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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Carnaval: A ABOLIÇÃO DAS FESTAS CARNAVALESCAS

A ABOLIÇÃO DAS FESTAS CARNAVALESCAS

O COSTUME E O PECADO


São João Crisóstomo, na homilia “Sobre as prostituições”, diz algo que cabe muito bem aplicarmos a certos costumes, tais como o carnaval, que leva muitos para o caminho do pecado:

“Que não me diga alguém que é costume; onde o pecado ousa aparecer, não te lembres do costume, mas, se suspeitos os eventos, mesmo que sejam antigo costume, elimina-os; mas, se não forem frutos da malícia, mesmo que não sejam costumeiros, introduza-os e plante-os bem fundo.” (S. João Crisóstomo, Sobre as prostituições, 2, PG 51, 210.)  

Comentário: Muitos veem o carnaval como a festa da alegria. Nós, dizem-nos os pagãos, somos gente tola, que rejeita as coisas alegres da vida. Ora, meus irmãos, não é nada disso como pensam os pagãos; nós cristãos não repudiamos a alegria, sabemos que a alegria constitui, é claro, um anseio e uma expectativa de nossa santa e divina Religião Católica. Não, porém, a alegria mundana, essa que nos oferece o mundo, alegria sem relação com o Cristo e a sua Igreja. São Paulo, concebendo a alegria, não falou sobre alegria simplesmente, mas acerca da alegria no Senhor, acerca da duradoura alegria que existe mesmo nas tristezas, a qual a união com o Cristo cria. 



"Santo Agostinho chamava os divertimentos carnavalescos de sacramentos do demônio, porque, em vez de nos fazerem amigos de Deus, eles nos fazem amigos do demônio; em vez de nos darem a graça, dão-nos a desgraça; em vez de nos abrirem a porta do Paraíso, escancaram a porta do inferno" (Cf. COLOMBO, Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 316)

“Como podem chamar-se divertimentos as bebedeiras, as noitadas, os bailes, e todas as variadas desonestidades com e sem máscara?”. “Não divertimentos" – clama S. João Crisóstomo mas, sim, pecados e delitos.

Bem diziam os Padres antigos quando disseram que a barafunda do carnaval é uma invenção do diabo. E muitos dos que se chafurdam dentro dela são cristãos que, na prática ao menos, querem desbatizar-se. Quando eles foram levados à pia sagrada, o ministro de Deus lhes disse: “Renuncias ao demônio e às suas pompas?”... “Renuncio”, foi respondido. 

Mas eis que, nestes dias, muitíssimos católicos arrancam do seu coração as renúncias, se esquecem do batismo, e, tornado a ser pagãos, lançam-se no culto dos sentidos e nas pompas demoníacas. Há alguns que argumentam assim: “Não acho nada de mal ir a certos bailes dançantes, aos bailes de máscaras....” Pobre gente! 

Mister se faz dizer que esta gente perdeu o senso do bem e do mal. Lembrarei, então, um episódio contado por Tertuliano, mas que pode ensinar muitíssimo, mesmo nos nossos dias.  


Uma mulher, ao entrar em certo ambiente para os divertimentos carnavalescos (saturnálias), foi invadida pelo demônio. Arrastada perante o Bispo, este, exorcizando-a, forçou o espírito maligno a dizer por que ousara molestar aquela mulher, que era boa e religiosa. ‘Se fiz isto, respondeu o demônio, tinha o direito de fazê-lo. Invadi-a porque surpreendi-a no que é meu.’ ” (De spect., c. 26; Cfr. Adaptado de: COLOMBO, Giovanni. Pensamentos sobre os Evangelhos e sobre as festas do Senhor e dos santos. Edições paulinas, 1960, p. 315-316).  


ALEGRIA DA CIDADE DOS HOMENS

Daniel André

A gloriosa Cidade de Deus, a Igreja católica, prossegue em seu peregrinar através da impiedade e dos tempos, vivendo cá embaixo, pela fé, e com paciência espera a verdadeira alegria na firmeza da mansão eterna. 

Enquanto isso, esquecendo de seu destino eterno, os homens da cidade terrestre, imprudentes e sensuais, desprezando os bens eternos, se alegram com as proximidades de mais um carnaval, a maior festa popular do país. Como porcos que se chafurdam na lama, enlameam-se no gozo dos pecados. Diz bem São Jerônimo: "nada há mais infeliz do que a felicidade dos que pecam!" (Cf. Santo Antônio, Sermão, 1Pn 6ª.) 

De tal modo as pessoas perdem o juízo que, não somente se tornam insensatas, mas se reduzem à condição dos brutos; agindo como irracionais, entregando-se as bebedeiras, drogas, violência e imoralidades, sem considerar o que é o bem e o mal, seguem unicamente o instinto das afeições sensuais, entregando-se ao que lisonjeia a carne, sem pensar no que perdem, nem na ruína eterna que os ameaça. 

