30 de julho
Santos Abdon e Senén
Mártires
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Martirológio Romano: Em Roma, no cemitério Ponciano, na Via Porto, Santos Abdon e Sennen, Mártires (CS III).
Atributos: como reis ou príncipes, com espada.
São protetores das crianças cegas ou raquíticas, dos fabricantes de barril, dos jardineiros e contra os animais nocivos e a geada.
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Destes dois mártires há documentos muito antigos que confirmam sua historicidade e seu culto. Seus nomes aparecem na "Depositio Martyrum" (3) - "III Kalendas Augusti Abdos et Semnes in Pontiani quod est ad Ursum Piliatum" - e no Martirológio Jeronimiano (4), nos Sacramentais Gregoriano e Gelasiano, no "Calendário Marmóreo" de Nápoles (5) e em outros documentos antiquíssimos, como a "Legenda Áurea" (6) do Beato Jacopo de Varazze (7), Arcebispo de Gênova. A Passio Sancti Feliciani (sobre o martírio de Santo Feliciano de Foligno) também cita a história dos mártires.
O Cemitério de Ponciano ficava na Via Portuense, no distrito romano de Monteverde, perto da atual via Alessandro Poerio. O mesmo diz o Martirológio Jeronimiano.
Segundo sua Passio (8), os mártires eram dois príncipes persas que se dedicavam à sepultura dos mártires e que por isso foram denunciados ao imperador Décio (9): “Eis - diziam os denunciantes - que aqueles a quem tu doaste o sangue e a vida em tua vitória, recolhem os corpos dos cristãos e os escondem em uma propriedade deles; e não se humilham diante dos deuses, nem obedecem a tuas ordens de prestar as devidas honras a eles”.
Decio os mandou prender e apresentar a ele, dizendo-lhes: “Assim, então, vos tornastes tolos? Ou não lembram que, como rebeldes aos deuses, foram entregues por eles nas mãos dos romanos e nossas?".
Abdon respondeu: "Nós nos tornamos mais vencedores ainda com a ajuda de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo que reina em eterno”.
Decio enraivecido aduziu: “Não sabem que suas vidas são humilhadas em minhas mãos?”.
Respondeu Abdon: “Nós somos humilhados em nosso Deus Pai e nosso Senhor Jesus Cristo, que se dignou para nossa saúde (salvação) de vir à terra e humilhar-se”.
Decio então ordenou que fossem acorrentados e jogados em uma prisão. Abdon e Sénen então proclamaram: “Eis a glória que sempre esperamos do Senhor”.
Com a morte de seus predecessor, Decio voltou para Roma levando consigo os beatíssimos mártires, acorrentados em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, reservando-os para a glória do triunfo (a entrada triunfal em Roma), como espetáculo aos romanos, porque nobres. Decio, então, ordenou que se convocasse o Senado e, tendo se acordado com Valeriano, o Prefeito de Roma, ordenou que os mártires, massacrados pelo cárceres, fossem apresentados diante dele, no dia 28 de julho. Disse Decio ao Senado: “Quero ouvir o vosso consenso, ó Pais convocados: os Numes nos deram em mãos estes inimigos ferocíssimos; eis os inimigos da República e do Império Romano”.
E foram trazidos atados a correntes e ricamente vestidos com muito ouro e pedras preciosas; os senadores ficaram impressionados pelo aspecto deles, pois tanta graça deu o Senhor a seus servos que excitaram mais a compaixão do que o desprezo. Decio ordenou, então, que se apresentasse Cláudio, chefe dos sacerdotes de Campidoglio, o qual chegou trazendo consigo o tripé dos sacrifícios. Decio disse a Abdon e Sénen: “Sacrifiquem aos deuses, e sejam régulos da liberdade romana, e possuirão todas as nossas coisas, a paz do Império, e serão premiados com riquezas e honras; preocupem-se consigo mesmos”.
Responderam Abdon e Sénen: “Nós, imerecedores e pecadores, oferecemos em definitivo o sacrifício e a oblação ao Senhor Nosso Jesus Cristo, e não a teus Numes”.
Decio disse: “Preparem para eles torturas crudelíssimas”, e ordenou que se preparassem os ursos ferozes e os leões.
