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terça-feira, 14 de julho de 2020

“Tomada” da Bastilha. Uma fake news de sucesso

Não é de hoje que, primeiramente, a Esquerda mente. Esquerda, aqui, com o sentido de tudo que fica à esquerda de Deus: o mal e sua criação maligna. Em memória desse dia nefasto, parte dos planos maçônicos de dominação do mundo, traduzi este texto claro e objetivo. Obviamente, os professores de História mentiram para nós, porque, como diz o personagem daquele filme, Coração Valente, a história é contada por quem mata os heróis; sobretudo, uma História que passou a ser narrada pelos inimigos da Verdade, que é o Cristo. 

 

“Tomada” da Bastilha. Uma fake news de sucesso 


Hoje, se recorda a “tomada” da Bastilha, ocorrida em 14 de julho de 1789. Representada e celebrada também artisticamente como épica, foi, na realidade, algo assaz decepcionante. Quem foi “libertado”, de fato, foram menos de dez prisioneiros (quatro falsários, dois loucos depois transferidos para o manicômio, e um maníaco sexual); e os esqueletos encontrados na fortaleza, a prova magna – disseram – de quanto tivesse sido monstruosa, eram, na realidade, de suicidas parisienses que, não podendo ser tumulados em terra consagrada [naquela época católica eram “campos santos”. NdT], foram depositados em um cortiço interno. Muito depois se descobriu que, somente pouco mais da metade dos 954 valorosos que, por tê-la tomado, ganharam uma pensão vitalícia e uma rica divisa, estavam presentes naquele dia.

O mítico evento, portanto, foi, para sermos gentis, uma colossal farsa, ou, como se costuma dizer, uma fake news. Mas, para dizer a verdade, a Revolução francesa como um todo foi uma farsa, como atestam estudos históricos. Algum exemplo? A Revolução devia atacar a nobreza, mas, entre as vítimas dos tumultuosos eventos, os nobres foram apenas o 8,5%, enquanto o restante 91,5% pertencia ao povo. Devia decapitar a aristocracia, mas, entre os cerca de 400.000 nobres vivos em 1789, as execuções alcançaram apenas 0,03% deles. Devia abolir os desperdícios e os privilégios, mas somente a coroação de Napoleão custou ao erário quase 5.200.000 de francos: seis vezes mais do que a coroação de Luís XVI, guilhotinado poucos anos antes.

Ah, a propósito: até mesmo a infernal máquina de monsieur Guillotin – “espada que brilha nas mãos dos heróis da liberdade” (Robespierre) – nada mais era que o plágio de uma velha engenhoca italiana. Outra fake news são os revolucionários promotores de progresso social. Estranho, porque, não foi a nobreza, mas o povo do noroeste da França [região da Vendeia] a se insurgir contra o governo revolucionário, quando aqueles “gentlemen” jacobinos, entre agosto e novembro de 1793, promulgaram – algo que nem os nazistas fizeram com os hebreus – até três leis para programar o extermínio dos vendeanos, 117.000 dos quais (mais de 70% mulheres) foram exterminados: um verdadeiro genocídio. Mas a mentira mais desafortunada, sem dúvida, permanece a épica “tomada” da Bastilha.

Giuliano Guzzo

Tradução: Giulia d’Amore para o Pale Ideas. 

       

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