15 de junho
Ss. Vito, Modesto e Crescência
Mártires
Nas margens do Rio Sílaro, na Basilicata (Itália), o natalício dos santos mártires Vito, Modesto (Modestus) e Crescência, os quais levados da Sicília para aquele lugar, ali mesmo, depois de superar por virtude divina a caldeira de chumbo derretido, as feras e as catastas, completaram o curso de seu glorioso combate em tempo do imperador Deocleciano (Martirológio Romano).
São Vito nasceu na Sicília, filho de um senador chamado Hilas, pagão convicto. Sem que seu pai soubesse, converteu-se ao Cristianismo, aos 07 ou 12 anos de idade, pelas mãos de São Modesto, seu tutor, e de Santa Crescência, sua ama-de-leite. Valeriano, administrador da Sicília, aliou-se a Hilas, que não queria que o filho se mantivesse na Fé Cristã. Então, Vito foge da Sicília com São Modesto e Santa Crescência e se refugiam em Lucânia, de onde seguem para Roma, onde foram martirizados, por volta do ano 300. Os corpos dos três mártires foram sepultados pela pia matrona Fiorenza, em um lugar chamado Marianus. Pesquisadores encontraram uma tumba em Marigliano (Nápoles) que foi identificada como o antigo Marianus, e que fica junto à Igreja de São Vito, construída sobre uma basílica martirial da Idade Média e anexa, a partir da segunda metade do século XV, a um convento franciscano, onde se custodia a tumba do mártir, selada por um mármore que era antigamente coberto por pedras preciosas, sobre o qual há uma incisão em latim: HIC VITO MARTIRI SEPVLTVRA TRADITVR.
Às margens do Rio Sele (Campânia) surge outra igreja dedicada ao santo, no lugar onde foi sepultado perto da cidade de Éboli (Campânia). Até hoje, próximo ao local do martírio indicado pela tradição, surge a Igreja de San Vito al Sele. Muitas cidadelas do Vale do Sele (Caposele, Calabritto, Quaglietta, Senerchia, Oliveto Citra, Colliano etc.), em memória do mártir, conservaram o topônimo e os locais de culto dedicados a São Vito, testemunho do primitivo culto que o jovem mártir recebeu nesses lugares e que depois se difundiu por toda a Cristandade.
Algumas presumidas relíquias estão custodiadas em um corpo de cera que representa o santo, guardado na Igreja Colegiada de Santo Ambrósio de Omegna (VB), encerrado em uma urna e levado solenemente em procissão no último sábado de agosto, dia em que o bispo de Novara Bascapè levou devotamente as relíquias para Omegna. Outras presumidas relíquias de São Vito estão guardadas na homônima igreja de Marola (La Spezia): em ambos os casos, se trata de "corpos santos", vindos das catacumbas romanas.
Na Igreja Matriz de Santo Stefano del Sole (Avellino), onde São Vito é patrono, são guardadas as relíquias do santo e festejado solenemente, além de no dia 15 de junho, também no último domingo de agosto, em memória do dia em que foram depostas lá, em 1814.
À narração original da Passio, foram acrescentadas, ao longo dos séculos, várias legendas relativas às transladações das relíquias em várias cidades e mosteiros, e vários milagres que tiveram São Vito como protagonista; tais legendas contribuíram para aumentar sua fama.
Por séculos a figura de São Vito alimentou e exaltou a fé popular - pense-se, por exemplo, à proteção pela qual era invocado, em modo particular na esperança de obter a cura em doenças como epilepsia, a Coreia di Sydenham (uma forma de encefalite conhecida como dança de São Vito, que pode apresentar sintomas como tiques, tremores etc.), a hidrofobia (raiva), as doenças dos olhos (em eslavo a palavra Vid - vista - foi associada a seu nome, e naquelas terras o culto a São Vito parece ter suplantado o antigo culto a Svetovit, o deus da guerra e das colheitas da mitologia eslava) e a letargia. Também é invocado contra os raios e para a proteção de animais domésticos. São Vito é patrono dos dançarinos e era muito venerado na Idade Média, tendo sido inserido no grupo dos Quatorze Santos Auxiliares, o grupo de santos que eram invocados para obter intercessão em particulares e graves circunstâncias, para obter a cura para particulares enfermidades.
Modesto e Crescências foram associados a São Vito, pois Modesto era o seu mestre e Crescência a ama de leite. Os dois introduziram Vito no Cristianismo, fugindo com eles para Lucânia, quando o pai descobriu a conversão e quis obrigá-lo a abjurar a verdadeira Fé. Em Capaccio, perto de Lucânia, sofreram o martírio. Segundo a tradição, foram colocados em uma caldeira de água fervente, o que é retratado na iconografia deles. O culto de Modesto e Crescência é mais tardio em relação ao culto de São Vito. O corpo de Santa Crescência se encontra na Basílica de San Martino a Magenta (Milão).
Fontes:
http://it.wikipedia.org/wiki/San_Vito
http://www.santiebeati.it/dettaglio/57300
http://it.wikipedia.org/wiki/Modesto_e_Crescenzia
http://www.santiebeati.it/dettaglio/77000
Tradução e organização: Giulia d'Amore.
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