A RENOVAÇÃO CARISMÁTICA CATÓLICA
Pe. Scott Gardner, FSSPXFruto do Concílio Vaticano II, Semente de Destruição.
Irregularidades Doutrinárias
As implicações de tal declaração não deveriam deixar perplexo ninguém que tem um mínimo de conhecimento do Catecismo. Do ponto de vista ortodoxo e para dar ao autor o benefício da dúvida, poderíamos considerar tal declaração como uma referência ao Sacramento da Confirmação, o Sacramento pelo qual o Espírito Santo vem até nós de modo particularmente especial para nos transformar em verdadeiros cristãos e perfeitos soldados de Cristo.
Que fosse tal pensamento relativo ao caráter sacramental, poderíamos ainda assim suspeitar de que o que eles pretendem sugerir seria na verdade, um “oitavo sacramento” necessário para completar os outros sete. Mas muito ao contrário, os carismáticos negam qualquer clara conexão entre o “Batismo no Espírito” e os sacramentos Católicos, uma vez que “ritos sacramentais e experiência religiosa são partes complementares da iniciação Cristã básica. E uma vez que esses aspectos da ‘Iniciação Cristã’ são complementares, os Carismáticos não veem nenhum motivo pelo qual não católicos e até não cristãos sejam excluídos da oportunidade de experimentar ou receber os tais carismas, aqui se referindo é claro, às extraordinárias manifestações do Espírito Santo, as quais auxiliaram na expansão da Igreja Primitiva e desapareceram pouco tempo depois da Era Apostólica. (...) De fato, eles sustentam que a natureza complementar das duas partes da ‘Iniciação Cristã’ faz com que ela se torne algo facilmente reversível, ou seja, que uma pessoa não batizada pode experimentar esse ‘batismo no Espírito’ e se tornar ipso facto, um cristão autêntico, precisando dos ‘ritos sacramentais’ meramente para ‘completar’ sua ‘iniciação cristã’. O status dessas pessoas teoricamente seria o mesmo daqueles católicos que tendo recebido os Sacramentos, ainda esperam por uma consciente manifestação das graças invisíveis. É óbvio que muitas pessoas, mesmo os grandes Santos, nunca receberam consolações notáveis em sua Fé e muito menos manifestações extraordinárias do Espírito Santo; portanto, dizer que uma pessoa que experimentou esse ‘batismo no Espírito’ está de tal forma unida a Deus como (ou até mais que) um católico piedoso e batizado que nunca vivenciou tal experiência é claramente um absurdo”.
A raiz desse absurdo é o falso entendimento de que uma experiência emocional sempre acompanha a concessão de uma graça — ou que pelo menos faz parte da “liberação da graça”. Muito ao contrário, no que diz respeito à graça sacramental, frequentemente a única indicação sensível da concessão da graça é o sinal sacramental por si mesmo.
O Catecismo do Concílio de Trento define um sacramento como “um sinal visível de uma graça invisível, instituído para a nossa justificação”. É, portanto, um sinal, cujo efeito é o que significa. Uma vez que todos os sinais visíveis de todos os sacramentos são completamente objetivos e estabelecidos pela Igreja de acordo com o mandamento ou inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo, os sentimentos pessoais de um indivíduo não tem nada a ver com a conferência da graça pelos sacramentos (naturalmente, desde que não haja nenhuma intenção contrária).
Objetivo: Expor as Ideias Básicas do Movimento Carismático e sua incompatibilidade com o Catolicismo.
O “Batismo no Espírito Santo” é o componente primário da RCC, e juntamente com a maioria dos demais, reside em falsas concepções sobre a graça, experiência e relacionamento mútuo, como é sustentado por seus seguidores. Os itens principais da plataforma carismática, juntamente com os falsos princípios nos quais eles se apoiam, serão examinados um por um à luz da Doutrina Católica. Alguns de seus erros como o fenomenalismo, gnosticismo, ecumenismo, protestantismo e antiquarianismo ou arqueologismo, já foram tratados pelo Magistério da Igreja com profundidade. A eclesiologia defeituosa da RCC, bem como erros maiores no tocante à graça, o livre-arbítrio e os sacramentos merecerão um tratamento consideravelmente mais profundo.
Portanto, ficará claro que, apesar do entusiasmo dos modernos homens da Igreja por esse movimento, a RCC é fundamentalmente um movimento não católico irreconciliável com 20 séculos de Magistério Católico. Depois de um breve exame de suas raízes, a inteira árvore será examinada ramo por ramo e todos os seus frutos amargos expostos, levando em consideração o mandamento apostólico: “Examinai tudo: abraçai o que é bom” (I Tess. 5. 21).
