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quarta-feira, 8 de abril de 2009

Milagres acontecem!

Milagres acontecem! Provavelmente, muito mais de quanto imaginamos e pouco percebemos. Mas quando percebemos, é inebriante! Às vezes, precisamos apenas ter paciência, e as coisas se acomodam por si só. Às vezes, não é tão simples assim.

Enfim, conforme os problemas se resolvem - ou resolvemos - uma paz serena se instala em nós e queremos ficar quetinhos, no nosso cantinho, a saborear; por medo, talvez, de que acabe ou de ser irreal. É inato esse sentimento de auto-sabotagem ou incredulidade. E o medo?

Numa paisagem assim, eu vejo cerejeiras a balançar ao vento fresco da primavera, soltando pétalas e pólen. O verde tem um quê de impressionismo, ao longe. E o silêncio, rompido pelo tec-tec do teclado a correr, mantém tudo em paz, no seu devido lugar, ao abrigo do mundo exterior e de sua cruel realidade.

Serenidade. Um artigo de luxo pouco almejado, talvez somente quando a borrasca se acalma e se pode respirar um pouco e aí, com alguma lucidez, de repente percebe-se a importância da serenidade, ao invés da paixão. As turbulências e as efervescências do mundo seduzem, mas não saciam. Serenidade sacia e preenche. Nada mais importa, e o relógio bate mais devagar. No rítmo tranquilo dos que sabem viver a vida e seguir em frente. E o que realmente importa se não seguir em frente?

Assim, mais um milagre acontece em nossa vida e estamos à espera de mais um, mais um, mais um. Contentar-se é difícil ou as necessidades são tantas? O que nos basta? O quanto nos basta?

O sol já se pôs atrás das róseas cerejeiras, e a vida chama à rotina diária e enfadonha do seu próprio milagre. É hora de deitar a pena e voltar à realidade.

Não sem antes agradecer a Deus, como sempre.


Giulia d'Amore di Ugento

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