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quarta-feira, 14 de maio de 2014

14 de maio: São Bonifácio de Tarso

14 de Maio

São Bonifácio de Tarso




Il santo martire Bonifacio di Tarso è ricordato nel Martiriologio romano al 14 maggio. A Tarso, nella Cilicia fu martirizzato sotto Diocleziano e Massimiano, e quindi trasportato a Roma, fu sepolto sulla via Latina. Le sue reliquie sono, insieme a quelle di sant'Alessio, nell’urna marmorea posta sotto l’altare maggiore della chiesa dei santi Bonifacio ed Alessio all’Aventino. Il corpo è già indicato qui sepolto dall’Itinerario De Locis Sanctis Martyrum. Dopo il ritrovamento delle sue spoglie, queste, il Martedì delle Palme del 1217 furono deposte da Onorio III sotto l’altare maggiore della stessa chiesa. La testa di Bonifacio è venerata in una teca d’argento a forma di busto. (Fonte).

No início do século IV vivia em Roma uma senhora jovem, bonita, rica e de alto nível social, chamada Aglaé (ou Aglaida), filha de Acácio, um senador romano. Embora cristã, levava uma vida devassa, ociosa, frívola, em poucas palavras: uma vida anticristã. Ela tinha um empregado chamado Bonifácio, que também era cristão só de nome, mas que não possuía virtudes cristãs, exceto a compaixão pelos pobres e a hospitalidade a estranhos. Com este servo, Aglaé viveu amasiada por muitos anos. Por fim, no entanto, seus olhos se abriram e, reconhecendo o terrível estado de sua alma, começou a temer o castigo divino. Ela, deixado seus vícios e chorando lágrimas amargas por causa deles, confessou-os com grande remorso, e começou uma vida verdadeiramente penitencial. Vendeu todas as suas joias e roupas esplêndidas, apartou-se dos prazeres do mundo e passou a empregar a maior parte de seu tempo em orações, jejum e outras obras de penitência.

Como ela, no entanto, tinha sido a causa de queda de Bonifácio, não se via satisfeita com a sua própria conversão, mas quis convencê-lo a seguir seu exemplo. Bonifácio também se converteu e, incontáveis vezes lamentando seus pecados, agradeceu a Deus por não ter sido levado em meio a eles. Não ter se penitenciado antes, a seus olhos, era grave, e o que ele não faria contentemente para mortificar agora o seu corpo com o qual outrora tinha feito tantos males!

Depois de algum tempo em que ambos passaram em penitências, Aglaé disse a Bonifácio: "Você sabe o quão profundamente nós dois ofendemos a Deus, e como perdemos toda a Sua graça. Por isso, é necessário que nos esforcemos para obter intercessões poderosas. Foi-me dito que, quando honramos as relíquias dos santos mártires, honramos os próprios mártires e assim obtemos sua intercessão junto a Deus, que devem ser muito poderosas. Vamos então tentar obter alguma relíquia sagrada. Gostaria de construir uma igreja para a memória de um mártir para que, assim honrado, ele possa rogar por nós a Deus e obter a remissão dos nossos pecados."

Bonifácio ficou muito satisfeito com este projeto, e como ele tinha ouvido dizer que em Tarso, na Cilícia, os cristãos estavam sendo cruelmente martirizados e seus corpos vendidos, decidiu ir para lá em sua missão sagrada. Aglaé forneceu-lhe dinheiro suficiente e deu-lhe também vários criados para auxiliá-lo. Ao despedir-se dela, chegou a dizer em tom de gracejo: "A senhora me envia para lhe trazer as relíquias de um santo mártir; o que me diria se Deus me concedesse a graça de me tornar um mártir e recebesse meu corpo? Receberia de volta meu corpo (feito relíquia)?" Aglaé o repreendeu: "Não é hora para brincadeiras, e a coroa do martírio não é destinada a um tão grande pecador. Vá e cumpra nosso objetivo..." Bonifácio então partiu em sua viagem, durante a qual orou e jejuou sinceramente arrependido de seus pecados, desejando que pudesse dar a sua vida em expiação deles.