Pelos canais de televisão, a mesma droga é difundida nos lares. Mulheres nuas, imoralidades, sambas que exaltam os falsos deuses das religiões africanas etc. Alguns canais, só para ganhar audiência e perder algumas almas, apostam em nudez e carnaval trash com travesti e gafes. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u36916.shtml [não linkei, porque não vale a pena ver imagens indecentes. Ah! Também deletei uma letra... assim o link não abre, caso alguém tivesse a tentação de ceder à curiosidade mórbida.]  

O melhor mesmo, para aqueles que pertencem à Cidade de Deus, é o recolhimento. É hora de preparar-se para a Quaresma, escondendo-se dos tumultos, em intimidade com Nosso Senhor Jesus Cristo, o Deus verdadeiro. Enquanto isso, a cidade terrestre cultuará seus deuses com sacrifícios e renúncias para badalar todas as noites até o raiar do dia, sem perder nada da festa, mas perdendo tudo nela. É a "religião" da cidade dos homens, com sua trindade carnal: a concupiscencia da carne, dos olhos e a soberba da vida

Dizia Santo Afonso que, quando o pecador, para satisfazer qualquer paixão, ofende a Deus, converte em sua divindade essa paixão, porque nela põe o seu último fim. Assim diz São Jerônimo: “Aquilo que alguém deseja, se o venera, é para ele um deus. Vício no coração é ídolo no altar.” 

Por isso, carnaval é a festa dos ídolos. Ídolos da bebida, do sexo, das drogas, das infidelidades. São ídolos no altar. São falsos deuses no coração dos homens. 

E Santa Margarida Maria de Alacoque escreve: “Numa outra vez, no tempo de carnaval, apresentou-se-me, após a Santa Comunhão, sob a forma de Ecce Homo, carregando a Cruz, todo coberto de chagas e ferimentos. O Sangue adorável corria de toda parte, dizendo com voz dolorosamente triste: Não haverá ninguém que tenha piedade de mim e queira compadecer-se e tomar parte na minha dor no lastimoso estado em que me põem os pecadores, sobretudo agora?” (Escritos Espirituais).

É por isso que os Santos, a fim de desagravarem o Senhor, um pouco, de tantos ultrajes, aplicavam-se no tempo de carnaval, de modo especial, ao recolhimento, à penitência, à oração, e multiplicavam os atos de amor, de adoração e de louvor para com o seu Bem-Amado. No tempo de carnaval, Santa Maria Madalena de Pazzi passava as noites inteiras diante do Santíssimo Sacramento, oferecendo a Deus Sangue de Jesus Cristo pelos pobres pecadores. O Bem-aventurado Henrique Suso guardava um jejum rigoroso a fim de expiar as intemperanças cometidas. São Carlos Borromeu castigava o seu corpo com disciplinas e penitências extraordinárias. São Filipe Néri convocava o povo para visitar com ele os Santuários e a fazer exercícios de devoção. O mesmo praticava São Francisco de Sales, que, não contente com a vida mais recolhida que então levava, ainda pregava na igreja, diante de um auditório numerosíssimo; e, tendo conhecimento que algumas pessoas por ele dirigidas se relaxavam um pouco nos dias de carnaval, repreendia-as com brandura e exortava-as à comunhão frequente. São  Vicente de Paulo mandou que seus religiosos fizessem penitência durante o carnaval. Santa Margarida Maria de Alacoque sofria muito durante esse tempo. São Caetano de Thiene morreu de desgosto ao ver Nosso Senhor tão ofendido. 

E você, católico, qual é o seu comportamento durante o carnaval? Você ofende a Jesus Cristo ou consola-O?

Se o carnaval fosse uma coisa boa, como muitos andam dizendo; será que os Santos teriam agido dessa forma? Claro que não! O carnaval é do demônio, por isso, é preciso rezar e fazer penitência.

Num trecho de uma carta da falecida carmelita Lúcia [de Fátima], em 1940, ela escreveu: 

(...) Nosso Senhor está descontente e amargurado com os pecados do mundo e com os de Portugal, ao queixar-se da falta de correspondência, vida pecaminosa do povo e em especial da tibieza, indiferença e vida demasiado cômoda que levam a maioria dos sacerdotes, religiosos e religiosas (...) Em reparação e súplica por si e pelas outras nações, Nosso Senhor deseja que em Portugal sejam abolidas as festas profanas nos dias de carnaval e substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas pelas ruas”.

Imaginem só...

Se em 1940, Nosso Senhor já estava descontente com o carnaval lusitano, imaginem o que Ele pensa do carnaval carioca, baiano...  

Fonte: http://pedrodaveiga.blogspot.com.br/2010/02/abolicao-das-festas-carnavalescas.html



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