Publicarei uma regra a cada dia, porque é mais útil, uma vez que (quase) ninguém mais lê atentamente o que se publica na net, e até mesmo nos livros de papel. É uma série tão preciosa para a alma que deve ser lida em pílulas, em conta-gotas. E deve ser aprendida de cor, para nunca mais esquecer. Se alguém se queixava de que não há um manual simplificado para a felicidade, pronto! Agora há!
(...) Não é, porém, suficiente sofrer: o demônio e o mundo têm, seus mártires; é preciso sofrer e levar a cruz nas pegadas de Jesus Cristo: - sequatur me! que me siga! - ou seja, da maneira que Ele a carregou. E eis, para isto, as regras que deveis seguir:
Deus nos humilha para purificar-nos
6º: Ficai bem persuadidos de que tudo o que existe em nós está inteiramente corrompido (101) pelo pecado de Adão e pelos pecados atuais; e não apenas os sentidos do corpo, mas todas as potências da alma; e que, logo que o nosso espírito corrompido olha, refletida e complacentemente, algum dom de Deus em nós, esse dom, ação ou graça fica todo poluído e corrompido e Deus dele desvia os seus olhos divinos. Se os olhares e os pensamentos do espírito do homem estragam assim as melhores ações e os mais divinos dons, que diremos dos atos da própria vontade, que são ainda mais corrompidos que os do espírito? (102)
Não é de espantar, depois disto, que Deus sinta prazer em esconder os seus no segredo de sua face (103), para que não sejam manchados pelos olhares dos homens e pelos seus próprios conhecimentos. E, para escondê-los assim, o que não faz e não permite este Deus ciumento?! Quantas humilhações lhes proporciona!
Em quantas faltas os deixa cair! De que tentações permite sejam atacados, como S. Paulo! (104) Em que incertezas, trevas e perplexidade os deixa! Ah! como Deus é admirável nos seus santos e nos caminho pelos quais os conduz à humildade e à santidade!
CONTINUA AMANHÃ...
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Extraído de "Carta Circular aos Amigos da Cruz" - São Luis Maria G. de Montfort.
Para ler na íntegra, se for impaciente: http://judamore.blogspot.com.br/2013/08/as-quatorze-regras-para-sofrer-maneira.html.
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Notas:
(101) Num trecho paralelo do “Tratado da verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, Montfort atenuou esta declaração, acrescentando posteriormente esta útil correção: “O pecado de nosso primeiro pai nos deixou a todos quase inteiramente...corrompidos.”
(102) O santo autor desmascara aqui o amor-próprio “que se insinua insensivelmente nas melhores ações” (V. D., nº 146).
(103) Sl., 30, 21.
(104) II Cor., 12, 7.
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