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sábado, 12 de julho de 2014

12 de junho Santos Nabor e Félix

12 de Julho

Santos Nabor e Félix

Mártires
+303 Lódi Velho (Milão)


297 d.C. Dois soldados do exército imperial chegam a Milão, vindos da África. São martirizados em Lódi. Mesmo sendo estrangeiros e hóspedes, Ambrósio considera-os o pequeno grão de mostarda do qual nasce a Igreja de Milão. 


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O Bispo de Milão, Santo Ambrósio é o autor do hino "Victor, Nabor, Felix pii", que se tornou o fundamento histórico da figura dos três mártires Vitor, Nabor e Félix. Sim, são três os mártires, mas são Vítor é lembrado no dia 8 de maio, enquanto Nabor e Félix no dia de hoje. A divisão do culto, segundo a tradição ocorreu depois da era ambrosiana e por causa da localização dos túmulos e a data, Vítor em Milão, e os outros em Lódi. 

Eles eram soldados norte-africanos da Mauritânia (Mauri genus), vindo até Milão para servir no exército de Maximiliano (governador das regiões norte-ocidentais); aqui se tornaram cristãos. Em 303, a perseguição contra os cristãos já havia explodido no Oriente, sobretudo contra os militares; também Maximiliano, seguindo o convite dos governadores orientais, deu ordem de fazer uma depuração em seu exército. 

Os três soldados desertaram e foram presos, processados e condenados a morte, contudo a sentença não foi executada em Milão, mas em Lódi Velho (Laus Pompeia) e lá justiçados por decapitação, para servirem de exemplo à florescente comunidade local. 



Após o 311, os corpos dos três mártires foram transladados para Milão e sepultados, separadamente, em duas basílicas cemiteriais: Vítor, na que depois seria incorporada à igreja de Santo Ambrósio; Nabor e Félix naquela chamada depois de “Naboriana”. 


No reconhecimento dos corpos dos santos Gervásio e Protásio, em 386, se narra que eles estavam na basílica em que Nabor e Félix gozavam de grande culto popular, culto tributado pelos milaneses por todo o século IV. Depois, progredindo o culto dos santos "milaneses", Protásio e Gervásio, a devoção a Nabor e Félix diminuiu por toda a Idade Média. 


Depois de 1249, a vetusta e decaída basílica (naboriana) foi entregue aos franciscanos, os quais a reavivaram completamente, propondo novamente o culto dos mártires lá sepultados; de fato, já em 1396 estatutos milaneses estabeleceram que no dia 12 de Julho fosse festa de preceito para a cidade, preceito abolido por Carlos V em 1537. 

Em 1258, os dois mártires foram trasladados à nova igreja. Em 1472, resolveu-se colocar os dois corpos juntos no novo altar, separando os dois crânios do resto das relíquias e colocando-os em relicários de prata em forma de busto, expostos, pelos séculos afora, solenemente, no altar-mor, nas principais festas. 

Em 22 de janeiro de 1799, as relíquias foram transladadas para Santo Ambrósio, porque a antiga basílica paleo-cristã foi suprimida,  ocasião em que os bustos com os crânios sumiram, sendo reencontrados depois de 160 em um antiquário de Namur, na Bélgica, completos nas relíquias. 

O então arcebispo de Milão, Cardeal Montini, determinou o retorno das relíquias com solenes honras, primeiro a Milão e depois a Lódi Velho. O culto voltou a florescer. 

Os santos costumam ser representados com a couraça de soldados e a palma do martírio.  


Hino Ambrosiano:





Fonte: http://www.santiebeati.it/dettaglio/62000. Tradução: Giulia d'Amore. 

Ver ainda:  
O martírio dos santos Nabor e Félix.
O martírio de S. Vítor. (italiano)
 


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