Mãe de Deus, Mãe dos homens, Mãe da Igreja
No dia 1º de janeiro a Igreja Conciliar festeja, em alguns calendários, a festa de Maria, Mãe da Igreja, em outros, festeja Maria, Mãe de Deus. Não é nem uma nem a outra.
Como sempre os conciliares causam confusão nos ânimos dos fiéis que não “desobedecem”, nem se questionam, mas que acabam perdendo a fé, esvaziada também por essas confusões. Então, vamos estudar um pouco de História da Igreja para esclarecer o que está confuso.
No dia 1º de Janeiro a Igreja Católica festeja a Circuncisão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e é também Oitava de Natal. Não que Nossa Senhora não mereça uma festa celebrando a Maternidade da Igreja, a que faz jus, mas não é neste dia. Vamos lá, e pela ordem, pois Maria foi primeiro Mãe de Deus, depois Mãe dos homens e, enfim, Mãe da Igreja.
MARIA, MÃE DE DEUS
Quando uma criança nasce, nasce também uma mãe, e nos aniversários dos filhos, as mães também deveriam ser celebradas, pois sem elas não haveria os aniversariantes. Por esse motivo, no dia 25 de Dezembro, ao comemorarmos o Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, também poderíamos comemorar a Maternidade Divina de Maria, contudo, como o principal motivo da festa é o Nascimento do Menino Deus, a Igreja nunca festejou neste dia a Maternidade de Maria. Festejou, no entanto, por algum tempo e apenas na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, a Maternidade Divina de Maria na Oitava de Natal, que coincide com o primeiro dia do ano civil seguinte. Isto consta do Missal Quotidiano e Vesperal de Dom Gaspar Lefebvre de 1958, o último Missal inquestionavelmente católico em que podemos confiar. Eis o que diz:
“A liturgia deste dia celebra três festas:
A primeira é a que os antigos sacramentários designam sob o título de “Oitava do Senhor”. É realmente, na sua maior parte, uma Missa de Oitava a Missa de hoje. Bastantes passos são da Missal do Natal.
Celebrava-se outrora na basílica de Santa Maria Maior uma segunda Missa em honra da Mãe de Deus. Resta dela um vestígio na Oração, Secreta e Postcomunhão tiradas da Missa votiva da SS. Virgem, e nos salmos de Vésperas, extraídos do Ofício de Nossa Senhora. (...)
Finalmente, a terceira festa é a da Circuncisão...” (Missal, pág. 142).
Sobre a festa na Basílica de Santa Maria Maior, que se perdeu no tempo, não se sabe muita coisa, mas a Maternidade Divina de Maria se tornou Dogma de Fé no Concílio de Éfeso, aos 11 de outubro de 431, para combater uma heresia que se propagava na Cristandade naqueles tempos, a heresia nestoriana, pela qual Nossa Senhora não poderia ser a Mãe de Deus (Theotókos), sendo apenas a mãe de Jesus Homem (Cristoko).
Em 1931, S.S. o Papa Pio XI, recorrendo o 15º aniversário do Dogma, instituiu a festa litúrgica e a fixou no dia 11 de Outubro: