Que o “Prêmio Nobel”[1] costuma premiar tudo que vai contra Deus, já o sabemos e o testemunhamos em vista dos nomes dos “premiados” e das bandeiras que eles defendem, mas às vezes um “cochilo providencial” premia alguém que tem algo a dizer de verdade. Refiro-me ao Prêmio Nobel de literatura Vidiadhar Surajprasad Naipaul[2], que faleceu recentemente, em 11 de agosto, aos 85 anos de idade. Ele foi um dos “erros” de premiação da Comissão[3] que escolhe os nomes. Vale a pena ler o texto abaixo, que traduzi do italiano.
Em seus livros demonstrou com grande lucidez que as civilizações não são todas iguais
Morreu o Nobel da superioridade ocidental. Em 2001, V.S. Naipaul havia ganho o prêmio sueco porque os “perucões”[4] terceiro-mundistas da Academia de Estocolmo acerca dos seus livros não havia entendido muito; de fato, se deixaram enganar pela cor da pele, efetivamente escurinha, e haviam dado uma motivação que poderia ter funcionado com dúzias de outros autores de uma orientação totalmente diferente: “Por ter unido uma descrição perceptiva a um exame acurado incorruptível, obrigando-nos a ver a presença de histórias suprimidas[5]”.
Diante da crise de ideias em que se encontram, poderiam reciclar tal motivação para premiar futuramente o filo-africano Edoardo Albinati[6], o escritor que viaja para o Níger, com a namorada, e descobre que os indígenas são “tão belos e tão bons”, bem ao contrário de nós, europeus, feios e maus, e, quem sabe, até mesmo eleitores de Salvini[7].
Pois então, o escritor anglo-indo-caribenho foi capaz de nos dizer, com uma prosa estonteante, e sem nunca ceder a atitudes militantes, imediatamente políticas, que nem todas as civilizações são iguais e que a civilização ocidental é a melhor. Vão ler “A Máscara da África”[8] e descobrirão por que o best-seller inglês Robert Harris, um branco com complexo de brancura[9], o definiu “racista e tóxico”.
Vão ler esse livro, antes que o masoquismo relativista o censure, como está acontecendo com Kipling[10]. “Não obstante o ouro e a glória, o reino Ashanti[11] não conhecia a escrita. Para ver o reino como algo de grandioso precisaria ser um Ashanti e consultar (diante da ausência de ruínas espetaculares) os anseios do coração”. E assim, com poucas palavras, o indiano nascido no Caribe sob o domínio britânico (Trindade, em 1932, era parte do Império sobre o qual imperava George V, o avô de Elisabeth), liquida a África pré-colonial e reabilita o Colonialismo, que, ao sul do Saara levou a escrita e, portanto, a lei, a razão, a ciência. Levou também a religião, o Cristianismo, que proibiu os sacrifícios humanos típicos do Paganismo.
No capítulo dedicado a Uganda, depois de ter visitado um monumento de 1881, Naipaul escreve: “Durante a construção do mausoléu foram sacrificados nove homens. O príncipe Kassim me explicou que antigamente os sacrifícios humanos eram prática comum quando se erguiam as colunas de um túmulo”[12]. Esta é a África, e não é por comodidade que uso o tempo presente: no Continente Negro, o século XXI está se reencontrando com o século XIX; na África do Sul, o fim do apartheid trouxe de volta os sacrifícios animais, como é narrado em um capítulo deste livro que todos os “invasionistas” (chamo “invasionistas” aqueles que são a favor dos desembarques, reuniões, assentamentos africanos na Itália[13]) deveriam ler.
Talvez em Estocolmo não o perceberam, mas Naipaul teve a coragem de descrever o racismo africano (o racismo dos negros em relação aos brancos e o racismo das tribos negras em relação a outras tribos negras), em passagens que deixo de citar porque não bastaria o espaço. Repito, vão a ler “A Máscara da África”. Se, depois, temem também o Islã, acrescento, a título de conselho de ferragosto[14], “Fedeli a oltranza”[15], pela Editora Adelphi, livro-reportagem sobre os danos causados pelo Alcorão na Indonésia, Iran, Paquistão, Malásia. Poderíamos aparentá-lo a Oriana Fallaci[16], Naipaul, também por seu caráter indômito. Não era o Nobel da simpatia, mas um velho senhor conservador, ciumento da própria liberdade de juízo e de expressão.
