Há perguntas sobre o Natal que não saem da nossa cabeça, sobretudo sobre símbolo e particularidades periféricas, talvez mera curiosidade. Aqui há algumas respostas devidamente pesquisadas, traduzidas, adaptadas, organizadas e escritas por mim. O importante, mesmo, seria centrarmo-nos n'Aquele que vem, e não naquilo que nos rodeia; particularmente as coisas que têm um sentido puramente mercantilista. A Fé não se comercializa. Nem os afetos. Coisas - presentes - não preenchem vazios que foram egoisticamente criados, por um afastamento voluntário e perigoso d'Aquele que tudo criou para nós e Todo se deu para nós. E não é amado. Presentear é bom, tanto ou mais do que receber presentes. Mas o Natal deve ser todo voltado para Ele, que é todo voltado para nós.Giulia d'Amore di Ugento
PERGUNTAS SOBRE O NATAL: Quem inventou a árvore de Natal? E o Papai Noel? E a flor natalícia?...
Sobre a árvore de Natal, há várias versões, mas as mais críveis, porque comprováveis, são de origem católica.
A história de que o inventor teria sido o herético Martinho Lutero não tem fundamentos nem lógica. Era um homem de costumes duvidáveis e não se encantaria com luzes, maçãs e enfeites. E, definitivamente, como poderia ter inventado um costume que já existia antes dele nascer? São Bonifácio, como veremos, teve a ideia e a propagou no ano de 723 d.C. e Lutero nasceu em 1483 d.C. A vocês a conclusão...
O criador da árvore de Natal parece realmente ter sido São Bonifácio, o Apóstolo dos Germanos ou o Evangelizador da Alemanha. Ele nasceu na Inglaterra em 672 d.C. e sofreu martírio no dia 05 de junho de 754 d.C. Seu nome religioso, em latim Bonifacius, quer dizer “aquele que faz o bem”, e retoma o mesmo significado do seu nome saxão Wynfrith. Em 718 d.C., esteve em Roma, e o Papa Gregório II o enviou à Alemanha, com a missão de reorganizar a Igreja. Por cinco anos, ele evangelizou territórios que hoje fazem parte dos estados alemães de Hessen e Turíngia. Em 722 d.C., foi feito bispo dos territórios da Germânia e, um ano depois, inventou a árvore de Natal.
São Bonifácio |
Em 723 d.C., São Bonifácio derrubou um enorme carvalho dedicado ao deus Thor (outras versões falam em Odim), perto da atual cidade de Fritzlar, na Alemanha, para convencer o povo e os druidas (sacerdotes pagãos) de que não era uma árvore sagrada. Esse acontecimento é considerado o início formal da cristianização da Alemanha. Na queda, o carvalho destruiu tudo que ali se encontrava, menos um pequeno pinheiro. Segundo a tradição, Bonifácio interpretou esse fato casual como um milagre. Era o período do Advento e, como ele pregava sobre o Natal, declarou: “Doravante, nós chamaremos esta árvore de Árvore do Menino Jesus”. O costume de plantar pequenos pinheiros para celebrar o Nascimento de Jesus começou aí e se estendeu pela Alemanha, e de lá para o mundo.
O pinheiro simboliza o amor perene de Deus. São Bonifácio o adornou com maçãs, que representavam as tentações, o pecado original e os pecados dos homens, e velas, que representavam Cristo, a luz do mundo e a graça que recebem os homens que aceitam Jesus como Salvador.
Este costume se difundiu por toda a Europa na Idade Média, e com as conquistas e migrações chegou à América. Pouco a pouco, a tradição foi mudando: trocaram as maçãs por bolas e as velas por luzes, que representam a alegria e a luz que Jesus Cristo trouxe ao mundo. As bolas, atualmente, simbolizam as orações que fazemos durante o período de Advento. As bolas azuis seriam as orações de arrependimento, as prateadas de agradecimento, as douradas de louvor e as vermelhas de petição. A estrela na ponta do pinheiro representa a Fé que deve guiar nossas vidas. Também se costuma por na árvore de Natal diversas figuras como adornos: estes representam as boas ações e sacrifícios, os “presentes” que daremos a Jesus no Natal.
SUGESTÃO: Para aproveitar a tradição: Adornar a árvore de Natal ao longo de todo o Advento, explicando às crianças o simbolismo. As crianças elaborarão suas próprias bolas (24 a 28 dependendo de quantos dias tenha o Advento), com uma oração ou um propósito em cada uma, e conforme passem os dias irão colocá-las na árvore de Natal até o dia do nascimento de Jesus.
