"Treme, pecador: tu vives hoje, mas Deus sabe se amanhã ainda estarás com vida.Treme e arrepende-te, enquanto para isso tens tempo: olha que se morres impenitente, nem o mesmo Senhor Jesus Cristo te poderá depois arrancar do Inferno; porque a sentença proferida por Deus não se revoga, tão inteira e inalienável é a Sua justiça". (*)
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Recebi um email com este texto de Corção, e resolvi escrever a respeito dessa legião de idiotas que aplaudem o cinzento.
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SOBRE OS TONS DE CINZA
"As diferenças se apagam, as arestas se embotam, as cores desaparecem, e a mulher parece homem, o homem parece mulher, a velha parece menina e a menina parece velha. Todo mundo parece todo mundo, e então aparece uma legião de idiotas para aplaudir o cinzento: as freiras parecem não-freiras, os padres parecem rapazes como outros quaisquer, e até não se distingue bem entre um bispo e um aposentado proprietário de botequim. Tudo parece tudo. Tudo é tudo. E uma multidão de imbecis chama este fenômeno de progresso!"
GUSTAVO CORÇÃO. Tudo é cinza. O Globo de 05/09/1968.
A indefinição das cores - os tons cinzentos - favorece o preguiçoso. Nela se acomoda para não ser mais obrigado a tomar uma decisão, defender uma posição, professar seu Credo, seja ele qual for.
O morno é um preguiçoso, confortavelmente instalado em uma poltrona fofa, de onde observa o mundo sem se mostrar, nem se comprometer com nada e com ninguém. Nenhuma bandeira.
Atrás de um computador então... é rei! De lá, ele participa de todas as causas que "lhe parecem certas", sem contudo se comprometer com ninguém em particular. Sobretudo com Deus. É a "vítima" perfeita do Nero moderno, que não te obriga a abjurar a Fé, mas "te aceita como tu és", mais um na multidão, mais uma Fé na prateleira das sensibilidades religiosas atuais. CONTANTO que não ouses dizer que só há um Deus, uma Verdade, uma Fé. Isso... é falta de respeito com a opinião alheia!!!
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Nessa poltrona confortável, o morno vai se transformando em "coisa", mais uma peça da indústria da coisificação humana. Já não raciocina por si só: a TV raciocina por ele. É ela quem dita as novas normas morais, às quais todos devem se conformar: "mas todos fazem isso!"... É dela que sai a voz da consciência humana que as "coisas" ouvem e fazem própria: amalgamadas, uniformizadas, padronizadas... escravas!
E nem se diga que é vítima dos tempos em que vivemos, porque se fez vítima de vontade própria, fazendo uso de seu livre arbítrio, como gosta de alardear por ai! Correu em vão, o Homem, atrás de uma falsa liberdade que lhe foi prometida ao se "libertar" de Deus, porque agora é escravo de si mesmo, de suas vontades e de seus vícios, no pleno exercício de seu livre arbítrio... Mas não passa de um escravo, metido até a alma na lama do pecado.
Como poderá se libertar? Já não é luz o que ele vê como luz, é um abismo voraz. Quem poderá salvá-lo, se ele mesmo recusa a Salvação? Abandonando Deus nos bancos de Missa de Domingo, o Homem abandonou a si mesmo. É um zumbi vagando entre zumbis. O Dia da Revelação será uma... revelação para muitos. E vomito... e choro sem fim, e estridor de dentes.
Que Deus não permita que nos ceguemos a nós mesmos, com nossas próprias mãos e nossa vontade. Antes o jugo suave de Cristo à liberdade da idolatria moderna!!! Antes morrer do que pecar contra um Deus tão bom!!!
Nossa Senhora da Compaixão, rogai por nós! Por todos os que te amam...
G.
(*) Novissimos ou Ultimos Fins do Homem, do Barão do Castelo de Paiva. Tomo I. 1866. Lisboa. Tipografia Universal. Dedicatória. Link para baixar, clique aqui.
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