Que nos sirva de exemplo.
Por Camillo Langone – 13/08/2018 – Il Giornale
Tradução e notas: Giulia d’Amore
Os livros de Naipaul podem ser encontrados no Estante Virtual, Amazon e Saraiva.
NOTAS:
1 - O Prêmio Nobel é um conjunto de seis prêmios internacionais anuais concedidos em várias categorias por instituições suecas e norueguesas, para reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições "notáveis" para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades. Foi um último desejo do cientista sueco Alfred Nobel que estabeleceu os prêmios em 1895. Para se ter uma ideia, eis alguns nomes dos “premiados”: Jean-Paul Sartre, José Saramago (autor do sacrílego “Evangelho Segundo Saramago”), Nelson Mandela (comunista e genocida), Médicos Sem Fronteiras (associação “médica” que leva o aborto por todo o mundo), entre outros. A lista contempla também notórios maçons.
2 - Nasceu em Trinidad e Tobago, em 1932. Mudou-se em 1950 para a Inglaterra, onde trabalhou como jornalista para a BBC. Doutor “honoris causa” pelas universidades de Cambridge, Londres, Oxford e Columbia, foi sagrado Cavaleiro britânico pela rainha Elizabeth II em 1990, fazendo jus ao título de “Sir”; recebeu o prêmio Nobel de literatura em 2001.
3 - O Comitê Nobel foi varrido pela onda do denuncismo das acusações de assédio sexual. Leia aqui.
4 - "Parrucconi" em italiano (vem de "peruca"). Aquelas figuras antiquadas que usam perucas ultrapassadas. Refere-se o autor aos defensores do terceiro-mundismo.
5 - Provavelmente, acharam que ele escreveu o oposto do que escreveu, algo mais do tipo que os professores de história comunistas vêm ensinando nas últimas décadas...
6 - O escritor italiano colabora com a ONU e a UNHCR, sendo claramente um globalista. Em 2016, ganhou o Prêmio Strega (Bruxa, em italiano) por seu “A Escola Católica”, que conta um crime realmente ocorrido na Itália (“O Massacre do Circeo”), no qual um grupo de jovens são atraídas por três amigos até uma mansão de um deles, a pretexto de participarem de uma festa, e lá são torturadas ferozmente, e uma delas veio a morrer. O crime é verdadeiro, e indefensável, mas o título tem uma óbvia acusação que expressa o ódio pela Igreja Católica. O crime ocorreu não porque os jovens fossem católicos, mas porque eram liberais, o mesmo liberalismo que Albinati defende e propaga. Em suma, é um esquerdopata que faz fama e fortuna com a agenda globalista.
7 - Matteo Salvini, atual Ministro do Interior e Vice-Presidente do Conselho ou Vice-Primeiro Ministro. Senador e Secretário federal da Lega Nord, partido de direita italiano, que alinhavou uma coalizão de centro-direita para poder tomar as decisões de peso no governo italiano. Defende uma pauta conservadora e é atacado sobretudo pelos católicos mornos de Francisco. Aqui, o tom é sarcástico.
8 - “The Masque of Africa” (2010). Em Português: “A Máscara da África. Vislumbres das Crenças Africanas. Compre aqui.
9 - Similar aos que aqui, no Brasil, concordam com a “dívida histórica” alardeada por uma parte dos movimentos negros que estão sob comando socialista. São pessoas, geralmente ricas, que tem vergonha de ser brancas e do passado glorioso das famílias. Também conhecidos como "Socialistas de iPhone".
10 - Rudyard Kipling. Prêmio Nobel de Literatura – 1907. Escritor de grandes clássicos para a juventude, passou a ser rotulado de racista e imperialista (pelo poema "O Fardo do Homem Branco"; vide nota logo abaixo), entre outros epítetos do politicamente correto. Recentemente, um grupelho de ociosos esquerdopatas que seriam acadêmicos da Universidade de Manchester, apagou arbitrariamente e sem consultar nem os estudantes, nem a reitoria, a poesia “Se”, um clássico aclamado inclusive por Gramsci, cobrindo-a com um texto de uma militante negra norte-americana desconhecida. A reitoria não moveu um dedo, limitou-se a um pífio pedido de desculpas. Notícia aqui. O Pale Idea havia publicado a notícia, à época, mas o post simplesmente sumiu. O poema "Se", pode ser lido aqui.
