O tema do homeschooling (ou ensino domiciliar) está avançando no Brasil, e vem a ser uma solução que resolve uma série de problemas. Só para citar rapidamente alguns:
1. Combate a doutrinação marxista e de gênero das escolas públicas ou privadas, inclusive as confessionais.
2. A família exerce o poder/direito/atribuição natural de educar seus filhos como melhor lhe aprouver.
3. Faz economia. Consideremos: o dinheiro que você economiza em mensalidades, uniformes, material escolar que são exigidos pelas escolas etc. pode ser utilizado para pagar um tutor, caso não se sinta em condições ainda de educar seus filhos em casa. Além disso, podem se juntar duas ou mais famílias, e a economia será maior ainda.
4. Seus filhos irão aprender de verdade as disciplinas exigidas pelo MEC. A maioria, a grande maioria dos que estudam em escolas controladas pelo Governo mal sabe escrever corretamente e menos ainda sabe fazer contas simples. Sem falar no analfabetismo funcional.
Ao texto de hoje:
Por questionar se a metodologia de ensino utilizada no Brasil é capaz de preparar as crianças para a vida, a fisioterapeuta e professora universitária Renata Costa de Miranda Santos, 39, de Belo Horizonte (MG), decidiu, em conjunto com seu marido, Cesar dos Santos, retirar seus três filhos da escola e educá-los em casa. Hoje, ela é membro da Associação Educar (Educação Domiciliar Reformada), que tem como objetivo divulgar o método e esclarecer dúvidas de outros pais que queiram segui-lo.
Segundo levantamento da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), seis mil crianças fazem "homeschooling" (estudo em casa, em inglês) no País. O método não é oficial, uma vez que a Constituição Federal e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) afirmam ser obrigatória a matrícula de crianças em idade escolar na rede regular de ensino. No entanto, por conta de um recurso em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso determinou a suspensão nacional de todos os processos que tratam dessa questão.
Leia, a seguir, o depoimento que Renata deu ao UOL.
Decisão em conjunto
Nós temos três filhos, os gêmeos Davi e Gabriel, 13 anos, e Raquel, 11 anos. Eu e meu marido, César, já tínhamos ouvido falar do “homeschooling” -- ou educação domiciliar -- porque alguns amigos estrangeiros que moram no Brasil eram adeptos dessa modalidade de ensino. Mas levou muitos anos para adotarmos a prática. Nesse período, lemos muito e estudamos bastante o assunto, incluindo diversas pesquisas científicas mundo afora. Só então, quando eles estavam no início do ensino fundamental II, optamos por retirá-los da escola e ensiná-los em casa. Isso faz dois anos.
O que mais nos motivou foi observar que havia excesso de conteúdos desnecessários, avaliações desconexas com a realidade, falta de vocação de alguns professores, muitas tarefas para casa e uma filosofia educacional comprovadamente ineficaz. Isso sem contar a carga horária pesada, que acaba por levar à perda da infância.
Para nós, o “homeschooling” é um estilo de vida. Não é trazer a escola para dentro de casa. É aproveitar toda e qualquer situação para o aprendizado. É andar com um caderninho para anotar todas as perguntas que são feitas no carro, para depois pesquisarmos. É ensinar qual é o compositor clássico que está tocando naquele momento no rádio. É olhar para o céu estrelado e mostrar e nomear as constelações, falar sobre as estações do ano, sobre o eixo de rotação e a inclinação da Terra.
Fomos os pioneiros a adotar esse sistema em nossa família, e é um privilégio contar com o apoio de todos. Aqueles que têm uma formação específica nos auxiliam com o conhecimento de sua própria área, e aqueles que não têm formação ajudam com sua experiência de vida, o que devo dizer que vale tanto ou mais.
A beleza do ensino domiciliar é que você opta pelo que compreende ser mais importante para a formação de seus filhos. É lógico que estamos atentos às diretrizes do MEC para cada idade ou ciclo, mas compreendemos que muitas coisas que o Estado considera importantes na formação da criança e do adolescente, na verdade não são. No início do semestre eu preparo um plano de ensino para cada disciplina.
De contos de fadas a Homero
Aqui em casa adotamos a educação clássica. Além de todas as disciplinas comuns do currículo, estudamos a lógica formal, línguas antigas, como o latim e o grego (em um curso online em que pagamos uma única matrícula), filosofia, teologia, entre outros assuntos. As crianças são livres para se aprofundar em uma área do conhecimento de que gostam, como astronomia, física, culinária ou instrumentos. Elas têm energia e tempo para desenvolverem projetos como uma mão robótica feita de papelão, abrir eletrodomésticos estragados que acham na rua e que trazem para casa, construir móveis em miniatura, pintar, esculpir. Tudo contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida. Enquanto na escola aprendem nos livros, em casa experimentam a realidade.