Em sua chegada a Tarso, Bonifácio deixou seus servos na pousada, enquanto ele próprio foi à rua procurar um cristão capaz de lhe dar as informações que desejava. Chegado ao mercado local, de imediato presenciou a tortura de vinte cristãos por causa de sua fé. Ele permaneceu por algum tempo olhando para eles sem esboçar qualquer reação e, de repente, tão intenso o desejo de sofrer por amor de Cristo encheu seu coração que lhe era impossível permanecer quieto. Avançando por entre a multidão em volta dos mártires, abraçou os que ainda eram espancados, pedindo-lhes em alta voz a perseverarem. "A luta, o esforço", disse ele, "são curtos; mas a recompensa e o descanso são eternos. Seu martírio logo acabará, mas a felicidade que vos espera nunca terminará. Rezo por vocês, servos de Deus", acrescentou, "para que sejam meus intercessores junto a Cristo, e obtenham para mim, que sou um grande pecador, a graça de participar de seu martírio e sua vitória."

Simpliciano, o governador local, ouviu e viu Bonifácio, e então mandou trazê-lo à sua presença para lhe interrogar quem era e como ousava agir e falar como ele tinha feito. "Sou um cristão ", respondeu Bonifácio, "e alegra-me que esses cristãos tenham a glória de morrer por causa de Cristo. Desejo lograr a mesma sorte deles." A estas palavras, o governador se enfureceu, e ordenou que Bonifácio fosse rasgado cruelmente com ganchos, que foram então inseridos entre as unhas e a carne, e depois disso, fosse entornado chumbo derretido em sua boca. Durante este padecimento, o heróico confessor de Cristo levantou os olhos para o céu e gritou: "Dou graças a Vós, Jesus Cristo, pois me considerastes digno de sacrificar o meu corpo e vida por Vós. Ajudai vosso servo e fortalecei-o com Vossa graça."

Simpliciano se irritou mais ainda ao ver o santo escapar ileso das torturas anteriores, e ordenou que o santo fosse lançado num caldeirão cheio de alcatrão fervente. Ao ser jogado ao fluido em ebulição, Bonifácio persignou a si mesmo e ao caldeirão, e imediatamente o recipiente e o líquido incandescente entornaram, queimando gravemente os demais presentes. O governador, já fora de si, não tinha nenhum outro recurso para fazer cair o herói invencível senão decapitá-lo. Antes de Bonifácio receber o golpe mortal, ele rezou ao Onipotente de joelhos: "Senhor, não vos lembreis de meus erros. Arrependo-me deles de todo o meu coração. Recebei o sacrifício da minha vida, do qual me destes a graça de fazê-lo por Vós. Iluminai e convertei todos os que aqui estão presentes." Assim, o destemido herói cristão destemido terminou sua vida.

Enquanto isso, seus servos não sabiam onde o seu senhor estava, e como estivesse tanto tempo ausente, procuraram por ele em diferentes lugares e, descrevendo suas roupas, sua altura e figura, perguntavam a todos se o conheciam e se tinham visto um homem assim. No dia seguinte, foram informados de que um homem com tais características havia sido decapitado por não renunciar à fé cristã. Os servos, assustados, olharam um para o outro e, por fim, foram ao local da execução, onde os corpos dos santos mártires ainda jaziam, ao que encontraram o corpo e a cabeça de seu superior. Eles choraram num misto de alegria e tristeza e, de antemão, decidiram-se a não reaver nenhum outro corpo, mas o de São Bonifácio, e levá-lo a Roma. O resgate foi pago por 500 unidades de ouro e, depois de as relíquias sagradas serem limpas e embalsamadas, eles as trouxeram a Roma.

Aglaé, que havia sido informada por uma visão celestial de todos os fatos ocorridos, foi se encontrar com os moços, e reverentemente recebeu o tesouro, colocando-o num túmulo precioso, construindo uma magnífica capela junto dele. Aglaé viveu mais 13 anos em constante penitência, numa pequena habitação erguida perto da capela dedicada a São Bonifácio, ao fim morrendo na paz do Senhor.

(Por Pe. Francis Xavier Weninger, 1876 - Publicado no site "Catholic Harbor of Faith and Moral", tradução livre a/c desta página)


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