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domingo, 26 de julho de 2020

PORQUE MONS. VIGANÒ É PERSONA “NON GRATA” PARA A NEOFRAT?

Não tenho visto a repercussão adequada dessa notícia na mídia tradicionalista brasileira, por isso resolvi traduzir este artigo, por sua vez traduzido do inglês para o espanhol. De antemão, me escuso por algum erro de tradução, pois não terei tempo de revisá-la adequadamente. É mais importante a notícia. Quando a li, tive minhas reservas, primeiro porque Viganò é a mais nova paixão de certos grupos sedevacantistas mais radicais (radsed?), aqueles que chamo de sedechatistas, porque são chaaaaaaatos a mais não poder, por quererem a todo custo obrigar as pessoas a se autodeclararem publicamente sedevacantistas, caso contrário serão excomungados pelos próprios (SIC!!!) – como já disse várias vezes, e o repito mais uma vez, o sedevacantismo em si não é problema, até porque não foi proibido pela Igreja Católica, e, como Ela não se manifestou definitivamente a respeito, e pelo fato de haver grandes Santos e grandes Doutores da Igreja de ambos os lados, pró e contra o sedevacantismo, é notório que o tema pode ser discutido, até publicamente, com a devida prudência. Dito isso, a questão é que certos grupos se apaixonaram pelo Viganò e até o elegeram Papa em um conclave reunido, se não me falha a memória, ano passado. Ainda bem que Viganò não mordeu a isca –. O segundo motivo de minhas reservas é porque todo prelado que ainda está sub CVII me causa preocupação quando começa a falar sobre a Tradição, a defendê-la, a se dizer tradicionalista. Gato escaldado tem medo de água fria, diz o ditado: por causa de tantos enganadores que se fantasiam de católicos, com suas belas batinas bem passadas e limpinhas, e arrastam multidões à missa de Bento XVI. Eu prefiro aguardar situações mais definidas, mais claras. O caso Viganò é muito recente para se cantar o “Te Deum”, sobretudo porque, até onde eu sei, ele continua nas estruturas conciliares. Mas, tendo em vista que eu sei quão doloroso e longo pode ser esse processo de compreender claramente as coisas e, por conseguinte, agir conforme, vou dar o benefício da dúvida a dom Viganò e também vou lhe dar o tempo necessário para que passe das palavras à ação e abjure e abandone a igreja conciliar, pública e definitivamente. Registro que, por causa disso tudo, não posso concordar com o entusiasmo do autor do artigo, porque até agora sou houve palavras, não ação. Aguardemos. Enquanto isso, leiam abaixo a tradução do artigo, com minhas observações em notas ao fim do texto. 


PORQUE MONS. VIGANÒ É PERSONA “NON GRATA” PARA A NEOFRAT[1]?



 
O ramo de oliveira desparecido, por Sean Johnson 
(artigo completo)
14/06/2020


Aos 10 de junho (2020), o arcebispo Carlo Viganò tornou pública uma carta na qual rechaçou a igreja conciliar, declarando (entre muitas outras denúncias estridentes) que se arrependeu, de sua parte, de havê-la promovido de boa-fé durante décadas[2]
...apesar de todos os esforços da hermenêutica da continuidade que naufragou miseravelmente na primeira confrontação com a realidade da crise atual, é inegável que, do Vaticano II em diante, se construiu uma igreja paralela[3], sobreposta e diametralmente oposta à verdadeira Igreja de Cristo. Esta igreja paralela obscureceu progressivamente a instituição divina fundada por Nosso Senhor para substitui-la por uma entidade espúria, que corresponde à religião universal desejada, que a Maçonaria teorizou primeiramente”. 

E, um pouco mais adiante, na mesma carta: “Assim como obedeci, honesta e serenamente, a ordens questionáveis[4] há sessenta anos, crendo que representavam a voz amorosa[5] da Igreja, hoje, com igual serenidade e honestidade, reconheço que fui enganado. Ser coerente, hoje, perseverando no erro representaria uma escolha miserável e me faria cúmplice dessa fraude”. 

Pela primeira vez, desde o bispo Salvador Lazo[6], vemos a “conversão em progresso” de um prelado conciliar à tradição[7]: um rechaço claro e dogmático do Concílio Vaticano II e um arrependimento pessoal por haver ajudado à revolução conciliar (de boa-fé). Os ex-membros da FSSPX[8] poderiam esperar que sua amada Sociedade gritasse a mensagem de Viganò e a conversão em progresso por sobre os telhado das casas (assim como fizeram quando o bispo Lazo fez sua famosa declaração, citada anteriormente). No entanto, há um verdadeiro apagão da mídia da NEOFRAT, como se a conversão do Viganò tivesse pouca importância. Este breve artigo analisará algumas das razões pelas quais a NEOFRAT possa ter escolhido evitar comentar a situação de Viganò. 

Déjà vu:

Por 25 anos, e especialmente desde 2012, a NEOFRAT se em “comprometido” a adquirir o status canônico oficial de Roma conciliar: reuniões “discretas, mas não secretas” com o GREC[9]; uma inversão da política de Lefebvre de “nenhum acordo prático até Roma se converter”[10]; a expulsão do bispo Williamson (e de dezenas de outros sacerdotes)[11]; o acordo com o Vaticano II[12]; a reabilitação de comunidades indultadas; o silêncio autoimposto sobre o erro conciliar para melhorar as relações com a Roma modernista (isto é, a “branding campaign”[13]); o rechaço à noção de igreja conciliar[14].

