Pesquisar este blog

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Há véus e véus, há ocasiões e ocasiões...

Véus...


Bom, que tudo que Melânia Trump faz é examinado com lente de aumento e... criticado, isso já sabemos, e não precisamos necessariamente concordar com ela, apesar de sua beleza estonteante. Mas esta semana houve dois fatos emblemáticos e que nos servem de reflexão. Ela teve duas ocasiões de cobrir sua cabeça com um véu, mas decidiu fazê-lo apenas em uma.  



VÉU ISLÂMICO? NÃO, OBRIGADA! 


No dia 20 de maio, o Presidente dos EUA, Donald Trump, começou uma visita a alguns países, levando consigo a “First Lady”, Melânia, e a filha dele e o genro judeus, Ivanka e Jared Kushner. Isso já foi, de per si, um feito à parte, porque é proibida por lei a entrada de judeus na Arábia Saudita, primeiro país visitado, e o rei Salman bin Abdulaziz Al Saud teve que recebê-los com pompas e circunstâncias. Bom, alguém poderia alegar que é simples protocolo, mas não posso deixar de considerar que Israel tem um Presidente e nunca foi recebido, protocolarmente ou não... 

O rei Al Saud precisou amargar outros “desaforos” protocolares, tudo em nome dos benditos & bem vindos 200 bilhões de dólares em negócios fechados com Trump. Entre esses “desaforos”, o principal é o de que as mulheres da comitiva presidencial decidiram não cobrir a cabeça, nem vestir-se como beduínas no deserto, diferentemente de todas as outras mulheres norte-americanas que nas últimas décadas se dobraram a essa exigência, que eu não sei dizer se é protocolar ou não.  


Sem véu, de calças, bem ocidental...


Os muçulmanos e a filha do dono do dinheiro...

Qual a razão pela qual as americanas não se cobriram é alvo de especulações das mais variadas. Não seria eu a esclarecer o porquê, mas tenho minha opinião a respeito: é louvável que uma mulher ocidental, sempre que tiver ocasião, não se sujeite a usar um símbolo de toda uma série de abusos contra a mulher – e aqui não falo como feminista!, pois o feminismo é sempre abominável – e que também representa uma falsa religião que há séculos persegue e martiriza os cristãos. O Islã não é apenas uma “crença”, mas uma ideologia e um sistema político, que visa dominar o Ocidente e transformá-lo em uma grande colônia islâmica, obrigando todos os seres humanos a se ajoelharem cinco vezes ao dia, virados para a Meca, para adorar um ídolo inventado por um pedófilo confesso. 

E o Ocidente começou a se dobrar ao Islã, ao receber de braços abertos os “refugiados” que estão convulsionando a Europa e praticando uma longa e cruel série de crimes – o mais recente dos quais, mas certamente não o último, o atentado terrorista de Manchester, com 22 mortos e mais de 50 feridos entre crianças e adolescentes que assistiam a um show – show reprovável, sem sombra de dúvidas, porque a cantora, da qual eu nunca tinha ouvido falar antes, além de propagar uma “cultura” imoral e anticristã, ainda é partidária do motes tipo “fora Trump”, “welcome, refugees”, “os islâmicos são nossos amigos”.  




Esse tipo de coisa, graças ao Governo socialista que sofremos no Brasil, logo veremos se reproduzir aqui também (aliás, #VetaTemer). Mas não é só isso, o Ocidente dobra os joelhos vergonhosamente quando mulheres representantes de países ocidentais – todas feministas convictas! – passam a usar o véu, inclusive em sua própria terra: 

Hillary Clinton e Michelle Obama





VÉU PROTOCOLAR NO VATICANO? SIM, OBRIGADA. 


Ontem, o “Air Force One” fez sua terceira parada e posou na Itália, onde Trump começou por visitar o Vaticano. Aqui, a situação foi completamente diferente, pois todas as mulheres da comitiva vestiram um indefectível par: vestido e o véu pretos! Apenas uma mulher aparece de calças, nas fotos, mas não sei dizer se é americana. Melânia preferiu um véu curto, de renda, que mal lhe cobria os cabelos; já Ivanka preferiu uma tiara mais moderninha, com um véu mais longo, de tule. O vestido de ambas cobria protocolarmente os joelhos. Os saltos eram altos, mas sem exageros. Estavam vestidas “comme il faut”, e elegantes ao mesmo tempo. 




