28 DE ABRIL
SÃO LUIS MARIA GRIGNION DE MONTFORT
São Luís Maria Grignion de Montfort (Louis-Marie Grignion) nasceu a 31 de Janeiro de 1673, num pequeno vilarejo chamado Montfort-sur-Meu, localizado na Bretanha francesa. Foi batizado no dia seguinte ao seu nascimento. Era o filho primogênito da família numerosa do tabelião Jean-Baptiste Grignion e sua esposa Jeanne Robert, que era conhecida por ser profundamente católica. Com 11 anos, deu entrada no colégio dos jesuítas de São Thomas Becket em Rennes, onde recebeu uma sólida formação humana e espiritual.
Em
algum momento durante o seu colegial, ele tomou conhecimento de sua
vocação e chamado sacerdotal e, no final de sua escolaridade ordinária,
iniciou seus estudos de filosofia e teologia, ainda em São Thomas, em
Rennes, onde concluiu seu curso em 1692. Ouvindo as histórias de um
padre local, o abade Julien Bellier, sobre sua vida como um missionário
itinerante, ele foi inspirado a pregar missões entre as pessoas pobres.
E, sob a orientação de alguns outros sacerdotes, começou a desenvolver a
sua forte devoção a Nossa Senhora.
Sentindo-se
chamado ao sacerdócio, decide ir no final de 1693 para Paris, de modo a
poder ingressar no Seminário de S. Sulpício. Quando chegou à Paris,
descobriu que o seu benfeitor não tinha fornecido dinheiro suficiente
para ele, passando à viver entre os muito pobres, mas freqüentando a
Universidade de Sorbonne para palestras sobre teologia. Após menos de
dois anos, ele ficou muito doente e teve que ser hospitalizado. De
alguma forma, ele sobreviveu a sua internação. Após a sua alta do
hospital, para sua surpresa, ele encontrou um emprego reservado em S.
Sulpício, onde ingressou em julho de 1695. S. Sulpício tinha sido
fundado por Jean-Jacques Olier, um dos principais sacerdotes daquilo que
veio a ser conhecido como a Escola Francesa de Espiritualidade.
Tendo em conta que ele foi nomeado o bibliotecário, o seu tempo em S.
Sulpício deu-lhe a oportunidade de estudar a maioria das obras
disponíveis sobre espiritualidade e, em particular, sobre o lugar da
Virgem Maria na vida cristã. Mais tarde, isso levaria ao seu foco sobre o
Santo Rosário e em seu aclamado livro "Os Segredos do Rosário".
Em
Paris, recebe uma formação teológica apurada e sistemática, na qual
apoiará sempre o seu trabalho missionário. Revela-se um aluno brilhante,
tanto nas ciências teológicas quanto na “ciência dos santos”. É
ordenado sacerdote a 5 de Junho de 1700 e enviado para Nantes. Tinha
decidido ser padre para se consagrar à causa da evangelização dos povos
em países estrangeiros, socorrer os pobres e proclamar o “Reino de Jesus
Cristo por Maria”.
Suas
cartas deste período mostram que ele sentiu-se frustrado com a falta de
oportunidade para pregar, atividade esta que considerava o motivo de
sua vocação. Estudou várias opções, inclusive a de se tornar um eremita,
mas a convicção de que foi chamado para "pregar missões aos pobres"
aumentou. Cinco meses depois de sua ordenação, em novembro de 1700, ele
escreveu: "Estou pedindo continuamente em minhas orações para que (…)
os bons padres preguem missões e retiros no âmbito da (…) proteção da
Santíssima Virgem". Este pensamento inicial acabou por conduzi-lo à formação da Companhia de Maria.
Nessa mesma época, ele reuniu-se com Marie Louise Trichet, quando foi
nomeado capelão do hospital de Poitiers. Essa encontro foi o início de
trinta e quatro anos de serviço aos pobres de Marie Louise e Luís.
Frustrado com os bispos locais, Luís decidiu fazer uma peregrinação a
Roma, para perdir um conselho ao Papa Clemente XI, sobre o que ele
deveria fazer. Assim, em Julho de 1706 vai a Roma, a pé, para ser
recebido pelo
Papa. É
recebido no dia 6 de Julho desse ano. O Papa confere-lhe o título de
Missionário Apostólico e lhe pede para ser missionário na França
“renovando o espírito do cristianismo nos cristãos”. Em obediência ao
Papa, Montfort tornou-se num missionário exímio e destacou-se pela sua
grande devoção a Nossa Senhora. Para dar continuidade ao seu ardor
missionário fundou a Congregação dos Missionários Monfortinos, a
Congregação das Filhas da Sabedoria e dos Irmãos de S. Gabriel. Como
complemento à sua atividade missionária escreveu vários livros com
destaque para o Tratado da Verdadeira Devoção a Maria.
Durante vários anos, ele pregou em missões na Bretanha a partir de Nantes, e sua reputação como um grande missionário cresceu, e ele se tornou conhecido como o "Bom pai de Montfort". Em Pontchateau, ele atraiu milhares de pessoas para ajudá-lo na construção de um grande Calvário. Isto tornou-se a causa de uma das suas maiores decepções, na véspera da sua própria bênção, o bispo local, depois de ouvi-lo, proibiu sua bênção por ordem do rei de França sob a influência de membros da escola Jansenista. É relatado que, ao receber esta notícia, ele disse aos milhares que aguardavam a bênção: "Tínhamos a esperança de construir um Calvário aqui, vamos construí-lo em nossos corações. Bendito seja Deus".