Foram muito longe na direção conciliarista para parar e reavaliar suas ações desde a morte de Lefebvre; e, embora ainda possa haver alguns Nicodemos[15] escondidos na Sociedade, a maior parte da NEOFRAT e o arcebispo Viganò estão indo em direções opostas:

Apesar de a NEOFRAT ter chegado recentemente a um acordo com a revolução conciliar (por exemplo, a Declaração Doutrinal[16] de 15 de abril de 2012, que aceita a hermenêutica da continuidade e, através dela, os documentos do Vaticano II; rejeita a noção de uma igreja conciliar; aceita uma liberdade religiosa limitada etc.), o arcebispo Viganò está rejeitando publicamente o que a NEOFRAT aceitou recentemente. Tudo isso significa que Viganò e a NEOFRAT são dois navios que passam à noite, em direções opostas: Viganò está em uma trajetória rápida[17] indo para a Tradição, enquanto a NEOFRAT está totalmente comprometida com o conciliarismo mitigado[18]. A situação lembra a resposta do Arcebispo Lefebvre ao cardeal Ratzinger em 1987: “Vós trabalhais em prol da descristianização da sociedade, da pessoa humana e da Igreja, enquanto nossos esforços estão dirigidos para a cristianização[19].

Em outras palavras, que oportunidade realista há para colaborar com o arcebispo Viganò? Como Lefebvre e Ratzinger, Viganò e Pagliarani/Fellay estão trabalhando em direções opostas. Muito provavelmente, se o bispo Lazo[20] estivesse vivo e convertendo-se em 2020, o mesmo silêncio inquietante com relação à sua Declaração impediria qualquer colaboração entre ele e a NEOFRAT hoje. Mas, com o bispo Huondor[21](ou qualquer outro prelado conciliar que aceite os princípios do Vaticano II), tais impedimentos na relação não existem. 

A mosca na sopa (“Diplomat Fly in the Ointment”): 

Obviamente, não se ganham favores em Roma construindo amizades com aqueles que atacam esses mesmos romanos como “apóstatas”. Se Menzingen se “esforçou” em vender a Roma modernista, ficará muito relutante em alterar a carroça de maçãs romanas[22] fazendo qualquer declaração pública de apoio ao arcebispo Viganò. E, se a prioridade nº 1 desde a morte de Lefebvre tem sido a de obter o reconhecimento canônico dos modernistas[23], então a conversão de Viganò à Tradição simplesmente se atribuirá em Menzingen como “um momento infeliz”.

Não é conveniente que as ambições da Sociedade se alinhem com Viganò, assim como tampouco foi conveniente a Pilatos se alinhar com Nosso Senhor: é um movimento “seguro” e benéfico para Menzingen oferecer a Huonder um apostolado de aposentadoria (onde ele pode se afastar de qualquer Lefebvrismo latente), mas Viganò deve permanecer escondido, e, até este ponto, sozinho e isolado. 

Perdendo o gosto pela tradição: 

A esse ponto, se poderia escusar quem se perguntasse se a campanha de marketing da NEOFRAT não foi demasiado exitosa para seu próprio bem?: se tem caracterizado a Resistência[24] como “sedevacantistas práticos”[25] por rejeitar qualquer acordo com Roma não convertida, e se inculcou em seu clero e fiéis um ódio por sua retórica e “dissidência”, enquanto a própria NEOFRAT abandonou quase completamente a espada doutrinária de combate contra os inúmeros erros e escândalos romanos, então palavras como as incluídas na Carta do Arcebispo Viganò, de 10 Junho, poderiam ser recebidas pelos NEOFRAT com ressentimento, rejeição e confusão:

“Espere. Não está dizendo (Mons. Viganò) mais ou menos o que dizem a Resistência e os sedevacantistas? E se supõe que devemos ser contra o que eles dizem, certo? Mesmo que Lefebvre tenha dito exatamente o mesmo, certo? Mas, de alguma forma, estamos simultaneamente (nós e eles) PARA Lefebvre. Eu penso... acho. Ler Viganò se dirigindo ao Papa Francisco simplesmente como “Bergoglio” e rejeitando o Vaticano II em um momento em que os da NEOFRAT tem sido treinados (através da hermenêutica) para aceitar uma interpretação conservadora de documentos conciliares, pode muito bem causar rejeição generalizada da mensagem de Viganò nos ambientes da NEOFRAT. 

Se é esse o caso, indicaria que a campanha de marketing foi um ataque subversivo novamente contra a Fé do próprio clero e das pessoas da NEOFRAT (que é o que temos afirmado desde o princípio). Em 2020, a NEOFRAT em geral poderia pôr-se ao lado de Francisco CONTRA o que está contido na Carta de Viganò. 

Conclusão: 

O silêncio da Neofrat diante das últimas cartas do arcebispo Viganò é outra indicação de quanto foi revolucionária a reorientação da NEOFRAT. No início dos anos 90, um arcebispo a caminho do tradicionalismo foi a notícia mais importante da Tradição. Ler-se-ia em todos os sites web e blogs da FSSPX. Ouvir-se-iam sermões sobre isso nas capelas de todo o mundo. Teria sido recebido como um tremendo estímulo e um milagre da graça. Os fiéis estariam entusiasmados a respeito durante o café, e as mulheres depois da missa, e estariam lendo edições especiais do The Angelus que estariam rastreando o progresso de Viganò. 