Temos poucos livros didáticos, mas muitas enciclopédias, coleções, livros de apreciação de arte e de música, além de obras específicas sobre o corpo humano, astronomia, recordes, curiosidades. Lemos muitos livros clássicos, desde contos de fadas originais até Homero. É uma formação que não subestima a capacidade da criança, mas proporciona o ambiente para que ela possa aprender. Lembrando que não há necessidade de adquirir todos os exemplares, basta uma boa biblioteca pública ou um conhecido generoso que empreste.
Avaliação em tempo real
Dá para avaliar em tempo real se seu filho está ou não aprendendo. De vez em quando, imprimo uma ou outra avaliação para dar uma olhadinha em como eles operacionalizam e transferem o conhecimento para questões mais estruturadas. Também tenho auxílio de pessoas que doam aulas de assuntos específicos, como botânica, música ou realizam acompanhamento bimestral das crianças em matemática.
Para ensiná-los, eu tirei uma licença na universidade onde leciono fisioterapia aplicada à neurologia, o Centro Universitário UNA, em Bom Despacho, cidade do interior mineiro. Dedicamos de três a quatro horas das nossas manhãs ao estudo mais formal, com livros e cadernos. Porém, fazemos grande parte das outras atividades juntos, experimentos científicos, leituras e pesquisas. Eles me auxiliam em todas as tarefas domésticas. À tarde, deixamos para atividades mais leves, como os projetos, leitura individual e aulas especializadas, como inglês e esportes. Os meninos fazem taekwondo com o pai em uma academia, e eu e Raquel faremos natação este ano. Essas são algumas das poucas aulas que pagamos. Temos muitos passeios ao ar livre, visitas a museus e participamos da vida em sociedade, auxiliando pessoas que necessitam de ajuda, como uma mulher que acabou de ter bebê, um idoso que necessita ou um enfermo. Sempre que recebemos hóspedes, a regra é: quem vem tem que doar um pouco do seu conhecimento.
Certificados e concursos
A dúvida mais frequente das pessoas é se as crianças podem obter um certificado ou participar de um concurso no futuro. Há a possibilidade de obter certificação do ensino fundamental e do ensino médio por meio de provas que o próprio Estado fornece. Qualquer brasileiro portando uma carteira de identidade, respeitando-se a idade mínima para cada prova, pode inscrever-se na secretaria de educação de seu Estado. Este ano, o MEC reativou o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos). A partir daí, o jovem está apto a realizar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e entrar na Universidade, se esse for o caminho escolhido [os pais estão revendo esse conceito também, da obrigatoriedade de se fazer uma faculdade].
Mas, e a socialização?
Sempre escuto o argumento da “bolha” no que diz respeito à socialização. Que estamos criando nossos filhos longe da diversidade e que não saberão conviver e respeitar o diferente. Isso não é o que as pesquisas feitas nos Estados Unidos demonstram. As crianças educadas em casa são mais ativas socialmente, são adultos que se engajam mais em obras sociais e na política. Além disso, elas transitam muito facilmente em todos os ambientes sociais, se adaptam a todos os tipos de conversa, se envolvem com qualquer tipo de pessoa. E um último argumento é mais um desafio a uma reflexão: conviver com crianças da mesma faixa etária, do mesmo nível socioeconômico, de quatro a cinco horas por dia, em uma sala de aula em que quase não se pode falar, é uma socialização verdadeira? Para mim é uma segregação tão artificial, que às vezes me pergunto, quem está na “bolha” verdadeiramente?
Meus filhos dizem que não querem voltar mais para a escola. Além disso, desejam educar seus filhos em casa também. Penso que isso é prova suficiente de que estão gostando muito.
Legalidade ou ilegalidade
Tem gente que argumenta que o ensino domiciliar é ilegal, mas isto está mudando. Devido a uma ação de uma família do Rio Grande do Sul que chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso imputou à causa o valor de repercussão geral, ou seja, o que for decidido nessa causa será aplicado em todo território nacional [o que é uma preocupação, porque se o STF decide contra o homeschooling... será um aborrecimento. Será preciso recorrer à Corte de San José, para fazer valer inclusive o Pacto de San José, que ampara o homeschooling e que o Brasil firmou e é obrigado a acatar por ser uma lei que está abaixo apenas da Constituição Federal]. Por isso, ele suspendeu todas as ações contra as famílias na petição 65992/2016, o que nos ampara legalmente no momento, até que a decisão sobre a constitucionalidade do “homeschooling” seja tomada.
