Adoração ao bezerro de ouro |
“[...]
Presente, enfim, no vale todo o gênero humano,
correr-se-ão as cortinas do céu, e aparecerá o supremo Juiz sobre um trono
de resplandecentes nuvens, acompanhado
de todas as jerarquias dos anjos, e, muito mais, de sua própria majestade. A primeira coisa que fará, será mandar apartar os
maus dos bons, e os ministros desta execução serão os anjos: Exibunt angeli, et separabunt malos de medio justorum. Para se entender melhor esta separação, havemos de
supor com o profeta Zacarias que antes dela não hão de estar os homens ali
juntos confusamente, mas, para maior grandeza e distinção do ato, hão de estar
repartidos todos por seus estados: Familia et familia seorsum. A uma parte hão de estar os papas, a outra os imperadores, a outra os
reis, a outra os bispos, a outra os religiosos, e assim dos demais estados do mundo. Separados todos por esta ordem, conforme o lugar que tiveram
nesta vida, então se começará a segunda separação, segundo o
estado que hão de ter na outra, e que há de durar para sempre.
Sairão
pois os anjos. Vede que suspensão e que tremor será o dos corações dos homens naquela
hora. Sairão os anjos, e irão primeiramente ao lugar dos papas: Et separabunt.- Faz horror só imaginar que em uma
dignidade tão divina, e em homens eleitos pelo Espírito Santo, há de haver
também que separar, - Et separabunt malos de medio justorum. E separarão os pontífices maus
dentre os pontífices bons. Eu bem creio que serão muito raros os que
se hão de condenar, mas haver de dar conta a Deus de
todas as almas do mundo é um peso tão imenso, que não será maravilha que, sendo homens, levasse
alguns ao profundo. Todos nesta vida se chamaram Padres Santos, mas o dia do
Juízo mostrará que a santidade não consiste no nome, senão nas obras. Nesta vida
Beatíssimos, na outra mal-aventurados. Oh! que grande miséria!” (Sermão
da Primeira Dominga do Advento, de Padre António Vieira.
Na Capela Real, ano de 1650) grifos não contém nos originais.
Prezados amigos,
Salve Maria!
Em todos os tempos da
História sempre tivemos líderes carismáticos e populistas. Todos, no seu tempo,
louvados e venerados à medida das suas ações/omissões. Alguns passam de bandidos a heróis bastando que um grupo que se pensa pensante os assim coloque
para o povo e, com isso, criam personagens fictícios que nunca existiram,
colocam em suas bocas frases feitas, mumificam personalidades, devotam e fazem
devotar semi-deuses inexistentes, queimam incenso ante à pessoas que não passam
de fruto da imaginação de outrem.
Para criar estes
personagens as vezes é preciso apagar a memória de tantos outros benfeitores ao
povo, afinal, é difícil conviver simultaneamente com vários líderes no mesmo
período histórico.
Estes líderes inventados
são carregados de simbolismo, afinal, não se cria uma pessoa para nada. Eles
vêm jungidos de uma doutrina (que geralmente é perversa e intrinsecamente má)
que aparentemente parece ser uma saída para a solução de alguns problemas
existentes naquele período. Estes mesmos problemas, muitas vezes, são criados
pelos mesmos que criam as personalidades para serem a suposta solução para o
suposto problema. Deixa-me fazer entender:
Alguns problemas são
criados justamente para que àqueles quem criaram os problemas criem também
personalidades que supostamente trarão a solução para a crise provocada.
Pois bem, trataremos neste
pequeno artigo de uma figura que, mal (mau também) entrou no cenário midiático
e já foi eleita “a personalidade do ano” por várias revistas mundialmente
conhecidas (veja sobre isso aqui
e aqui).
Por certo, estamos falando do Bispo de Roma, mais conhecido como Papa Francisco
I, que, segundo
o próprio Francisco, foi idéia do
Cardeal Cláudio Hummes (grande amigo de Francisco) adotar o nome de São
Francisco de Assis por uma relação íntima com os pobres.
O artigo que informa sobre
a eleição do Papa Bergoglio à personalidade do ano de 2.013 tem as seguintes
mensagens. Nenhum dos grifos contém nos originais:
O Papa Francisco foi eleito nesta
quarta-feira personalidade do ano pela revista Time. O Pontífice argentino,
escolhido pelo conclave de cardeais em 13 de março, tem se destacado pela
simplicidade, espontaneidade e por
promover reformas consideradas revolucionárias na Igreja, se
diferenciando de seu antecessor, o Papa Emérito Bento XVI.
Quando da entrevista à
Rede Globo de Televisão, na sua primeira visita apostólica ao Brasil, Francisco
disse várias vezes que é preciso implementar um dos princípios
básicos do Protestantismo “ecclesia
semper reformanda” (o vídeo pode ser visto aqui).