Foi assim quando o Bispo Lazo se converteu à Tradição, mas atualmente isso não é notícia, e Viganò e persona non grata na NEOFRAT. Mas, por tudo isso, a conversão em curso de Viganò é transcendental, e deveria ser encorajada e apoiada por tantas vozes da Tradição quanto possível. Duvido que estas palavras cheguem à tela de seu computador (de Dom Viganò), mas, se Sua Excelência alguma vez chegar a tropeçar nelas, saiba que é apenas um sinal dos tempos de deterioração que a NEOFRAT não o esteja defendendo. Para nós, poucas ovelhas dispersas da Tradição, lhe damos as boas vindas de todo coração e agradecemos a Deus por sua chegada. 

Viva Cristo Rei[26]

A seguir o blog mostra uma busca pelo termo  “Viganò” no site da NEOFRAT, sem sucesso:


 
A seguir links do blog em espanhol, os quais estão quebrados, e uma menção, creio eu, à biografia de Mons. Lefebvre escrita por Tissier. Nenhum dos links abriu aqui: 
 
https://insidethevatican.com/news/newsflash/letter11june102020therootoftheproblem 2 reciente https://web.archive.org/web/20100611183203 
http://sspx.org/Bishop_Lazo/bishop_lazos_declaration_of_faith.htm 
Tissier de Mallerais, Marcel Lefebvre, pág. 548.


Tradução, comentários e notas: Giulia d’Amore para o Pale Ideas. 