10b - “O Fardo do Homem Branco” (The White Man's Burde). Foi publicado originalmente na revista popular McClure's em 1898, com o subtítulo “The United States and the Philippine Islands”. Foi escrito a respeito da conquista estadunidense das Filipinas e outras ex-colônias espanholas, e o politicamente correto o “classifica” como “uma ode ao imperialismo”. Pode ser lido em português, aqui.
11 - O Império Axânti ou Axante (também Ashanti ou Asante), conhecido ainda como Confederação Axânti ou Asanteman (independente, de 1701-1896), foi um Estado pré-colonial da África Ocidental, criado pelos Akans e situado no que é hoje a região Axânti em Gana.
12 - Estamos falando de pouco tempo atrás. O príncipe de que fala aqui é Kassim Nakibinge, nascido em 1966 e ainda vivo.
13 - A mídia globalista fala de navios carregados de gente que foge da guerra e da fome. Na realidade, a Itália, como a Europa em geral, está sendo tomada de assalto por homens jovens, fortes, cheios de saúde, em idade militar, que passa o tempo praticando uma gama de crimes que vai do assalto ao estupro, do vandalismo ao assassinato. De maneira geral, são sempre soltos, e alguns até expulsos, mas continuam no País, praticando mais crimes. Está em curso a invasão islâmica da Europa para tornar o mundo muçulmano. É a promessa dos Imãs. No Brasil, também há um movimento invasionista, sobre o qual a mídia pouco fala, mas as populações locais já sentem o peso da invasão e todos os seus efeitos deletérios. Os primeiros que chegaram, foram os haitianos. Ao norte e ao sul do País. E nem fazemos fronteira com o Haiti... Depois, vieram gentes da África. Mais recentemente, em Roraima, os venezuelanos tem vindo a exigir “direitos” que não exigem nem no país deles. Em vista dessa invasão programada, o Congresso brasileiro alterou o Estatuto do Estrangeiro, permitindo que essa gente possa votar e se candidatar. E só pensar um pouco: se eles se elegerem, que leis farão para o País? As que beneficiam os brasileiros ou as que beneficiam os estrangeiros, como já fazem na Europa? Aqui, foram mais pragmáticos do que na Europa. Primeiro mudaram a lei, e depois permitiram a invasão apelando para sentimentos humanos como caridade e compaixão. Estranhamente, as mesquitas têm se multiplicado pelo País de forma vertiginosa. Não é à toa que os invasores são islâmicos e, no caso de Roraima e região, oriundos de “paraísos” socialistas.
14 - Ferragosto é o feriado do dia 15 de agosto na Itália. Data em que a Igreja comemora a festa da Assunção de Maria Santíssima. O termo “Ferragosto” deriva da locução latina “Feriae Augusti” (“repouso de Augusto”) que indica uma festividade instituída pelo imperador Augusto em 18 a.C. Neste dia, se costumava fazer festas e trocar presentes. Na era renascentista, neste dia, os trabalhadores apresentavam seus cumprimentos aos patrões e recebiam desses uma gorjeta; o costume se radicou de tal maneira que o Estado Pontifício o tornou obrigatório. O feriado originalmente caía no dia 1º de agosto, e a Igreja o mudou para o dia 15, por causa da festa da Assunção. Durante o Fascismo, o período de 13 a 15 de agosto era dedicado a excursões e competições para que todas as classes sociais tivessem acesso ao descanso e passeios em lugares mais distantes de suas cidades. Ainda hoje, se tem o hábito de fazer passeios e piqueniques neste período.
15 - No Brasil, “Entre os Fiéis” (Companhia das Letras).