Não é preciso de tantas
outras declarações de Francisco para chegar a conclusão de que a igreja conciliar
tem um Papa não-católico. Isso é
possível? “Hipócritas! Sabeis distinguir o aspecto do céu e não podeis
discernir os sinais dos tempos?”. (São Mateus XVI,4).
Francisco foi eleito bispo de Roma para deformar a Igreja e não reformá-la como fez São Francisco de Assis,
em seu tempo. A deforma defendida por Francisco é a continuidade na
implementação do desastroso e nefasto Concílio Vaticano II.
Francisco, que, certamente
seguirá a mesma linha de Bergoglio, pretende um pontificado ecumênico, um
pontificado onde ele pretende ouvir os fiéis (sic!) através
de questionários (que coisa mais sem sentido!) e muito protestantismo!
Quando cardeal, o bispo de Roma já
recebia bênçãos de pastores protestantes e freqüentava ritos judaicos. Se a
Igreja de Deus precisa sempre ser reformada, nos moldes do protestantismo, como
sugere Bergoglio (heresia!), ele não pode ser papa desta mesma Igreja.
São Jerônimo dizia:
“Procurando na História quais os homens que têm difundido na Igreja o veneno
das heresias, não encontrei outros senão os padres”
Continua o artigo que
elegeu o bispo de Roma como a celebridade do ano:
Em seu primeiro ano na liderança da
Igreja Católica, o Papa foi selecionado pela prestigiosa publicação americana
como a pessoa que exerceu mais impacto sobre o mundo, para o bem ou para o mal,
durante 2013. O editor-chefe da revista Nancy Gibbs destacou que Francisco
mudou o tom, a percepção e o foco de uma das maiores instituições do mundo de
uma forma extraordinária.
O que torna este Papa tão
importante é a velocidade com que ele tem capturado a imaginação de milhões de
pessoas que tinham desistido de ter esperança na Igreja, afirmou a revista em
seu site.
Para início de conversa,
deixou claro o artigo que a tal personalidade do ano deve ser compreendida “como a pessoa que exerceu mais impacto sobre o
mundo, para o bem ou para o mal, durante 2013”. Tirem suas conclusões. O papado de Francisco em
menos de um ano tem causado um impacto sobre o mundo bom ou ruim? Bem ou mal? É
claro que foi um bom impacto para o mundo, entretanto, “todo aquele que quer
ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus”. (São Tiago IV,4). Às almas,
bem algum acrescentou a eleição de Bergoglio ao trono de São Pedro. As almas continuam
confusas com o reinado de dois papas simultaneamente. Um
escreve e o outro assina. Que coisa mais louca! Nunca
antes tivemos dois papas reinando ao mesmo tempo.
Continua
o texto: “o que torna este Papa tão importante é a velocidade com que ele tem
capturado a imaginação de milhões de pessoas que tinham desistido de ter
esperança na Igreja.”. Primeiro, se tinham pessoas que já não mais tinha
esperança na Igreja, este
é um problema criado pelos ultimos 5 predecessores de Francisco. O povo não
sabe mais o que é Esperança. Confundem sentimentalismo barato com Virtude
Teologal. Discursos de improviso é o que mantém o povo de cabecinha torta e a
mão no coração e depois, aplausos e um: “Viva o Papa!” diferente do que
propunha São João Bosco.
Continuemos:
Um dos pontos fortes de seus quase
nove meses de Pontificado foi a divulgação da Exortação Apostólica - primeiro
documento exclusivamente publicado por Francisco -, detalhando como a Igreja e
o próprio papado devem ser reformados para criar uma instituição mais missionária e
misericordiosa, com atenção especial aos pobres.
Volta ao
chavão protestante: “ecclesia semper reformanda...” Na aludida Exortação
Apostólica imensa e enfadonha, Francisco diz:
17. Aqui escolhi propor algumas
directrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa
evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo. Neste quadro e com base na doutrina
da Constituição dogmática Lumen gentium, decidi, entre outros temas, de me
deter amplamente sobre as seguintes questões:
a) A reforma da Igreja em saída missionária.
b) As tentações dos agentes
pastorais.
c) A Igreja vista como a totalidade
do povo de Deus que evangeliza.
d) A homilia e a sua preparação.
e) A inclusão social dos pobres.
f) A paz e o diálogo social.
g) As motivações espirituais para o
compromisso missionário.
O primeiro tema proposto
por Francisco é a reforma da Igreja.
Não se fala em outra coisa desde o Concílio Vaticano II. A idéia é
protestantizar a Igreja o máximo possível e isso já começou com a reforma litúrgica, a reforma do catecismo (em especial,
diálogo inter-religioso e ecumenismo), a reforma
do código de Direito Canônico, a reforma
da estrutura hierárquica da Igreja (colegialidade) e a reforma de tantos outros rituais de sacramentos.
