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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A VOCAÇÃO E AS SANTAS ALMAS: ROSA VENERINI

Mais uma santa alma, com a qual partilho um antigo projeto que ela, felizmente, realizou.


SANTA ROSA VENERINI

Viterbo, 09 de fevereiro de 1656 - Roma, 07 de maio de 1728
Festa litúrgica: 07 de maio.
Etimologia: a partir do nome da flor = rosa
Martirológio Romano: Em Roma. A Santa Rosa Venerini, virgem de Viterbo (não confundir com Santa Rosa de Viterbo), que, junto com as Pias Mestras, abriu as primeiras escolas na Itália para a educação da juventude feminina.


Nascida em Viterbo, Itália, no dia 9 de fevereiro de 1656, Rosa Venerini viveu um conflito. Um jovem apaixonado queria desposá-la, mas o seu desejo era consagrar-se a Deus. Sua vida muda radicalmente quando uma série de acontecimentos culmina com a morte do pretendente e, mais tarde, de seus pais. Rosa assume, então, a educação dos dois irmãos. Mesmo com essa responsabilidade ela não abandona seu desejo de consagrar-se a Deus. Passa a convidar as jovens da vizinhança para rezar o Rosário.
Foi convivendo com essas pessoas que Rosa descobriu o grave estado de ignorância religiosa e intelectual que atingia a juventude da época. Decidiu, então, que seria seu dever combatê-la. Um padre jesuíta, Ventura Bandinelli, percebendo a sua vocação natural para a religiosidade e para o ensino, abre-lhe as portas da vida religiosa. Rosa não perdeu a oportunidade e deu o primeiro passo, indo viver em comunidade. Junto de mais duas amigas, cria a primeira escola primária para crianças em 1685. Estava iniciada a sua grande obra.
Porém as oposições não tardaram a aparecer. Alguns padres acharam que a obra de Rosa agredia a sua autoridade no ensino religioso. Os nobres se posicionavam contra o ensino gratuito para os pobres. Rosa enfrentava uma batalha em nome de Deus e de um ideal. Felizmente, o bispo de Montefiascone intervém e a convida para fundar em sua diocese uma nova escola. Para lá Rosa Venerini se dirige, junto de uma colaboradora muito especial: a futura santa Lúcia Filippini.
As escolas, então, se expandem e chegam a muitas cidades, inclusive a Roma. Mas os problemas apareceriam novamente. Rosa tem de enfrentar discussões dolorosas, ambições e divisões dentro de sua instituição, problemas provocados pela inveja e ganância das pessoas.
Em 1716, uma visita do papa Clemente XI foi o reconhecimento do valor de sua obra. O apoio do papa foi um fator importante para o desenvolvimento de sua instituição, que não era uma congregação, e agora é chamada "Mestras Pias Venerini".
O fim de sua vida foi marcado por uma doença que a consumiu por quatro anos. Rosa veio a falecer no dia 7 de maio de 1728. Em 1909, é fundada a primeira Casa nos Estados Unidos. O reconhecimento canônico para essas professoras chegou apenas em 1941, quando, finalmente, se tornam uma congregação.
O papa Pio XII proclama bem-aventurada Rosa Venerini em 1952, quando a congregação já operava em muitos países do mundo todo. Suas relíquias estão guardadas na capela da Casa mãe da congregação em Roma.
Em 15 de outubro de 2006 o papa Bento XVI, na praça de São Pedro, proclama Rosa Venerini, santa.

 
Outra fonte:
 
Há pelo menos duas boas razões para se lembrar dessa mulher notável canonizada por Bento XVI em 2006. Foi a primeira a conceber e realizar o projeto de abrir escolas para meninas do povo na Itália. Rosa Venerini nasceu em Viterbo em 1656. Seu pai era médico, sua mãe pertencia a uma família rica. Quando jovem tinha dificuldades para encontrar sua vocação. Nem o casamento nem a vida religiosa pareciam adequadas a ela. Com o conselho de seu diretor espiritual,  buscou uma via nova: com duas concidadãs de Viterbo abriu em 1685 uma escola pública que tinha o compromisso de instruir as jovens e, ao mesmo tempo, proporcionar-lhes as verdades da fé.
Nasceram dentro de poucos anos uma dúzia de escolas nas dioceses vizinhas.
Muitas foram as resistências contra essas mulheres que coabitam em pequeníssimos grupos de duas ou três mestras e pareciam suspensas entre a vida religiosa e a vida secular. Rosa, no entanto, próxima à espiritualidade da ordem jesuíta, prosseguiu com determinação em seu empenho, porque se sentiu totalmente "pregada à vontade de Deus que não me importa nem a morte nem a vida".
Neste espírito, suportou a separação de Santa. Lúcia Filippini que primeiro sua parceira, parecia, depois, competir com ela. Depois de trabalhar no norte do Lácio, Venerini conseguiu plantar seu instituto em Roma e arredores aumentando sua rede de fundações na região de Lácio. Morreu em Roma em 1728 e foi sepultada na Igreja de Jesus.

 

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