Por Melissa Diniz, do UOL
Fonte: https://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2017/01/23/tirei-meus-filhos-da-escola-para-educa-los-em-casa-e-nao-me-arrependo.htm.
1. Combate a doutrinação marxista e de gênero das escolas públicas ou privadas, inclusive as confessionais.
2. A família exerce o poder/direito/atribuição natural de educar seus filhos como melhor lhe aprouver.
3. Faz economia. Consideremos: o dinheiro que você economiza em mensalidades, uniformes, material escolar que são exigidos pelas escolas etc. pode ser utilizado para pagar um tutor, caso não se sinta em condições ainda de educar seus filhos em casa. Além disso, podem se juntar duas ou mais famílias, e a economia será maior ainda.
4. Seus filhos irão aprender de verdade as disciplinas exigidas pelo MEC. A maioria, a grande maioria dos que estudam em escolas controladas pelo Governo mal sabe escrever corretamente e menos ainda sabe fazer contas simples. Sem falar no analfabetismo funcional.
Ao texto de hoje:
"Tirei meus filhos da escola para educá-los em casa e não me arrependo"
Adeptos do "homeschooling", os irmãos Davi e Gabriel, 13,
e Raquel, 11, participam de aula experimental de botânica.
Arquivo pessoal
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Segundo levantamento da Aned (Associação Nacional de Educação Domiciliar), seis mil crianças fazem "homeschooling" (estudo em casa, em inglês) no País. O método não é oficial, uma vez que a Constituição Federal e o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) afirmam ser obrigatória a matrícula de crianças em idade escolar na rede regular de ensino. No entanto, por conta de um recurso em julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso determinou a suspensão nacional de todos os processos que tratam dessa questão.
Leia, a seguir, o depoimento que Renata deu ao UOL.
Decisão em conjunto
Nós temos três filhos, os gêmeos Davi e Gabriel, 13 anos, e Raquel, 11 anos. Eu e meu marido, César, já tínhamos ouvido falar do “homeschooling” -- ou educação domiciliar -- porque alguns amigos estrangeiros que moram no Brasil eram adeptos dessa modalidade de ensino. Mas levou muitos anos para adotarmos a prática. Nesse período, lemos muito e estudamos bastante o assunto, incluindo diversas pesquisas científicas mundo afora. Só então, quando eles estavam no início do ensino fundamental II, optamos por retirá-los da escola e ensiná-los em casa. Isso faz dois anos.
O que mais nos motivou foi observar que havia excesso de conteúdos desnecessários, avaliações desconexas com a realidade, falta de vocação de alguns professores, muitas tarefas para casa e uma filosofia educacional comprovadamente ineficaz. Isso sem contar a carga horária pesada, que acaba por levar à perda da infância.
O avô das crianças ensina sobre mecânica e instrumentos
Arquivo pessoal
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Para nós, o “homeschooling” é um estilo de vida. Não é trazer a escola para dentro de casa. É aproveitar toda e qualquer situação para o aprendizado. É andar com um caderninho para anotar todas as perguntas que são feitas no carro, para depois pesquisarmos. É ensinar qual é o compositor clássico que está tocando naquele momento no rádio. É olhar para o céu estrelado e mostrar e nomear as constelações, falar sobre as estações do ano, sobre o eixo de rotação e a inclinação da Terra.
Fomos os pioneiros a adotar esse sistema em nossa família, e é um privilégio contar com o apoio de todos. Aqueles que têm uma formação específica nos auxiliam com o conhecimento de sua própria área, e aqueles que não têm formação ajudam com sua experiência de vida, o que devo dizer que vale tanto ou mais.
A beleza do ensino domiciliar é que você opta pelo que compreende ser mais importante para a formação de seus filhos. É lógico que estamos atentos às diretrizes do MEC para cada idade ou ciclo, mas compreendemos que muitas coisas que o Estado considera importantes na formação da criança e do adolescente, na verdade não são. No início do semestre eu preparo um plano de ensino para cada disciplina.
