23 de setembro
Santa Tecla de Icônio
Virgem e Mártir
(1º. Século)
Patronato: Cidade de Osimo. Doentes de câncer nos ossos.
Etimologia: Tecla (talvez) glória a Deus; ou, luzente (do grego).
Emblema: Palma
Venerada em Seleucia (a moderna Selefkie na Ásia Menor) é, entre muitas que tem este nome, a que tem os documentos mais antigos e cujo culto teve uma difusão extraordinária, tanto no Oriente como no Ocidente. Mesmo assim um destino de obscuridade histórica cobre sua personalidade; a culpa seria do presbítero da àsia Menor que, segundo Tertuliano, havia composto, por afeto a São Paulo, um romance fantasioso sobre suas viagens e sobre a conversão da virgem Tecla em Icônio (Anatólia, Turquia). Esses "Acta Pauli et Theclae" dos últimos trinta anos do século II, mesmo reconhecidos falsos pelo próprio autor (que, por isso, foi deposto do ofício) e rejeitados pelo Decreto Gelasianum, alimentaram todas as sucessivas publicações sobre a vida de Tecla que chegaram até nós. O excessivo lendarismo da narração de sua vida contrasta com a citação de sua existência fora de qualquer dúvida expressa pelos antigos martirológios e pelos monumentos existentes em todas as épocas.
Comemorada no Martirológio Jeronimiano com a dicção "s. Tecla de Oriente", nos sinassários bizantinos é citada como protomártir em 24 de setembro e na mesma data inscrita no Calendário marmóreo napoletano. Inúmera menções há nos livros litúrgicos gregos e latinos, como também nas obras dos Padres seja orientais que ocidentais.
Santuários em sua honra surgiram em todo o mundo antigo, até mesmo em Apúlia e Milão; pinturas, estátuas, hipogeus (do grego hypo (abaixo) e gaia (terra), são monumentos funerários subterrâneos do período pré-Cristão), lápides, afrescos estão por toda parte do mundo então conhecido, especialmente na Espanha e Alemanha, todos representando momentos e símbolos de seu martírio. A vemos quase sempre com um leão ao lado, pela tortura sofrida com as bestas selvagens, e uma coluna de fogo na base, símbolo de seu martírio.
Há uma outra legenda que diz que a Santa teria vivido os últimos anos de sua vida em grutas sob uma colina: ao aproximar-se dos inimigos, penetrou tão fundo na rocha que se fechou sobre ela. Seu culto floresceu justamente naquela região perto de Seleucia, cujo bispo Basílio, cerca da metade do séc. V., escreveu dois livros sobre a vida e os milagres de Tecla.
Na Itália há uma estátua no Duomo de Milão, e um grande quadro do Tiepolo em Santa Tecla d'Este, na igreja a ela titulada como patrona da cidade e em lembrança de ter sido poupada do perigo da peste.
O nome é ainda muito usado, especialmente nos países de língua germânica.
Autor: Antonio Borrelli
Fonte: http://www.santiebeati.it/dettaglio/71600.
Tradução: Giulia d'Amore
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