, mas é válida.
As pessoas PRECISAM entender o perigo a que expõem suas almas ao ir a uma missa juramentada "só por causa dos sacramentos". Ou não entenderam nada da CRISE DA IGREJA! By the way, volto a repetir: LEIAM A PASCENDI!.
Em todo combate, é preciso fazer escolhas, porque NINGUÉM PODE SERVIR A DOIS SENHORES! E saibam que, até mesmo quando nos abstemos de fazer uma escolha, já a fizemos, pois não escolher é uma escolha também. Isso costuma ser típico dos mornos. Então, devemos analisar nossos atos, de forma madura, sem auto-enganação, para fugirmos da "mornidão", porque Deus vomitará os mornos!
O Fratres segue falando do IBP, e acaba involuntariamente provando por que esse grupo é modernista, uma vez que, "diferentemente da 'Resistência', não é considerado um grupo separado em situação canônica irregular, mas se encontra em plena comunhão com a Igreja, já que oficialmente subordinado à Comissão Ecclesia Dei e à sua orientação de leitura [leia-se ADESÃO] dos documentos do Concílio Vaticão II conforme a já famosa 'hermenêutica da reforma na continuidade'...".
Bom, eu não sei se rio ou se choro... Caro fratello, a Resistência não é um "grupo separado em situação canônica irregular", e nem é porque não é "oficialmente subordinado" à Ecclesia Dei, mas porque a Resistência pertence à Igreja Católica.
O engraçado é que - vejam como o peixe morre pela boca - quem ainda não é "oficialmente subordinado" à Ecclesia Dei é a própria ex-FSSPX de Fellay! Curioso, não? Ainda não é, mas está se esforçando um bocado para o ser, basta ver o tanto que se reúnem, tanto em território bergogliano, quanto em território felleyano, para costurarem os últimos detalhes do ACORDO que dará à ex-FSSPX a regularidade canônica de que tanto precisam, o selinho de qualidade bergogliano que os fará estar em plena comunhão com a igreja conciliar!!! Pois, se não é isso, porque tantas visitinhas e tantas reuniões? Para falarem do clima de Roma ou do leite das vacas dos Alpes suíços? I see...
E o Fratres, depois de falar da "triste" situação do pessoal da "diocese" de Osasco, que também foram proibidos de ter as motumissas do IBP, que terá que continuar atendendo apenas aos "privilegiados" da Montfort, exulta de felicidade porque as missas "tradicionais" (7), "continuam em Belo Horizonte regularmente (...) a cargo da Administração Apostólica São João Maria Vianney e do Padre Íris Mesquita, sacerdote diocesano". Oba! Mais motumissas! Que felicidade! Porque o importante é ser feliz... Quanta modernidade em tão poucas linhas, fratello! Se continuar assim, logo estará publicando elogios a Dom Helder Câmara!
Mas se você, caro leitor, pensa que as demonstrações da infecção pelo modernismo no Fratres acabaram, não perde por esperar, porque no parágrafo seguinte o fratello expressa sua esperança para que haja "paz e respeito entre católicos – leigos e sacerdotes – que se dedicam à liturgia e à doutrina tradicional, apesar das divergências — que merecem e devem ser debatidas, com civilidade. E que eles sejam pelo menos tolerados pelas autoridades eclesiásticas do Brasil na atual situação de crise da Igreja: fratres in unum".
De novo não sei se rio ou se choro! Quem escreveu isso? Alguém da RCC? Já ouço a musiquinha do Cumbayá no fundo!
Nem sei por onde começar...
- Se pelos protestos por "paz e respeito", dignos de um maçom do Rotary Clube, como se pudéssemos respeitar o modernismo e seus muitos braços metidos na Igreja de Cristo!
- Ou pelo clamor por "civilidade"... quando São Paulo diz que não devemos dar sequer bom dia a um herege!
- Ou pelo "tolerados", termo preferido dos politicamente corretos. Só falta o Fratres defender os "direitos deles enquanto católicos"! Não é apenas o Helder Câmara que vai dar pinta no Fratres, mas a CNBB inteira, meu povo! Estourem a pipoca para assistir de camarote! SIC.