As implicações de tal declaração não deveriam deixar perplexo ninguém que tem um mínimo de conhecimento do Catecismo. Do ponto de vista ortodoxo e para dar ao autor o benefício da dúvida, poderíamos considerar tal declaração como uma referência ao Sacramento da Confirmação, o Sacramento pelo qual o Espírito Santo vem até nós de modo particularmente especial para nos transformar em verdadeiros cristãos e perfeitos soldados de Cristo.
Que fosse tal pensamento relativo ao caráter sacramental, poderíamos ainda assim suspeitar de que o que eles pretendem sugerir seria na verdade, um “oitavo sacramento” necessário para completar os outros sete. Mas muito ao contrário, os carismáticos negam qualquer clara conexão entre o “Batismo no Espírito” e os sacramentos Católicos, uma vez que “ritos sacramentais e experiência religiosa são partes complementares da iniciação Cristã básica. E uma vez que esses aspectos da ‘Iniciação Cristã’ são complementares, os Carismáticos não veem nenhum motivo pelo qual não católicos e até não cristãos sejam excluídos da oportunidade de experimentar ou receber os tais carismas, aqui se referindo é claro, às extraordinárias manifestações do Espírito Santo, as quais auxiliaram na expansão da Igreja Primitiva e desapareceram pouco tempo depois da Era Apostólica. (...) De fato, eles sustentam que a natureza complementar das duas partes da ‘Iniciação Cristã’ faz com que ela se torne algo facilmente reversível, ou seja, que uma pessoa não batizada pode experimentar esse ‘batismo no Espírito’ e se tornar ipso facto, um cristão autêntico, precisando dos ‘ritos sacramentais’ meramente para ‘completar’ sua ‘iniciação cristã’. O status dessas pessoas teoricamente seria o mesmo daqueles católicos que tendo recebido os Sacramentos, ainda esperam por uma consciente manifestação das graças invisíveis. É óbvio que muitas pessoas, mesmo os grandes Santos, nunca receberam consolações notáveis em sua Fé e muito menos manifestações extraordinárias do Espírito Santo; portanto, dizer que uma pessoa que experimentou esse ‘batismo no Espírito’ está de tal forma unida a Deus como (ou até mais que) um católico piedoso e batizado que nunca vivenciou tal experiência é claramente um absurdo”.
A raiz desse absurdo é o falso entendimento de que uma experiência emocional sempre acompanha a concessão de uma graça — ou que pelo menos faz parte da “liberação da graça”. Muito ao contrário, no que diz respeito à graça sacramental, frequentemente a única indicação sensível da concessão da graça é o sinal sacramental por si mesmo.
O Catecismo do Concílio de Trento define um sacramento como “um sinal visível de uma graça invisível, instituído para a nossa justificação”. É, portanto, um sinal, cujo efeito é o que significa. Uma vez que todos os sinais visíveis de todos os sacramentos são completamente objetivos e estabelecidos pela Igreja de acordo com o mandamento ou inspiração de Nosso Senhor Jesus Cristo, os sentimentos pessoais de um indivíduo não tem nada a ver com a conferência da graça pelos sacramentos (naturalmente, desde que não haja nenhuma intenção contrária).
Objetivo: Expor as Ideias Básicas do Movimento Carismático e sua incompatibilidade com o Catolicismo.
O “Batismo no Espírito Santo” é o componente primário da RCC, e juntamente com a maioria dos demais, reside em falsas concepções sobre a graça, experiência e relacionamento mútuo, como é sustentado por seus seguidores. Os itens principais da plataforma carismática, juntamente com os falsos princípios nos quais eles se apoiam, serão examinados um por um à luz da Doutrina Católica. Alguns de seus erros como o fenomenalismo, gnosticismo, ecumenismo, protestantismo e antiquarianismo ou arqueologismo, já foram tratados pelo Magistério da Igreja com profundidade. A eclesiologia defeituosa da RCC, bem como erros maiores no tocante à graça, o livre-arbítrio e os sacramentos merecerão um tratamento consideravelmente mais profundo.
Portanto, ficará claro que, apesar do entusiasmo dos modernos homens da Igreja por esse movimento, a RCC é fundamentalmente um movimento não católico irreconciliável com 20 séculos de Magistério Católico. Depois de um breve exame de suas raízes, a inteira árvore será examinada ramo por ramo e todos os seus frutos amargos expostos, levando em consideração o mandamento apostólico: “Examinai tudo: abraçai o que é bom” (I Tess. 5. 21).
Autor: Scott Gardner, do Seminário São Tomás de Aquino, Winona, Minnesota — EUA — Publicado pela THE ANGELUS PRESS — Março de 1998.
FONTE: http://permanencia.org.br/drupal/node/2235
ÍNDICE - CONTINUAÇÃO: 25/03
São José, patrono da Igreja livrai-A da RCC! |
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