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domingo, 30 de agosto de 2015

Santa Rosa de Lima

30 de agosto 

Santa Rosa de Lima 

Virgem e Patrona Principal das Américas, das Filipinas e das Índias Ocidentais


Santa Rosa de Limade Gregorio Vázquez de Arce 
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Rosa de Santa Maria, ao século Isabel Flores de Oliva, nasceu em Lima, capital do então rico Peru, no dia 20 de abril de 1586, décima de treze filhos de uma rica família nobre de origem espanhola. O pai se chamava Gaspar Flores, um cavalheiro da Companhia dos Arcabuzes, e a mãe, Dona Maria de Oliva. Por isso, o nome da Santa era Isabel Flores de Oliva. Mas isso viria a ser esquecido em favor do nome que lhe deu, pela primeira vez, a babá indígena, Mariana, que, tocada pela beleza da menina, lhe deu, segundo o costume índio, um nome de flor. "És bela - lhe disse - és Rosa". Além disso, seus numerosos hagiógrafos (existem cerca de 40 hagiografias dela) dizem que, três meses antes de seu nascimento, o seu berço foi rodeado por rosas. No dia de sua Crisma, o Arcebispo São Toríbio de Mongrovejo (memória dia 23/03; autor das Ladainhas Peruanas) confirmou, até por causa de seus extraordinários dotes físicos e morais, aquele nome que lhe foi dado pela serva, acrescentando "de Santa Maria" para expressar o imenso e terno amor que ela devotava à Virgem Maria, sobretudo sob o título de Rainha do Rosário, a qual nunca deixou de comunicar-lhe o dom da infância espiritual, até a fazê-la compartilhar da alegria e da honra de ter em seus braços, muitas vezes, o Menino Jesus.  


Rosa viveu uma infância serena e economicamente privilegiada. Mas, de repente, a família sofreu um revés financeiro. Rosa, que havia estudado com empenho, tinha uma discreta cultura e havia aprendido a arte do bordado. Arregaçou as mangas, então, ajudando a família em todo gênero de atividade, desde trabalhos domésticos ao cultivo de uma horta e ao bordado, como forma de ganhar a vida.  

Desde pequena aspirou a consagrar-se a Deus na vida do claustro, mas o Senhor lhe fez conhecer a Sua vontade de que permanecesse virgem no mundo. Teve oportunidade de ler algo de Santa Catarina de Sena. Logo a elegeu a sua própria mãe e irmã, tornando-a modelo de vida, aprendendo dela o amor por Cristo, por Sua Igreja e pelo próximo, sobretudo os irmãos índios. Como a Santa de Sena, vestiu o hábito da Ordem Terceira Regular dos Pregadores. Tinha vinte anos de idade.  

Com a permissão da família, organizou em uma sala da casa materna um tipo de abrigo para os necessitados, onde dava assistência a crianças e anciãos abandonados, em particular aos de origem índia. Ainda como Santa Catarina, foi tornada digna de sofrer a Paixão de Seu divino Esposo, mas também provou o sofrimento da "noite escura", que durou uns bons 15 anos. Recebeu também o extraordinário dom das núpcias místicas. Foi enriquecida por Seu celeste Esposo também de outros carismas, como o de fazer milagres, da profecia e da bi-locação.  

A partir de 1609, se encerrou em uma cela de apenas dois metros quadrados, construída no jardim da casa materna, fria no inverno e quente no verão, cheia de mosquitos para melhor rezar em união com o Senhor. Da cela saia justamente apenas para a função religiosa, onde passava grande parte de seus dias de joelhos, a rezar e em estreita união com o Senhor e de suas visões místicas, que começaram a ocorrer com impressionante regularidade, todas as semanas, de quinta-feira ao sábado. À oração, Rosa alternava a autoflagelação, vigílias e jejuns, e sua vida ascética era cheia de visões, mas também de assédios demoníacos.

Em 1614, forçada pelos familiares, mudou-se para a casa da nobre Maria de Ezategui, onde morreu três anos depois, com trinta e um anos de idade, no dia 24 de agosto de 1617, consumida pelas penitências oferecidas para a salvação dos pecadores e pela conversão dos povos indígenas. Seu corpo descansa em Lima, na Basílica Dominicana do Santo Rosário.  

Ainda em vida, grande era sua fama de santidade. O episódio mais marcante de sua existência terrena no-la apresenta abraçada ao Tabernáculo para defendê-lo dos calvinistas holandeses levados ao assalto da cidade de Lima pela frota do pirata Jorge Spitzberg. A inesperada libertação da cidade, por causa da repentina morte do comandante holandês, foi atribuída à sua intercessão. Em 1615, na “Ciudad de Los Reyes” (Lima), Rosa encabeçou uma "rogativa" (oração pública) em uma igreja, diante do possível desembarque de piratas holandeses que já haviam assaltado o vizinho porto de El Callao. Sem prévio aviso, uma grande tormenta impediu que as embarcações se aproximassem à terra e a cidade ficou a salvo.  

Rosa, pressentindo a chegada da morte, confidenciou: "Este é o dia de minhas núpcias eternas". Era o dia 24 de agosto de 1617, festa de São Bartolomeu. Tinha trinta e um anos de idade.  

Foi beatificada em 1668 pelo Papa Clemente IX, e dois anos depois foi proclamada Patrona Principal das Américas, das Filipinas e das Índias Ocidentais, pelo Papa Clemente X. Tratava-se de um reconhecimento singular uma vez que um decreto do Papa Urbano VIII, de 1630, estabelecia que não poderiam ser dados como protetores de reinos e cidades pessoas que não haviam sido canonizadas. De qualquer forma, foi canonizada em 12 de abril de 1671, pelo Papa Clemente X. Ela também é a padroeira dos jardineiros e dos floristas. É invocada em caso de feridas, contra as erupções vulcânicas e em caso de brigas em família.  

Fontes: 
  1. http://www.santiebeati.it/dettaglio/28950 - Santi e Beati. Autor: Francesco Patruno (em italiano). 
  2. https://it.wikipedia.org/wiki/Rosa_da_Lima - Wikipédia (em italiano). 
  3. http://migre.me/qVDhx - Facebook. Com os relatos da invasão calvinista e um desenho dos navios holandeses (em espanhol).
Tradução: Giulia d'Amore.  



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