09 de outubro
Santos Dionísio, Rústico e Eleutério
Bispo o primeiro, e todos Mártires
Século III
São Dionísio, conhecido também como o Dênis ou Dinis de Paris, foi venerado como único padroeiro de França durante muito tempo, até surgir Santa Joana d'Arc para dividir com ele a grande devoção cristã da Primogênita da Igreja. É venerado pela Igreja Católica Romana como Padroeiro de Paris. Foi o primeiro Bispo de Paris e acabou martirizado no ano de 258 da nossa era (Século III). Há historiadores que colocam seu martírio sob a perseguição de Décio, em 250, ou de Deocleciano, em 285.
Ultima Comunhão e Martírio de São Dionisio, São Rustico e São Eleuterio CLIQUE PARA VER MAIS IMAGENS |
Segundo a tradição, São Dionísio caminhou até seu túmulo por uma rua chamada depois Rue des Martyrs (Rua dos Mártires), carregando a própria cabeça decapitada e entregando-a a uma nobre romana chamada Catulla, cuja família era dona da propriedade que abrigava seu túmulo. São Dionísio é chamado, por isso, "mártir cefalóforo", ou seja, carregador de cabeça.
De origem italiana, Dionísio era um jovem missionário enviado pelo Papa Fabiano para evangelizar a antiga Gália do norte, no século III. Formou a primeira comunidade católica em Lutécia (atual Paris), sendo eleito o seu primeiro Bispo. Notável pregador, converteu centenas de pessoas. Seu sucesso provocou a ira dos pagãos locais, que fizeram com que o governador romano o prendesse, junto com o Presbítero Rústico e o Diácono Eleutério, a fim de renegar sua fé.
Segundo uma legenda, foi durante as perseguições do Imperador Valérius que Dionísio foi decapitado, na Île de la Cité (Ilha da Cidade), em Montmartre (Colina do Mártir), e seu corpo atirado no Rio Sena. Recuperado durante a noite, foi sepultado pelos seus convertidos e devotos. Seu túmulo tornou-se um local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.
A primeira Passio do Mártir aparece no século VIII, sendo que no século IX aparecem a segunda e a terceira. O nome de São Dionísio também aparece por volta do ano de 520 na "Vie de Sainte Geneviève", que testemunha a devoção de Santa Genoveva, Padroeira de Paris, pelo Bispo Mártir. A Santa obteve do clero parisiense que erigissem uma igreja sobre o túmulo que se encontrava no "vicus Catulliacus", oito quilômetros ao norte do Rio Sena, no lugar que hoje se encontra a Basílica a ele dedicada, na rue Catullienne. Para honrar aquele que ela considerava seu pai espiritual, Genoveva ia todos os dias em outra igreja local que também levava o nome do Santo Bispo.
Meio século mais tarde, o Martirológio de São Jerônimo registra a deposição de São Dionísio e seus companheiros no dia 9 de outubro, e atesta a difusão de seu culto até a Bordeaux. Na mesma época, o historiador Gregorio di Tours narra que, por volta do ano de 245, o Papa havia enviado Dionísio à Gália com outros seis Bispos - os chamados "Santos da Gália": São Privato, São Saturnino, São Marcial, São Martinho de Tours, São Ferreolo de Vienne e São Juliano - para levar o Evangelho aos povos da Gália, e que Dionísio resolvera ficar em Lutécia, onde logo encontrou a morte. O historiador e poeta Venanzio Fortunato (do século VII) também registra em seus escritos a igreja de São Dionísio em Paris e outra que havia em Bordeaux. São Gregório de Tours (m. 594), em sua "Historia Francorum" (História dos Francos), fala de Dionísio e de seu martírio.
Ainda no século VII (630 d.C.), perto da basílica parisiense, o Rei Dagoberto erigiu a Abadia de Saint-Denis, a qual ganhou grande prestígio graças à generosidade dos reis Franceses dai em diante. A devoção desse reis era expressa também no grito de guerra e de vitória: "Montjoie Saint-Denis" (Alegria por São Dênis).
Sua festa foi adicionada ao calendário Romano em 1568 pelo Papa Pio V. Mas sua memória era celebrada na França desde o ano de 800 d.C.
Ele é um dos “14 santos auxiliares”.
Na arte litúrgica da Igreja, São Dionísio comumente é mostrado como um Bispo carregando sua cabeça, às vezes usando uma mitra e també, com uma videira crescendo em seu pescoço. Ele foi retratado em muitas igrejas com estátuas, vitrais, baixo-relevos, miniaturas, pinturas; geralmente sozinho, em vestes episcopais, muitas vezes com a cabeça decapitada entre as mãos. Depois do século VIII, é retratado junto com Rústico e Eleutério.
A iconografia é riquíssima, testemunho da difusão de seu culto em Paris e em toda a França. Nas Colônias, a iconografia representa, com riqueza de detalhes, o processo diante do governador Sissinio, o suplício da gratícula com as chamas, a Santa Comunhão recebida de Nosso Senjor enquanto estava no cárcere, e sobretudo o martírio pela decapitação ou ruptura do crânio, ocorrida em Monmartre, com Dionísio que caminha até seu túmulo com a cabeça nas mãos.
É padroeiro da França e de Paris e no passado era invocado contra a dor de cabeça. Geralmente, é invocada sua intercessão contra a hidrofobia, ira, furor, possessão demoníaca e a raiva (doença).
Fontes: http://www.santiebeati.it/dettaglio/29450 e Wikipedia.
Tradução e edição: Giulia d'Amore.
Ajude o apostolado do Rev. Pe. Cardozo, adquirindo alguns dos itens do Edições Cristo Rei, encomendando Missas (consulte a espórtula diretamente com o rev. Padre), ou fazendo uma doação aqui:
+
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog é CATÓLICO. Ao comentar, tenha ciência de que os editores se reservam o direito de publicar ou não.
COMENTE acima. Para outros assuntos, use o formulário no menu lateral. Gratos.