Uma escritora que escreveu sobre Cristo por conveniência e sem autoridade. Agora, cansou de "brincar de ser católica" e mais uma vez prefere a apostasia. O que a move? Não nos cabe julgar a pessoa, mas seus atos mostram que a move o interesse, o estar na moda.
Como sempre digo: o peixe morre pela boca. Basta ler o que ela diz para entender como ela pensa. Quem ela quer ser. E por que.
Assim, cuidado com o que andas lendo por aí, pois atrás dos personagens há toda uma ideologia escondida e pronta para te confundir e perder a tua alma.
Folha - Quando a senhora voltou para a Igreja Católica, disse que
nunca mais escreveria sobre vampiros. Mas faz um ano exatamente que a
senhora deixou a Igreja. Alguma esperança de voltar a escrever sobre
Lestat, Louis e Cláudia?
Anne Rice - Não quero voltar àquele grupo de livros. Escrevi 12
deles, e eles refletem uma atitude obscura que eu tinha em relação à
vida naquela época. Vou voltar ao supernatural, sim, mas quero novos
heróis e novas cosmologias. Quero uma nova perspectiva que reflita o
modo como eu me sinto agora, passando por essa experiencia cristã e
tendo ainda uma forte fé em Deus. Tenho uma nova atitude.
Ainda trabalha no terceiro livro sobre a vida de Cristo?
Não, não quero mais fazer. Fiquei muito feliz com os dois livros, mas
descobri que se eu entrar na vida de Cristo depois que ele foi batizado
na Jordânia e virou professor, eu entraria em controvérsias sem fim com
os religiosos sobre o que Cristo ensinou, o que ele quis dizer, o que
deixou de falar. Nos dois primeiros livros, era bem livre para lidar com
a infância de Jesus, seus anos escondidos em Nazaré. Pude usar minha
imaginação. Mas quando entra nos ministérios de Jesus e o mostra fazendo
sermões, é quando você entra em choque com protestantes e católicos. Eu
não posso fazer isso. A verdade é que eles acabaram com a minha
energia. Sobrevivi às guerras teológicas e agora me retiro.
Quando deixou a igreja no ano passado, recebeu mais críticas ou elogios?
Definitivamente mais elogios porque muitas pessoas têm, infelizmente,
uma postura muito negativa em relação à religião. Recebi e-mails de
pessoas do mundo todo dizendo que me entendiam. E também muitos convites
para conhecer suas igrejas. Diziam: "Venha para a nossa igreja porque a
gente não condena mulheres, não condena homossexuais, não persegue
pessoas".
Tentou alguma?
Não quero mais me envolver com organizações religiosas. Para mim é muito
importante falar com Deus todos os dias, o dia todo, particularmente de
manhã e à noite. Vivo no espírito e na presença de Deus.
No seu novo livro a ser lançado no Brasil, "De Amor e Maldade", sobre
o anjo Malchiah, há no final muitos agradecimentos à comunidade
judaica. Chegou a considerar virar judia?
Tenho uma grande crença pessoal em Jesus, mas, se um dia eu voltar para
uma organização apenas para rezar, provavelmente será para uma sinagoga.
Porque me envolvi profundamente com eles e com sua fé. Eles são os
verdadeiros monoteístas, da forma como entendo. Eles têm sido fiéis a
Deus por milhares de anos. Cristianismo é jovem.
E como se interessou por judaísmo?
Faz muito tempo que leio sobre a história dos judeus. Foi isso o que me
trouxe de volta à fé em Deus, de verdade. Fiquei muito impressionada com
os acadêmicos que falam muito de Jesus como judeu e sua família judia.
Nos dois livros com Toby O'Dare [protagonista de "De Amor e Maldade"],
adorei ficar mandando-o de volta ao tempo para responder preces
judaicas, ainda que ele seja um cristão. O livro celebra as coisas em
comum entre cristianismo e judaísmo. Vou escrever mais sobre Tobey, já
tenho um terceiro romance em mente, bastante grande. Ele vai à Idade
Média com o maior de todos os desafios que já teve. Não só para salvar
alguém fisicamente, mas também sua alma.
E como faz suas pesquisas?
Eu tenho uma biblioteca de livros judaicos. Faço a maioria da minha
pesquisa na internet. Compro na Amazon.com, na Barnes & Nobles e
outras online. Também vou a livrarias, adoro. Fico chateada que elas
estejam com tantos problemas hoje em dia. Fiz pesquisas para todos os
meus livros. Para os vampiros, estava sempre contando histórias no
tempo, na Renascência, na Idade Média, na Era Romana. Para mim, é
divertido. Ler um grande livro sobre o Egito é delicioso. É como tomar
sorvete.
Você escreveu sobre vampiros, bruxas, anjos e Jesus Cristo. O que liga todos esses personagens?
São heróis supernaturais e humanos [como se Cristo e o resto fossem uma coisa só, em um mesmo nível]. As bruxas eram humanas que podiam
manipular espíritos. Os vampiros eram humanos e viraram imortais. O
lobisomem era humano, mas vira um animal imortal. Jesus é humano, mas
também divino. É Deus, é um grande herói supernatural. Estão todos
conectados comigo. Estou interessada em personagens maiores do que a
vida.
grifos meus
grifos meus
Fonte: Folha.com
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