Publico, para registro, a face sempre aborrecida de Francisco quando recebe alguém que não é comunista ou é exatamente um conservador: 




Há outros momentos em que ele ri, é claro, mas até nisso ele perde a ocasião de ficar calado, como, por exemplo, quando cumprimenta a First Lady e lhe pergunta: "O que você dá de comer a ele (mostrando o marido)? Pizza?". E, Melânia, depois da tradução rápida do intérprete, pergunta, incrédula: "Pizza?"... SIC! E eu perguntaria: "por que cargas d'água um descendente de escoceses e alemães deveria comer pizza?" Francisco me faz lembrar do Obama e do Lula que têm em comum esse estilo “deixa que eu chuto”, tentando fazer graça... Como comediantes foram péssimos presidentes. (Cf. vídeo).  




Mas, afinal, qual é o protocolo vaticano, ou o “dress code”, para as mulheres que visitam oficialmente o Papa?

Até os anos oitenta, o protocolo era bem rígido: impunha aos homens o fraque e às mulheres o vestido preto, longo, de gola alta, mangas compridas, e o véu ou mantilha. Não é mera coincidência que se tratava do reinado de João Paulo II, o neosanto da neoigreja conciliar que levou a “primavera da Igreja” muito mais longe do que já fizera Paulo VI. Hoje, as normas protocolares são facultativas. 

Algumas normas, contudo, permanecem: se deve chamar o Papa de “Sua Santidade”. É o Papa quem fala primeiro, e só fala com ele a pessoa a quem ele se dirigiu. E, quando o cerimoniário, ou um prelado preposto, fizer um sinal, se lhe deve beijar o anel (não a mão!). Não se deve tocar nele, é proibido, mas não façam o que fez a ex-primeira dama brasileira, a finada Marisa, que, em 2007, ao receber Bento XVI no Brasil, beija a própria mão ao invés da mão dele... Muito feio! 



O “dress code” para os homens sempre foi mais simples: o fraque, independentemente de se tratar de um nobre ou não. Hoje, o protocolo nem se refere mais a eles, mas se sabe que é de bom tom usar um terno escuro ou, se possível, usar o costume típico do país que representa. 

O “dress code” atual para as mulheres, em audiência públicas ou privadas, pede um vestido (a calça continua proibida) de cor e corte sóbrios, abaixo do joelho, de preferência escuro, sem decotes nem braços descobertos; nada de joias espalhafatosas, quanto muito o clássico fio de pérolas. Se levar uma bolsa, que seja pequena e discreta. Se, na audiência, houver outras pessoas, for informal, pode-se usar um vestido mais curto (nunca acima do joelho) preto e um véu menor na cabeça, também preto. 

Cores absolutamente proibidas: roxo (porque chama à memória a liturgia), vermelho e branco.  


PRIVILÉGIO DO BRANCO 


Como vimos, a cor protocolar para as audiências papais ou para as missas inaugurais do início do pontificado de um papa é o preto. O branco é um privilégio concedido apenas a rainhas ou princesas católicas, ou a consortes dos reis ou príncipes católicos. Mas não a todas, pois, a rigor, podem usar o branco em audiência com o Papa apenas as rainhas da Espanha (Letícia e a ex-rainha Sofia), da Bélgica (Mathilde, e a ex-rainha Paula), as nobres de Casa Savoia da Itália (apesar do fim da monarquia em 1946, e não havendo mais rainhas, as princesas continuam fazendo jus a essa prerrogativa), a arquiduquesa de Luxemburgo (Maria Teresa) e a princesa de Mônaco (Charlene; o privilégio foi concedido em 2013, quando se casou com Albert de Mônaco e fez dele uso em audiência com Bento XVI; curiosamente, não usou o branco nem na missa inaugural de Francisco, nem na missa de neocanonização de João Paulo II e de João XXIII, em 2014). Apesar de católicas, não fazem jus ao branco a princesa reinante de Liechtenstein (Maria), nem a bela e jovem rainha de Lesoto (Masenate Mohato Seeiso). O branco é um privilégio, que a nobre pode dispensar, se assim o desejar, como o fez a princesa Charlene.  



