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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

14 de agosto: Santo Eusébio de Vercelli

14 de agosto

Santo Eusébio de Vercelli

Bispo e Mártir



+ Roma, séc. IV. Por sua fidelidade à ortodoxia católica, Santo Eusébio foi preso em um quarto de sua própria casa pelo herético Imperador Constâncio. Sete meses depois, rendeu seu espírito. Uma igreja que fundara no monte Esquilínio recebeu seu nome.  

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Santo Eusébio era filho de pais piedosos e ricos; nasceu na ilha da Sardenha. Instruído nas ciências sacras e profanas em Roma, foi unido ao clero romano, quando São Silvestre governava a Igreja. Mais tarde foi destacado para Vercelli, no Piemonte, para dirigir aquela diocese.  

Segundo testemunho de Santo Ambrósio, foi o primeiro sacerdote secular do Ocidente, que com este estado ligava o de sacerdote regular, e que obrigava o clero da cidade a levar uma vida quase de monges. Eusébio vivia com o clero em comunidade. Pela oração e penitência, pediam-se as bênçãos de Deus para o trabalho da cura de almas. Além disto estudavam os santos livros, trabalhavam nas paróquias e ocupavam-se de ofícios manuais.  



Referindo-se a este estado de vida, Santo Ambrósio disse: "Pode haver coisa mais maravilhosa? Tudo ali é digno de imitação. O rigor do jejum é compensado pela paz da consciência e pelo sossego da alma. O poder do bom exemplo sustenta a todos. O que mais custa à natureza, torna-se fácil pelo costume".  

Desta santa comunidade saiu uma série de excelentes bispos. Esta vida em comum preparou Eusébio para as lutas que o esperavam, e deu-lhe força para sair vencedor de todas.  


Já em 355, apareceu a primeira dificuldade, quando o Imperador Constâncio convocou o Concílio de Milão, ao qual Eusébio se negou a comparecer, prevendo a preponderância que haveria de elementos arianos. Só quando recebeu o convite escrito do imperador, dos bispos arianos e católicos, prontificou-se a ir, mas com a declaração, de que agiria segundo a sua consciência e os ditames da justiça. Esta declaração determinou os membros do Concílio a dar-lhe acesso às sessões, bem como ao Legado do Papa, mas só no décimo dia, quando não havia mais nada a receber de sua presença. Ainda assim exigiram que assinasse uma bula, que continha a excomunhão de Santo Atanásio, a que se opôs enérgica e resolutamente, apelando para a assembleia que devia respeitar as resoluções do Concílio de Nicéia.

As sessões do Concílio foram então transferidas para os salões do palácio imperial, e foi ali que o imperador, com a espada em punho, exigiu peremptoriamente que assinasse aquele documento. Eusébio ainda assim negou a assinatura, o que lhe ganhou a prisão e o exílio para Scitópolis, na Palestina.  


Os católicos viram neste gesto do santo o triunfo da Fé Católica, e deram a Eusébio as provas mais claras e comoventes de solidariedade e dedicação. Em Scitópolis teve de sofrer muitas contrariedades, da parte do bispo ariano daquela cidade. O fanatismo dos arianos chegou a ponto de maltratar fisicamente o santo prelado, e pô-lo em incomunicabilidade com os católicos. Eusébio passou por um verdadeiro martírio. O Seu consolo era o amor dos católicos, que o cumulavam de atenções, sempre que podiam, e a visita de Santo Epifânio.  

Os arianos, porém, não o deixavam em paz. Se por algum tempo conseguia livrar-se da prisão, outra mais apertada se lhe abria. Assim aconteceu que, arrebatado dos católicos, ficasse preso, incomunicável, durante seis dias, sem se alimentar. O alimento que os arianos lhe ofereciam rejeitava-o, e aos católicos era impossível chegar aonde estava. No sexto dia, os católicos apareceram em grande número, e com veementes protestos e grandes ameaças, exigiram a libertação do bispo.

De Scitópolis, Eusébio foi transferido para a Capadócia e de lá para Tebaida, onde permaneceu até a morte do imperador Constâncio, em 361.  


Sob o governo de Juliano, o Apóstata, os bispos católicos exilados tiveram liberdade de voltar para as dioceses. Depois de uma expatriação de seis anos, Eusébio foi a Alexandria, onde Santo Atanásio realizava um Concílio, a que assistiu para depois se dirigir a Antioquia, onde reinavam graves dissensões entre os católicos. Deixando Antioquia, visitou quase todas as Igrejas do Oriente, confortando os católicos, animando os fracos e chamando os separados ao seio da Igreja. Igual apostolado realizou na Ilíria, onde o arianismo tinha produzido lamentáveis estragos. Por fim, chegou à Itália, onde teve uma recepção brilhante, em que tomaram parte os colegas do episcopado e o povo.  

Em companhia de Santo Hilário, bispo de Poitiers, começou o apostolado de unificação das Igrejas. Eusébio e Hilário contestaram a legitimidade do bispo ariano Auxêncio em Milão; nada, porém, conseguiram, porque Auxêncio soube habilmente enganar o Imperador Valentiniano e alguns bispos.

Depois de tantos trabalhos e lutas, Eusébio retirou-se para a sua diocese de Vercelli, onde encontrou tudo em boa ordem, graças ao zelo do clero por ele formado. Não tardou muito que Deus chamasse seu fiel servo ao bem merecido repouso, em 370. Por causa dos grandes sofrimentos que passou Santo Eusébio, em defesa da fé, deu-se-lhe o título de mártir.
   

Fonte: http://www.paginaoriente.com/santos/eusebv0208.htm.

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