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terça-feira, 3 de julho de 2012

De Arséne para Fellay...

Arséne Lupin de Leblanc

Dezesseis perguntas para S.E. Mons. Fellay

Texto escrito por um sacerdote católico com o codinome de Arsène Lupin¹, aos 03 de julho de 2012

Excelência, com todo o respeito que vos tenho, em vosso pesado encargo de Superior da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, peço-vos que responda, nítida e claramente, às seguintes questões de vossos sacerdotes e de vossos fiéis inquietos:
  1. Continuareis a dar o sacramento da crisma sob condição aos fiéis que a receberam dos bispos conciliares?
  2. Continuareis a reordenar sob condição os sacerdotes que, tendo sido ordenados duvidosamente por bispos consagrados de acordo com o novo rito, se juntarão à Fraternidade?
  3. O reconhecimento canônico é acompanhado de um reconhecimento da validade dos matrimônios da Tradição que foram realizados até hoje, ou válida esses matrimônios como se eles não tivessem sido válidos até agora?
  4. Daqui a dez anos, no máximo, vai surgir a questão das sagrações, devido à idade de Mons. Williamson, nascido em 1940, e de Mons. Tissier de Mallerais, nascido em 1945. Esta questão foi resolvida ou, ao menos, abordada nas discussões com Roma?
  5. Os membros da Fraternidade São Pio X poderão continuar a criticar abertamente certos fatos e ensinamentos do Papa?
  6. O fareis vós mesmo, como o fizestes antes?
  7. No caso de uma Prelazia Pessoal, quem será o Superior Geral? Vós mesmo? Um membro da Fraternidade São Pio X? Um "romano"?
  8. Vós o sabeis?
  9. Mons. Lefebvre insistiu, em 1988, em uma comissão romana responsável por nos defender composta em sua maioria por membros da Tradição. Esta comissão está prevista?
  10. É composta em sua maioria por membros da Fraternidade?
  11. O Conselho Geral que assistirá o Superior Geral será composto de 6 membros, como vós mesmo o dissestes aos sacerdotes do Distrito da França. Esses 6 membros serão nomeados por Roma ou por vós ou pelo capítulo?
  12. Tendes conhecimento disso?
  13. Se houver um Conselho Geral composto por 7 membros, incluído vós, isso significa que não haverá mais capítulo?
  14. Está previsto, como para o IBP, que as contas financeiras das casas da Prelazia Pessoal estariam sujeitas aos bispos locais?
  15. Os sacerdotes da comunidade "Ecclesia Dei" poderão exercer um apostolado em nossas casas?
  16. Em sua entrevista recente à DICI, vós falastes de “tal bispo, que poderia (sic) nos confiar a direção de um seminário”. Dos mais de 5.000 bispos de todo o mundo, vós conheceis pelo menos 5 que vos tenham claramente convidado na diocese deles?
Arsène Lupin, um padre católico

Nota:
¹ Arsène Lupin é uma escolha interessante como codinome. Na minha infância na Itália, eventualmente assistíamos a uma série televisiva chamada Arsenio Lupin, il ladro gentiluomo (em francês: Arsène Lupin, gentleman-cambrioleur - literalmente: A.L., o cavalheiro-ladrão), que em português ficou conhecida como O Ladrão de Casaca. Principal obra do escritor francês Maurice Leblanc, Arsène é o Robin Wood da França da Belle Époque. Com um charme totalmente francês, ele avisava suas vítimas (sempre ricos aristocratas) antes dos furtos e, com certo ar blasé, ainda deixava seu cartão de visita e conseguia sempre "adquirir" o que pretendia, para espanto e desalento do Inspetor Ganimard. Leblanc, dizem, inspirou-se na vida de um certo Marius Jacob, personagem nada charmoso. Alguns mangakas inspiraram-se em Arséne para compor personagens que são famosos nos ambientes dos mangás. Arséne trava "duelos" com seu rival inglês "Herlock Sholmes" (óbvia brincadeira com o nome de Sherlock Holmes, na obra de Leblanc), para o qual acaba criando situações embaraçosas. São os francês rindo às custas dos ingleses, como sempre. Mas o que este Arséne "rouba" do original não tem nada a ver com os furtos, a sedução de belas mulheres ou qualquer outro feito ou evento mundano nada virtuoso; assemelha-se no espírito vivo, audacioso, impertinente, desafiador, engenhoso, mas, sobretudo, de um humor sutil e ferino. Se o personagem de Leblanc acaba sempre conseguindo o seu intento, com uma certa fineza e bom humor, este padre (sim, porque já sabe-se que é um padre) alcança os seus objetivos da mesma forma. Quem acompanha seus escritos há algum tempo não pode não compreender exatamente o que ele pretende dizer. Au revoir...

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