NOTAS:
[1]  Na verdade, é a NEOFRAT de Dom Fellay, porque a FSSPX de Monsenhor Lefebvre jamais faria acordo com Roma apóstata, ou sequer dialogaria com ela, tendo em vista que o próprio Venerável Arcebispo expressamente não o permitiu, após sua dolorosa experiência de confiança nas autoridades conciliares, os anticristos, como ele mesmo os chamava, e incluía o então “papa” e o então prefeito da congregação para a doutrina da fé. Tudo em minúscula, of course. No texto, portanto, usarei a designação correta de NEOFRAT quando for uma referência ao grupo de Fellay, para evitar equívocos. 
[2]  Bom, Viganò continua naquela igreja conciliar... 
[3]  Não é novidade para nós, uma vez que Mons. Lefebvre e Mons. Castro Mayer já o haviam denunciado. 
[4]  Sic. Se fosse um acólito recém-chegado à Fé Católica, essa declaração não causaria escândalo, mas compaixão. É um arcebispo supostamente da Igreja quem fala: escândalo dos escândalos! Sessenta anos de seminário, estudo, catecismo, teologia etc. e tem a cara-de-pau de confessar “candidamente” que foi enganado? Não foi. Deixou-se enganar. Permitiu. Ele mesmo confessa que as ordens eram questionáveis! E não se questionou durante sessenta anos?!
[5]  Blasfêmia! A voz amorosa da Igreja não diz heresia, não espalha o erro, não engana, não frauda, não destrói a Si mesma! 
[6]  Salvador Lazo foi um Bispo filipino nascido em 1918 e falecido em 2000. Em 1993, renunciou ao governo pastoral e se aproximou da FSSPX, celebrando exclusivamente a Missa Tridentina a partir de 1995. O cardeal Jaime Sin e o arcebispo Diosdado Aenlle Talamayan lhe pediram insistentemente para que se afastasse da FSSPX, mas ele recusou. Em 21-5-1998, escreveu uma declaração de Fé a João Paulo II – que pode ser lida aqui (inglês) e aqui (italiano) – dizendo que “a obediência deve servir à Fé”, e que as reformas do Concílio Vaticano II tencionavam “destruir a religião católica”. Após a ruptura de 2012, continuou alinhado à Neofrat até a sua morte. Neste link se pode ler uma “pequena descrição de seu percurso pessoal”, que salvei para evitar que se perca, pois a Neofrat é dada a reescrever a história. 
[7]  “tradição” justamente em minúsculo porque não sei até que ponto está-se falando da Tradição, uma vez que, até onde sei, e apesar dos pesares, Viganò continua nas estruturas da igreja conciliar, como certos padres-de-batina que andam por aí a se dizer tradicionalistas não o sendo. Quem gosta da missa-em-latim e permanece subordinado ao Concílio Vaticano II não é tradicionalista, mas quando muito um conservador, um “tradcon”. Continua um modernista, portanto um apóstata e um herege. 
[8]  Aqui mais um equívoco do autor, que, no original, quando diz “os ex-membros da FSSPX”, se refere aos que, no correr dos anos, deixaram a NEOFRAT desde que ficou cada vez mais claro o acordo com Roma apóstata, ou seja, são os que verdadeiramente continuam na FSSPX de Mons. Lefebvre, assim como os que seguem Mons. Lefebvre estão entre os que continuaram e continuam na Igreja Católica verdadeira. E, da mesma forma que os que estão na igreja conciliar hoje estão, na verdade, fora da Igreja Católica, pois apostataram, a maioria deles sem perceber, assim também os que hoje seguem com Dom Fellay/Pagliarani são os que estão na NEOFRAT e fora da FSSPX, TALVEZ sem perceber, embora não sei se podem mesmo usar ainda esse argumento, uma vez que inúmeros foram os avisos e os alertas. E, curiosamente, o motivo é o mesmo: obediência! A mesma obediência cega e burra que faz com que os modernistas permaneçam fora da Igreja Católica por causa da figura visível de um homem vestido de branco sentado no Trono de Pedro. Ficou claro ou preciso desenhar? 
[9]  Nesta hashtag podem ler o que se publicou no Pale Ideas sobre o GREC: #grec
[10]  Vide: Pale Ideas
[11]  Essa história é mal contada, uma vez que houve expulsões e houve saídas voluntárias, não vamos simplificar demais as coisas! 
[12]  Acordo houve, sim. Se foi assinado ou verbal, não sei, mas a práxis da Neofrat prova que houve um acordo e uma adequação da Sociedade às normas de Roma Apóstata. Vide: #acordopraticoII
[13]  Vide: #branding
[14]  Como é público e notório – basta pesquisar em qualquer site/blog da NEOFRAT – não se referem mais à igreja conciliar nesses termos, como faziam CLARAMENTE antes do acordo: a chamam “Igreja Católica”. 
[15]  Já tivemos ocasião de falar a respeito aqui no Pale Ideas. Eu tenho dúvidas de que ainda haja Nicodemos na Neofrat; e, se houver, qual o nível de comprometimento da Fé neles após décadas de “fellaysmo” explícito e profundo neles. Da mesma forma que décadas de modernismo afetaram profundamente a Fé genuína do católico médio que continuou/continua na igreja conciliar, assim também não ocorreu na NEOFRAT? Não tem como ser diferente. De tanto não reagir a ordens “questionáveis” da “voz amorosa” da NEOFRAT, que funcionou como uma vacina inoculando o erro modernista, acordista e hipócrita, o que sobrou de hombridade e de catolicidade nesses Nicodemos que estranham, duvidam, não confiam, mas... obedecem? 
[17]  Amém. Veremos. É o que um católico de boa doutrina desejaria. 
[18]  Que é a opção de vários prelados conservadores que se passam por tradicionalistas, como Sarah e companhia. 
[19]  Leia aqui: Pale Ideas - Roma perdeu a Fé
[20]  Lazo faleceu em 2000. O acordo já estava sendo construído, mas ainda não era visível em seus efeitos práticos. É uma “probabilidade” possível. Desejável. 
[21]  Na verdade, não é Huondor, mas HuondEr. Trata-se do bispo conciliar Vitus Huonder que se aposentou e se transferiu para uma casa da NEOFRAT para “dedicar-se à oração e ao silêncio, celebrar exclusivamente a Missa tradicional e trabalhar em favor da Tradição, o único meio de renovação para a Igreja”, como se vê do Comunicado conjunto do Superior Geral da FSSPX, Rev. Pe Davide Pagliarani, e de s. Exma. d. Vitus Huonder, bispo emérito de Coira publicado no perfil “FSSPX-PORTUGAL” no Facebook. E se pode ler, em italiano, no site oficial da FSSPX. Naquele Comunicado, ainda diz: “Relembramos o caso de S. Exma. D. Lazo, Bispo diocesano emérito das Ilhas filipinas, que anos atrás, tinha também passado a sua reforma numa casa da Fsspx” (sic), equiparando os dois casos; o que não é mesmo o caso!... Sobre o bispo Huonder no Pale Ideas, vide a hashtag: #domvitushuonder. Veja também esta notícia relativa à nomeação do bispo Huonder para a NEOFRAT: O Fiel Católico
[22]  Aqui, fiz uma tradução bastante literal de uma expressão idiomática típica da região do tradutor. O que ele quer dizer é que Menzingen teve muito trabalho para convencer o público alvo dele, em relação ao acordo com os apostatas romanos, para agora correr o risco de perder tudo concordando – como deveria – com Viganò. 
[23]  A famosa “estampilla”: #estampilla
[24]  Refere-se aqui à Desistência, que reúne uma parte daqueles que romperam com a Neofrat em 2012 e que seguem o bispo herético Williamson. Vide a hashtag: #desistencia
[25]  Sedevacantista prático, para quem ainda não sabe ou não compreende do que se trata, é quem, ainda que não declare a Sé vacante (kkkk), ou melhor, ainda que não se declare sedevacantista (por óbvias razões: quem tem autoridade para declarar a Sé vacante? E uma vez declarada, quem tira Francisco de lá? Uma revolução?!?!), não reconhece os “papas” conciliares como católicos e, por isso, não lhes obedece e não reza UMA CUM. Não é bem o caso da Desistência de Williamson, que defende mais a posição: “reconhecer e resistir”, que é a mesma da NEOFRAT ao final. Eles todos reconhecem Francisco como papa CATÓLICO, lhe “resistem” (sic!) e rezam UMA CUM. Como lembrado aqui diversas vezes, causa até estranheza que a entourage de Dom Tomasito tenha parado de retirar os quadros dos “papas” conciliares por onde passavam. Sim! E eram sedevacanistas por isso?... A moda agora parece ser mais esconder as fotos de Dom Lefebvre. E o mais curioso é que, quando retiravam os quadros do “papa”, tratava-se de Bento-Ratzinger, aparentemente (ou seja, só na aparência, não na essência) mais tradicionalista do que Francisco. Não é deveras curioso? 
[26] Não é do artigo original, mas do blog que o traduziu. 
   