16 - Célebre escritora e jornalista italiana, falecida em 2006, e que algum dia merecerá um post à parte no Pale Ideas. Foi mundialmente famosa pela sua cobertura jornalística de guerras e revoluções, e as suas entrevistas com diversos líderes mundiais durante os anos de 1960 a 1980. Após o 11 de setembro, se tornou ferrenha crítica do Islã. De esquerda desde a infância, foi até condecorada aos 14 anos de idade, por participar do movimento de “resistência ao Fascismo”. Aos 16 se torna jornalista, e ao longo da carreira entrevistou os grandes nomes da História atual: dentre as quais destacam-se Henry Kissinger, o Ayatollah Khomeini, Lech Wałęsa, Zulfikar Ali Bhutto, Walter Cronkite, Muammar al-Gaddafi, Federico Fellini, Sammy Davis, Jr., Deng Xiaoping, Nguyen Cao Ky, Yasir Arafat, Indira Gandhi, o Arcebispo Makarios, Golda Meir, Nguyen Van Thieu, Haile Selassie, Sean Connery, Mário Soares e Álvaro Cunhal. Em 1961, escreveu “O Sexo Inútil”, sobre a situação da mulher no Oriente. Em uma passagem do "Nada e assim Seja" fala do "vandalismo dos estudantes burgueses que se atrevem a invocar o Che Guevara e depois vivem em casas com ar condicionado, que vão à escola com o carro do pai e vão ao clube noturno com uma camisa de seda", o que nos conhecemos hoje como “Socialistas de iPhone”. Na Cidade do México, durante o “massacre de Tlatelolco” de 1968, Fallaci foi baleada três vezes por soldados mexicanos, arrastada nas escadas pelos cabelos e dada como morta. Centenas de jovens morreram (o número exato é desconhecido) e até mesmo a jornalista foi levado ao necrotério: apenas naquele momento um padre percebeu que ela ainda estava viva. Durante sua entrevista em 1979 com o Ayatollah Khomeini, ela conseguiu livrar-se do “xador”. Fallaci considerou o fundamentalismo islâmico como um renascimento do Fascismo contra o qual ela lutara na sua juventude, afirmando que os políticos europeus não estavam a compreender a ameaça do islamismo da mesma forma que os seus equivalentes dos anos 30 também não tinham compreendido a ameaça do Nazismo; ela negou que o "Islamismo moderado" existisse, chamando-o de uma falsidade. Em 2002, na Suíça, o Centro Islâmico e a Associação Somali de Genebra, o SOS Racisme de Lausana, juntamente com um cidadão particular, processaram Fallaci pelo conteúdo alegadamente racista de "The Rage and The Pride", mas o governo italiano defendeu a liberdade de expressão. Fallaci tornou-se, em seus últimos anos, bastante conservadora em aspectos sociais, opondo-se ao aborto, eutanásia, casamento entre pessoas do mesmo sexo e adoções homossexuais. A respeito do aborto escreveu um clássico: “Carta a um menino que nunca nasceu” (aqui).
ERA O NOBEL DA SUPERIORIDADE OCIDENTAL
Em seus livros demonstrou com grande lucidez que as civilizações não são todas iguais
Morreu o Nobel da superioridade ocidental. Em 2001, V.S. Naipaul havia ganho o prêmio sueco porque os “perucões”[4] terceiro-mundistas da Academia de Estocolmo acerca dos seus livros não havia entendido muito; de fato, se deixaram enganar pela cor da pele, efetivamente escurinha, e haviam dado uma motivação que poderia ter funcionado com dúzias de outros autores de uma orientação totalmente diferente: “Por ter unido uma descrição perceptiva a um exame acurado incorruptível, obrigando-nos a ver a presença de histórias suprimidas[5]”.
Diante da crise de ideias em que se encontram, poderiam reciclar tal motivação para premiar futuramente o filo-africano Edoardo Albinati[6], o escritor que viaja para o Níger, com a namorada, e descobre que os indígenas são “tão belos e tão bons”, bem ao contrário de nós, europeus, feios e maus, e, quem sabe, até mesmo eleitores de Salvini[7].
Pois então, o escritor anglo-indo-caribenho foi capaz de nos dizer, com uma prosa estonteante, e sem nunca ceder a atitudes militantes, imediatamente políticas, que nem todas as civilizações são iguais e que a civilização ocidental é a melhor. Vão ler “A Máscara da África”[8] e descobrirão por que o best-seller inglês Robert Harris, um branco com complexo de brancura[9], o definiu “racista e tóxico”.
Vão ler esse livro, antes que o masoquismo relativista o censure, como está acontecendo com Kipling[10]. “Não obstante o ouro e a glória, o reino Ashanti[11] não conhecia a escrita. Para ver o reino como algo de grandioso precisaria ser um Ashanti e consultar (diante da ausência de ruínas espetaculares) os anseios do coração”. E assim, com poucas palavras, o indiano nascido no Caribe sob o domínio britânico (Trindade, em 1932, era parte do Império sobre o qual imperava George V, o avô de Elisabeth), liquida a África pré-colonial e reabilita o Colonialismo, que, ao sul do Saara levou a escrita e, portanto, a lei, a razão, a ciência. Levou também a religião, o Cristianismo, que proibiu os sacrifícios humanos típicos do Paganismo.
