COMENTÁRIO: Este texto me impressionou pela sensatez, em que pese ter sido escrito por um Padre que segue com a Neofrat, e que parece não ter lido o próprio escrito, pois descreve à perfeição a postura dos membros da Neofrat porque estes, a partir do momento em que reconhecem a Igreja “oficial” como a Igreja de Cristo, necessariamente são mais conservadores do que os próprios modernistas. Vemos que, no fundo, o conservador é um... liberal. E bem sabemos que "um católico liberal é um maçom sem avental"! (Canônico Roca, séc. XIX.)
Na Igreja “oficial”, há uma série de "Padres" que até usam batina e rezam a Missa do Motu proprio (aquela autorizada por Ratzinger), e que arrebanham uma boa parte dos fiéis que desejam ser católicos fiéis à Tradição bimilenar da Igreja. Cuidado com os lobos fantasiados de pastores!!!
Interessou-me também por causa da postura política brasileira. Não sejamos meramente “conservadores”, mas católicos. Isto basta. No Brasil, atualmente, o Conservadorismo surgiu como resposta aos abusos da Esquerda, mas talvez o termos esteja sendo mal usado, como tudo, aliás, nos dias de hoje, em que se subvertem os conceitos, os valores, a ordem... Leiam e reflitam a respeito disto.
“É uma forma de modéstia louvável o não querer ser excêntricos”.
Os conservadores têm qualidades, não se pode negar. Eles têm a qualidade de uma certa coragem, pois devem se opor continuamente aos progressistas. Mas nós, aqui, não queremos julgar as intenções deles, nem dizer no que são escusáveis. Nós queremos, apenas, manifestar o perigo que correm os conservadores; não os que buscam a verdade e que – errando – param diante das aparências da verdade, mas os conservadores que pretendem assim permanecer.
“Mas esta modéstia, hoje, se tornou difícil de praticar!”
Segundo os falsos pensadores verdadeiros mentirosos, o mundo estaria dividido entre Direita e Esquerda, conservadores e progressista. Isto é falso. O mundo está dividido, a partir do pecado de Lúcifer, entre os que aceitam a autoridade de Deus e os que a rejeitam.
Aqueles que aceitam a autoridade divina são chamados contrarrevolucionários, mas eles formam o que tem por verdadeiro título a “Tradição”. Os homens da Tradição aceitam o que lhe é transmitido [“tradere”, do latim, significa “transmitir”] pelos antigos porque recebido de Deus. Os revolucionários, ao invés, rejeitam toda transmissão porque recusam receber qualquer lei.
Aqueles que rejeitam a autoridade são os revolucionários. Os progressistas são francos-revolucionários: eles rejeitam a Tradição e procuram, sempre e sem cessar, o novo.
Os conservadores não pertencem à Tradição, eles não procuram transmitir o que é Divino, mas conservar um pobre estado humano. Os conservadores conservam um estado presente. O conservador alimentar mantém a carne em um estado intermediário entre o frescor e o mofo. A aparência é palatável, mas esconde princípios mórbidos. O homem conservador aspira a manter o mundo em um estado aparentemente agradável... em um estado real de revolução.
Objetivamente, o conservador é – muitas vezes sem o querer – um hipócrita revolucionário. Ele conserva na Revolução uma aparência apresentável. É seu melhor aliado, querendo ou não.
O conservador é o melhor inimigo da Tradição. O melhor porque o mais próximos dela em termos de aparências. Quantos são enganados por isso? “É a mesma Missa…” (dizem), sim, mas não é a mesma doutrina! Os cismáticos também rezam a mesma Missa.
O conservador é inimigo da Tradição porque os princípios do conservador são aqueles do revolucionário, menos a lógica e a honra.
Para reduzir um homem da Tradição a um conservador, o revolucionário adota uma tática muito hábil, dizendo simplesmente: “vinde sob o meu teto, eu vos deixo livres”. O revolucionário abaixa as armas, mas não abandona minimamente o terreno. De qual liberdade falamos? O revolucionário entende a liberdade como uma independência de Deus. Generosamente, ele propõe a liberdade à Tradição, a mesma liberdade que reclama para todos os erros: a liberdade de Satanás. Se o homem da Tradição entra no círculo da liberdade revolucionária, ele deixa a adesão à Verdade de Deus, tendo-a reduzido a uma simples opinião humana. Ele conserva, talvez por muito tempo, as aparências da Tradição, mas em seu coração terá aceitado o veneno da Revolução: é mais um conservador.
O conservador quis salvar duas coisas: as aparências e a sua honra. Infelizmente, a honra não se conserva na surdina. Ela pede para ser servida com nobreza, franqueza e força. O conservador espera servir permanecendo apresentável, aceitável aos que procura salvar. Falsa honra, verdadeira traição: para ser aceito pelo revolucionário, que odeia a Tradição, ele deve esconder sua honra. Bela nobreza! Bela franqueza! Bela força!
A Tradição é como uma planta: na sombra, ela morre, docemente, imperceptivelmente. A Tradição transmite algo. Ocultada, cortada de sua fonte, não é mais Tradição. O couro permaneceu, mas o odre está vazio.
O conservador pode exclamar: “Tudo é salvo, a não ser a honra e a verdade!”
Pe. Étienne de Blois, FSSPX
Publicado in “Le petit eudiste”, n. 202, março de 2017.
Fonte: http://www.unavox.it/ArtDiversi/DIV2065Don-De-BloisConservatore-corruttore.html.