14 comentários:

  1. Muito esclarecedor está matéria . Precisamo estar bem informado, para não cairmos nas heresias

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    1. Sim, sra. Maria Helena. É preciso se informar BEM para não cair nas heresias, pois hoje em dia parece que há um festival de heresias se espalhando por toda parte... A ignorância escusável que permitirá que alguns escapem do inferno não abarca a negligência na boa formação, sobretudo na formação que o Catecismo nos dá. Deus nos guarde da estupidez moderna!!!

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  2. A atitude da Neofrat se assemelha dessas grandes companhias em que uma companhia maior "engole" outra menor. A menor perde sua identidade para a maior. Pelo jeito essa é a tendência.

    No caso Viganò, sua atitude APARENTEMENTE parece ser boa, mas fica aquela pergunta no ar: "porque não renúncia logo a Igreja Conciliar?" Para que as denúncias que ele expõe tenham credibilidade, ele deveria renunciar a Igreja Conciliar. O que estaria por detrás disso tudo? Só o tempo dirá, isso se Nosso Senhor permitir, porque o que vemos por aí no mundo afora é uma abreviação dos tempos.

    Sobre o sedevacantismo, na prática é inconcebível pensar em Sé vacante quando esta Igreja Oficial está repleta de autoridades bandidas.
    Outro ponto sobre o sedevacantismo, uma atitude estranha no meu ponto de vista, o fato que estes nutrem um ódio de D. Lefebvre, é se dizem tradicionais. Ou pseudo-tradicionais?

    No mais, estamos em tempos em que temos que guardar a Fé, como bem diz o Revmo. Pe Cardozo, porque este é o ponto em que os diabos (invisíveis e visíveis) estão derrubando a Fé sobrenatural. É muitíssimo importante guardar a Fé, pois fica claro que os tempos atuais indicam (e a Fé sobrenatural demonstra isso) que estamos num prelúdio do julgamento das nações, por causa da apostasia generalizada.

    Por fim, se adequa nesses tempos as palavras da Santíssima Virgem do Bom Sucesso, de Quieto, Equador, à Madre Mariana de Jesus Torres, que "para por à prova a Fé dos justos, haverá ocasiões em que tudo parecerá perdido e paralisado. Será então, o feliz princípio da restauração completa."

    Restauração completa, e não parcial, como os sedevacantistas acreditam.

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    1. O senhor conseguiu ver além do que o texto transmite, sr. Reginaldo. Sua analogia com uma empresa cabe à perfeição. E não deixa de ter uma realidade perturbadora pq, de fato, pelo que venho acompanhando ao longo do tempo, os líderes da Neofrat a tratam com uma empresa, e uma empresa que precisa dar lucro...

      Quanto ao Viganò, penso como o senhor. o Fato de rechaçar o CVII e continuar ma igreja falsa que ele mesmo denuncia é suspeito. Eu dei o benefício da dúvida pq essa "conversão em progresso" pode ser real. Nem todos têm a graça de abrir os olhos de uma vez só. Alguns caminham em etapas. Segundo a vontade de Deus, claro. Só o tempo dirá se a conversão dele é sincera ou se é mais uma jogada de mestre de Satanás para manter os que estão despertando na igreja conciliar. Veremos.

      A questão do sedevacantismo não é simples. Há questões que os sedevacantistas não resolvem. Ao menos não resolvem adequada e catolicamente. As principais questões:

      1. Desde quando a Sé estaria vacante? Desde que "papa" ou antipapa? Uma data, um papa, por favor?! Não se tem. No sedevacantismo há diversas correntes, cada uma com uma data, um papa, uma teoria diferente, e que me faz lembrar em S. Mateus 12,25: um reino dividido em si mesmo não subsistirá...

      2. Quem teria autoridade para declarar a Sé Vacante? Quem tem um mínimo de conhecimento jurídico sabe que somente uma autoridade igual ou superior pode destituir uma autoridade constituída, ou seja, somente outro Papa ou o próprio Deus poderiam fazê-lo. Daí vem outra questão dentro desta questão: e quem seria este outro Papa? Quem o elegeria? Que conclave?, se, como dizem os sedevacantistas, os cardeais eleitores também são inválidos...

      3. Admitindo-se a possibilidade de declarar a vacância da Sé de algum jeito anormal, como eles pretendem, quem tiraria Francisco de lá? Por voto democrático? Pela revolução? Pois tenho a impressão que Francisco nem receberia tal "autoridade"...

      4. Admitindo que alguém tire Francisco de lá de alguma forma, quem teria autoridade para reunir um conclave para uma nova eleição? Quem votaria? Quem poderia ser eleito entre os modernistas apóstatas?

      Enfim, claro está que são apenas murmurações e reclamações sem solução prática. E não se pode chamar de solução prática o conclave de cismáticos ortodoxos (que nem são católicos de fato) que elegeu Viganò no ano passado...


      Eu já percebi também que há um grupo bem distinto e individuado de sedevacantistas que ODEIA Mons. Lefebvre. Eu já li cada absurdo injusto e ingrato contra ele. Se não fosse por Dom Lefebvre, essa malta de desocupados nem estaria brincando de igrejinha sedevacantista!!!... Enfim, Deus tudo está observando, e teremos TODOS de prestar contas de nossas palavras, pensamentos e ações.

      "Pseudo-tradicionais" é, de fato, o termo mais apropriado, pq quem odeia Dom Lefebvre não pode ser "tradicionalista". Nunca. Eu os chamo de tradcon (se são modernistas conciliares) e tradsed ou radsed (se são sedevacantistas). Alguns destes os chamo de SEDECHATISTAS mesmo, pq são chatos. Estes são os mais ignorantes (em sentido estrito) sobre Doutrina Católica, a julgar pelas asneiras que propalam do alto de seus púlpitos infames na internet.