Responderam Abdon e Sénen: “Porque demoras? Faça o que crês: nós vivemos seguros em Nosso Senhor Jesus Cristo, que pode destruir todos os teus pensamentos e a ti mesmo”.
No dia seguinte, vieram avisar a Decio que muitos ursos e leão haviam perecido nas gaiolas. Então Decio, enfurecido, ordenou que preparassem seu lugar no anfiteatro. Mas, chegando lá, não quis entrar e ordenou a Valeriano que aqueles que não tivessem adorado ao deus Sol morressem dilacerados pelas feras. Valeriano imediatamente disse a Abdon e Sénen: “Pensais à nobreza de vosso nascimento, e apresentai o incenso ao deus Sol; se não o fizerdes, devereis perecer nas presas das feras”.
Responderam Abdon e Sénen: “Nós adoramos ao Senhor Nosso Jesus Cristo; e nunca nos humilhamos com culto aos simulacros vãos esculpidos por mãos humanas”.
Valeriano mandou despi-los e, cheio de furor, os conduziu diante do simulacro do deus Sol (ex-Colosso de Nero), que estava próximo ao anfiteatro. Os beatíssimos mártires, desprezaram o simulacro e cuspindo diante deste, disseram a Valeriano: “Faça logo o que decidiu fazer”.
Valeriano ordenou ao arauto que, enquanto os mártires eram açoitados cruelmente com açoites com pontas de chumbo, gritasse: “Não queirais blasfemar contra os deuses”. Depois os mandou levar para o anfiteatro onde surgia o Colosso de Nero, entre o Anfiteatro Flavio (ou Flaviano, ou seja, o Coliseu de Roma) e o templo de Vênus, para que fossem devorados pelas feras. E logo que entraram os Santos disseram diante de Valeriano: “Em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo entramos para a coroa [da glória]; Ele te impeça, espírito imundo, de nos fazer mal”, e feito o sinal da cruz entraram no anfiteatro.
Apresentados diante de Valeriano, nus em seus corpos, mas revestidos do corpo de Cristo, disse o prefeito: “Deixem livres dois leões e quatro ursos”. Mas estes, logo que foram soltos, correram rugindo aos pés dos Santos, e não se afastaram um centímetro deles, montaram guarda. Disse Valeriano: “Aparece agora a arte mágica deles”, e ninguém podia se aproximar dos santos por causa das feras. Valeriano, cheio de ira, ordenou aos gladiadores que entrassem armados com tridentes e matassem Abdon e Sénen. Caídos ao solo, os mártires tiveram os pés amarrados e levados diante do simulacro de Sol, onde permaneceram por três dias como exemplo e terror para os cristãos.
Depois do terceiro dia, o subdiácono Quirino, que morava por perto, os recolheu de noite e os colocou, no dia 30 de julho, em uma arca de chumbo e os sepultou em sua casa. Seja pela impossibilidade de levá-los a outro lugar, seja pela devoção do subdiácono àquele precioso tesouro, os corpos permaneceram em sua casa por cinco ou seis décadas até que, graças a uma revelação divina, foram descobertos, desenterrados e sepultados finalmente no Cemitério de Ponciano, durante o reinado de Constantino I.
Na Idade Média (século XI), parte das relíquias foi levada, pelo Bispo Santo Arnulfo de Gap à abadia beneditina de Nossa Senhora de Arles-sur-Tech (França), da Diocese de Perpignan, nos Pirineus, que os venera como santos padroeiros. Lá foram colocados em um antigo sarcófago romano; logo surgiu nesse caixão uma água com poder de cura. Arles se tornou um lugar de peregrinação. Um afresco encontrado no sarcófago os representa recebendo as coroas de Cristo. Da abadia o culto se extendeu por toda parte sob a denominação popular de São Nino e São Nono, como padroeiros dos campesinos. Após a Revolução Francesa, o mosteiro que abrigava as relíquias tornou-se uma habitação comunitária. Hoje está aberta à visitação turística. Relíquias menores estão em Veneza e Sagunto (Valência), Sueca, Florença e Soissons, mas os Bolandistas afirmam que os restos mortais de Abdon e Senén estão em Roma. A história do traslado até Arles foi registrada no Retábulo dos Santos Abdon e Sénen, de Jaume Huguet, em estilo gótico catalão, encomendado pelos fiéis de São Pedro de Tarrasa (Espanha), por volta de 1460.