No capítulo dedicado a Uganda, depois de ter visitado um monumento de 1881, Naipaul escreve: “Durante a construção do mausoléu foram sacrificados nove homens. O príncipe Kassim me explicou que antigamente os sacrifícios humanos eram prática comum quando se erguiam as colunas de um túmulo”[12]. Esta é a África, e não é por comodidade que uso o tempo presente: no Continente Negro, o século XXI está se reencontrando com o século XIX; na África do Sul, o fim do apartheid trouxe de volta os sacrifícios animais, como é narrado em um capítulo deste livro que todos os “invasionistas” (chamo “invasionistas” aqueles que são a favor dos desembarques, reuniões, assentamentos africanos na Itália[13]) deveriam ler.
Talvez em Estocolmo não o perceberam, mas Naipaul teve a coragem de descrever o racismo africano (o racismo dos negros em relação aos brancos e o racismo das tribos negras em relação a outras tribos negras), em passagens que deixo de citar porque não bastaria o espaço. Repito, vão a ler “A Máscara da África”. Se, depois, temem também o Islã, acrescento, a título de conselho de ferragosto[14], “Fedeli a oltranza”[15], pela Editora Adelphi, livro-reportagem sobre os danos causados pelo Alcorão na Indonésia, Iran, Paquistão, Malásia. Poderíamos aparentá-lo a Oriana Fallaci[16], Naipaul, também por seu caráter indômito. Não era o Nobel da simpatia, mas um velho senhor conservador, ciumento da própria liberdade de juízo e de expressão.
Que nos sirva de exemplo.
Por Camillo Langone – 13/08/2018 – Il Giornale
Tradução e notas: Giulia d’Amore
Os livros de Naipaul podem ser encontrados no Estante Virtual, Amazon e Saraiva.
NOTAS:
1 - O Prêmio Nobel é um conjunto de seis prêmios internacionais anuais concedidos em várias categorias por instituições suecas e norueguesas, para reconhecer pessoas ou instituições que realizaram pesquisas, descobertas ou contribuições "notáveis" para a humanidade no ano imediatamente anterior ou no curso de suas atividades. Foi um último desejo do cientista sueco Alfred Nobel que estabeleceu os prêmios em 1895. Para se ter uma ideia, eis alguns nomes dos “premiados”: Jean-Paul Sartre, José Saramago (autor do sacrílego “Evangelho Segundo Saramago”), Nelson Mandela (comunista e genocida), Médicos Sem Fronteiras (associação “médica” que leva o aborto por todo o mundo), entre outros. A lista contempla também notórios maçons.
2 - Nasceu em Trinidad e Tobago, em 1932. Mudou-se em 1950 para a Inglaterra, onde trabalhou como jornalista para a BBC. Doutor “honoris causa” pelas universidades de Cambridge, Londres, Oxford e Columbia, foi sagrado Cavaleiro britânico pela rainha Elizabeth II em 1990, fazendo jus ao título de “Sir”; recebeu o prêmio Nobel de literatura em 2001.
3 - O Comitê Nobel foi varrido pela onda do denuncismo das acusações de assédio sexual. Leia aqui.
4 - "Parrucconi" em italiano (vem de "peruca"). Aquelas figuras antiquadas que usam perucas ultrapassadas. Refere-se o autor aos defensores do terceiro-mundismo.
5 - Provavelmente, acharam que ele escreveu o oposto do que escreveu, algo mais do tipo que os professores de história comunistas vêm ensinando nas últimas décadas...
6 - O escritor italiano colabora com a ONU e a UNHCR, sendo claramente um globalista. Em 2016, ganhou o Prêmio Strega (Bruxa, em italiano) por seu “A Escola Católica”, que conta um crime realmente ocorrido na Itália (“O Massacre do Circeo”), no qual um grupo de jovens são atraídas por três amigos até uma mansão de um deles, a pretexto de participarem de uma festa, e lá são torturadas ferozmente, e uma delas veio a morrer. O crime é verdadeiro, e indefensável, mas o título tem uma óbvia acusação que expressa o ódio pela Igreja Católica. O crime ocorreu não porque os jovens fossem católicos, mas porque eram liberais, o mesmo liberalismo que Albinati defende e propaga. Em suma, é um esquerdopata que faz fama e fortuna com a agenda globalista.