Outro nome citado sobre a árvore e a simbologia católica é o do Papa São Gregório Magno (540-604), que impulsionou a cristianização das tribos germânicas no início da época medieval, quando tribos tinham o costume de adorarem árvores e lhes oferecer sacrifícios. Os missionários e monges aproveitaram, então, a forma triangular do pinheiro para explicar aos bárbaros o mistério da Santíssima Trindade.
Conta-se também, que, quase ao mesmo tempo, mas no ano 615 d.C., São Columbano, monge irlandês, fora à França para abrir mosteiros. Mas a indiferença dos habitantes era tal que ele estava quase desanimando. Numa noite de Natal, teve ele a ideia de cortar um pinheiro, única árvore verde nessa época do ano, e de iluminá-lo com tochas. Todo mundo ficou intrigado. A aldeia correu em peso a ver a maravilha. Então, o santo monge pregou o Nascimento do Menino Jesus!
Muitas são as cidades que disputam a autoria da encantadora árvore. Segundo muitos, ela nasceu na Alsácia, na cidade Sélestat, onde o imperador Carlo Magno passou a Santa Noite do ano 775 d.C. Teria sido ele o inspirador da primeira árvore de Natal. Posteriormente, os habitantes da cidade deram forma definitiva à arvore natalina católica. Porém, o documento mais antigo que há em Sélestat a respeito é de 1521; o que derruba essa tese. A cidade de Riga, na Letônia, diz ter sido a primeira a expor uma árvore de Natal no ano do Senhor de 1510.
Conta-se também, que, quase ao mesmo tempo, mas no ano 615 d.C., São Columbano, monge irlandês, fora à França para abrir mosteiros. Mas a indiferença dos habitantes era tal que ele estava quase desanimando. Numa noite de Natal, teve ele a ideia de cortar um pinheiro, única árvore verde nessa época do ano, e de iluminá-lo com tochas. Todo mundo ficou intrigado. A aldeia correu em peso a ver a maravilha. Então, o santo monge pregou o Nascimento do Menino Jesus!
Muitas são as cidades que disputam a autoria da encantadora árvore. Segundo muitos, ela nasceu na Alsácia, na cidade Sélestat, onde o imperador Carlo Magno passou a Santa Noite do ano 775 d.C. Teria sido ele o inspirador da primeira árvore de Natal. Posteriormente, os habitantes da cidade deram forma definitiva à arvore natalina católica. Porém, o documento mais antigo que há em Sélestat a respeito é de 1521; o que derruba essa tese. A cidade de Riga, na Letônia, diz ter sido a primeira a expor uma árvore de Natal no ano do Senhor de 1510.
Decoração vitoriana |
É certo que, no século XVI, a árvore de Natal era montada no coro das igrejas da Alsácia representando a árvore do Paraíso. Ela era ornamentada com maçãs para lembrar o fruto da tentação dos primeiros pais. Mas tinha também representações de hóstias figurando os frutos da Redenção. Elas também contavam com anjos, estrelas de papel e muitas outras decorações.
Escolhendo a árvore do Paraíso como símbolo das festividades do Natal, a Igreja Católica estabeleceu uma ponte entre o pecado de Adão e Eva numa extremidade, e a vinda de Jesus, o novo Adão, que veio regenerar a Humanidade nascendo do seio virginal da nova Eva, Nossa Senhora, na outra.
É fato assente que o costume generalizou-se na França quando a princesa Hélène de Mecklembourg o trouxe a Paris em 1837, após seu casamento com o duque d’Orléans. Em 1841, encantado com o costume católico, o príncipe consorte Alberto, esposo da rainha Vitória da Inglaterra, ergueu uma árvore de Natal no castelo de Windsor. A partir da corte inglesa, então a mais influente da terra, o costume católico propagou-se para todo o povo inglês, e de ali para o mundo inteiro.
Quem inventou o presépio?
São Francisco e o Presépio de Greccio Giotto |
Foi São Francisco de Assis quem montou o primeiro presépio da História, na noite de Natal de 1223, na localidade de Greccio, na Itália.
São Francisco quis celebrar o Natal da forma mais realista possível e, com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José, juntamente com um boi e um jumento vivos.
Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal. O costume espalhou-se pela Europa e de lá pelo mundo.
A Igreja Católica considera um bom costume cristão armar presépios no período do Natal em igrejas, casas e até em praças e locais públicos.
A Igreja não sabe se o Natal é no dia 25 de dezembro?