A confirmar a Passio está a Lectio III do Ofício das Matinas do dia de sua festividade onde se lê o que dizia a Passio:
"Abdon et Sennen Persae, Décio imperatore accusati, quod corpora Christianorum, quae inhumata projiciebantur, in suo praedio sepelissent, jussu imperatoris comprehenduntur, et diis jubentur sacrificare. Quod cum facere negligerent, et Jesum Christum Deum constantissime praedicarent: traditos in arctam custodiam, Romam postea rediens Decius vinctos duxit in triumpho. Qui cum in Urbe ad simulacra attracti essent, ea detestati conspuerunt. Quam ob rem ursis ac leonibus objecti sunt: quos ferae non audebant attingere. Demum gladiis trucidati, colligatis pedibus tracti sunt ante solis simulacrum: Quorum corpora clam inde asportata, Quirinus diaconus sepelivit in suis aedibus."
Esta é a tradução:
"Sob o imperador Décio, os persas Abdon e Senén foram acusados de enterrar em suas propriedades os corpos dos cristãos que eram deixados insepultos. Tendo sido presos por ordem do imperador, tentou-se obrigá-los a sacrificas aos deuses. Eles se negaram a fazê-lo proclamando energicamente a divindade de Jesus Cristo, motivo por que, depois de terem sido encarcerados, ao voltar Décio a Roma, os obrigou a entrar nela carregados de correntes, caminhando diante de sua carroça. Conduzidos pela Cidade, eles cuspiram sobre as estátuas dos deuses. Por isso, foram jogados aos ursos e aos leões, que não se atreveram a tocá-los. Finalmente, depois de tê-los degolado, arrastaram seus corpos amarrados pelos pés e os puseram diante da estátua de Sol. Seus corpos foram retirados secretamente daquele lugar para dar-lhes sepultura na casa do diácono Quirino".
Esta Passio está retratada em um afresco que há nas Catacumbas de Ponciano, sobre a tumba dos dois santos e que está datado do século VI. No afresco aparece Cristo impondo um diadema sobre as cabeças dos dois mártires, que têm barba, vestem roupa asiática curta e portam um gorro frígio. Sobre o afresco se lê a inscrição:
"+De donis Dei et sanctorum Abdo et Senne Gaudiosus (fecit fieri)+"
Abdon aparece como um homem maduro, de barba curta e redonda; e Senén tem um aspecto mais juvenil e barba ainda rala. No cemitério de Ponciano foi encontrada uma lâmpada de terracota do século V com a imagem de um homem a rezar, barbudo e vestido à maneira oriental que se identificou como Abdon. Usa um manto de pele adornado com pedras preciosas.
Acabadas as perseguições, mas em um ano indeterminado, os corpos dos dois mártires foram levados a uma igreja que fora construída sobre a catacumba. O "Itinerário de Salzburgo" - também chamado de "Notitia Ecclesiarum urbis Romae" - o indica quando aconselha os peregrinos que, depois de visitar as catacumbas, subam até a igreja onde descansam os santos. Ou seja, os peregrinos que durante a Idade Média visitavam a Via Portuense já entravam na basílica onde descansavam os corpos destes mártires. O Itinerário afirma que essa basílica era relativamente grande, e à mesma se refere o "Liber Pontificalis" quando diz que foi restaurada pelos Papas Adriano I e Nicolau I. Posteriormente, o Papa Gregório IV levou os corpos para a igreja de São Marcos al Campidoglio, em Roma.
Em 1948, dentro da arca de granito que estava debaixo do altar-mor dessa igreja, se encontrou uma grande caixa de cipreste com muitas relíquias e um pergaminho de 1474 descrevendo a disposição das relíquias de Papa São Marcos, dos Santos Mártires Abdon e Senén, do Mártire Santo Restituto e de algumas outras relíquias. Esta "depositio" (deposição 10) nesta arca fora realizada pelo Cardeal Marcos Barbo, patriarca de Aquileia e titular de dita basílica nos tempos de Papa Sisto IV.