7 - Matteo Salvini, atual Ministro do Interior e Vice-Presidente do Conselho ou Vice-Primeiro Ministro. Senador e Secretário federal da Lega Nord, partido de direita italiano, que alinhavou uma coalizão de centro-direita para poder tomar as decisões de peso no governo italiano. Defende uma pauta conservadora e é atacado sobretudo pelos católicos mornos de Francisco. Aqui, o tom é sarcástico.
8 - “The Masque of Africa” (2010). Em Português: “A Máscara da África. Vislumbres das Crenças Africanas. Compre aqui.
9 - Similar aos que aqui, no Brasil, concordam com a “dívida histórica” alardeada por uma parte dos movimentos negros que estão sob comando socialista. São pessoas, geralmente ricas, que tem vergonha de ser brancas e do passado glorioso das famílias. Também conhecidos como "Socialistas de iPhone".
10 - Rudyard Kipling. Prêmio Nobel de Literatura – 1907. Escritor de grandes clássicos para a juventude, passou a ser rotulado de racista e imperialista (pelo poema "O Fardo do Homem Branco"; vide nota logo abaixo), entre outros epítetos do politicamente correto. Recentemente, um grupelho de ociosos esquerdopatas que seriam acadêmicos da Universidade de Manchester, apagou arbitrariamente e sem consultar nem os estudantes, nem a reitoria, a poesia “Se”, um clássico aclamado inclusive por Gramsci, cobrindo-a com um texto de uma militante negra norte-americana desconhecida. A reitoria não moveu um dedo, limitou-se a um pífio pedido de desculpas. Notícia aqui. O Pale Idea havia publicado a notícia, à época, mas o post simplesmente sumiu. O poema "Se", pode ser lido aqui.
10b - “O Fardo do Homem Branco” (The White Man's Burde). Foi publicado originalmente na revista popular McClure's em 1898, com o subtítulo “The United States and the Philippine Islands”. Foi escrito a respeito da conquista estadunidense das Filipinas e outras ex-colônias espanholas, e o politicamente correto o “classifica” como “uma ode ao imperialismo”. Pode ser lido em português, aqui.
11 - O Império Axânti ou Axante (também Ashanti ou Asante), conhecido ainda como Confederação Axânti ou Asanteman (independente, de 1701-1896), foi um Estado pré-colonial da África Ocidental, criado pelos Akans e situado no que é hoje a região Axânti em Gana.
12 - Estamos falando de pouco tempo atrás. O príncipe de que fala aqui é Kassim Nakibinge, nascido em 1966 e ainda vivo.
13 - A mídia globalista fala de navios carregados de gente que foge da guerra e da fome. Na realidade, a Itália, como a Europa em geral, está sendo tomada de assalto por homens jovens, fortes, cheios de saúde, em idade militar, que passa o tempo praticando uma gama de crimes que vai do assalto ao estupro, do vandalismo ao assassinato. De maneira geral, são sempre soltos, e alguns até expulsos, mas continuam no País, praticando mais crimes. Está em curso a invasão islâmica da Europa para tornar o mundo muçulmano. É a promessa dos Imãs. No Brasil, também há um movimento invasionista, sobre o qual a mídia pouco fala, mas as populações locais já sentem o peso da invasão e todos os seus efeitos deletérios. Os primeiros que chegaram, foram os haitianos. Ao norte e ao sul do País. E nem fazemos fronteira com o Haiti... Depois, vieram gentes da África. Mais recentemente, em Roraima, os venezuelanos tem vindo a exigir “direitos” que não exigem nem no país deles. Em vista dessa invasão programada, o Congresso brasileiro alterou o Estatuto do Estrangeiro, permitindo que essa gente possa votar e se candidatar. E só pensar um pouco: se eles se elegerem, que leis farão para o País? As que beneficiam os brasileiros ou as que beneficiam os estrangeiros, como já fazem na Europa? Aqui, foram mais pragmáticos do que na Europa. Primeiro mudaram a lei, e depois permitiram a invasão apelando para sentimentos humanos como caridade e compaixão. Estranhamente, as mesquitas têm se multiplicado pelo País de forma vertiginosa. Não é à toa que os invasores são islâmicos e, no caso de Roraima e região, oriundos de “paraísos” socialistas.