Ele
deixou Nantes e os próximos anos foram extremamente ocupados em missões
de pregação, sempre viajando. Mas ele também encontrou tempo para
escrever - o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria, O Segredo de Maria e O Segredo do Rosário, as regras para a Companhia de Maria e as Filhas da Sabedoria,
e muitos hinos. A sua missão teve um grande impacto, especialmente em
Vendée. O estilo ardente de sua pregação foi considerado por algumas
pessoas como algo estranho e por isso tentaram envenená-lo. Apesar de
não ser fatal, sua saúde deteriorou-se. Mas ele continuou pregando
livremente em escolas para os meninos e meninas pobres.
O
bispo de La Rochelle tinha se impressionado com Luís há algum tempo e
convidou-o para abrir uma escola ali. Luís, com a ajuda de Marie Louise Trichet e Catherine Brunet reuniu diversas
pessoas. Em 1715, foi aberta uma escola e em pouco tempo tinha 400
alunos. Em 22 de agosto de 1715, Marie Louise Trichet e Catherine
Brunet, juntamente com Marie Valleau e Marie Régnier de La Rochelle,
receberam a aprovação do bispo de Champflour de La Rochelle para fazer a sua profissão religiosa sob a direção de Luís. Na
cerimônia, Luís lhes disse: "Liguem-se às Filhas da Sabedoria, para o
ensino das crianças e o cuidado dos pobres" As Filhas da Sabedoria
cresceram e tornaram-se uma organização internacional, as estátuas dos
seus fundadores foram colocadas na Basílica de São Pedro.
Desgastado
pelo trabalho árduo e suas doenças, ele entregou sua alma a Deus em 28
de Abril de 1716, quando ia iniciar uma missão em
Saint-Laurent-sur-Sèvre, que seria sua última pelo seu estado grave de
saúde. Ele tinha 43 anos, e era sacerdote há apenas 16 anos. Seu último
sermão foi sobre a ternura de Jesus e a Sabedoria do Pai encarnado.
Milhares de pessoas se reuniram para o seu enterro na igreja paroquial,
e muito rapidamente ouviram-se histórias de milagres realizados em seu
túmulo.
Exatamente 43 anos após o dia da sua morte, em 28 de abril 1759, Marie Louise Trichet também morreu em Saint-Laurent-sur-Sèvre e foi enterrada ao lado de Luís.
Exatamente 43 anos após o dia da sua morte, em 28 de abril 1759, Marie Louise Trichet também morreu em Saint-Laurent-sur-Sèvre e foi enterrada ao lado de Luís.
Montfort legou à Igreja uma espiritualidade original,
centralizada na Sabedoria e nos meios para alcançá-la; entre esses meios
se destaca Maria. Uma espiritualidade que leva a uma consagração total a
Jesus por Maria.
Um jovem padre que influenciou papas
Em
Junho de 1700, quando Luís de Montfort foi ordenado sacerdote, ele era
jovem e idealista, mas um homem que queria ser o campeão dos pobres. Mas
ele também tinha uma grande devoção à Virgem Maria e estava disposto a
arriscar a vida por isso. Séculos mais tarde, ele influenciou quatro
papas (Papa Leão XIII, Papa Pio X, Papa Pio XII e o Papa João Paulo II),
e agora está sendo considerada a possiblidade de reconhecê-lo como um doutor da Igreja.
O Papa Leão XIII e o Papa Pio X invocaram os escritos de Luís de Montfort e promulgadaram sua visão Mariana. Foi dito que a encíclica mariana de Pio X, Ad Diem Illum, não apenas foi influenciada, mas penetrou pela mariologia de Montfort e, que tanto Leão XIII quanto Pio X, aplicaram a análise mariana de Montfort à Igreja como um todo.
Papa Leão XIII
O Papa Leão XIII, baseado nos escritos de São Luís de Monfort, promulgou dez encíclicas sobre o Santo Rosário e a devoção mariana. Em sua encíclica sobre o cinquentenário do dogma da Imaculada Conceição, ressaltou Seu papel na redenção da humanidade, e cita a Virgem Maria como Medianeira e Co-Redentora, dentro do espírito e das palavras de São Luís de Montfort.
O Papa Leão XIII e o Papa Pio X invocaram os escritos de Luís de Montfort e promulgadaram sua visão Mariana. Foi dito que a encíclica mariana de Pio X, Ad Diem Illum, não apenas foi influenciada, mas penetrou pela mariologia de Montfort e, que tanto Leão XIII quanto Pio X, aplicaram a análise mariana de Montfort à Igreja como um todo.
Papa Leão XIII
O Papa Leão XIII, baseado nos escritos de São Luís de Monfort, promulgou dez encíclicas sobre o Santo Rosário e a devoção mariana. Em sua encíclica sobre o cinquentenário do dogma da Imaculada Conceição, ressaltou Seu papel na redenção da humanidade, e cita a Virgem Maria como Medianeira e Co-Redentora, dentro do espírito e das palavras de São Luís de Montfort.
Leão XIII o beatificou em 1888.
Papa Pio XII
O Papa Pio XII foi um pontífice com uma forte devoção mariana, ele ficou impressionado com o trabalho de São Luís, e quando canonizou Montfort, em 27 de julho de 1947, disse: "Só Deus era tudo para ele. Devemos permanecer fieis à herança preciosa que nos deixou este grande santo (…)"
Beatificação: 1888 por: Papa Leão XIII
Canonização: 1947 por: Papa Pio XII
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Canonização: 1947 por: Papa Pio XII
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