Raphael de la Trinité
A Revolução é
progressiva. O fim último é precisamente o satanismo.
Todo discurso
revolucionário foi concebido com base no mito da valorização da dignidade
humana. A IDEIA DE UMA RELIGIÃO A SERVIÇO DO HOMEM não corresponde a nenhuma
inovação. Desde a Renascença, passando pela Declaração dos Direitos Humanos,
feita pela Revolução Francesa, até o lema “Proletários do mundo, uni-vos”, da
Revolução comunista de 1917, o que se apregoa como dogma inviolável? O homem
deve ser a medida e o centro de todas as coisas.
Que afirmam os
detratores da Fé?
A Idade Média, por
ser teocêntrica, desbancava o homem da preeminência que lhe é devida. É preciso
desistir da busca de uma felicidade eterna. O que vale é ter uma vida longa e
feliz. Para isso, existe o progresso técnico-científico. Este, aos poucos, fará
da terra um paraíso cheio de gozos, em que a ideia de morte ficará sempre mais
posta de lado, pois, em graus sucessivos, tudo caminhará para ser tecnicamente
delicioso. E poderemos fruir, a cada instante, de um prazer novo e embriagante.
Vocês, católicos,
servem apenas para reviver na memória as masmorras da Inquisição, os preceitos
morais e a disciplina dos costumes. Ora, isso é amargo e azedo. Nós, não!
Arautos do gozo e do prazer, sepultaremos todo “preconceito' moral” e
religioso nas catacumbas da história e construiremos o novo mundo, que é do
"é proibido proibir".
Ninguém mais se
sentirá coagido a fazer o que não quer, e cada qual poderá seguir todos os seus
impulsos e instintos. Será a revolução da psicanálise, de Jung, de Freud.
Ninguém impedirá o outro de ser feliz, e ninguém fará o outro sofrer. Essa é a
propaganda mentirosa da Revolução.
A verdade se acha
nos antípodas disso.
O homem é
contingente: pode ou não existir. NÃO ESTÁ EM SEU PODER DETERMINAR SE E QUANDO
PODERÁ EXISTIR. Ou somos escravos de Deus, ou somos escravos de algo tenebroso
que carregamos dentro de nós: o impulso, produzido por nossos instintos
desordenados, para o erro e para o mal, em consequência do pecado de Adão e
Eva. Por isso, quando o homem estabelece como meta exclusiva e absoluta da existência
GOZAR TUDO, JÁ E PARA SEMPRE, o que sucede?
O próprio mecanismo
do gozo e do deleite se exaure com rapidez — verifica-se um processo de
saturação. O próprio gozo, com o decorrer do tempo, perde o seu visco primeiro
e, desesperado, por não mais sentir prazer no prazer, o homem começa a buscar
prazer na dor. Provém daí a busca delirante do SADOMASOQUISMO.
Sempre existiram
pessoas torpes e enfermas que procuram prazer na dor. Alguns, movidos
pela desvairada esperança de sentirem com isso um 'prazer' diferente, remuneram
pessoas que se encarregam de aplicar-lhe surras. Todavia, esse horror era um
fenômeno marginal, próprio a alguns viciados, algo completamente à margem da
vida social corrente.
Agora, vira-se a
página: enquanto a liberdade legítima, de variadas formas, é tolhido —
cerceiam-se não sei quantas manifestações do bem e da verdade, em nome do
‘politicamente correto’ e do ‘anti-fundamentalismo’ —, diversas formas de
aberrações gritantes (que começaram pelo rock e só podem desfechar na consagração
ritualística ao demônio) encontram guarida e "justificativa". Como
efeito, em nome de que princípio coibir o satanismo, se, hoje, impõe-se, como
dogma, a liberdade 'religiosa' completa para todos? E os que desejam cultuar o
maligno, fazendo sacrifícios rituais? Em nome de que princípio, se lhes poderá
impedir essa prática hedionda?
O homem que cultua a
si mesmo, que se endeusa como valor supremo, só pode caminhar para a sua
autodestruição, pois ninguém tem a razão de ser em si mesmo.
Fastio e náusea pelo
gozo: consequência inevitável de quem vive fugindo de todo e qualquer
sacrifício, de toda e qualquer renúncia.
Cada um de nós traz
em seu interior uma capacidade de lutar, de sofrer, de se refrear, de buscar o
melhor, mesmo à custa de renúncia a prazeres menores. Essa apetência jamais nos
abandona. Se não damos vazão a essa apetência profunda, ficamos com uma espécie
de “sobra” interna, e isso, que “não gastamos”, a energia legítima (capacidade
de consumir as próprias forças) que não dispendemos, atormenta-nos mais do que
qualquer tormento. Resultado: fugindo da dor, mesmo quando é inviável
enfrentá-la de rijo, o homem buscará OUTRAS FORMAS DE DOR, para substituir as
dores legítimas, que, com furor e revolta, recusou anteriormente.
Assim as pessoas se
escravizam ao demônio — experimentando, já na terra, formas de tormento que
prenunciam a desgraça eterna. Ao se insurgirem contra a realidade de que a
terra é um vale de lágrimas, transformam a própria vida num abismo de
tormentos. Nessa busca dos prazeres mundanos tanto se afastaram de Nosso
Senhor, que agora são escravas do demônio.
O mundo
contemporâneo ruma nessa direção, em suas múltiplas facetas. É o que
invariavelmente acontece: o demônio nunca dá o que promete. Aquilo que promete,
ele tira — ou dá em condições tais, que a pessoa não aproveita.