14 - Ferragosto é o feriado do dia 15 de agosto na Itália. Data em que a Igreja comemora a festa da Assunção de Maria Santíssima. O termo “Ferragosto” deriva da locução latina “Feriae Augusti” (“repouso de Augusto”) que indica uma festividade instituída pelo imperador Augusto em 18 a.C. Neste dia, se costumava fazer festas e trocar presentes. Na era renascentista, neste dia, os trabalhadores apresentavam seus cumprimentos aos patrões e recebiam desses uma gorjeta; o costume se radicou de tal maneira que o Estado Pontifício o tornou obrigatório. O feriado originalmente caía no dia 1º de agosto, e a Igreja o mudou para o dia 15, por causa da festa da Assunção. Durante o Fascismo, o período de 13 a 15 de agosto era dedicado a excursões e competições para que todas as classes sociais tivessem acesso ao descanso e passeios em lugares mais distantes de suas cidades. Ainda hoje, se tem o hábito de fazer passeios e piqueniques neste período.
15 - No Brasil, “Entre os Fiéis” (Companhia das Letras).
16 - Célebre escritora e jornalista italiana, falecida em 2006, e que algum dia merecerá um post à parte no Pale Ideas. Foi mundialmente famosa pela sua cobertura jornalística de guerras e revoluções, e as suas entrevistas com diversos líderes mundiais durante os anos de 1960 a 1980. Após o 11 de setembro, se tornou ferrenha crítica do Islã. De esquerda desde a infância, foi até condecorada aos 14 anos de idade, por participar do movimento de “resistência ao Fascismo”. Aos 16 se torna jornalista, e ao longo da carreira entrevistou os grandes nomes da História atual: dentre as quais destacam-se Henry Kissinger, o Ayatollah Khomeini, Lech Wałęsa, Zulfikar Ali Bhutto, Walter Cronkite, Muammar al-Gaddafi, Federico Fellini, Sammy Davis, Jr., Deng Xiaoping, Nguyen Cao Ky, Yasir Arafat, Indira Gandhi, o Arcebispo Makarios, Golda Meir, Nguyen Van Thieu, Haile Selassie, Sean Connery, Mário Soares e Álvaro Cunhal. Em 1961, escreveu “O Sexo Inútil”, sobre a situação da mulher no Oriente. Em uma passagem do "Nada e assim Seja" fala do "vandalismo dos estudantes burgueses que se atrevem a invocar o Che Guevara e depois vivem em casas com ar condicionado, que vão à escola com o carro do pai e vão ao clube noturno com uma camisa de seda", o que nos conhecemos hoje como “Socialistas de iPhone”. Na Cidade do México, durante o “massacre de Tlatelolco” de 1968, Fallaci foi baleada três vezes por soldados mexicanos, arrastada nas escadas pelos cabelos e dada como morta. Centenas de jovens morreram (o número exato é desconhecido) e até mesmo a jornalista foi levado ao necrotério: apenas naquele momento um padre percebeu que ela ainda estava viva. Durante sua entrevista em 1979 com o Ayatollah Khomeini, ela conseguiu livrar-se do “xador”. Fallaci considerou o fundamentalismo islâmico como um renascimento do Fascismo contra o qual ela lutara na sua juventude, afirmando que os políticos europeus não estavam a compreender a ameaça do islamismo da mesma forma que os seus equivalentes dos anos 30 também não tinham compreendido a ameaça do Nazismo; ela negou que o "Islamismo moderado" existisse, chamando-o de uma falsidade. Em 2002, na Suíça, o Centro Islâmico e a Associação Somali de Genebra, o SOS Racisme de Lausana, juntamente com um cidadão particular, processaram Fallaci pelo conteúdo alegadamente racista de "The Rage and The Pride", mas o governo italiano defendeu a liberdade de expressão. Fallaci tornou-se, em seus últimos anos, bastante conservadora em aspectos sociais, opondo-se ao aborto, eutanásia, casamento entre pessoas do mesmo sexo e adoções homossexuais. A respeito do aborto escreveu um clássico: “Carta a um menino que nunca nasceu” (aqui).
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