Diz São Francisco de Sales: "É um erro querer medir a nossa devoção através das consolações que experimentamos. A verdadeira piedade no caminho de Deus consiste em ter uma vontade resoluta de fazer tudo que Lhe agrada".
Deus une a Si as almas que Ele mais ama, através da aridez espiritual. O que nos impede a verdadeira união com Deus é o apego às nossas inclinações desordenadas. Por isso, quando Jesus quer atrair uma alma ao Seu perfeito amor, procura desprendê-la de todos os apegos aos bens criados.
Para afeiçoá-la aos bens espirituais, Deus lhe faz experimentar muitas consolações sensíveis. É tática do demônio, como o faz com principiantes, procurar fazê-lo perder a saúde com penitências indiscretas. Depois, vindo as doenças, poderá deixar não só as penitências, mas também a oração, a comunhão e todos os exercícios piedosos, e voltar à vida antiga".
O papel das consolações e da aridez na vida espiritual
A alma que se dá a Deus experimenta, a princípio, consolações sensíveis. O Senhor procura atraí-la e desprendê-la dos prazeres terrenos, para que ela vá se desapegando das criaturas e unindo-se a Ele. Contudo, pode unir-se a Ele seguindo um caminho errado, levado mais pelo gosto das consolações espirituais do que por uma verdadeira vontade de agradar a Deus. Engana-se, pensando que tanto mais O ama quanto mais gosto encontra nas devoções.
É um defeito universal de nossa fraca humanidade, procurar em tudo a própria satisfação. Não encontrando nestes exercícios o prazer desejado, deixa-os ou ao menos os reduz. Reduzindo-os de dia para dia, finalmente deixa todos. Esta desgraça acontece a muitas almas. Chamadas por Deus ao Seu amor começam a marchar no caminho da perfeição e avançam enquanto duram as consolações espirituais. Mas depois, quando elas acabam, abandonam tudo e voltam à vida antiga. É preciso persuadir-nos de que o amor de Deus e a perfeição não consistem em sentir consolações espirituais, mas em vencer o amor-próprio e fazer a vontade de Deus. Diz São Francisco de Sales: "Deus é digno de nosso amor, tanto quando nos consola como quando nos faz sofrer".
No tempo das consolações, não é grande virtude deixar os gostos sensíveis e suportar ofensas e contrariedades. No meio das alegrias a alma suporta tudo. Essa paciência nasce, muitas vezes, mais das consolações do que da força do verdadeiro amor a Deus.
Deus une a Si as almas que Ele mais ama, através da aridez espiritual. O que nos impede a verdadeira união com Deus é o apego às nossas inclinações desordenadas. Por isso, quando Jesus quer atrair uma alma ao Seu perfeito amor, procura desprendê-la de todos os apegos aos bens criados.
Para afeiçoá-la aos bens espirituais, Deus lhe faz experimentar muitas consolações sensíveis. É tática do demônio, como o faz com principiantes, procurar fazê-lo perder a saúde com penitências indiscretas. Depois, vindo as doenças, poderá deixar não só as penitências, mas também a oração, a comunhão e todos os exercícios piedosos, e voltar à vida antiga".
O papel das consolações e da aridez na vida espiritual
A alma que se dá a Deus experimenta, a princípio, consolações sensíveis. O Senhor procura atraí-la e desprendê-la dos prazeres terrenos, para que ela vá se desapegando das criaturas e unindo-se a Ele. Contudo, pode unir-se a Ele seguindo um caminho errado, levado mais pelo gosto das consolações espirituais do que por uma verdadeira vontade de agradar a Deus. Engana-se, pensando que tanto mais O ama quanto mais gosto encontra nas devoções.
É um defeito universal de nossa fraca humanidade, procurar em tudo a própria satisfação. Não encontrando nestes exercícios o prazer desejado, deixa-os ou ao menos os reduz. Reduzindo-os de dia para dia, finalmente deixa todos. Esta desgraça acontece a muitas almas. Chamadas por Deus ao Seu amor começam a marchar no caminho da perfeição e avançam enquanto duram as consolações espirituais. Mas depois, quando elas acabam, abandonam tudo e voltam à vida antiga. É preciso persuadir-nos de que o amor de Deus e a perfeição não consistem em sentir consolações espirituais, mas em vencer o amor-próprio e fazer a vontade de Deus. Diz São Francisco de Sales: "Deus é digno de nosso amor, tanto quando nos consola como quando nos faz sofrer".
No tempo das consolações, não é grande virtude deixar os gostos sensíveis e suportar ofensas e contrariedades. No meio das alegrias a alma suporta tudo. Essa paciência nasce, muitas vezes, mais das consolações do que da força do verdadeiro amor a Deus.
(Santo Afonso Maria de Ligório)
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