      Sim, são tempos em que devemos nos preocupar em guardar a Fé. E não apenas rezando o Rosário, mas evitando esses grupos inúteis e deletérios para as almas.

      Que Nossa Senhora abrevie os tempos da restauração completa! Amém!!!

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    2. Só complementando sobre a Fé. Os fatos que estão ocorrendo tanto no meio religioso e secular nos devem servir de exemplo que as palavras de Nosso Senhor são verdadeiras: "cegos que guiam outros cegos ambos caem no buraco". E isto vale para nós fiéis, que de alguma forma sofremos a interferência da Igreja oficial que "cegos que obedecem superiores cegos caem no mesmo buraco que os últimos". Basta observar o drama das ordens religiosas contemplativas que a Igreja conciliar está dissolvendo, por motivos bastante desonestos que não vale a pena citar aqui. Esta dissolvição é exatamente esta obediência cega à autoridade modernista que age de maneira despótica.
      Resumindo: não nos apegarmos a homens simplesmente. A Fé é MUITO mais necessária e mais urgente nos tempos atuais. Somente com a Fé é possível (inclusive) discernir quem está nos ensinando e o que está sendo ensinado.

      À jogada de mestre de Satanás, bem lembrado esta observação. Sabemos que a Igreja modernista se "especializou" em atiçar os que resistem na Fé... E como consequencia, lançando os envolvidos numa espécie de 'briga' entre grupos (o que eles chamam de "diálogo")... e a chave dessa estratégia, é exatamente distrair a todos para algum ponto pouco útil e como resultado, vão abandonando a Fé lentamente... Então, é melhor que nós todos mantenhamos de consciência bem ACORDADA.

      E sem desviar do assunto principal, mas estando ainda neste contexto, se nós todos soubéssemos o que é o mundo, o que não faríamos para renunciá-lo... e desejar o céu...

      Aos que têm a Santa Missa disponível, ótimo, possuem um preciosíssimo tesouro. Quanto a outros que não têm a Santa Missa (como a maioria, inclusive eu), o único remédio é o Santo Rosário. Para pedir o que? A FÉ!
      E orar e trabalhar. Os Santos nos ensinam isso. A Fé que opera nesses dois movimentos. Nesta quarta é dia de Santa Marta, não é mesmo? Então devemos pedir a ela que nos fortaleça na Fé na ORAÇÃO e no TRABALHO.

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    3. Sua complementação foi certeira e é bem-vinda, sr. Reginaldo, porque esclarece as almas. Graças a Deus, nós, aqui, já não sofremos a interferência da igreja conciliar porque, pelo bem de nossas almas, nos apartamos dela há muito tempo. Deus tem sido misericordioso e foi nos mostrando o caminho a seguir. Que não percamos a fé e a lucidez, é o que sempre peço, porque eu vejo muita gente “estudiosa” que se perde em teorias conspiratórias que aleijam a alma da verdadeira doutrina e ficam debatendo em mídias sociais atrás de fama e glória... sic.

      O que a igreja conciliar vem fazendo com as Ordens e Congregações outrora católicas é de cortar o coração. E é pecado. Disso, prestarão conta todos que participarem dessa dissolução criminosa perpetrada diariamente. Infelizmente, por outro lado, as Ordens e Congregações deixaram de lado a doutrina verdadeira e se perdem também atrás da igreja conciliar porque já não sabem a verdade e obedecem desordenadamente, esquecendo a que a obediência cega é só a Deus, diretamente, aos superiores a obediência deve estar ordenada a Deus e à Verdade, e, quando os superiores não obedecem a Deus, não devemos lhes obedecer, porque violaríamos o quarto Mandamento.

      E, sim, não devemos nos apegar a homens. Nossos pastores, mesmo da Tradição, das catacumbas onde vivemos a Fé, devemos segui-los enquanto eles seguirem Nosso Senhor Jesus Cristo. Qualquer deriva, qualquer desvio que façam deve ser sinal de alerta para nós. E para isso devemos saber a doutrina, para sabermos discernir, justamente, quem está nos ensinando e o que está sendo ensinado. Se negligenciarmos o estudo da doutrina... nos perderemos atrás de cegos ou lobos. Nem sei o que é pior, porque nos dois casos caímos no abismo.

      A luta de classes é própria do comunismo, e tem sido utilizada também pelos modernistas para “dividir e conquistar” o rebanho de Cristo. E outra tática é justamente essa de se fingirem de tradicionalistas, com sinais exteriores (batina, missa-em-latim, Concílio de Trento) que confundem e fazem baixar a guarda, para enredar os incautos e os preguiçosos (que não gostam de estudar e rezar) e leva-los de volta ao redil modernista.

      Sim, os Santos sempre nos alertam sobre a falsidade do mundo, a terrível realidade eterna do Inferno e as delícias que esperam os heroicos que se mantêm firmes na fé e nas virtudes. Eu vejo muitos compartilharem essas belas frases dos Santos, mas... também vejo que, na prática, não as seguem, e me pergunto se ao menos as leem ou só as compartilham porque acham bonita a imagem; ou, ainda, se entendem o que o Santo disse.

