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domingo, 3 de maio de 2015

3 de maio: Santo Alexandre I, Papa, e Companheiros, Mártires

3 DE MAIO  

Santo Alexandre I, Papa, e Companheiros Evencio e Teódulo (Presbíteros)

Mártires
Pontificado 107 a 116 d.C. 


Relicário de Cabeça do Papa Alexandre, com o rosto de Alexandre I
ao topo e pinturas dos três santos mártires na base do relicário:
Alexandre I, Santo Evêncio Presbítero (retratado como Bispo) e
São Teódulo Presbítero (retratado como Diácono).
Abadia Stavelot em Valônia, na Bélgica,
à época do Abade Wibald (cerca de 1145)
.
Santo Alexandre I, natural de Roma, foi o sexto Papa da Igreja. Sucedeu a Santo Evaristo, no ano 107, e tinha apenas 30 anos de idade quando assumiu a Cadeira de São Pedro. Apesar da idade, exercia já grande influência sobre as pessoas, pela sua extrema piedade e reconhecida santidade. Foi o sexto Papa da Igreja e também o sexto a tombar em defesa da Fé.

Era com muita força que suas pregações atingiam o coração das pessoas, de forma que foi o responsável pela conversão de muitos senadores e grande parte da nobreza romana, dentre os quais um prefeito de nome Hermes e de seus parentes, totalizando a conversão de mil duzentas e cinquenta pessoas. Isto acabou culminando na sua prisão, por força de mandado expedido pelo Governador Aureliano.

Trancafiado na cadeia, fez muitos e grandes milagres. Certo dia, estando nela algemado, veio à noite um menino com uma tocha acesa nas mãos e lhe disse: “Siga-me, Alexandre”; e havendo feito uma oração, entendendo que o menino era um Anjo do Senhor, o seguiu, sem que as paredes, nem portas, nem guardas lhe impedissem a saída do cárcere. O menino o guiou até a casa do tribuno Quirino, onde se encontrava preso Hermes. Quirino desejava muito ver Santo Alexandre, e Hermes lhe havia dito que, por mais que estivesse preso, Alexandre viria à sua casa.


Quando se encontraram, abraçaram-se os santos mártires e derramaram muitas lágrimas de consolo, e animaram-se mutuamente a morrer por Jesus Cristo. Tal fato assombrou o tribuno Quirino, que já havia ouvido alguns argumentos de Hermes e as razões da conversão e da sua Fé em Jesus. Ao ver, naquele momento, sua filha curada de grave enfermidade com o toque das algemas de Santo Alexandre, Quirino converteu-se também ao Cristianismo, com sua filha e todos os presos que estavam no cárcere. Santo Alexandre, assim, mandou que os sacerdotes Evêncio e Teódulo os batizassem naquele dia.

Chegando esta notícia a Aureliano, este encheu-se de furor e ordenou que fossem torturados os que haviam sido batizados no cárcere, mandando que trouxessem à sua presença Alexandre, com os dois presbíteros Evêncio e Teódulo e disse-lhes: “Deixemos de práticas e vamos direto ao caso”; ordenou que os carrascos dilacerassem a Alexandre, o arrastassem com um potro e atormentassem com golpes sua carne, bem como que queimassem seu costado com chamas acesas. Após estes tormentos, Alexandre permanecia calado. Então, Aureliano perguntou: “Por que te calas? Por que não te queixas?”. Respondeu Alexandre: “Quando um cristão cala, com Deus fala”.

Aos mesmos tormentos foram submetidos Evêncio e Teódulo. Evêncio, tinha 81 anos de idade, fora batizado com 11 e ordenado sacerdote aos 20. Os tormentos eram intensos, mas, ao invés de aterrorizá-los, manifestavam cada vez mais fé e amor a Deus. Aureliano, então, mandou acender um forno e mandou fechar dentro Alexandre e Evêncio, mas deixou Teódulo próximo à abertura da porta, para que, vendo como se abrasavam, sacrificasse aos deuses pelo temor de semelhante castigo. Entretanto, Teódulo não se espantou ao ver a chama cobrindo seus companheiros; pelo contrário, incendiado pelo amor divino, desejou ser lançado com eles que, de dentro do forno, o chamavam e diziam que onde estavam não havia dor e nem tormento, senão refrigério e descanso. E assim foi; as chamas não lhes causaram mal algum, e todos saíram do forno mais resplandecentes do que o ouro.

Não se abrandou, porém, o coração duro e rebelde do tirano, que mandou degolar Evêncio e Teódulo. Com umas setas de aço muito agudas, mandou que fossem atravessados todos os membros do corpo de Alexandre, para que morresse mais cruelmente, sendo degolado no dia 03 de maio de 116, sob o império de Adriano.

Durante seu pontificado, Santo Alexandre estabeleceu que, durante a celebração da Eucaristia, fosse usado, na consagração, pão sem fermento. Também decretou que, antes da consagração do cálice com vinho, fosse nele mesclado um pouco de água, significando a união de Cristo com sua Igreja, e para representar a água e o Sangue que saiu do Seu costado. Pronunciou excomunhão contra todos os que impedissem aos legados apostólicos de cumprir as ordens do Sumo Pontífice. Consagrou cinco bispos, seis presbíteros e dois diáconos. Escreveu três epístolas, que são conhecidas como o “Primeiro Tomo dos Concílios”, onde constam os aludidos decretos e ordens. Consta também outra regra muito importante, que trata da bênção da água com sal, nas cerimônias que até hoje a Igreja celebra; seu uso nos templos, casas e aposentos, contra as tentações e ciladas dos demônios, que continuamente nos perseguem com seus malignos ataques. Este costume tem sido preservado na Igreja Católica desde os primórdios, e o Senhor tem feito inumeráveis milagres, de muitas e diversas maneiras, por meio da água benta, sanando todo o gênero de enfermidades, apagando fogos e incêndios, sossegando as tormentas do mar e tremores de terra, as tempestades, furacões, raios do céu, e livrando corpos de demônios.

Reflexões:

Santo Alexandre assumiu o pontificado com 30 anos de idade e recebeu a palma do martírio com 39. Embora jovem, ficou marcado como pessoa de extrema firmeza de personalidade. Sendo seus predecessores todos mártires, é certo que Santo Alexandre tenha constatado que com ele não ia ser diferente. Em curto espaço de tempo, estabeleceu normas canônicas para práticas usuais desde a aurora da Igreja. Cônscio de seu poder e autoridade divina, fez questão de imprimir pena de excomunhão para quem viesse a impedir que seus legados apostólicos cumprissem suas ordens, numa claríssima evidência da infalibilidade papal, implícita desde os primórdios, e que viria a ser estabelecida como regra canônica em 1854. Deixou para a Igreja uma bela herança de valiosas normas canônicas e de testemunho cristão em grau elevadíssimo. O valor da água benta, no combate aos males do corpo e do espírito, é uma poderosa arma de batalha a todos os tipos de investidas interiores e exteriores. Aliás, há três coisas que o demônio não suporta: a água benta, as contas do Santo Rosário e as imagens do Sagrado Coração de Jesus e Imaculado Coração de Maria. Usemos diariamente, portanto, as armas que o Senhor disponibiliza na guerra contra o espírito maligno.  


Visto em: http://www.paginaoriente.com/santos/alexan0305papa.htm.
 

   
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