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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

16 de janeiro - São Marcelo I, Papa e Mártir

16 de janeiro 

 
No dia de São Marcelo I, Papa e Mártir da Igreja Católica, desejo um feliz onomástico a todos os Marcelos, em partircular ao meu sobrinho Marcelo K, que Deus o abençoe sempre e que seu Santo homônimo seja seu modelo na luta contra os inimigos da Fé.



São Marcelo, rogai por nós, 
e em particular pelos que portam o vosso nome.




Papa Marcelo I



30º papa
Nascimento: Roma, 255
Eleição: 27 de Maio de 308
Fim do pontificado: 6 de Janeiro de 309
 
O Papa Marcelo I (em latim, Marcellus) foi o trigésimo papa da Igreja, exercendo sua função de maio de 308 a 309, sucedendo o Papa Marcelino, após uma considerável lacuna de tempo.

Sob o Império de Magêncio, ele foi expulso de Roma, em 309, em virtude do tumulto causado pela gravidade das penitências que impusera aos cristãos que haviam renegado a fé, sob recente perseguição. Ele morreu martirizado no mesmo ano, sendo substituído pelo Papa Eusébio. Seus restos mortais estão sob o altar da Igreja de San Marcello al Corso, em Roma. Sua festa é celebrada em 16 de janeiro.


Segundo o "Catálogo Liberiano", Marcelo, um romano, foi eleito papa pelo clero romano por volta da última metade de 308 (Fuit temporibus Maxenti a cons. X et Maximiano usque post consulatum X et septimum). Com base na interpretação do arqueólogo italiano Giovanni Battista de Rossi, tal anotação deveria ser lida “A cons. Maximiano Herculio X et Maximiano Galerio VII usque post cons. Maxim. Herc. X et Maxim. Galer. VII”. À sua ascensão, encontrou a Igreja numa situação desastrosa. Os locais de reunião e alguns cemitérios foram confiscados e as atividades ordinárias foram interrompidas. Além disso, ocorriam alguns desentendimentos internos causados pelo grande número de pessoas que tinham renunciado a fé durante o período de perseguição e que, sob a direção de um apóstata, pretendiam ser readmitidos à Eucaristia sem que tivessem feito um ato de arrependimento, porque, na opinião deles, a longa vacância da Cátedra de São Pedro, depois da abdicação do próprio pontífice, lhes permitiria retomar tais procedimentos na comunidade.

Uma vez eleito, Marcelo assumiu de imediato o compromisso de reorganizar a Igreja. Segundo o Liber Pontificalis, ele subdivide o território metropolitano em 25 distritos (tituli) assemelháveis às atuais paróquias, à chefia dos quais era posto um presbítero que presidia a preparação dos catecúmenos, o batismo, a administração das penitências, as celebrações litúrgicas e o cuidado dos locais de sepultura e de memória. Além disso, seu nome é ligado, sobretudo, à fundação do cemitério de Novella (Cœmeterium Novellœ), situado na Via Salária, em frente à Catacumba de Priscila. O Liber Pontificalis relata: “Hic fecit cymiterium Novellae via Salaria et XXV titulos in urbe Roma constituit quasi diœcesis propter baptismum et pœnitentiam multorum qui convertebantur ex paganis et propter sepulturas Inartyrum”. No início do VII século, provavelmente, Roma contava com 25 igrejas titulares, existindo uma tradição histórica que sustenta que a administração eclesiástica tenha sido reformada depois da perseguição de Diocleciano, portanto, o compilador do Liber Pontificalis a atribui a Marcelo.

O trabalho como papa foi, porém, rapidamente interrompido pela controvérsia dos apóstatas. Marcelo, forte defensor das antigas tradições, endureceu a sua posição e exigiu penitência daqueles que queriam ser readmitidos. Em testemunho dessa posição, existe uma epígrafe composta pelo Papa Dâmaso I para o seu túmulo: “Pastor verdadeiro, porque manifestou aos lapsi as obrigações que tinham no sentido de expiarem os seus delitos com as lágrimas da penitência, foi considerado por aqueles miseráveis como terrível inimigo. Eis aqui o motivo pelo furor, ódio, discórdia, sedição, morte. Por causa do delito de um que também durante a paz renegou a Cristo, Marcelo foi deportado, vítima da crueldade de um tirano”. Em virtude de tal situação, formou-se uma ala que se opunha ao papa e que criava disputas, sedições e massacres. Magêncio, que deu crédito às acusações dos turbulentos, responsabiliza Marcelo pelas desordens e o exila em lugar até hoje ignorado. Tudo isso acontece no final de 308 ou no início de 309, com base no que se reporta no “Catálogo Liberiano”, que fala de um pontificado não maior que dois anos. Marcelo morreu exilado pouco depois de ter deixado Roma e foi rapidamente venerado como santo.

Com base no Depositio Episcoporum, na “Cronografia” de 354 e em outros documentos, a sua festa acontece em 16 de janeiro. Não obstante, ignora-se qual teria sido o local de seu exílio, bem como a data precisa de sua morte. É certo, porém, segundo o “Martirológio Jeronimiano”, que suas relíquias foram trasladadas a Roma e sepultadas na Catacumba de Priscila. Os seus restos mortais foram depositados na antiga urna de basalto verde no altar-mor da Igreja de São Marcelo, na Via del Corso, em Roma.


A Passio Marcelli

No Liber Pontificalis e no Breviário Romano é reportada uma versão diferente da morte de Marcelo, versão conhecida como Passio Marcelli do século V e descrita nos Acta Sanctorum: Magêncio, enfurecido pela reorganização da Igreja, comandada por Marcelo, exigia ao papa que renunciasse à sua dignidade episcopal e que adorasse aos ídolos pagãos, como seu predecessor. À sua recusa, este foi condenado a trabalhar como escravo numa estação postal (catabulum) de Roma. Depois de nove meses, foi libertado pelo clero romano, mas foi novamente condenado por ter consagrado a casa da matrona romana Lucina. A condenação consistia em cuidar dos cavalos recolhidos no mesmo catabulum. Poucos dias depois, Marcelo morreu. Tal versão foi criada para localizar de alguma forma o lugar do martírio do papa: o título de Marcelo, que era localizado nos correios públicos, chamava-o de "San Marcello in Catàbulo". Por tal motivo, é considerado o padroeiro dos cocheiros e dos treinadores de cavalos.

A construção da atual Igreja de San Marcello al Corso remonta ao século XVI, e foi provavelmente edificada sobre as ruínas da igreja precedente que, por sua vez, se achava no lugar do catábulo, onde Marcelo teria sido morto.

Do Martirológio Romano

16 de janeiro – Em Roma, na Via Salária, o natal de São Marcelo I, o qual, tendo confessado a fé católica, por ordem do tirano Magêncio, foi primeiro espancado com bastões, depois destinado ao serviço dos animais sob boa custódia, onde morreu, servindo, vestido de cilício.

Fonte: Web

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