      Estamos em guerra, uma guerra espiritual assombrosa, e ter a Missa é mesmo uma benção. E até nisso eu olho com preocupação e tristeza porque há quem tem a Missa à disposição e... não vai, prefere atender a compromissos do mundo! Terrível. Talvez os que não tenham a Missa, ou a tenham eventualmente, deem mais valor a essa riqueza que graças a Monsenhor Lefebvre e a Monsenhor Castro Mayer chegou até os nossos dias. Devemos defender a nossa fé e a nossa Fé com unhas e dentes, e só podemos fazer isso com a oração. Sem trégua. Ainda que estejamos cansados ou desanimados ou “sem tempo”. Depois será tarde para dizer “Senhor, Senhor”...

      Desculpe se liberei o comentário somente hoje, as ocupações de estado e outras não me permitiram fazê-lo antes, mas veja que coincidência feliz!!! Hoje é dia de Santa Marta, como o senhor bem lembrou!!! Que ela nos fortaleça na Fé na ORAÇÃO e no TRABALHO!!!

      Viva Cristo Rei e Maria Rainha! Viva Santa Marta!

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  3. Posto novamente, desta vez um alerta com a consequência de certos grupos sedevacantistas. Isto é para se ter uma idéia de porque não podemos nos ater com esse pessoal.
    Talvez seja de conhecimento dos católicos tradicionais deste Brasil, e também que frequentam este blog, a "consagração" episcopal do Pe. Pfeiffer, (Kentucky, EUA), em junho último, feito por um prelado sedevacantista. Acontece que a linhagem deste prelado carrega a heresia do feeneyismo. E também houve um alerta do D. Marcel Lefebvre sobre este prelado.

    Para quem não sabe, o Pe. Pfeiffer foi, também, um dos padres que se desligaram da obediência a D. Williamson, cujos alertas dos erros deste bispo estão bem explicados neste blog. O estranho é que este pe. Pfeiffer, que era um dos mais instruídos sobre os erros do Bispo Fellay e fez vários alertas aos fiéis da Fraternidade (2013) chegou a este ponto de decadência espiritual. Aí é que entra a pergunta para pensar: Perda de Fé (e sobretudo perda na confiança na Providência divina)? Creio que sim. Incluindo a exposição dos fiéis (da missão em que ele atua) em risco.

    Quero deixar este alerta porque o perigo que corremos é muito maior que pensamos quando ignoramos a Fé e passamos a obedecer homens.
    Mais danoso que os perigos materiais, são os perigos que afetam as almas (individualmente e coletiva), ou seja, colocam a Graça Sobrenatural em risco, e consequentemente a perdição da alma.

    Nosso Senhor nos ensina nestes exemplos, que são tantos mundo afora, quando as pessoas abandonam a Fé e seguem homens.

    Se a autora do blog permitir, coloco o link do texto de alerta sobre a consagração do pe. Pfeiffer:

    https://benedictinos.files.wordpress.com/2020/08/declaracic393n-p.david-hewko-y-p.hugo-ruiz-sobre-consagracic393n-padre-pfeiffer.pdf

    Viva Cristo Rei e Maria Santíssima!

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    1. Prezado sr. Reginaldo, permito a publicação e, de fato, lhe agradeço pelo favor de encaminhar o link do PDF da Declaração do Padre Hewko e do Padre Ruiz acerca da “sagração episcopal” do Padre Pfeiffer em junho passado, que era de nosso conhecimento, tendo em vista que temos acompanhado as coisas nos EUA graças a contatos que nos mantêm informados. Não escrevi nada a respeito ainda porque estou assoberbada e precisava refletir a respeito. Mas é uma lástima que um Padre guerreiro como o Padre Pfeiffer tenha caído na tentação de desejar, primeiro, e, depois, receber a mitra escandalosa de mãos mais escandalosas ainda; e, a julgar pelas fotos no PDF, foi com grande satisfação e alegria. Aquela bolsinha com 30 denários pode ter a forma de uma mitra também.

      O senhor foi preciso a apontar a "decadência espiritual" e a "perda da Fé" em sua análise, pois para mim também se trata disso. Infelizmente, nem todos conseguem manter o foco, a esperança, a constância, e, depois de 5 décadas de combate, somado ao imediatismo, desânimo, querer resolver coisas que não nos correspondem, tentações satânicas, vanglória... muitos sucumbem. E nesses momentos é que quase conseguimos “ver” a guerra que vivemos: quando olhamos ao nosso redor e vemos tombar os companheiros de armas. Infelizmente, não é recente essa “guinada” do Padre Pfeiffer para a heresia. Nem foram poucos os alertas do grande companheiro de jornada dele, o Padre Hewko, para que recuperasse o juízo. Tudo em vão.

      Também tem razão quando fala que a "ignorância da Fé" leva a "obedecer a homens". “Maldito o homem que confia no homem”, diz a Escritura. Muitos deixam de lado o sobrenatural e procuram o que é palpável e visível. Traem a Cristo alegando (ou mentindo) procurar a Cristo nos homens errados, heréticos, perdidos. “Cegos a seguir cegos”. E quando isso acontece com alguém como o Padre Pfeiffer, alguém que não poderá alegar diante de Deus que desconhece a Fé, é de assombrar porque não tem como não nos questionarmos: e quanto a nós? A nós que não sabemos tudo o que um Padre Pfeiffer sabe? O que um Fellay... um Ratzinger... Se alguém que sabe tanto cai, o que será de nós que nada ou quase nada sabemos? Que negligenciamos as orações e os sacramentos? Que nem sempre lemos, nem estudamos, nem meditamos?... É de estremecer. Por isso é que em minhas preces eu também peço para não perder a lucidez!...

