16 de setembro
São Cipriano de Cartago
Bispo e Mártir
Nota: Não confundir com São Cipriano, cognominado "o feiticeiro",
São Cipriano é figura brilhantíssima na Igreja africana no século III. Filho de pais nobres, dotado de extraordinários talentos, foi São Cipriano, um dos maiores sábios do seu tempo e orador de inesgotáveis recursos. A princípio pagão, converteu-se ao Cristianismo e, em marcha ininterrupta, galgou as culminâncias das virtudes cristãs, a ponto de operar grandes milagres.
Pela vontade do povo inteiro e do clero, foi ordenado sacerdote, e em 248 sagrado Bispo de Cartago. Por causa do zelo sem par, da vida santa e piedosa de São Cipriano a Diocese de Cartago deveu o fato de ter vindo a ser a primeira da África.
Quando em 249 o Imperador Décio decretou a perseguição à Igreja de Cristo, muitos cristãos selaram a fé com o próprio sangue, enquanto outros apostataram. Não tardou que a perseguição tivesse entrada também em Cartago. Os pagãos reuniram-se no grande fórum e, em altos e apaixonados gritos, manifestavam o ódio ao Santo Bispo: "Cipriano aos leões! Cipriano às feras!" - era a sorte que lhe destinavam.
Cipriano, com fervorosas orações, procurava conhecer a vontade de Deus. Para poupar o rebanho, embora aceitasse o Martírio, achou mais acertado seguir o conselho de Nosso Senhor, que disse: "Se vos perseguirem numa cidade, procurai outra".
Um sinal que recebeu do Céu mostrou-lhe também a conveniência dessa medida, e assim resolveu fugir. Do esconderijo pôde prestar grandes serviços aos pobres cristãos perseguidos, os quais animava, consolava e fortificava. Grande rigor opunha aos apóstatas. Muitos deles, mais tarde, se mostravam arrependidos, pedindo para serem aceitos novamente. Como outros bispos e sacerdotes tratassem com mais benignidade esses infelizes, formou-se uma corrente fortíssima com ares de cisma contra Cipriano.
O movimento adversário era chefiado por Novaciano. Contra este e outros sacerdotes descontentes, Cipriano convocou um Concílio, cujas resoluções foram apresentadas ao Papa Cornélio, que as aprovou e sancionou. Em um outro Concílio, foi confirmado o valor do Batismo das crianças.
Numa nova perseguição, que veio sob o governo do Imperador Galo, Cipriano tornou a fortalecer a fé dos cristãos.
Quando a Peste, no espaço de quinze anos, dizimava a população, o santo Bispo permaneceu com os diocesanos, consolando e socorrendo-os com orações e auxílios. Muitos cristãos que caíram prisioneiros, ele resgatou com seu próprio dinheiro.
Surgiu uma grande controvérsia sobre o valor do batismo administrado por hereges. Enquanto o Papa Santo Estevão I decidia pela conservação da tradição, que considerava válido esse batismo, Cipriano impugnava-o e com ele muitos bispos da África e da Ásia, que exigiam o segundo batismo para pessoas batizadas por hereges. A questão ficou, a princípio, sem solução, devido às dificílimas complicações políticas daquele tempo. Embora contrariando a opinião do Papa, não era intenção de Cipriano desrespeitá-lo. A Igreja Romana era para ele "a cadeira de São Pedro, a Igreja por excelência, e que a união entre os bispos se origina e na qual é inadmissível uma traição, por menor que seja". Se houve de sua parte um excesso de ardor nas discussões e uma certa falta de ponderação, dela se penitenciou na perseguição que rompeu, quando Valeriano era imperador.
Foi em 257 que, pela primeira vez, se viu citado perante o tribunal do Procônsul Aspásio, africano. As declarações sobre sua posição, religião e modo de pensar cristão foram tão positivas que o juiz o condenou ao exílio em Curubis. Por uma visão do Céu, soube que só um ano o separaria do Martírio.
Do exílio escreveu uma carta consoladora e enviou uma quantia de dinheiro aos cristãos condenados a trabalhos forçados nas minas de cobre. Ainda pôde voltar para Cartago, onde Galério Máximo tinha sucedido a Aspásio. Lá tomou ainda muitas providências, repartiu os tesouros da Igreja entre os pobres, exortou os fiéis à constância e rejeitou o conselho de esconder-se.
Em 13 de setembro de 258 foi levado à presença do novo Procônsul. Uma enorme multidão acompanhou-o apreensiva com o que poderia lhe acontecer. Como se negasse a prestar homenagens aos deuses, o juiz romano condenou-o à morte pela espada. A execução foi imediata, e Cipriano, preparando-se para o último sacrifício, deu ao carrasco 25 moedas de ouro. Os cristão estenderam panos de linho branco em redor, para apanhar o sangue do Mártir.
O cadáver foi sepultado com grande solenidade. Duas igrejas foram erguidas: uma no lugar onde Cipriano foi decapitado, e outra sobre o seu túmulo. A festa do Santo Bispo foi transferida de 14 para 16 de setembro.
Biografia - Na luz Perpétua, 5ª. ed., Pe. João Batista Lehmann, Editora Lar Católico - Juiz de Fora - Minas Gerais, 1959.
Fonte: http://www.paginaoriente.com/santosdaigreja/set/cipriano1609.htm.
Outra biografia: http://www.veritatis.com.br/patristica/86-biografias/169-sao-cipriano-de-cartago.
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PAI NOSSO DE SÃO CIPRIANO: http://precantur.blogspot.com.br/2013/01/o-pai-nosso-por-sao-cipriano-de-cartago.html.
O Testemunho de Fé dos Mártires da Igreja de Cristo: http://farfalline.blogspot.com.br/2014/09/o-testemunho-de-fe-dos-martires-da.html.
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http://missaosagradafamilia.blogspot.com.br/2013/11/sao-cipriano-de-cartago-e-o-estado.html
ResponderExcluirMuito obrigada!
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