Escavações realizadas nesta basílica no século passado puseram à luz a arca a que nos referimos e, nela, os restos dos santos envoltos em ricos panos. A arca se encontra nessa basílica, no altar a eles dedicado.
O catálogo das igrejas de Roma, redigido por ordem de São Pio V, menciona uma igreja dedicada aos santos Abdon e Senén que provavelmente estava situada no local de seu martírio, ou seja, onde estava o Colosso de Nero, e entre o Anfiteatro Flavio e o templo de Vênus. Essa igreja foi destruída no fim do século XVI.
Os dois santos foram objeto de muitas obras artísticas em varias igrejas e catedrais, na Itália e na Europa; além da riqueza das vestes, indicando a origem persa, muitas vezes eles portam um diadema real, como aquele atribuído muitas vezes aos Reis magos, que eram orientais. Mas a presença constante é a espada com a qual foram decapitados.
Tradução e redação: Giulia d'Amore.
Fontes de pesquisa:
- http://www.pastoralis.com.br/pastoralis/html/modules/wordbook/entry.php?entryID=1037
- https://www.facebook.com/permalink.php?id=575551805791651&story_fbid=660267097320121
- http://www.heiligenlexikon.de/BiographienA/Abdo.htm (alemão).
- http://www.maranatha.it/Feriale/santiProprio/0730TextLat.htm (italiano).
- http://goo.gl/rOGmMA
- http://traditionalcatholic.net/Tradition/Calendar/07-30.html (inglês)
- http://tradizione.oodegr.com/tradizione_index/vitesanti/abdonsennen.htm (italiano)
- http://gogistesvalencians.blogspot.com.br/2011/02/gozos-los-gloriosos-martires-san-abdon.html (espanhol)
- http://www.piardi.org/vol3/volume3devozioni413.htm (italiano)
- http://www.rhedesium.com/blog/the-tomb-of-arles-sur-tech (francês)
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Notas
1 Ponciano: http://www.paginaoriente.com/santos/ponc1911papa.htm.
2 Via Portuense: A Via Portuense foi uma estrada concebida pelos Romanos para ligar Roma à costa ocidental da península Itálica. A estrada permanece até os dias de hoje, e ainda é utilizada para fazer a ligação entre Fiumicino e a capital, passando ao lado do Aeroporto Leonardo da Vinci.
3 Veja a nota sobre a deposição de um santo ou mártir (*).
4 O Martyrologium Hieronymianum (Martirológio Jeronimiano) constitui o mais antigo catálogo dos mártires cristãos da Igreja Católica. Deve o seu nome ao fato de ter sido atribuído a São Jerônimo. O autor, todavia, seria um anônimo do Século V, que teria vivido entre Milão e Aquileia, e que lançou mão de um martirológio siríaco da segunda metade do Século IV – provavelmente o Martirológio de Nicomêdia, escrito entre 360 e 411 –, tendo feito uso também do Cronógrafo de 354 e de um martirológio africano. Há duas resenhas sobre o Martirológio Jeronimiano: uma itálica, de uso litúrgico e de edificação, e outra gálica, datada do final do Século VI e que teve grande difusão e enriquecimentos diversos nas várias províncias da França. O Martirológio Jeronimiano foi publicado pelos bolandistas Hippolyte Delehaye e Henri Quentin em Bruxelas na Acta Sanctorum em 1931 e continua sendo um documento primário da História da Igreja.
5 O "Calendario Marmoreo di Napoli" é um documento em mármore que reporta os costumes litúrgicos da Igreja em Nápoles. Foi encontrado casualmente em 1742, quando os mármores foram removidos da entrada secundária da igreja de "San Giovanni Maggiore". Salvos da destruição por acaso, os mármores do calendário foram valorizados pelo Cardeal Cardinale Giuseppe Spinelli, que confiou o estudo deles ao canônico Alessio Simmaco Mazzocchi e os colocaou em um primeiro momento na capela do episcópio. Atualmente, é conservado no Duomo de Nápoles. Ele é composto por duas platibandas com incisões em ambos os lados. Provavelmente é da metade do século IX e contém, de um lado, a incisão de dois leões alados, pégasos e hipógrifos, e, de outro, traz a lista das festividades litúrgicas ordenada segundo os meses. Conserva os costumes litúrgicos da igreja napolitana, especialmente da parte do clero ligada aos ambientes gregos. É um importante documento histórico porque indica a antiguidade do culto que se fez (e faz) a alguns santos: registra, em particular, a data de sepultura de bem vinte e três bispos de Nápoles.
