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quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A criada devota das almas do purgatório

A criada devota das almas do purgatório





Diversos autores, entre eles Berlioux, no seu “Mês das Almas”, Mons. Louvet, no seu “Le Pur­gatoire”, narram este fato, que este último autor diz ter se dado em Paris e no ano de 1817.

Uma piedosa e humilde criada tinha o costume de todos os meses tirar do seu pobre ordenado uma espórtula para uma missa pelas almas do purgatório. Fazia todo sacrifício, mas não deixava de mandar celebrar cada mês a Missa da sua devoção. Ia assis­tir ao Santo Sacrifício com muito fervor e pedia pela alma que mais necessidade tivesse de uma Missa pa­ra entrar no céu.

Deus a provou com uma doença que a fez sofrer muito e ainda perder o emprego. No dia em que saiu do hospital, só tinha consigo a importância necessá­ria para a espórtula de uma Missa. Pôs toda con­fiança em Deus e andou à procura de um emprego. Em vão. Não o achava em parte alguma. Passou pela igreja de Santo Eustáquio e entrou. Lembrou- se logo de que naquele mês não pode mandar cele­brar a Santa Missa pelas almas. Tirou da bolsa o dinheiro e pensou consigo: Se agora mando celebrar a Missa, que mc restará hoje para comer? Que será de mim? Que importa! Deus há de ter pena de mim. E demais, as pobres almas sofrem mais do que eu.

Foi à sacristia e perguntou se era possível celebrar-se ainda uma Missa. Felizmente, lá eslava um sacerdote sem intenção de Missa para aquele dia. Deu-lhe a espórtula, pediu a Missa pelas almas, assis­tiu-a com todo fervor e se retirou da igreja absolu­tamente sem vintém e sem saber para onde ir.

Estava assim pensando na sua pobre vida quan­do um moço alto, muito pálido, se aproximou dela e disse:

—A senhora anda à procura de um emprego?

— Sim, meu senhor, e necessito muito uma co­locação hoje mesmo...

— Pois então vá à casa de Madame X, rua tal, número tal, e creio que ela vos receberá, porque vai precisar de uma empregada hoje.

A pobre criada tão satisfeita ficou, que nem agradeceu ao moço. Quando voltou para trás, nem o viu mais. Foi à procura do endereço e ao chegar à casa indicada deu de encontro com uma mulher que descia a escada furiosa e a gritar contra al­guém.

— É aqui que mora Madame X? Pergunta-lhe.

— Sei lá! Desta casa não quero ver nem a som­bra. Bata na porta. Não quero saber desta mulher. Adeus!”.

A criada bateu timidamente a campainha e es­perou. Apareceu-lhe uma senhora de certa idade e aspecto muito bondoso.

— Minha senhora, diz a criada, eu acabo de sa­ber esta manhã que a senhora estava precisando de uma empregada e, como estou sem colocação, aqui venho me apresentar, e me disseram que a senhora é muito bondosa e me havia de acolher muito bem...

— Minha filha, diz a velha, isto é extraordiná­rio! Pois esta manhã eu não disse isto a ninguém e faz apenas meia hora que eu expulsei de minha casa esta empregada insolente que me perdeu o respeito.

Só eu sei que tenho necessidade de uma empregada. Quem te disse isto?

— Encontrei um moço na rua e ele me deu o nome da senhora, rua e número da casa, e aqui cheguei.

A velha não podia compreender quem pudesse ser o tal moço que havia indicado a casa. Neste ínterim, a empregada levanta os olhos e vê na parede um retrato.

— É aquele moço, minha senhora, ele mesmo...

A pobre velha empalideceu.

— É meu filho, e meu filho morto!

A criada contou-lhe toda a sua devoção às santas almas, a Missa que havia mandado celebrar. A ve­lha tomou a pobrezinha num longo abraço e banhada em lágrimas lhe disse: Minha filha, este moço é meu filho já morto. Deveria estar no purgatório. Faleceu há dois anos. Tua Santa Missa o aliviou e libertou. Vamos, daqui por diante, orar juntas e não serás mi­nha criada, não, serás minha filha”.

Tomou a pobre criada abandonada e adotou-a como membro da família.

Eis como Nosso Senhor recompensa os corações generosos para com as santas almas.

Fonte: http://corecatholica.blogspot.com.br/2013/11/tenhamos-compaixao-das-pobres-almas-23.html.



* O e-mail do Rev. Pe. Cardozo para quem quiser encomendar Missas para as almas: runaejcv@gmail.com
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