A ex-rainha Sofia da Espanha usa o véu quando quer
No alto, a ex-rainha Paula. Abaixo, a rainha Mathilde da Bélgica

Arquiduquesa de Luxemburgo, Maria Teresa: só ela usa o branco. 

Princesa Charlene de Mônaco

Quando o preto é o correto para as rainhas e as princesas reinantes  




Não muito correta, pois falta-lhe o véu




Por óbvias razões, também não fazem jus ao branco as esposas dos Presidentes da República.  





Presidente argentino Mauricio Macri com sua 3ª mulher, Juliana Awada

Contudo, por causa do liberalismo reinante no Vaticano e o relaxamento na exigência de seguir o protocolo, muitas lideres mulheres deixaram de usar o preto, como as duas presidentes irlandesas, Mary Robinson (vide foto mais abaixo) e Mary McAleese (ambas ativistas LGBT), que não o usaram nas audiências com João Paulo II. Ou, pior, Raíssa Gorbachov, a mulher do então presidente soviético, que trajou um vestido vermelho.  




Outro caso é de Cherie Blair (vide foto mais abaixo), mulher do ex-premier inglês, Tony Blair (que teria se convertido ao catolicismo, mas só tornou público depois de entregar o cargo ao sucessor), a qual suscitou polemica ao trajar um vestido branco em uma audiência com Bento XVI, em 2006.  

Em uma visita ao Vaticano, certa vez, a muçulmana embora ocidentalíssima rainha Rania da Jordânia, apesar de trajar um vestido modesto e escuro, usou um lenço branco. Mas o que chamou mais a atenção foi o fato de Francisco se inclinar como que para um beija-mão. Sic.  




Bom, a respeito do que não se deve fazer, aqui vai um desfile de ideias inapropriadas: 





Levando em consideração que se trata de um simulacro de Igreja, pois nascida do cisma do Concílio Vaticano II, a questão toda não tem, de fato, muita relevância, mesmo porque Francisco, que é um zoticone: não se importa minimamente com protocolos, pompas e circunstâncias. Fica pelo registro de uma época das quais somos as testemunhas oculares. Tempos sombrios, de pouca fé e pouca santidade. 



O USO DO VÉU NA SANTA MISSA


Sobre o piedoso uso do véu na Santa Missa, já publicamos no blog Virtudes Femininas um excelente artigo, que vale a pena ler: aqui



ONDE COMPRAR VÉUS 


Podem comprar véus através da loja online Editora Missões Cristo Rei: aqui


Fontes: 
https://it.wikipedia.org/wiki/Privilegio_del_bianco (italiano)
http://www.ilblogdelmarchese.com/in-udienza-con-stile-come-vestirsi-per-andare-dal-papa/ (italiano) 
http://formiche.net/gallerie/donald-melania-ivanka-trump-papa-francesco/ (italiano) 
http://tv.iltempo.it/tv-news/2017/05/24/video/trump-dal-papa-mezz-ora-di-colloquio-e-un-regalo-simbolo-di-pace-1029025/ (italiano) 


2 comentários:

  1. Uau, perfeito. Estou sem fôlego até agora. Excelente leitura. E super detalhada e esclarecedora. É uma pena que alguns deixaram de lado os protocolos, mas que bom que ainda existem exemplos a serem seguidos. Espero ver ainda tempos mais piedosos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Agradecemos as palavras gentis. Pareceu útil conhecer um pouco mais de nossa Igreja, em que pese que o que "vemos" hoje não seja a verdadeira Igreja.

      Um mundo sem regras e protocolos é um mundo selvagem. O homem precisa de regras, por causa do pecado original. Infelizmente, isso tudo, essa rebeldia às regras, faz parte do grande pacote do "aggiornamento" que atingiu a Igreja nos anos sessenta e se protrai no tempo, atingindo tudo: o sagrado e o profano, o público e o privado, os governos e a hierarquia da Igreja. Não ha, a rigor, nenhuma instituição que não tenha sido tocada pela rebelião, nem mesmo as que a promovem. Sinal dos tempos.

      Também espero por tempos mais piedosos... mas me assombra pensar no que ainda haverá até lá. Salve Maria.

      Excluir

Este blog é CATÓLICO. Ao comentar, tenha ciência de que os editores se reservam o direito de publicar ou não.

COMENTE acima. Para outros assuntos, use o formulário no menu lateral. Gratos.

Leitores