No ponto 25 da sobredita
Exortação, Francisco nos lembra:
O Concílio Vaticano II apresentou a
conversão eclesial como a abertura a uma reforma permanente de si mesma por
fidelidade a Jesus Cristo: «Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente
numa maior fidelidade à própria vocação. (…) A Igreja peregrina é chamada por
Cristo a esta reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja
necessita perpetuamente desta reforma».
Depois disso, sem mais.
Continua o texto promotor
da celebridade do ano:
Além de cumprir as tarefas
burocráticas com êxito, Jorge Bergoglio é conhecido pela quebra de protocolos.
Há suspeitas de que ele sai do Vaticano à noite, vestido como um sacerdote
comum, para se encontrar com homens e mulheres sem-teto. E não poupa
abraços e gestos de carinho a fiéis em suas audiências na Praça de São Pedro,
no Vaticano, nas quais, por muitas vezes, dispensou a segurança destinada aos
antigos pontífices.
Francisco diz se preocupar
com as causas sociais dos sem-teto
e dos sem-educação,
dos sem-religião
não dando-lhes a benção, entretanto, ele ignora os sem-missa, os sem-padres, os
sem-igreja, os sem-a-verdadeira-fé.
A verdade é que ele não
quebra protocolos, porque, se assim quisesse fazer, tinha rompido com esta
malfada linha de papas conciliares e reinstalado o Verdadeiro Papado.
Mas, Francisco não pode
desfazer tudo o que os seus predecessores fizeram. Ele tem de confirmar,
heresias atrás de heresias, o que lhe foi ensinado e o que ele quer que
aprendamos. Hereticamente ele diz na Exortação Apostólica:
247. Um olhar muito especial é
dirigido ao povo judeu, cuja Aliança com Deus
nunca foi revogada, porque «os dons e o
chamamento de Deus são irrevogáveis» (Rm 11, 29). A Igreja, que partilha com
o Judaísmo uma parte importante das Escrituras Sagradas, considera o povo da
Aliança e a sua fé como uma raiz sagrada da própria identidade cristã
(cf. Rm 11, 16-18). Como cristãos, não podemos considerar o Judaísmo
como uma religião alheia, nem incluímos os judeus entre quantos são chamados a
deixar os ídolos para se converter ao verdadeiro Deus (cf. 1 Ts 1,
9). Juntamente com eles,
acreditamos no único Deus que actua na história, e acolhemos, com eles, a
Palavra revelada comum.
Se Deus, Nosso Senhor, não
rompeu a sua antiga aliança com os judeus, não sabemos até agora o porquê do
envio do Seu Filho Unigênito para a remissão dos pecados.
Também não sabemos porque
o Seu Filho diz: Hic est enim Calix
Sánguinis mei, novi et ætérni
testaménti; mystérium fidei: qui
pro vobis et pro multis effundétur in remissiónem peccatórum. (tomai todos
e bebei: este é o Cálice do meu Sangue, o Sangue da Nova e Eterna Aliança, -
mistério da fé - que será derramado por vós e por todos, para remissão dos
pecados. Fazei isto em memória de mim.)
Se nós cristãos temos o
mesmo Deus que os judeus, as profecias das Sagradas Escrituras estão
arruinadas! As Profecias nos dão conta de que, no fim dos tempos, os judeus se
converterão ao cristianismo, um dos sinais, inclusive, da vinda Gloriosa de
Cristo, Nosso Senhor. Se temos o mesmo Deus, não há que se falar em conversão,
se não há conversão, Cristo não virá. Isso é lógico?
O Padre Emmanuel-André, em
seu livro “O drama do fim dos tempos” (que pode ser baixado em pdf aqui)
escrito nos anos de 1884 a
1885, esclarece-nos:
Os judeus serão os primeiros
operários desse estabelecimento do reino de Deus. São Paulo se extasia diante
das grandes coisas que resultarão de sua conversão. “Se o pecado dos judeus foi
a riqueza do mundo e a sua redução a riqueza das nações quanto mais sua adesão
total? ... se sua perda é a reconciliação do mundo o que será a sua entrada na
Igreja senão uma ressurreição?” (Rm 11, 12, 15). Tememos enfraquecer estas
antíteses enérgicas, comentando-as. É legítimo concluir que os judeus convertidos porão
a serviço da Igreja um inestimável ardor de proselitismo. Rejuvenescida por
essa infusão de vida, a Igreja sairá das garras da perseguição como de um
túmulo, e tomará posse do mundo com a majestade de uma rainha e a ternura de
uma mãe. (Capítulo: A conversão dos judeus – Novembro de 1885)
Geovanne Moreira.
Fonte: http://missaosagradafamilia.blogspot.com.br/2013/12/papa-francisco-e-condenacao-de-cristo.html.
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