Não, ela não sabe. Nem se é no dia 24. O Evangelho de Lucas informa: o nascimento de Jesus ocorreu em Belém de Judá, terra do Rei Davi (Lc 2,4-7). Diz onde, mas não diz quando. Muito cedo, os cristãos buscaram um dia para festejar o nascimento de Jesus. Era um aniversário que merecia uma festa. Cada comunidade eclesial o festejava numa data, segundo suas tradições. Na tentativa de unificar a celebração do Natal, no início do século IV, a Igreja Católica já havia fixado o dia 25 de dezembro para festejar o nascimento de Jesus. A Igreja Católica não afirma, nem nunca afirmou, que Jesus nasceu nesse dia. Ela apenas fixou um dia para que os cristãos, na unidade, celebrassem o nascimento de Jesus. A data pegou. Documentos indicam essa data já sendo festejada em Roma no ano 336.
Quem é Papai Noel?
São Nicolau |
Papai Noel tem origem católica e é uma figura presente em muitas culturas que distribui presentes às crianças, na noite de Natal. Em alguns países, a distribuição é feita na manhã de Natal.
Todas as versões do Papai Noel moderno derivam do mesmo personagem histórico, o Bispo São Nicolaus de Mira (onde exerceu o espiscopado) ou de Bari (onde sofreu o martírio e repousam seus restos mortais).
Dele se narra que, sendo um Bispo, exortava todos os párocos de sua Diocese a difundir o Cristianismo onde as crianças não podiam ou não queriam ir até à igreja, sobretudo por causa do frio invernal, que obrigava muitos a permanecer em suas casas. Assim, os exortava aconselhando-os a levar pequenos presentes, para animá-los, e a aproveitar a ocasião para explicar-lhes quem era Jesus Cristo, e o que Ele fez pela Humanidade toda.
Os padres, levando consigo um saco cheio de presentes, alcançavam as crianças com o auxílio de trenós puxados por cães (não renas). A imaginação das crianças acabou formulando a ideia de que um só padre (Father > pai > Papai Noel) "voasse" com o trenó para entregar todos os presentes a todas as crianças em uma noite só.
São Nicolau também ficou conhecido por arranjar dotes para as moças pobres poderem se casar.
Todas as versões do Papai Noel moderno derivam do mesmo personagem histórico, o Bispo São Nicolaus de Mira (onde exerceu o espiscopado) ou de Bari (onde sofreu o martírio e repousam seus restos mortais).
Dele se narra que, sendo um Bispo, exortava todos os párocos de sua Diocese a difundir o Cristianismo onde as crianças não podiam ou não queriam ir até à igreja, sobretudo por causa do frio invernal, que obrigava muitos a permanecer em suas casas. Assim, os exortava aconselhando-os a levar pequenos presentes, para animá-los, e a aproveitar a ocasião para explicar-lhes quem era Jesus Cristo, e o que Ele fez pela Humanidade toda.
Os padres, levando consigo um saco cheio de presentes, alcançavam as crianças com o auxílio de trenós puxados por cães (não renas). A imaginação das crianças acabou formulando a ideia de que um só padre (Father > pai > Papai Noel) "voasse" com o trenó para entregar todos os presentes a todas as crianças em uma noite só.
São Nicolau também ficou conhecido por arranjar dotes para as moças pobres poderem se casar.
No folclore alemão, antes da era cristã, os pagãos acreditavam que o deus Odim, todo ano, saía para caçar, na mesma época do ano, e as crianças deixavam suas botas penduradas na lareira, com feno e cenoura para os cavalos de Odim, e ele deixava, em troca, comida ou moeda. Da Europa, a tradição pagã adotada pelos protestantes foi para os Estados Unidos, onde as crianças deixam uma meia pendurada na lareira. Portanto, não devemos seguir esse costume pagão.
Na Itália, as crianças são beneficiadas duas vezes:
1. no dia 25 de dezembro, quando ganham presentes de Jesus Menino - atualmente, o Papai Noel norte-americano foi substituindo a Doce Criança.
2. No dia seis de janeiro, quando a Befana (corruptela de Epifania) deixa embaixo da árvore doces e queijos; ela é representada como velha que voa em uma vassoura (mas não se trata de uma bruxa!) e deixa os presentes nas meias (não tem nada a ver com a tradição pagã das botas de Odim de que falamos anteriormente) deixadas na janela ou na lareira. Em troca, as crianças deixam para ela frutas, queijos, bolos e um copo de vinho. Para as crianças levadas, a Befana deixa carvão; hoje em dia, o carvão é feito de açúcar colorido de preto. Eu já ganhei os de açúcar!!! LOL.
A origem dessa tradição italiana é a seguinte: quando os Rei Magos iam em busca do Recém-Nascido, se perderam pelo caminho e perguntaram à uma anciã, mas ela, apesar da insistência deles, não quis acompanhá-los até para aproveitar e visitar o Menino. Depois, arrependida, correu atrás deles, com uma cesta de doces, mas não os achou. Assim, foi de casa em casa, distribuindo os doces às crianças, na esperança que algum deles fosse o Menino Jesus. Desde então, todo ano, no dia seis de Janeiro, sai pelo mundo, distribuindo presentes, para obter o perdão.