“Ele era homicida desde o
princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando
diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira”
(São João VII, 44).
Quando promete
prazer, o que se recebe é a dor. Haja vista o que se passa com a
impureza, por exemplo. O demônio (ou o mundo, isto é, as más companhias; ou a
carne, isto é, aquele que se entrega aos seus baixos instintos) alicia a
pessoa cochichando-lhe ao ouvido: “convido-o a uma forma de gozo que será
superior a tudo quanto possa imaginar (como terá sido o pecado de Adão e Eva?);
bobo será você, caso, deixe de experimentar o que lhe é sugerido, só por medo
do (quimérico) inferno; Deus não quer que você tenha esse gozo, porque não quer
vê-lo feliz. Feche os olhos e aproveite tudo quanto puder”.
Contudo, ao
pecar, a pessoa percebe de imediato que aquilo que sentiu está
bem longe de ser algo que o deixe submerso em felicidade. Bem ao contrário. E,
ao perceber que não obtém uma felicidade real, a pessoa se afunda mais ainda,
procurando outras formas de pretenso deleite. O indivíduo sente logo que
foi movido a fazer algo que no fundo não quereria fazer, pois, no bojo do
prazer momentâneo e fugaz, permanece o gosto amargo da certeza de que não é
para aquilo que existimos. Em suma, que a vitalidade
de nossa natureza está sendo consumida por uma ilusão enganosa, por
uma solicitação traiçoeira e pegajosa. Uma vez sob a excitação, quando a pessoa
se percebe lograda, ocorre, muitas vezes, que, longe de reconhecer o erro,
procure algo ainda pior (ecoa, então, em seu íntimo, a voz do maligno —
ou o mundo, isto é, as más companhias, ou a carne, a bem dizer, a voz
cavilosa de nossos baixos instintos): “bobo, o prazer que lhe preparo
agora será muito maior; o que irá sentir nesse instante compensa tudo quanto
sofreu antes; só provando para ver; não perca a ocasião; entregue mais a
própria inteligência e a própria vontade ao mal, que o gozo vem por inteiro,
pois desse modo o remorso passa”.
Numa palavra, qual é
o engodo em questão? O convite a capitular ainda mais diante da solicitação ao
pecado, induzido pela fantasmagoria de que a “vítima” acabará sentindo “aquele
gozo” pelo qual ansiava....
Assim, de queda em
queda, a pessoa rola em direção ao abismo. A cada vez, o prazer causa menos
deleite, embora a pessoa fique sempre mais “dependente” daquilo
que a aflige. Nesse ponto, se não RECORRER HUMILDEMENTE À INTERCESSÃO
DE NOSSA SENHORA, como que se acha manietado pelas amarras do vício. A
inteligência fica obnubilada e a vontade perde toda fibra para resistir.
Um belo dia, os
extremos inimagináveis: venha machucar-me um pouco, para ver se isso me
dá prazer!
Disso (a bem
dizer, de algo indizivelmente mais horrendo) dá testemunho uma notícia
recente, provinda da Europa: dois homens estavam à busca de um
gozo “diferente”. Um deles vai à mesa de cirurgia e manda cortar um bife
de suas carnes. Fecha-se a ferida, que cicatriza. Então, reúnem-se os
dois 'amigos' que, numa espécie de reunião místico-satânica (algo que faz
pensar nunca caricatura infame da Santíssima Eucaristia), almoçam
juntos esse mesmo pedaço de carne, compartilhado a dois. Desse modo,
serão dois em um... Depois, invertem-se os papeis: o outro faz o mesmo em
relação ao primeiro. Esse é o fundo satânico inviscerado, tantas vezes, na
prática homossexual.
Qual o princípio que
está por trás dessa degringolada colossal?
O homem é feito para
doar-se — dar, dar de si, dar tudo. Fomos criados para dar tudo a Deus, pois
tudo a Deus pertence. Quando o homem quer viver só para si, acaba por se doar
ao demônio. Não raro, mediante essas cerimônias fétidas e escabrosas, que são o
símbolo da adesão inteira ao diabo. A decadente civilização atual, de vários
pontos de vista, equivale a um grande banquete orgiástico, em que as pessoas se
matam e entredevoram, em todos os sentidos. Expressões corriqueiras desse
pendor satânico constituem o ódio gratuito pelo próximo, o desejo de matar sem
sentido, bem como o de se ferir sem nenhuma razão concebível.
De fato, porém, nas
profundezas inomináveis desses abismos, concretiza-se aquilo que só pode ser
inspirado por alguém que odeia a criação e, portanto, deseja a ruína de todo
ser humano: Satanás. À maneira dos que se entregaram ao sadomasoquismo
ritualístico (retratado com todas as letras na notícia abaixo, referente ao
culto satânico desenrolado numa universidade), quantos não haverá que, mundo
afora, embrenham-se em abominações semelhantes?
Festa em Campus
Universitário mistura satanismo, feminismo, drogas e orgias
Nota do Blogue:
Por respeito e por amor à Santa Igreja, a Nosso Senhor Jesus Cristo e a
Nossa Senhora, vimo-nos na contingência de publicar essa notícia. De
nossa parte, significa um ato de repulsa e reparação. Intentamos fazer
ver aos católicos quais formas de paroxismo atingiu o processo
revolucionário, desfechando no mais aberto satanismo. Tanto quanto
possível, tivemos em vista fazer uso das precauções ditadas pelas normas
da moral católica, no sentido de resguardar o decoro na exposição das
lúbricas imagens.
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