Publicarei uma regra a cada dia, porque é
mais útil, uma vez que (quase) ninguém mais lê atentamente o que se
publica na net, e até mesmo nos livros de papel. É uma série tão
preciosa para a alma que deve ser lida em pílulas, em conta-gotas. E
deve ser aprendida de cor, para nunca mais esquecer. Se alguém se
queixava de que não há um manual simplificado para a felicidade, pronto!
Agora há!
(...) Não é, porém, suficiente sofrer: o demônio e o mundo têm, seus mártires; é preciso sofrer e levar a cruz nas pegadas de Jesus Cristo: - sequatur me! que me siga! - ou seja, da maneira que Ele a carregou. E eis, para isto, as regras que deveis seguir:
Evitar nas cruzes, o perigo do orgulho.
7º: Procurai bem, portanto, evitar crer, como os devotos orgulhosos e cheios de si, que vossas cruzes são grandes, que são provas de vossa fidelidade e testemunhas de um singular amor de Deus para convosco. Esta armadilha do orgulho espiritual é muito sutil e delicada, mas cheia de veneno. Deveis crer: 1) que vosso orgulho e moleza vos levam a considerar palhas como se fossem traves; picadas como se fossem chagas, um rato como se fosse um elefante; e uma palavrinha no ar, - um nada, na verdade, - como se fosse uma injúria atroz e um cruel abandono; 2) que as cruzes que Deus vos envia são antes castigos amorosos de vossos pecados - e de fato o são -, que sinais de especial benevolência; 3) que, seja qual for a cruz que Ele vos enviar, ainda assim vos poupa infinitamente, em virtude do número e da enormidade dos vossos crimes, que só deveis considerar à luz da santidade de Deus, que nada de impuro tolera e que atacastes; à luz de um Deus moribundo e aniquilado de dor, por causa de vosso pecado, e à luz de um inferno sem fim, que merecestes mil vezes e talvez cem mil; 4) que na paciência com que sofreis há muito mais de humano e natural do que o julgais: provam-no as pequenas mitigações; as procuras secretas de consolação; as aberturas de coração - tão naturais - a vossos amigos e, talvez, ao vosso diretor; as desculpas tão finas e prontas; as queixas, ou melhor, as maledicências tão bem urdidas e tão caridosamente expressas contra os que vos fizeram algum mal; as referências e complacências delicadas para com vossos males; a crença de Lúcifer de que sois algo de grande (105) etc. Nunca terminaria se me fosse necessário descrever as voltas e reviravoltas da natureza, mesmo nos sofrimentos.
CONTINUA AMANHÃ...
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Extraído de "Carta Circular aos Amigos da Cruz" - São Luis Maria G. de Montfort.
Para ler na íntegra, se for impaciente: http://judamore.blogspot.com.br/2013/08/as-quatorze-regras-para-sofrer-maneira.html.
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Notas:
(105) Cf. At., 8,9.
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