PAPAI NOEL MODERNO.
Clement Clarke Moore e o livro para os filhos
|
Quem deu força à lenda de Papai Noel foi Clemente C. Moore, um professor de literatura grega em Nova Iorque, com o poema “Uma visita de São Nicolau”, escrito para seus seis filhos, em 1822. Moore divulgou a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas e ajudou a popularizar outras características, como o fato de ele entrar pela chaminé.
A explicação da chaminé vem da Finlândia, uma das fontes de inspiração do poema. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, como iglus, cobertas com pele de rena. A entrada era um buraco no telhado. De personagem real da Turquia, o Papai Noel imaginário (já protestantizado) passou a vir do Pólo Norte.
Quem desenhou as roupas modernas do Papai Noel?
São Nicolau transformado em Santa Claus, o Papai Noel |
A última característica incluída na figura do Papai Noel é sua roupa vermelha e branca.
Antigamente, ele vestia-se como bispo ou usava cores próximas do marrom, com uma coroa de azevinhos na cabeça ou nas mãos. Mas não havia um padrão.
Seu visual atual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, numa edição especial de Natal.
Em alguns lugares na Europa e no Canadá, ele ainda é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo e, ao invés do gorrinho vermelho, tem uma mitra episcopal.
Este ano (2016), no Brasil, muitos shoppings e lojas trocaram a cor vermelha pela verde, para não ligar o personagem aos escândalos de corrupção do Partido dos Trabalhadores - PT, diante das inúmeras e comprovadas denúncias que estampam os jornais todos os dias.
Em que ano Jesus nasceu?
Essa resposta parece fácil: os anos do calendário são contados a partir do nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando teve início a Era Cristã. Basta saber o ano que estamos e saberíamos há quanto tempo nasceu Jesus. Não é bem assim, porque nesse raciocínio, Jesus teria nascido no ano zero do nosso calendário. Contudo, por um erro na contagem do Calendário Juliano, o Menino Jesus nasceu, de fato, em torno do ano 6 a.C. Foi um erro de cálculo, ocorrido cinco séculos depois da sua natividade.
Quem inventou a flor do Natal?
Em primeiro lugar, Deus. Em segundo lugar, esse símbolo vegetal não vem dos astecas (essas invencionices modernistas nunca têm fim, nem limites!) e sim dos franciscanos, especialistas em fomentar a catequese sobre o Natal.
A partir do século XVII, no México, a flor da poinsettia começou a ter um significado natalício. Os frades franciscanos a utilizaram em comemorações natalinas e associaram as formas de suas brácteas vermelhas à estrela de Belém.
A planta é muito utilizada para fins decorativos na Europa e América do Norte, especialmente no Natal. Como é um planta de dia curto, floresce exatamente no solstício de inverno e coincide com o Natal no Hemisfério Norte.
Poinsettia em um arranjo natalino |
Em primeiro lugar, Deus. Em segundo lugar, esse símbolo vegetal não vem dos astecas (essas invencionices modernistas nunca têm fim, nem limites!) e sim dos franciscanos, especialistas em fomentar a catequese sobre o Natal.
A partir do século XVII, no México, a flor da poinsettia começou a ter um significado natalício. Os frades franciscanos a utilizaram em comemorações natalinas e associaram as formas de suas brácteas vermelhas à estrela de Belém.
A planta é muito utilizada para fins decorativos na Europa e América do Norte, especialmente no Natal. Como é um planta de dia curto, floresce exatamente no solstício de inverno e coincide com o Natal no Hemisfério Norte.
QUANDO MONTAR E QUANDO DESMONTAR A ÁRVORE E O PRESÉPIO DE NATAL
Fontes de pesquisa: a web.
Ler também: Curiosidades Natalinas (4 de dezembro de 2012).
Editado em 05/12/2016, para corrigir alguns erros e atualizar as informações, em particular sobre a mudança da cor da roupa do Papai Noel no Brasil. Editado mais uma vez em 02/12/2018.
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Ler também: Curiosidades Natalinas (4 de dezembro de 2012).
Editado em 05/12/2016, para corrigir alguns erros e atualizar as informações, em particular sobre a mudança da cor da roupa do Papai Noel no Brasil. Editado mais uma vez em 02/12/2018.
Ainda sobre o Natal - http://farfalline.blogspot.com/2016/12/o-assunto-e-o-natal-de-nosso-senhor.html.