O ESTRANHO CASO DA TEOLOGIA DA LIBERTAÇÃO REVALORIZADA NO
VATICANO
|
Paolo Rodari |
Segundo Paolo Rodari, de Palazzo
Apostolico, a possível candidatura de Gerhard Ludwig Müller, Bispo de
Ratisbonne, para a Congregação para a Doutrina da Fé, no lugar de Mons. Levada,
não é uma boa notícia para o mundo católico, tendo em vista suas perigosas ligações com o fundador
da teologia da libertação, Gustavo Gutiérrez. Segundo afirma Rodari, até o Osservatore Romano dá agora espaço e ênfase
a esta figura, ao publicar, em dezembro ainda, um artigo sobre Müller, que
cuidou da Opera omnia do futuro Papa
Bento XVI e que esclarece que será republicado o volume dedicado à
Escatologia, onde há dois textos do teólogo Ratzinger que, além de desfazer os ‘perigos’
ínsitos no famigerado movimento teológico, mostra os 'princípios positivos' da TL... Com
esse artigo parece estar claro que a Santa Sé pretendia revalorizar o curriculum
de Müller, mas, também, reavaliar (e valorizar) a teologia herética que sempre foi criticada,
especialmente - segundo Rodari - por João Paulo II, que, em 1979, no México, declarou que “a
concepção de Cristo como político, revolucionário, como o subversivo de
Nazareth, não se alinha com a catequese da Igreja”. O Papa Bento XVI, então prefeito da
Congregação pela Doutrina da Fé, compartilhava a visão de João
Paulo II, mas também, como alega o próprio Müller, escreveu documentos, quando por sua passagem pela Congregação (Libertatis nuntius, 1984, e Libertatis
conscientiae, 1986), que não continham apenas críticas, mas preparavam a estrada
para uma “verdadeira teologia da libertação que é estritamente ligada à
doutrina social da Igreja e que no mundo de hoje deve levar a própria voz...”.
A teologia da libertação ainda vive. O próprio fundador o declarou recentemente.
Como se isso não bastasse, em Roma há
outro prefeito de Congregação (a Congregação dos religiosos), o Arcebispo brasileiro
João Braz de Aviz, que, ao chegar a Roma em fevereiro passado, disse em uma
entrevista que a TL não apenas é útil, mas necessária, porque permitiu à Igreja
descobrir a opção preferencial pelos pobres, que é uma “opção evangélica”. (sic)
As escolhas dos novos prefeitos são preocupantes. Todas
elas. Que Roma estão a construir?
Giulia d'Amore di Ugento
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog é CATÓLICO. Ao comentar, tenha ciência de que os editores se reservam o direito de publicar ou não.
COMENTE acima. Para outros assuntos, use o formulário no menu lateral. Gratos.