      Por fim, tem razão também quando diz que não podemos nos "ater com os sedevacantistas" – em particular os “dogmáticos”, porque sedevacanista “prático”, de certa forma, todo tradicionalista o é, visto que não se pode olhar para Francisco e dizer, como Fellay e Williamson (ambos R&R), “eis aí um Papa”! – porque uma árvore boa não dá frutos maus, e uma arvore má não dá frutos bons. E, sabendo de que semente vêm essas árvores que bem conhecemos, não tenho boa vontade alguma para com nenhum deles. Eles lá e eu cá.

      Continua...

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    2. Continuação...

      Veja só a questão do batismo de sangue e de desejo. São Pio X (Catecismo, n. 565, “Pode suprir-se de algum modo a falta de batismo?”) e o Concílio de Trento (Sessão VI, Capítulo IV, “Descrição da justificação do ímpio. Seu modo sob a graça”) o admitem! Quem é essa gente para “discordar”? E há todo um Magistério da Igreja, há Doutores da Igreja e Santos que falam sobre a “fé implícita” (S. Tomás de Aquino [Summa teológica, III, Q 66 art. 11], D. Soto, R. Belarmino [que tanto ostentam para defender o sedevacantismo dogmático, coisa que o Santo de Trento nunca fez!!!], J. de Lugo), e o “voto implícito” (Carta do Santo Ofício ao Arcebispo de Boston), por exemplo. E temos Santo Afonso de Ligório (Teologia Moral), Mons. Gaume (Catecismo da Perseverança), Francisco Spirago (Catecismo Católico Popular), Santo Ambrósio (“o seu desejo de Batismo o purificou”, sobre Valentiniano II morto a caminho de Milão onde receberia o Batismo), Santo Agostinho (De bapt. contra Donat. 4, 22). E tem o cânon 1239 do CDC de 1917, conhecido como Código Canônico Pio-Beneditino, documento e parte integrante da Encíclica de Bento XV: “Providentissima Mater”, e, portanto, Magistério infalível.

      Aconteceu que, bem no meio do século XX, reinando Pio XII, um certo jesuíta, o padre Leonard Feeney, reputava que os Santos canonizados, os Pontífices e os diversos Concílios estivessem todos em erro, e somente ele possuía a verdade negando o batismo de sangue e o de desejo, por uma interpretação livre e errônea do Dogma “Extra Ecclesia nulla salus”. Persistindo no erro, o padre foi convocado a Roma, mas não se apresentou e foi excomungado em 1953, por Pio XII. Essa tese herética e estapafúrdia foi retomada, entre outros, pelos irmãos Diamond (aqueles que dizem que SÃO Enoque e Elias) e pela linhagem Thuc, da qual surgiram comunidades como a de Palmar de Troya que já elegeu três papas: Pedro II, Gregório XVII e Pedro III. sic. E por falar em árvores más e frutos maus...

      Mas esta não é a única heresia dos feeneystas, uma vez que, além de negar o Batismo de sangue e de desejo, aderir a esta tese herética significa questionar a própria infalibilidade do Magistério da Igreja. Assim fazendo, eles consideram o Concílio de Trento e o Catecismo de São Pio X FALÍVEIS, assim como o CDC de 1917. Por esse raciocínio, a Igreja Católica não seria, portanto, de natureza divina, pois está cheia de erros. Realiza-se neles e por eles a profecia do Príncipe dos Apóstolos (2Pedro 1,2): “Assim como houve entre o povo falsos profetas, assim também haverá entre vós falsos doutores, que introduzirão disfarçadamente seitas perniciosas. Eles, renegando assim o Senhor que os resgatou, atrairão sobre si uma ruína repentina. Muitos os seguirão nas suas desordens e serão desse modo a causa de o caminho da verdade ser caluniado”.

      Ora, bem sabemos que os sedevacantistas “brasileiros”, embora reconheçam Pio XII como Papa católico, não lhe obedecem. E, analisando os fatos acerca de Feeney, que se recusou a ir a Roma quando Pio XII o chamou, como lhe correspondia, se compreende porque eles também não lhe obedeçam e não aceitem as reformas litúrgicas que fez, sob o pretexto escuso e infantil de que os modernistas se aproveitaram dessas reformas para fazer o que fizeram. Santa paciência!!!

      Como nem todos leem os comentários, vou publicar essa nossa troca de comentários como post nos próximos dias. Obrigada por sua contribuição valiosa.

      Viva Cristo Rei e Maria Rainha!

      Giulia d'Amore

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  4. Gostei do comentário do Reginald é das resposta aprendi um pouco mais ,resumindo tudo isto oque entendi que tamos vivendo num tempo de confusão dentro da igreja como nunca houve na história da humanidade ,se defenda quem puder .e pelo que entendi ,quem estiver seguindo os exemplos de D.Marciel Lefebvre, está indo no caminho correto

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    1. Sim, sra. Maria Helena. A senhor enxergou certo. Em tempos confusos, devemos nos guiar por aqueles que permanecem fiéis a Cristo. O discurso "mais ou menos" não serve. Devemos falar sim, sim, não, não. Sempre.

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  5. Que tesouro maravilhoso é este blog, parabéns pela iniciativa

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  6. Esse blog é um verdadeiro tesouro, parabéns pela iniciativa

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