De contos de fadas a Homero
Hóspede da família ensina Raquel a fazer scrapbooking
Arquivo pessoal
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Temos poucos livros didáticos, mas muitas enciclopédias, coleções, livros de apreciação de arte e de música, além de obras específicas sobre o corpo humano, astronomia, recordes, curiosidades. Lemos muitos livros clássicos, desde contos de fadas originais até Homero. É uma formação que não subestima a capacidade da criança, mas proporciona o ambiente para que ela possa aprender. Lembrando que não há necessidade de adquirir todos os exemplares, basta uma boa biblioteca pública ou um conhecido generoso que empreste.
Avaliação em tempo real
Crianças participam de atividade de imersão em inglês
Arquivo pessoal
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Para ensiná-los, eu tirei uma licença na universidade onde leciono fisioterapia aplicada à neurologia, o Centro Universitário UNA, em Bom Despacho, cidade do interior mineiro. Dedicamos de três a quatro horas das nossas manhãs ao estudo mais formal, com livros e cadernos. Porém, fazemos grande parte das outras atividades juntos, experimentos científicos, leituras e pesquisas. Eles me auxiliam em todas as tarefas domésticas. À tarde, deixamos para atividades mais leves, como os projetos, leitura individual e aulas especializadas, como inglês e esportes. Os meninos fazem taekwondo com o pai em uma academia, e eu e Raquel faremos natação este ano. Essas são algumas das poucas aulas que pagamos. Temos muitos passeios ao ar livre, visitas a museus e participamos da vida em sociedade, auxiliando pessoas que necessitam de ajuda, como uma mulher que acabou de ter bebê, um idoso que necessita ou um enfermo. Sempre que recebemos hóspedes, a regra é: quem vem tem que doar um pouco do seu conhecimento.
Certificados e concursos
A dúvida mais frequente das pessoas é se as crianças podem obter um certificado ou participar de um concurso no futuro. Há a possibilidade de obter certificação do ensino fundamental e do ensino médio por meio de provas que o próprio Estado fornece. Qualquer brasileiro portando uma carteira de identidade, respeitando-se a idade mínima para cada prova, pode inscrever-se na secretaria de educação de seu Estado. Este ano, o MEC reativou o Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos). A partir daí, o jovem está apto a realizar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e entrar na Universidade, se esse for o caminho escolhido [os pais estão revendo esse conceito também, da obrigatoriedade de se fazer uma faculdade].
Mas, e a socialização?
Crianças fazem trabalho comunitário com a supervisão de adultos
Arquivo pessoal
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Sempre escuto o argumento da “bolha” no que diz respeito à socialização. Que estamos criando nossos filhos longe da diversidade e que não saberão conviver e respeitar o diferente. Isso não é o que as pesquisas feitas nos Estados Unidos demonstram. As crianças educadas em casa são mais ativas socialmente, são adultos que se engajam mais em obras sociais e na política. Além disso, elas transitam muito facilmente em todos os ambientes sociais, se adaptam a todos os tipos de conversa, se envolvem com qualquer tipo de pessoa. E um último argumento é mais um desafio a uma reflexão: conviver com crianças da mesma faixa etária, do mesmo nível socioeconômico, de quatro a cinco horas por dia, em uma sala de aula em que quase não se pode falar, é uma socialização verdadeira? Para mim é uma segregação tão artificial, que às vezes me pergunto, quem está na “bolha” verdadeiramente?
Meus filhos dizem que não querem voltar mais para a escola. Além disso, desejam educar seus filhos em casa também. Penso que isso é prova suficiente de que estão gostando muito.
Legalidade ou ilegalidade
Tem gente que argumenta que o ensino domiciliar é ilegal, mas isto está mudando. Devido a uma ação de uma família do Rio Grande do Sul que chegou ao STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso imputou à causa o valor de repercussão geral, ou seja, o que for decidido nessa causa será aplicado em todo território nacional [o que é uma preocupação, porque se o STF decide contra o homeschooling... será um aborrecimento. Será preciso recorrer à Corte de San José, para fazer valer inclusive o Pacto de San José, que ampara o homeschooling e que o Brasil firmou e é obrigado a acatar por ser uma lei que está abaixo apenas da Constituição Federal]. Por isso, ele suspendeu todas as ações contra as famílias na petição 65992/2016, o que nos ampara legalmente no momento, até que a decisão sobre a constitucionalidade do “homeschooling” seja tomada.
Por Melissa Diniz, do UOL
Fonte: https://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2017/01/23/tirei-meus-filhos-da-escola-para-educa-los-em-casa-e-nao-me-arrependo.htm.
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