Publicarei uma regra a cada dia, porque é
mais útil, uma vez que (quase) ninguém mais lê atentamente o que se
publica na net, e até mesmo nos livros de papel. É uma série tão
preciosa para a alma que deve ser lida em pílulas, em conta-gotas. E
deve ser aprendida de cor, para nunca mais esquecer. Se alguém se
queixava de que não há um manual simplificado para a felicidade, pronto!
Agora há!
(...) Não é, porém, suficiente sofrer: o demônio e o mundo têm, seus mártires; é preciso sofrer e levar a cruz nas pegadas de Jesus Cristo: - sequatur me! que me siga! - ou seja, da maneira que Ele a carregou. E eis, para isto, as regras que deveis seguir:
Tirar maior proveito dos pequenos sofrimentos que dos grandes.
8º: Tirai proveito dos pequenos sofrimentos e mesmo mais que dos grandes. Deus não olha tanto o sofrimento quanto a maneira por que se sofre. Sofrer muito e mal é sofrer como condenado; sofrer muito e corajosamente, mas por uma causa má, é sofrer como mártir do demônio; sofrer pouco ou muito, mas sofrer por Deus, é sofrer como santo.
Se é verdade que se pode escolher as cruzes, isto é mais certo quanto às cruzes pequenas e escondidas quando nos vêm paralelamente às grandes e visíveis (106). O orgulho da natureza pode pedir, procurar e mesmo escolher e abraçar as cruzes grandes e visíveis; mas escolher e levar bem alegremente as cruzes pequenas e ocultas só pode ser o efeito de uma grande graça e de uma grande fidelidade a Deus. Fazei, pois, como o comerciante com o seu negócio: tirai proveito de tudo, não deixeis perder-se a mínima parcela da verdadeira Cruz, mesmo que seja uma picada de mosca ou de alfinete, a indelicadeza de um vizinho, uma injúria por descuido, a perda de um níquel, uma perturbaçãozinha da alma, um leve cansaço do corpo, uma dorzinha num dos membros etc. Tirai proveito de tudo, como o merceeiro em sua mercearia, e, assim como ele enriquece em dinheiro, juntando moeda por moeda em seu cofre, breve estareis ricos em Deus. Ao menor contratempo que sobrevir, dizei: “Deus seja bendito! - (107) Meu Deus, eu Vos agradeço”, depois escondei na memória de Deus, que é vosso cofre, a cruz que acabais de ganhar, e só vos lembreis dela para dizer: Obrigado! ou Misericórdia!
CONTINUA AMANHÃ...
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Extraído de "Carta Circular aos Amigos da Cruz" - São Luis Maria G. de Montfort.
Para ler na íntegra, se for impaciente: http://judamore.blogspot.com.br/2013/08/as-quatorze-regras-para-sofrer-maneira.html.
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Notas:
(106) Isto é: aquelas, dentre as cruzes, que são pequenas e obscuras, se comparadas com as grandes e muito visíveis.
(107) Montfort compôs sobre este tema um belo cântico de vinte e duas estrofes, intitulado “O pobre de espírito”. Os 2º e 4º versos de cada estrofe são, invariavelmente: “Deus seja bendito! Deus seja bendito!” (Cânticos: 19º Tradicional).
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