6 Legenda Áurea. A Legenda Áurea ou Lenda Dourada (em latim: Legenda aurea ou Legenda sanctorum) é uma coletânea de narrativas hagiográficas reunidas entre 1250 e 1260 d.C. pelo dominicano e futuro bispo de Gênova Jacopo de Varazze e que se divulgou intensamente durante a Idade Média. Inicialmente intitulada Legenda sanctorum ("Leituras sobre Santos"), ganhou sua popularidade sob o título que hoje é mais conhecida e acabaria por se sobrepor e eclipsar as compilações anteriores: a "Abbreviatio in gestis et miraculis sanctorum" (Jean de Mailly) e a "Epilogus in gestis sanctorum", (pregador dominicano Bartolomeu de Trent). Sobreviveram mais de oitocentas cópias do manuscrito e, com a invenção da impressão (1450), edições apareceram rapidamente, não apenas em latim, mas também em todas as línguas europeias mais faladas. Entre os incunábulos, impressos antes de 1500, há mais edições da Legenda do que da Bíblia.
7 Jacopo de Varazze foi arcebispo de Gênova (1292-1298) e autor da obra conhecida como "Legenda Áurea" que narra a vida de santos; é um dos mais famosos trabalhos hagiográficos da Idade Média. Jacopo nasceu em Varazze na Ligúria (noroeste da Itália) e tornou-se dominicano em 1244, vindo a ser prior de Como, Bolonha e Asti. Foi o superior para a região da Lombardia de sua Ordem entre 1267 e 1286. Em 1295, conseguiu pacificar os Guelfos e os Gibelinos, em guerra há tempos. Também pacificou Gênova e Veneza, em contenda pelo domínio dos mares e dos temperos indianos. Antes de morrer, determinou que o dinheiro para o funeral fosse dado aos pobres. O culto a Jacopo parece ter começado pouco depois de sua morte, em 1298, e foi ratificado pelo Papa Pío VII, em 1816, que permitiu ao clero de Genova, Savona e toda a Ordem de Santo Domingo, celebrar sua festa como a de um santo.
8 O site Amazon vende o livro em italiano, que pode ser baixado gratuitamente aqui.
9 Caio Méssio Quinto Trajano Décio (em latim Gaius Messius Quintus Trajanus Decius; 201-251) foi imperador romano entre 249 e 251. Décio observou com uma certa desconfiança o poder crescente dos cristãos, e determinou-se a reprimi-los, construiu templos pagãos, reforçou os cultos e sacrifícios do passado em todo o império. Vendo as igrejas cheias de prosélitos e os templos pagãos esvaziados, empreendeu a sétima perseguição geral contra o Cristianismo em apenas dois anos de reinado. O Papa Fabiano foi um dos primeiros a sofrer o martírio. A crueldade empreendida nesta perseguição lhe deu um lugar comparável ao do imperador Nero. Durante as perseguições de Décio, vários cristãos abandonaram a Igreja. Quando o imperador foi morto e as perseguições acabaram, estes voltaram a Roma querendo voltar à Igreja, mas Nabhatis dizia "não há perdão", e foi chamado de chefe dos puristas.
10 Deposição de um mártir ou de um santo é o dia do aniversário de sua sepultura ou da colocação das relíquias em um altar. Uma lista de deposição de mártires e de celebrações litúrgicas com o título de "Depositio Martyrum" é contida no mais antigo calendário cristão conhecido, o calendário ilustrado de Furio Dionisio Filocalo, (calígrafo do Papa Dámaso I) chamado de "Cronógrafo de 354" (feito em homenagem a uma aristocrata romano de nome Valentino) e que inclui também o elenco da deposição de 12 bispos de Roma (Papas), deste Lúcio I (254) a Júlia I (352), com as indicações do local das estações litúrgicas ("Depositio episcoporum"). Este termo é usado também para designar o ato de retirar o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo da Cruz, para sepultá-lo.
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