Também nós devemos levar a nossa cruz.
Foi o próprio Senhor que nos deu esse preceito: “Quem não leva a sua cruz, não é digno de Mim”, diz-nos. Não devemos, acaso, conformar-nos com o nosso chefe?
Se Nosso Senhor escolheu a cruz, é porque ela é boa, é porque é necessária. Ela repara e apaga o pecado. Adquire as graças; e em nós, ela comprime as paixões e as enfraquece.
É tão necessária que Nosso Senhor fez dela a medida da nossa glória. Quando nos vier julgar, o sinal da redenção planará no céu. Os que se tiverem conformado com a cruz serão salvos.
Aliás, toda a vida está semeada de cruz, aí está a condição da nossa vida mortal desde a queda de Adão. Seria uma loucura não aproveitar destas ocasiões de reparação e de mérito.
Como é que devemos levar a cruz?
Primeiro com resignação, como Jesus, que dizia sem cessar: “Meu Pai, que a vossa vontade seja feita e não a minha!”.
- Com confiança na graça de Jesus Cristo, que nos ajudará a levar a cruz.
- Com alegria, porque a cruz é o caminho do Céu.
- Com amor sobretudo, porque a cruz nos torna semelhantes a Jesus Cristo, porque a nossa generosidade consola o Coração de Jesus e nos une ao Salvador na sua obra redentora, porque as nossas cruzes, levadas com coragem, são fontes de graças para todas as nossas obras, para todas as almas que nós recomendamos a Nosso Senhor.
(Padre León Dehon, OSP 3, p. 359s.).