Tradução: Giulia d’Amore.
Na Igreja “oficial”, há uma série de "Padres" que até usam batina e rezam a Missa do Motu proprio (aquela autorizada por Ratzinger), e que arrebanham uma boa parte dos fiéis que desejam ser católicos fiéis à Tradição bimilenar da Igreja. Cuidado com os lobos fantasiados de pastores!!!
Interessou-me também por causa da postura política brasileira. Não sejamos meramente “conservadores”, mas católicos. Isto basta. No Brasil, atualmente, o Conservadorismo surgiu como resposta aos abusos da Esquerda, mas talvez o termos esteja sendo mal usado, como tudo, aliás, nos dias de hoje, em que se subvertem os conceitos, os valores, a ordem... Leiam e reflitam a respeito disto.
CONSERVADOR = CORRUPTOR
“É uma forma de modéstia louvável o não querer ser excêntricos”.
Os conservadores têm qualidades, não se pode negar. Eles têm a qualidade de uma certa coragem, pois devem se opor continuamente aos progressistas. Mas nós, aqui, não queremos julgar as intenções deles, nem dizer no que são escusáveis. Nós queremos, apenas, manifestar o perigo que correm os conservadores; não os que buscam a verdade e que – errando – param diante das aparências da verdade, mas os conservadores que pretendem assim permanecer.
“Mas esta modéstia, hoje, se tornou difícil de praticar!”
Segundo os falsos pensadores verdadeiros mentirosos, o mundo estaria dividido entre Direita e Esquerda, conservadores e progressista. Isto é falso. O mundo está dividido, a partir do pecado de Lúcifer, entre os que aceitam a autoridade de Deus e os que a rejeitam.
Aqueles que aceitam a autoridade divina são chamados contrarrevolucionários, mas eles formam o que tem por verdadeiro título a “Tradição”. Os homens da Tradição aceitam o que lhe é transmitido [“tradere”, do latim, significa “transmitir”] pelos antigos porque recebido de Deus. Os revolucionários, ao invés, rejeitam toda transmissão porque recusam receber qualquer lei.
Aqueles que rejeitam a autoridade são os revolucionários. Os progressistas são francos-revolucionários: eles rejeitam a Tradição e procuram, sempre e sem cessar, o novo.
Os conservadores não pertencem à Tradição, eles não procuram transmitir o que é Divino, mas conservar um pobre estado humano. Os conservadores conservam um estado presente. O conservador alimentar mantém a carne em um estado intermediário entre o frescor e o mofo. A aparência é palatável, mas esconde princípios mórbidos. O homem conservador aspira a manter o mundo em um estado aparentemente agradável... em um estado real de revolução.
Objetivamente, o conservador é – muitas vezes sem o querer – um hipócrita revolucionário. Ele conserva na Revolução uma aparência apresentável. É seu melhor aliado, querendo ou não.
O conservador é o melhor inimigo da Tradição. O melhor porque o mais próximos dela em termos de aparências. Quantos são enganados por isso? “É a mesma Missa…” (dizem), sim, mas não é a mesma doutrina! Os cismáticos também rezam a mesma Missa.
O conservador é inimigo da Tradição porque os princípios do conservador são aqueles do revolucionário, menos a lógica e a honra.
Para reduzir um homem da Tradição a um conservador, o revolucionário adota uma tática muito hábil, dizendo simplesmente: “vinde sob o meu teto, eu vos deixo livres”. O revolucionário abaixa as armas, mas não abandona minimamente o terreno. De qual liberdade falamos? O revolucionário entende a liberdade como uma independência de Deus. Generosamente, ele propõe a liberdade à Tradição, a mesma liberdade que reclama para todos os erros: a liberdade de Satanás. Se o homem da Tradição entra no círculo da liberdade revolucionária, ele deixa a adesão à Verdade de Deus, tendo-a reduzido a uma simples opinião humana. Ele conserva, talvez por muito tempo, as aparências da Tradição, mas em seu coração terá aceitado o veneno da Revolução: é mais um conservador.
O conservador quis salvar duas coisas: as aparências e a sua honra. Infelizmente, a honra não se conserva na surdina. Ela pede para ser servida com nobreza, franqueza e força. O conservador espera servir permanecendo apresentável, aceitável aos que procura salvar. Falsa honra, verdadeira traição: para ser aceito pelo revolucionário, que odeia a Tradição, ele deve esconder sua honra. Bela nobreza! Bela franqueza! Bela força!
A Tradição é como uma planta: na sombra, ela morre, docemente, imperceptivelmente. A Tradição transmite algo. Ocultada, cortada de sua fonte, não é mais Tradição. O couro permaneceu, mas o odre está vazio.
O conservador pode exclamar: “Tudo é salvo, a não ser a honra e a verdade!”
Pe. Étienne de Blois, FSSPX
Publicado in “Le petit eudiste”, n. 202, março de 2017.
Fonte: http://www.unavox.it/ArtDiversi/DIV2065Don-De-BloisConservatore-corruttore.html.
Tradução: Giulia d’Amore.
Prezada, Salve Maria!
ResponderExcluirO novo fundo do blog, apesar de bonito, inviabiliza a leitura, pois a cor da fonte não combina com o fundo. Realmente, não dá pra ler, pelo menos no celular.
Obrigada por avisar. Vou providenciar a correção, amanhã. Deus lhe pague!
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