PODE HAVER MILAGRES FORA DA IGREJA CATÓLICA?
Por causa dos 3 últimos
Eleyson, desatou-se uma polêmica que pode se concentrar sobre a questão:
Pode haver milagres na Igreja pós-conciliar?
É interessante notar que os modernistas são sumamente
propensos a negar os milagres das Sagradas Escrituras, dos Santos etc. (Dz 1707
– 1813), mas quando se trata de “milagres” que favorecem as canonizações de
seus santos, os “milagres” operados dentro de grupos carismáticos, como curas,
dons de verborragia indecifráveis, ou “milagres eucarísticos” ocorridos em
missas novas, como o de Lourdes, Florência, Portugal ou Buenos Aires, aquela
rejeição ao sobrenatural se esvai, deixando crescer uma suma credibilidade;
sobre isto devemos recordar que “...surgirão falsos Cristos, (eucarísticos
também?)... e obrarão grandes sinais e
prodígios, até enganar (se for possível) até aos escolhidos. Já estais prevenidos”
(Mat. 24-20ss). Portanto, toda prevenção é pouca neste tempo que vivemos, e dar
crédito fácil a aparições e pseudo-milagres é, pelo menos, uma imprudência
grave.
1º. Foi levantado se há consagração nas missas novas, a
respeito disso sabemos que não se pode sustentar que todas as missas novas
sejam inválidas, enquanto se mantenham as condições necessárias: ministro
válido, fórmula precisa etc., condições estas cada vez menos frequentes. Mas
centremos o assunto no essencial... Pode haver milagres na missa nova? E, mais
concretamente, se pode dar crédito ao “milagre eucarístico” de Buenos Aires?
Convenhamos que o
verdadeiro milagre provém de Deus, e é um sinal certíssimo de origem divina de
nossa religião (cf. Juramento Antimodernista. Dz 2145), ou seja, é dado o milagre aos fiéis para confirmar, provar,
fortalecer nossa Fé, portanto, qualquer outro prodígio seja de origem natural,
artifício humano ou demoníaco, nos afasta da Verdadeira Igreja de Cristo (Falsas
aparições, onde se confirmam erros como o ecumenismo, episódios como o de Simão
Mago etc.); e que Deus as permite para nos testar na Fé e no amor a Sua
doutrina e à Sua única Igreja.
Sabemos que, desde o CVII, a Igreja de Cristo está sendo
parasitada, ocupada por uma nova igreja, autoproclamada pós-conciliar, ou
igreja nova; com novas doutrinas como o ecumenismo, a liberdade religiosa, a
colegialidade, novos sacramentos como os dados entre os carismáticos, novos
catecismos (que ensinam entre outros erros que temos um mesmo Deus com os
judeus e os muçulmanos), com o Pai Nosso novo, onde “as ofensas” apagam o
sentido do Purgatório, onde a missa nova – confeccionada, entre outros, por 6
pastores protestantes – tem por fim já não mais a Glória de Deus Uno e Trino,
mas o ecumenismo. Pois bem, um “eventual
milagre”, em uma tal missa, que objetivo tem senão o de dar credibilidade a
toda esta nova igreja, a seu concílio nefasto e a seus princípios errôneos?
Vemos os modernistas se esforçarem em canonizar “santos”
que em outras épocas teriam sido condenados como hereges; vemos os esforços por
fazer passar por santos os Papas do CVII, é uma evidência escandalosa, e agora pretender canonizar a missa nova
com este suposto milagre? Não ensina o Divino Mestre que a árvore má não pode
dar bons frutos?... Para que retorcer argumentos? Ou por acaso a missa de Bugnini (1) agora
se tornou boa? Onde ficaram as 60 razões para não assistir à missa nova?,...
por que, se nela há milagres, porque não assisti-la? “Que nosso falar seja sim,
sim, não, não, o que passar disto vem do
demônio...”. Mt. 5-37.
No dia de hoje, Festa da Imaculada Conceição de Maria
Santíssima, os sacerdotes da U.S.M.L. fizeram na França, o que nós já
proclamamos nestes meses anteriores nas Missões a nosso cargo, desde o México
até a Argentina: a rejeição total e absoluta do CVII; é também em razão disto
que não podemos aceitar que esta missa nova possa ser causa ou fonte de
supostos milagres.
Para terminar, lembrem-se que esta nova igreja não há as notas de Una,
Santa, Católica e Apostólica, .... a
nota de Santidade nos marca que os milagres são próprios da Igreja Católica. Não
há milagres eucarísticos na Igreja Ortodoxa, nem na Vetero-Católica, menos ainda
poderá havê-los na modernista, em razão de que nela senhoreia a heresia
modernista, que é a soma de todas as heresias, no dizer de São Pio X; e se
alguém encontra algum milagre, é tão falso como o corpo “incorrupto” de João
XXIII (cujos médicos testemunharam que havia sido embalsamado), ou os “milagres”
do processo de beatificação-canonização do tal Escrivá de Balanguer, que nunca
se retratou de “amar apaixonadamente o mundo”, entre outras coisas...!
A título de conclusão: não
pode haver milagres fora da Igreja Católica porque:
A) A árvore ruim
não pode dar bons frutos (Mt 7-17); a árvore ruim da nova igreja, da nova missa
não pode dar milagres verdadeiros.
B) Os
verdadeiros milagres se dão como uma consequência da nota de Santidade da única
Igreja fundada por Cristo, a Católica, fora da qual NÃO há salvação, portanto, qualquer feito prodigioso,
preternatural, sucedido fora desta Igreja, deve ser atribuído a forças
naturais, artifícios humanos ou enganos do Maligno.
C) Qualquer
outra dúvida, recomendo ler a Suma Teológica de Santo Tomás II-II-178, ou
consultar os monges dominicanos de Avrillè
Humahuaca, Jujuy (Argentina), na
Festa da Imaculada Conceição de Maria –
08/12/2015
E. Cardozo
(1)
P. Anibal
Bugnini, o coautor da Nova Missa por ordem de Paulo VI, disse, referindo-se à missa
nova: “trata-se de uma restauração fundamental, eu diria quase uma mudança
total e, em certos pontos, de uma nova criação”.
Tradução do original em espanhol: Carla d'Amore.
Publicado no Pale Ideas aos 09/12/2015. 22:13.
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