Só para refrescar a memória sobre a intolerância a que devem estar sempre prontos os CATÓLICOS, leiam a Intolerância Católica, do Cardeal Pié, e a Intolerância da Virgem.
- Ou, enfim, pelo "situação de", que também é super-moderno: "crianças em situação de rua", "mulheres em situação de violência", "homens em situação de desemprego" etc., termos que os marxistas destruidores da sociedade costumam utilizar. E agora, no Fratres, temos que ler que a Igreja está em "situação de crise"... Bom, "temos" não, porque eu não acompanho mais esse site neo-trad-modernista. Não, sem ser obrigada pelo dever de esclarecer aos CATÓLICOS que o site virou a casaca, e agora serve a outro SENHOR. Ou não ficou claro?
Por fim, fratello, pare de dizer ASNEIRAS! CATÓLICO, é quem pertence à Igreja Católica, não quem diz que pertence. Os Ecclesia Dei podem até tatuar na testa que são católicos, só que não são, porque aderiram ao Vaticão II. Se apenas o leem ou o praticam ou o ensinam, não faz a menor diferença! Aderiram a ele! Já não são mais católicos, mas conciliares. Ou seja lá como se chama a nova igreja que surgiu do Vaticão II.
Quando as Escrituras falam em "fratres in unum" se referem exclusivamente aos CATÓLICOS, não aos que abjuraram a Fé Católica mas ainda se fantasiam de católicos e se dizem católicos, porque entendem o Catolicismo por um prisma todo particular, todo deles, como se a Verdade fosse relativa e pudesse ser sujeita à opinião pessoal de cada um.
Claro que, se qualquer um dos Ecclesia Dei - de fato ou de direito (8) - voltar à Fé Católica, abandonando o Vaticão II e tudo o que lhe diz respeito, seremos, sim, fratres in unum, mas, enquanto eles continuarem a dizer amém ao Vaticão II, com ou sem continuidade, eles NÃO PODEM se dizer católicos, porque Deus não tem duas palavras, duas Verdades. Não fundou duas Igrejas, cada qual com seus Dogmas e seus Mandamentos, e livres de escolher se podem ou não aderir às sandices da moda! Esto vir, Fratres! Esto vir!
Giulia d'Amore
___________
Notas:
1. Com aspas, que obviamente indicam ironia.
2. Sem link, porque não vou indicar a leitura de um site que já não é lá muito católico.
3. Não "tradicionais", porque isso é outra coisa, fratello!
4. Termo novo que substituiu a "regularização canônica" que, por sua vez, substituiu o "acordo", porque pegava mal!
5. Ingerência indevida, porque se trata de outra Igreja.
6. Ingerência devida, porque são todos da mesma igreja pós-conciliar. Por tanto, tecnicamente, também não se pode falar em "revés"...
7. E tem toda razão, porque tradicional nada tem a ver com Tradição Católica, mas com tradição em geral. O termo relativo à Tradição Católica é "tradicionalista".
8. "De direito" são os que aderiram oficialmente à igreja nascida do Vaticão II, como Campos, IBP, FSSP etc. "De fato" são os que, ainda que não tenham oficialmente aderido ao Vaticão II, o desejam em seu coração ou estão praticando atos positivos em direção a isso, seja confraternizando com os hereges, seja divulgando seus escritos e defendendo sua causa, seja acompanhando seus líderes, através de um reposicionalmento doutrinal, moral e ideológico, para estar em "plena comunhão" com Roma Apóstata. Não importa o nome subjetivo que deem ao acordo, o que estão fazendo é um acordo. Se enquadram no grupo dos Ecclesia Dei de fato os líderes, sacerdotes, religiosos e fiéis da ex-FSSPX.
Ajude o apostolado do Rev. Pe. Cardozo, adquirindo alguns dos itens do Edições Cristo Rei, encomendando Missas (consulte a espórtula diretamente com o rev. Padre), ou fazendo uma doação aqui:
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